Lembranças. escrita por Lua Barreiro, Holden


Capítulo 20
Pólvora


Notas iniciais do capítulo

Nem demorei muito pra postar me amem, zuera nem me amem.
Meu pulso está doendo, me amo.
Minha auto estima tá boa hoje, por isso digo que o capitulo vai ficar uma merda hue :



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Logo que  fechei a porta Violet apareceu atrás de mim rindo:

- Se eu não tenho namorado, você também não terá.- Tentou fazer uma feição séria.

- Logo você? Sempre soube que é uma vagabunda.- Soltei um grunhido dramático.

- Vagabunda não. Meu nome é Alcebiades.- Fez um sotaque mexicano ou algo do tipo e colocou aquelas esponjas em formato alongado, naquela parte. Vocês sabem qual.

Dica: Próximo a virilha.

Bufei e começamos a rir. Logo depois disso ligamos para um hospício qualquer pedindo para que viessem nos buscar.

Ignorem a segunda frase.

Nós duas nos jogamos no sofá em perfeita sincronia, eu suspirei ela coçou suas definidas pernas. Isso suou meio lésbico, mas viva á todas formas de amor. Abri a boca tentando soltar algumas letras, não saiu nada. Deixei o trampo para Villu:

- Vamos ao shopping.- Se levantou animadamente.

- Vamos?- Cara uma coisa que eu odeio é essa construção gigante repleta de lojas de departamento.

- Claro, vai se arrumar.- Olhou com desprezo para minha blusa da vaca e o frango. Porra, todos amam esse desenho.

- Cale-se e vamos logo.- Retruquei.

Saímos de casa, todos os olhares são desviados para Violet com seu vestido curtíssimo. Andamos até o shopping que não é tão distante, apenas duas quadras. 

Admito: Eu fiquei ofegante e quase me joguei no chão pedindo para que Violet continuasse a caminhada. Dizendo que eu sou apenas mais um soldado ferido, seria fácil continuar a vida sem mim.

Preferi comprar um sorvete italiano, como eu amo este sorvete. Provavelmente comprarei outro na saída e mais um no meio do passeio. E dois para levar para casa.

- Por isso que tem celulites.- Disse.

- Pelo menos minha perna tem crateras, a sua é lisa otária.- Esbravejei, como se isso fosse bom.

Andamos pelo shopping todo, literalmente. Villu não hesitava em não parar a frente de todas as lojas. Seus olhos brilhavam como de uma  criança vendo o tio do algodão doce:

- Entraremos naquela.- Apontou para uma loja de sapatos.

Concordei com a cabeça.

Entramos. Todas me olhavam como se estivessem me julgando da pior maneira possível, qual é o problema de se ir ao shopping de chinelos, shorts e cabelo bagunçado? Não sei. Elas sabem.

- LOUISE.- Villu me gritou dando pulinhos.

- O que?- Acredite saiu mais desanimado e rude do que pareceu.

- Olha esses sapatos.- Segurava na mão duas sandálias altíssimas e fortemente coloridas.

- Isso é bonito?- Perguntei, sério não entendo a moda.

- Super.- Jogou eles no meu colo.- Experimente-os.

- Jamais.- Joguei-os no chão.- Apenas se eu me chamar Thyfani Star e for uma prostituta, ai sim eu os uso.

- Exagerada.- Pegou os sapatos do chão e encaixo-os no seus pés.- Cara, são lindos.

- Violet purpurina, o travecão.- Gargalhei logo em seguida.

Ela arquejou, pagou a mulher no balcão e se despediu. Eu apenas á segui.

Logo que sai da loja recebi uma mensagem de texto do Dylan:

 Não vou poder ir te visitar hoje, mas prometo que vou amanhã. Beijos. 

Não o respondi.

Não fui grosseira só quero fazer uma surpresa e ir até ele. Deixei Violet no shopping com alguns meninos que ela encontrou e segui até a casa de Dylan, que por sinal também não é longe.

Outra quase morte aconteceu, mas estou bem.

P.O.V Dylan.

É uma bosta eu não poder visitar a Lílith como é outra bosta meu pai estar completamente bêbado. Sétima vez na semana. 

Estou trancado no meu quarto de companhia meu novo violão. As musicas que componho geralmente não são boas, mas da para alguma coisa. 

Ouvi alguns gritos na cozinha, provavelmente da minha mãe. Levantei-me da cama rapidamente. Quase arrombei a fechadura da porta já que está um tanto emperrada.

Quando ouço minha mãe gritando ou a vejo chorando algo cresce dentro de mim, não sei distinguir de ódio ou medo de perde-lá para um completo babaca como o meu pai.

Corri até a sala. Senti lágrimas caírem sob meu rosto.

Meu pai estava com uma arma na mão apontando-a diretamente para a minha mãe, mas não fixamente já que está cambaleando.

Como não sei o que fazer apenas joguei minha mãe para o lado e fiquei no lugar dela. Seus gritos e choro agonizantes me deixam se nexo.

- Oras, oras (...) O moleque retardado.- Disse com a voz completamente branda, de novo.

A arma continuava em minha mira.

- Qual é o teu problema?- Gritei proporcionalmente com gaguejos. 

- Vocês são meu problema, gastam meu dinheiro.- Sorriu debochadamente.- Poderia gastar todo o com bebidas.- Brincou com a arma.

- Gaste então!- Gritei.- E nos deixe em paz.

- Sua mamãe não vai ter outro homem além de mim.- Se agachou próximo a ela e começou acaricia-lá.- É um homem grandiosamente nojento. Sua barba sebosa encostava no rosto de minha mãe, que não parava de chorar.

O empurrei do lado dela. Ficou por alguns minutos no chão, até se levantar novamente. Sua feição mudou para completamente séria.

- Não encoste em mim seu filho de uma puta.- Esbravejou preparando o gatilho.

Meu coração gelou nesse momento, juntamente com minhas pernas que ficaram inteiramente paralisadas. Ele tem coragem.

- Filho de uma puta não, filho de um vagabundo.- Retruquei.

Aproximou a arma mais ainda de meu rosto. Até que a porta principal da sala de abriu. Vejo a imagem de Lílith e seus longos cabelos avermelhados. 

- MEU DEUS!- Ela gritou da porta logo depois tampou sua boca com as mãos.

Meu pai se virou, apontando a arma para ela. 

- Dylan, o que está havendo?- Falou com certa dificuldade.

Meu pai (me refiro a ele com desprezo) está focado na garota. O que facilitou minha ação:

Peguei a cadeira que fica entre os sofás e a mirei em sua cabeça, quando o mesmo sentiu e virou-se eu o ataquei. Bati a cadeira com a força de toda a raiva que eu sinto e sempre senti.

A arma disparou.

Um barulho estrondoso pareou a sala. Tudo que pude ouvir foi o grito de minha mãe acompanhado com o de Lílith, que caía sob o chão.

(...)


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Notas finais do capítulo

Luana fazendo capitulos dramaticos nem rola, mas belezinhas