A Feia Mais Bela. escrita por Val-sensei


Capítulo 12
Provavelmente partindo, ou não...




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No outro dia Goten também ignorou totalmente a professora, nem deu moral, apesar de ainda estar confuso e magoado. Ele não sabia o que fazer. Mas fazia de tudo para que Kiria o visse com a loira como se fosse uma vingança, mas de certa forma não era por mal.

Ele sempre a olhava disfarçadamente e pensando em ir falar com ela, mas acabava deixando de lado por orgulho, o mal de todo o saiyajin.

Ele também sentia muito incomodado com os comentários e assovios dos alunos com a linda dama que era sua professora, mas ainda não daria o braço a torcer, pois se sentiu traído, machucado. Ela mentiu para ele, ela o ignorou, mas mesmo assim ele gostava dela, apenas queria ver se colocava as ideias no lugar.

Trunks sempre o avisava, mas ele não estava nem aí com os avisos e mal falava com o amigo.

E naquele dia Kiria entra mais uma vez na limusine para ir para a sua casa, com lagrimas nos olhos e disse:

— Ele realmente me odeia Lui – ela limpava as lagrimas com um lenço.

— Por que não luta para reconquistá-lo, Kiria? Nem parece você chorando desse jeito.

— E o que eu vou fazer Lui? Eu já fiz tudo, falei com ele, expliquei e nada – Kiria secou as lagrimas e o encarou.

Lui ficou triste e olhou para ela.

— Quer que eu prepare uma viagem para a senhorita, ficar uns dias foras? – ele perguntou olhando para trás.

— Sim Lui, eu quero que me tire dessa cidade e me mande para bem longe para que eu nunca mais volte – ela lamentava-se, pois para ela havia perdido o Goten, tudo por causa de uma mentira que ela tinha sido avisada várias vezes por Lui e acabou acontecendo.

Lui suspirou fundo e a deixou em casa e foi arrumar tudo para a viagem, para ela poder ir embora dali e esquecer tudo o que aconteceu.

Kiria arrumava as suas malas chorosas, mas queria ficar distante do Goten, queria ficar distante daquela cidade, talvez até do país, mas ainda sim queria que o rapaz a perdoasse e pudesse ficar junto dele, mas parecia impossível e distante, pois ele parecia odiá-la de todas as formas possíveis. Poderia usar o segredo dele para trazê-lo de volta, mas isso só o deixaria com mais ódio dela e ela não queria isso.

Kiria olhou todo o seu quarto, uma parte da casa que herdara de seu precioso pai, uma empresa que ainda tentava erguer, e já tinha bom resultados quanto a isso. Entrou no banheiro, fez a sua higiene pessoal, vestiu uma camisola singela e de mangas, se jogou na cama Box de casal. Suspirou fundo e desejou imensamente que o seu pai estivesse ali.

Derramou mais lagrimas, até que adormeceu.

Lui chegou com todos os papeis e passagens em mãos, bateu a porta do quarto, mas a garota não atendeu, mesmo assim girou a maçaneta e viu a garota dormindo tranquilamente, mas com o seu rosto marcados pelas lagrimas.

Colocou as passagens e os papeis em cima de um criado mudo próximo a cama e saiu em silêncio para não acordar a moça.

— Isso não pode ficar assim – sussurrou para si mesmo e caminhou pelo corredor.

Olhou o céu pela janela e já era noite, olhou no relógio da parede da sala eram dez horas da noite.

— Tenho que avisar ele hoje – saiu correndo pela porta da sala e jogou a sua nave mais rápida que tinha. – Eu tenho que lutar ou os dois só irão sair mais magoados disso tudo – voava a toda a velocidade.

Ia demorar a chegar, mas tinha que ajudar a sua quase filha, pois a viu crescer, acompanhou seus passos junto com a sua família e agora não podia a deixar ir embora sofrendo.

Sabia que ia ser demorado chegar lá, mas a distância era o que menos importava, mas sim a felicidade de sua patroa.

Viajou algumas horas pelo céu escuro só as luzes da nave, das estrelas e dos vagalumes clareavam enquanto ele já se aproximava da casinha, olhou a hora e já era quase quatro da manhã, não queria incomodar, mas teria, ele teria que bater à porta e falar com ele.

Desceu da nave e caminhou até a porta de madeira, bateu um pouco forte, esperou um pouco e viu alguém abrindo.

O rosto ingênuo e sonolento o encarou e disse:

— Posso ajudá-lo em algo?

— Sim, mas primeiramente peço desculpas por vir essa hora – abaixou o seu corpo junto à cabeça e logo levantou.

—Tudo bem, mas o que deseja? – perguntou ele esfregando as temporãs.

— O Goten... Eu preciso falar com ele urgente – falou apreensivo e o encarando.

— Olha o Goten deve estar dormindo – Goku não queria acordar o filho.

— Por favor, senhor Son, é urgente – o homem suplicava.

— Está bem – ele abriu mais a porta. – Entre e sente-se eu vou chamá-lo – Goku viu o homem entrar, fechou a porta, viu se sentar e subiu as escadas.

Chegou à porta do quarto do garoto e abriu.

— Goten! – chamou passando a mão em seu braço.

Nada do rapaz acordar.

— Goten! – Goku apertou com um pouco mais de força o braço do filho.

— Hum... Pai isso dói – ele virou sonolento. – O que quer a essa hora da manhã? – Olhou o pequeno rádio relógio que despertava sempre para ele acordar.

— Aquele senhor de outro dia está lá embaixo e disse que é urgente.

— Senhor? – ergueu a sobrancelha e encarou o pai.

— Sim, aquele do arbusto que o Trunks descobriu, aliás eu tinha descoberto ele antes, mas quis ver até onde ele ia – Goku riu.

—Diga ao Lui que não quero nada da Kiria – puxou a coberta cobrindo o rosto.

Goku suspirou e desceu as escadas e viu o homem mexer as mãos impaciente.

— Olha ele disse que...

— Deixa me ir ao quarto dele, por favor? – Lui quase implorava ao homem a sua frente.

— Por mim tudo bem – Goku deu os ombros e acompanhou o homem até o quarto. – E aqui – apontou ele. – Boa sorte – deixou o homem ali e entrou no seu quarto.

Lui bateu a porta do quarto do rapaz e ouviu-o dizer:

— O que o senhor quer agora, Pai? – voz sonolenta saiu quase inaudível.

— Goten, me ouça, por favor – a voz do homem soou do lado de fora.

Goten reconheceu a voz do homem e fechou o semblante e gritou:

— Meu pai já te deu o recado – ele ficou do mesmo modo.

Lui girou a maçaneta e viu que a porta estava aberta e entrou.

— Não seja um adolescente idiota, ou uma criança birrenta, Goten – ele elevou a voz, esquecendo que tinha mais pessoas ali.

Goku e Chichi se assustaram do quarto, mas preferiram ficar no canto deles e não se intrometer.

— Kiria está indo embora – ele jogou a Xerox dos papeis sobre a cama. – Tudo por que você está bancando o menino mimado e fazendo-a sofrer – ele o encarou.

Goten pegou os papeis e sentou-se a cama, olhou um por um e arregalou os olhos ao ver que era verdade. Que Kiria iria embora e do país.

— Por causa disso ela pode perder a empresa que o pai deixou a ela e que ela estava conseguindo erguer ela novamente, depois de descobrir os desvios de verbas e pessoas que a roubava – Lui o encarava enquanto Goten apenas olhava os papeis.

— Vamos Goten diga algo – ele estava apreensivo.

Goten olhava os papeis e ficou pensativo e depois olhou para Lui tentando achar uma resposta para dar a ele.

Ele ia perder ela para sempre, talvez Lui tivesse razão. Ele tinha que fazer algo, pois já gostava dela, mas tinha que colocar as ideias em ordem.

— Que horas ela pegara o voou? – perguntou sem emoção ainda olhando os papeis em mãos.

— O vou das dez da manhã – ele o encarou.

— Por que está fazendo isso, Lui? – perguntou o encarando com os seus olhos negros.

— Porque eu ajudei os pais daquela menina cuidar dela, sou praticamente da família, sou a pessoa que Kiria mais confia no momento e eu quero que ela seja feliz com uma pessoa como você. Que não se importa com o que ela tem e sim pelo que ela é – ele fez uma pequena pausa. – As pessoas erram Goten, o tempo todo, mas sempre pode se dar uma segunda chance a elas – Lui sorriu a ele. – Eu tenho que voltar, afinal sou eu que vou levá-la ao aeroporto. Pensa bem Goten – ele deixou o quarto e saiu da casa.

Lui estava do lado de fora quando ouviu um rugido alto de um dinossauro, jogou a cápsula e entrou o mais rápido possível, pois já começava a temer. Saiu dali o mais rápido possível.

Goten ainda olhava os papeis e viu o seu pai entrar em seu quarto e disse:

— E então vai deixá-la ir embora? – perguntou Goku escorando no portal e cruzando os braços. – Ele tem razão Goten, todo mundo merece uma segunda chance e você sabe melhor que ninguém que muitos dos que foram meus inimigos hoje são meus amigos.

— Sim pai, tem razão, eu vou fazer alguma coisa, mas...

— Ainda está magoado, eu sei, mas tudo que aquele homem disse Goten é a mais pura verdade – Goku havia ouvido a conversa toda do seu quarto com sua esposa.

Chichi apareceu e abraçou Goku na porta do quarto do hibrido e disse:

— Ora filho seu pai tem razão, a gente se magoa, mas se gostamos daquela pessoa de verdade ela sempre perdoa – Chichi sorriu e olhou para o Goku.

Goten contemplava a cena ainda sentado a cama, deu um sorriso, sabia da história de seus pais e faz um gesto de sim com a cabeça.

— Obrigada mamãe. Obrigada papai – ele agradeceu e recebeu um beijo de sua mãe no seu rosto.

— Agora descanse que o dia será agitado – ela sorriu, puxou a porta do quarto dele e voltou para o seu acompanhada de Goku.

Goten não dormiu mais, tentava colocar as ideias em ordem, ficou pensando em tudo que Lui, seu pai e sua mãe disseram. Pensou no dia que Kiria explicou as razões de ter mentido a ele.

“Eu sou realmente um idiota”. Pensou consigo mesmo.

Uma luz se acendeu em sua mente e em seu peito.

Ele não podia deixa-la ir assim, não agora que tinha esquecido a Maron e resolvido os problemas do Trunks. Ele queria tê-la ao seu lado como namorada. Ele tinha que pedir desculpas e tentar. Ele não podia a deixar ir assim, de forma alguma.

Goten se levantou e olhou no relógio, ainda teria um pouco de tempo. Vestiu-se, tomou café com os seus pais e não foi à faculdade.

Ele iria resolver-se com ela, sim, ele não podia pensar mais, ele não podia deixar assim, pois ele gostava dela.

Saiu da sua casa voando literalmente o mais rápido que pode partindo para a casa de Kiria.

Logo Goten chegou à casa de Kiria e aterrissa direto no quintal e bate à porta, uma das empregadas abre e se assusta, pois como ele havia entrado sem apertar o interfone.

— Desculpe te assustar, mas a Kiria está.

—Não, ela já saiu para pegar o voou.

— Mas não era às dez da manhã? – Goten perguntou confuso.

— Ligaram antecipando o voo para as nove e meia – a empregada falou.

Goten olhou em seu relógio e eram exatamente nove e meia.

— Droga... – ele fechou o punho com raiva. – Para onde ela foi? Qual a cidade? – ele corrigiu a pergunta.

— Eu não sei.

Ele olhou e nem se importou com ela ali e saiu voando tentando sentir o ki de Kiria.

A empregada ficou com cara de quem não entendeu nada.

— Como ele pode voar?

Goten nem se importava com seus poderes, ou se podia voar ou não, só partiu o mais rápido possível tentando sentir o ki de Kiria.

Sentiu o ki dela no aeroporto

Voou um pouco mais depressa para chegar ao aeroporto mais rápido.

No aeroporto a voz meio robotizada já chamava para entrar no voou.

— Lui, nos despedimos aqui – Kiria deu um abraço nele entre lagrimas.

Lui olha para todos os lados procurando algo, o que não deixa passar despercebido por Kiria.

— Procurando alguém, Lui? – ela perguntou segurando a mão do mordomo.

— Não Kiria – ele desconversou. - Espero que seja feliz e um dia volte.

— Pode deixar Lui. Cuide da empresa para mim viu – ela deu meio sorriso o abraçou mais uma vez e ouviu o chamado para o voou.

— Boa viagem, Kiria – Lui acenou e viu-a caminhando e passando por uma porta para entrar no avião.

Olhou novamente para os lados e não viu ninguém. Virou olhos para o relógio de bolso preço por uma corrente e olhou as horas.

— Por que esse voou tinha que ter antecipado – Lui perdia a esperança e resolver sair do aeroporto.

Após alguns minutos Goten aterrissa na entrada do aeroporto e encontra Lui já dentro da limusine. Ele corre até lá o reconhecendo e bateu no vidro.

Lui ouviu e baixou o vidro.

— Goten – ele o olhou e sabia o motivo dele estar ali. – Ela já decolou – ele falou meio triste. – Não sabia que iam antecipar o voou.

— Droga, eu achei que ia chegar a tempo – reclamou ele nervoso.

— Mas como ficou sabendo? – perguntou Lui como braço sobre a porta da limusine.

— A empregada me disse quando eu cheguei à casa de vocês.

— Que horas saiu da sua casa Goten? – perguntou Lui curioso.

Goten fitou o céu, e teria quefazer o que não queria expor os seus poderes, mas era a única forma de trazê-la de volta. Sentia o ki de Kiria não muito distante. Ele conseguiria alçar o avião com facilidade. Sorriu de canto e deu impulso e saiu voando na frente de Lui.

O mesmo esfregou os olhos com as mãos e olhou onde o garoto sumia rapidamente, esfregou mais uma vez:

— Ele voa? – perguntou mais para si mesmo tentando acreditar naquilo.

Lui sorriu e pensou: “Kiria deve saber de algo”.

Goten voou a toda a velocidade e logo alçou avião que Kiria estava. Olhou de um lado pelas janelas e não a viu, olhou do outro e também não viu.

Olhou a altitude, pensou em como fazer para não prejudicar os passageiros, afinal ele era um saiyajin e tinha que pensar em tudo.


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