Todos seguraram suas armas enquanto eu sentia como se estivesse sendo queimada por dentro. Eu suava e tremia enquanto me sentia uma inútil por não poder ajudar todos e, enquanto eu sofria com o despertar, a batalha começou.

Um Colossal Ruin guinchou alto e, juntamente com todas as outras criaturas, se moveu rapidamente na minha direção.

— Temos que tirar a Aria daqui. — Gritou Raiden.

— Agora não há tempo pra isso — Disse Alice.

Alice correu em direção ao Colossal Ruin e o acertou com a faca na sua máscara, mas um Locust a derrubou logo em seguida. Raiden e Kirby tentavam cuidar dos anjos, enquanto Caitlyn, Vi, Link e Mario lutavam contra os Locusts e os Colossal Ruins. Eles apareciam em quantidades absurdas, como se fossem um exército infinito. Todos faziam o que podiam para segurá-los enquanto meus poderes despertavam, mas não era o suficiente. Quando estavam quase sendo vencidos, eu ouvi algo vindo da floresta, como se alguém corresse em uma velocidade absurda. Vi um borrão azul pular por cima do meu corpo e depois começar a auxiliar na batalha. Era o Sonic. Depois apareceram o Tails, o War, o Death, o Marcus e todos os outros pra ajudar. A batalha teve uma grande virada. Eles derrotavam todos os inimigos com facilidade juntos. Vi socava os Locust junto com o Tails e o Sonic. War e Death puxavam os anjos para o seu alcance para mata-los, enquanto Marcus e os outros atiravam e jogavam granadas nos Colossal Ruins.

No meio da luta, um anjo conseguiu me pegar e tentou me levar para o castelo do Eggman, mas uma luz forte que me cegou temporariamente surgiu do meu corpo e queimou todos os anjos que estavam juntos desse. Ele me soltou e eu caí na grama. Minha visão começou a ficar escura e as últimas palavras que ouvi de um dos anjos que sobraram foi:

— Isso não é nem a metade da nossa força. O exército de Eggman dominará esse mundo e depois o mundo humano. Dragões e mais feras virão para levar a garota e não deixar que ela interfira no plano. — Disse ele enquanto recuava. Então eu desmaiei.

Quando acordei, não estávamos mais na casa do Link. Parecia uma espécie de caverna escondida. Um pano úmido estava sobre minha testa e ouvi alguns murmúrios.

— Não podemos coloca-la em risco outra vez. — Dizia uma voz que parecia ser a do Raiden. — Não entendem que essa garota pode acabar como a mãe? Se a deixarmos tão à vista como da última vez, talvez não consigamos protege-la.

— Achamos que aquele local era seguro e escondido o suficiente para que ela pudesse treinar e aperfeiçoar suas técnicas enquanto o dia em que seus poderes despertariam não chegava. — Disse a voz que parecia pertencer a Alice. — Não conte a ela sobre o que o Sonic e os outros viram anteontem nos arredores do castelo do Eggman.

Eu me levantei, ainda meio atordoada e com uma forte dor de cabeça, e disse:

— Não me contar o que? Não acham que já esconderam coisas o suficiente? Me trazem forçadamente à este lugar, colocam uma grande responsabilidade sobre minhas costas e ainda mentem. Como posso confiar em pessoas assim? — Eu agora tinha lágrimas em meus olhos. Não sentia vontade de chorar por causa do que havia acontecido ou por causa da dor, mas sim porque quando finalmente achava que havia encontrado pessoas em quem podia confiar, elas mentiram.

— Aria, não diga isso. — Disse Alice — Todos aqui querem muito te proteger porque você é a nossa única esperança e não queremos que fique preocupada com os obstáculos, queremos que foque apenas em melhorar suas habilidades. Se Eggman te levar, está tudo acabado.

— Ele vai fazer o mesmo que fez com a minha mãe? Me matar?

Todos suspiraram e começaram a se entreolhar. Eu não havia reparado antes, mas além do Raiden e da Alice, o Mario, o Link, o Kirby e o Dragonborn também estavam ali. Mas esse último nem sequer apareceu na hora da batalha.

— Aria, o Dragonborn estava andando ao redor do castelo do Eggman para conhecer melhor a fortaleza e tentar encontrar as melhores formas de entrar sem fazer muito alarme. — Disse Alice. — Mas o que ele encontrou, foi pior do que esperava.

— Era Ahri, sua mãe. — Começou o Dragonborn. — Mas ela não parecia ela mesma, tinha um tipo de máquina na sua cabeça que controlava seu cérebro. Ela parecia mais poderosa, porém totalmente sem sentimentos.

— Minha mãe está viva? — Eu disse assustada, mas esperançosa.

— Sim, afinal, ela é uma personagem de um jogo. — Continuou o Dragonborn — Nós não morremos de verdade. Não importa o que aconteça nós sempre ressurgimos, mas não nesse local, o que tornou as coisas estranhas. Se um personagem morre aqui e não em seu respectivo jogo ele não volta à vida, mas parece que o Eggman conseguiu reviver sua mãe e transformá-la naquela máquina assassina e sem sentimentos. Ela destruiu três Locusts com apenas uma orbe, enquanto o Dr a controlava com um pequeno objeto.

Eu fiquei sem acreditar. Minha mãe ainda estava viva e podíamos salva-la. Eu me levantei e todos pareciam prontos para me consolar, mas eu apenas disse:

— Vamos começar a traçar um plano. Quero destruir o Eggman e todos os outros e quero que todos voltem para os seus jogos, mesmo que eu não consiga mais voltar pra casa.

Expressões alegres surgiram no rosto de todos. Começamos a traçar um plano naquela tarde, depois tivemos um farto jantar e fomos dormir.

Acordei na próxima manhã determinada a acabar com aquele pesadelo. O plano era complicado, mas se fosse feito exatamente como todos concordaram, teríamos sucesso.

Combinamos que eu treinaria meus poderes pela manhã e pela tarde praticaria tudo o que aprendi nos últimos dias com os outros personagens. Quando chegasse a noite, colocaríamos nosso plano em prática. Eu e o Kirby derrubaríamos os Locust e os silenciosamente, enquanto Alice, Vi, Caitlyn e o Raiden atrairiam os Colossal Ruins para longe e os matariam. Dragonborn, Sonic, Tails, Mario e Link tentariam matar os dragões sem que fossem percebidos. Quando a guarda fosse reduzida e tivéssemos a chance de entrar no castelo, ninguém sabia o que nos esperaria lá dentro ou o que poderia acontecer depois disso.