De Volta a Mystic Falls escrita por Hunter Pri Rosen


Capítulo 5
Capítulo 5 - Casais


Notas iniciais do capítulo

Oieeee!!! Olha eu aqui outra vez trazendo um capítulo beeeem romântico (e não só por causa de Mia e Cas).Neste capítulo veremos outros casais fofos!!! Divirtam-se



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– Quer saber? - perguntou Sam ainda no Mystic Grill com o irmão - Todo esse clima de romance no ar me deu coragem para procurar Meredith. Você estava certo, Dean.

Sam se levantou e bateu no ombro do irmão antes de sair do restaurante.

Dean olhou para o lado e viu Caroline e Tyler conversando em clima de romance. De repente lembrou de quando conheceu Bonnie. E foi como se estivesse ouvindo ela dizer de novo: "Então é por isso que você não gosta de mim? Por causa daquela maldita torta? Se serve de consolo, ela estava horrível."

O garçom se aproximou e perguntou:

– Mais uma cerveja, amigo?

– Não. - dispensou Dean colocando algumas notas em cima do balcão, mas parou ao ver algo na vitrine.

E de repente foi como se ouvisse ele próprio dizendo para Bonnie: "Não, não serve de consolo. Era minha torta! Bruxa! Queime bruxa! Queime!"

– Você vai querer mais alguma coisa? - quis saber o garçom.

– Sim. Torta. Eu vou levar. - respondeu o caçador.

Dean comprou a torta e voltou para o hotel. Colocou a sacola em cima da mesa e puxou uma cadeira. Respirou fundo e lembrou de quando Bonnie canalizou a sua energia para encontrar Mia. Dos dois no meio daquele círculo de fogo. Ela segurando as suas mãos e mandando ele ficar quieto.

Dean abriu a embalagem e começou a comer a torta. Era a mesma torta que Bonnie tinha comido no dia que se conheceram, quando ela invadiu o quarto do hotel e expulsou os Salvatores. E depois, no Mystic Grill, quando ela comprou a mesma torta para ele. A torta era horrível, mas a lembrança era boa.

Dean não conseguiu terminar de comer a torta. Mas não porque estava horrível, mas sim porque a lembrança também era dolorosa. Resolveu deitar na cama. Virou pro lado e resmungou antes de fechar os olhos:

– Bonnie... Bruxinha... Onde você se meteu?

No hospital, Meredith se preparava para sair da sala, quando uma enfermeira apareceu e avisou:

– Dra. Fell? A senhora tem mais um paciente.

– Oh... Por favor, peça para o Dr. Greysson atendê-lo. - disse a médica.

– Ele disse que só quer ser atendido pela senhora. - ressaltou a enfermeira.

Meredith colocou a bolsa em cima da mesa e pensou um pouco antes de responder:

– Tudo bem, mande ele entrar.

A médica foi até o canto da sala onde havia um bebedouro e pegou um pouco de água. De repente ouviu passos dentro da sala e perguntou:

– Então, qual o seu problema?

– Na verdade, eu tenho tido pesadelos com palhaços, doutora. - explicou Sam fazendo com que ela se virasse e sorrisse - A senhora acha que isso é normal?

– Nada em você é normal, Sam Winchester. - respondeu ela enquanto ele se aproximava, pegava o copo da sua mão e colocava sobre a mesa - E é exatamente isso o que eu mais gosto em você.

Sam sorriu e segurou o rosto dela antes de beijá-la.

Enquanto isso, Dean se virou para o outro lado da cama.

– Dean... Dean... - chamou uma voz familiar o fazendo abrir os olhos.

Ao ver Bonnie deitada ao seu lado na cama, Dean se afastou assustado e acabou caindo no chão.

– Que diabos... - deixou escapar ele enquanto Bonnie sentava surpresa na cama.

– Você consegue me ver? - indagou a bruxa.

– Sim. Por quê? Eu não deveria? - perguntou ele ainda sentado no chão e confuso.

Bonnie pensou um pouco e sorriu ao responder:

– Talvez você tenha pensado muito em mim e por isso consegue me ver.

– Como assim? - não entendeu o caçador.

Bonnie parou de sorrir e Dean imaginou o que estava acontecendo.

– Não... - temeu ele.

– Sim, Dean. Eu estou morta. - revelou ela.

Depois de alguns instantes se acostumando com a ideia, Dean se aproximou devagar de Bonnie e a abraçou.

– Se você é um fantasma como eu consigo te tocar? - questionou ele.

– Estamos em Mystic Falls. Coisas estranhas acontecem, Dean.

– Eu estou dormindo? - indagou ele.

– Não. - respondeu ela.

– Então eu estou bêbado...

– Isto é real. - assegurou ela - Mas eu não consigo te sentir, Dean.

Ele se afastou e segurou as suas mãos entre as dele.

– Você não consegue sentir isso? - perguntou Dean.

– Não.

– E isso? - disse ele encostando seus lábios nos dela.

– Não...

Dean a abraçou de novo, desta vez mais forte e passou as mãos por seus cabelos. Beijou sua testa e perguntou:

– O que aconteceu com você, Bonnie?

– Um feitiço... Eu fiz um feitiço para trazer Jeremy de volta. Só que foi demais pra mim. Então eu morri... - explicou ela.

– Então nós temos que desfazer isso... - sugeriu Dean.

– Não! Não, Dean... Eu não me arrependo de ter trazido Jeremy de volta à vida. Ele não merecia morrer naquela caverna. Trazê-lo de volta foi a coisa mais certa que eu já fiz. - argumentou a bruxa.

– Claro que foi. Afinal vocês dois tiveram uma história. - lembrou Dean se afastando e indo até a janela.

– Sim, nós tivemos uma história. Mas não foi por isso que eu fiz o feitiço. Eu fiz porque era o certo a se fazer. - explicou ela se aproximando dele - Eu não vou mentir para você, Jeremy é importante para mim e de alguma forma sempre será. Nós tivemos uma história sim, mas depois eu conheci você. E nós tivemos uma história também. Por favor, me prometa que vocês não vão brigar por minha causa. Eu estou morta e não nada que...

– Como eu faço para parar de ver você? - perguntou Dean a interrompendo.

Bonnie o olhou com certo pesar e respondeu:

– Você só precisa parar de pensar em mim.

– Tudo bem. - disse ele fechando os olhos.

Depois de alguns segundos abriu os olhos novamente e lá estava Bonnie na sua frente. Fechou os olhos mais uma vez e mais uma vez viu a bruxa quando os abriu.

– Eu não consigo parar de pensar em você, Bonnie. Eu não consigo...

Ela sorriu emocionada e seus olhos lacrimejaram.

– E eu não tenho ideia se você vai sentir isso, mas eu preciso tentar... - disse ele se aproximando e a beijando apaixonadamente.

Quando se afastou um pouco dela, Bonnie sorriu e admitiu emocionada:

– Eu posso sentir isso, Dean. Eu senti isso...

– Ótimo. Porque eu vou te beijar de novo. - avisou ele se aproximando novamente - E de novo...

E novamente Bonnie sentiu o beijo apaixonado de Dean Winchester. E ele não se importou se ela era um fantasma e ele um caçador. Ela ainda era Bonnie. A única bruxa que ele não conseguia odiar...

Na manhã seguinte, Sam e Dean tomavam café em uma das mesas do lado de fora do Mystic Grill.

– Dean, você está bem? - estranhou Sam.

Dean olhou pro lado, depois para o irmão e respondeu:

– Sim, eu estou ótimo. Por quê?

– Nada. Você só está calado demais hoje. - observou Sam e depois voltou a mexer no notebook.

– É impressão sua, Sammy. - mentiu ele olhando para o lado novamente e sorrindo - Mas e você? E Meredith?

– Ela está bem. Nós estamos bem. - respondeu Sam sorrindo e em seguida olhou para o irmão que parecia distraído com alguma coisa - Dean, o que está acontecendo com você?

– Nada...

Insatisfeito com aquela resposta, Sam insistiu:

– Não, não é nada. Você está com uma cara de... Bobo e fica olhando pro lado a cada 10 segundos. O que você tem? Nossa...

– O que foi? - estranhou o mais velho.

Sam se encolheu um pouco na cadeira e perguntou:

– Você não ficou com frio de repente? Como se a temperatura tivesse caído?

Bonnie riu e Dean acabou fazendo o mesmo.

– Dean... - chamou Sam vendo o irmão distraído de novo - O que está acontecendo?

– Sammy, eu tenho uma coisa pra te contar. - anunciou o irmão.

Algum tempo depois, Dean estacionava o Impala em frente a casa dos Salvatores.

– Bonnie está morta? - surpreendeu-se Sam - E está te assombrando?

– Não é assombrando exatamente. - tentou explicar Dean - Ela... Eu... Nós... Estamos bem.

– Dean... Isso não é certo. - preocupou-se Sam - Se a Bonnie é um fantasma, você sabe o que nós temos que fazer. Encontrar o corpo...

– Não! - cortou Dean saindo do carro - Ninguém vai queimar a minha Bonnie!

Sam riu e também saiu do carro.

– Sua Bonnie? Você está se ouvindo, Dean? - admirou-se Sam - Quer saber? Esquece. Eu só espero que você saiba o que está fazendo. Na verdade, eu queria falar com você sobre outra coisa.

– Sobre o quê? - interessou-se Dean parando de andar e ficando de frente para o irmão.

– Dean, você não acha que a Mia está... Estranha ultimamente? - questionou Sam.

– Pra mim a Mia sempre foi um pouco estranha. - admitiu ele.

– Não, Dean... Não é isso. Eu quero dizer, mais estranha. Mais impulsiva... E às vezes eu acho que ela está agindo de uma forma... Estranha. Ela está diferente. Mas eu não consigo entender o que é exatamente. - disse Sam.

– Deve ser o sangue de demônio. - sugeriu Dean voltando a andar e tocando a companhia.

– Por falar nisso, você não acha estranho que ela não tenha tocado neste assunto? - continuou Sam - E que os pesadelos e visões tenham dado uma trégua.

– Você acha que ela não merece uma trégua? - indagou o Winchester mais velho.

– Claro que sim, Dean. Mas não se trata de merecer. A questão é por que os pesadelos e visões deram a trégua? - rebateu o mais novo.

– Estamos em Mystic Falls, Sammy. Coisas estranhas acontecem. - respondeu Dean enquanto olhava rapidamente para Bonnie.

Elena abriu a porta e disse sorrindo:

– Entrem. A Mia já está acordada.

– Então ela não está mais trocando o dia pela noite? - indagou Sam um tanto surpreso.

– Não, gênios! - respondeu Mia descendo as escadas sorrindo - Bom dia, meninos! - cumprimentou e deu um beijo em cada um.

– Parece que alguém acordou de bom humor hoje. - observou Dean.

Mia foi até a cozinha e pegou a garrafa térmica. Tomou um pouco do café e respondeu:

– Sim, eu acordei de bom humor.

– O que é surpreendente depois da noite desastrosa que você protagonizou ontem. - lembrou Sam.

– É, Mia, o que deu em você? Quando nós dissemos seduzir, nós queríamos dizer seduzir e não atacar o anjo. - acrescentou Dean.

– A noite não foi tão desastrosa assim. - discordou ela enquanto cruzava as pernas e colocava os pés em cima da mesa.

– Você foi demitida. - lembrou Sam.

– Aquilo ia acontecer mais cedo ou mais tarde. O Sr. Smith estava só querendo um motivo. - disse ela - Mas, em compensação, Castiel Jimmy Novak me procurou no estacionamento depois daquela... Daquela...

– Cena chocante? - sugeriu Dean.

– Sim. - respondeu ela enquanto tomava mais café - Acho que eu consegui chamar a atenção dele.

Sam observou alguma coisa na mão de Mia enquanto Dean continuou:

– Parece que o coração tem mesmo algum tipo de memória. - refletiu Dean lembrando da época em que Castiel apagou as lembranças de Mia e mesmo assim ela continuou atraída por ele - Então qual é a próxima etapa dos 10 passos para seduzir um anjo desmemoriado?

– Bem, nós vamos ao parque hoje. - revelou Mia.

– Que romântico... - disse Sam ainda distraído.

– Bem, nos mantenha informados, Mia. - pediu Dean e depois de alguns instantes, perguntou - Mia, está tudo bem com você?

– Sim. Por quê? E por que todo mundo me pergunta isso? - irritou-se a garota.

– É que o Sammy acha que você está meio estranha ultimamente. - contou Dean.

– Dean! - cortou Sam enquanto Mia o encarava um tanto ofendida.

– Desculpem... Eu não quero falar sobre isso, mas provavelmente é o sangue de demônio. Daquele demônio. - respondeu ela - Mas eu não estou pronta para conversar sobre isso com vocês. Por favor, me deem um tempo para assimilar tudo isso. É tudo muito recente ainda...

– Claro. - concordou Dean - Mas você sabe que o que você precisar, nós estamos aqui. Sempre.

– É... Eu sei. - assentiu ela - Obrigada, meninos... Mas vocês não precisam se preocupar. Está tudo bem. Eu vou ficar bem.

Sam e Dean assentiram e deixaram a casa, e então Sam disse enquanto caminhavam até o Impala:

– Dean, nós precisamos conversar.

– Sammy, se é sobre a Bonnie... - começou o mais velho.

– Não. - cortou Sam fazendo Dean parar - É sobre a Mia. Tem alguma coisa errada com ela.

– Ela disse que está bem. - lembrou ele.

– Ela está mentindo, Dean. E se você não estivesse tão abobalhado por causa do fantasma da Bonnie também enxergaria isso. - disse Sam.

– Eu não estou abobalhado... - discordou ele enquanto olhava para o fantasma da bruxa novamente e sorria - Mas sobre a Mia, o que você quer fazer?

– Por enquanto, só observar. Você consegue fazer isso, Dean? Se concentrar em outra coisa que não seja o fantasma da Bonnie? - quis saber o irmão.

– É claro, que consigo. - afirmou Dean - Não seja idiota...

Mais tarde no parque, Mia caminhava ao lado de Castiel enquanto mordia uma maçã do amor.

– Então você é professor, não é? - perguntou ela.

– Sim, de História. - confirmou ele.

– Sam e Dean me contaram que você vai trabalhar na escola da cidade. - continuou ela.

– Na verdade, eu não consegui o emprego. - contou Castiel com certa tristeza.

– Oh! Que pena... Eu tenho certeza que você seria um excelente professor. - assegurou Mia tentando se acostumar com o novo Castiel.

– Obrigado... Mas parece que o Diretor não pensa da mesma forma. - lamentou ele - O que foi estranho, na verdade, porque eu sei que ele gostou de mim e que eu sou qualificado para o cargo, mas... Hoje ele me ligou e disse que eu não fui aprovado para a vaga.

Mia parou e depois de pensar alguns instantes sugeriu:

– Talvez eu possa te ajudar.

– Como? - interessou-se ele.

– Bem, eu conheço o Diretor. Talvez se eu falar com ele... - sugeriu a garota.

– Não... Você não precisa fazer isso. - discordou Castiel enquanto os dois entravam na roda gigante.

– Eu faço questão. - insistiu Mia - Não se preocupe, o máximo que pode acontecer é ele manter a negativa. Mas se ele mudar de ideia... Então...

– Então eu terei mais um motivo para ficar em Mystic Falls. - insinuou ele a olhando de um jeito diferente.

Mia o olhou com certo encanto também, mas em seguida lembrou do que Dean falou sobre colocar os sentimentos em uma caixa. Precisa manter o foco naquela missão. Se fosse impulsiva acabaria contando toda a verdade para o ex-anjo e ele com certeza não acreditaria nela. E então todo o plano de fazê-lo se lembrar aos poucos, se acostumando com a verdade aos poucos até descobrir quem era realmente, iria por água abaixo. Além disso, não podia esquecer que Castiel estava disposto à deixá-la para sempre quando se envolveu com Metatron naquele plano idiota de fechar os portões do Céu. E esta decisão tinha doído profundamente nela. Mia havia concordado em ajudar os Winchesters porque aquilo era o certo a se fazer, mas não podia misturar as coisas. Quando se lembrasse de tudo, Castiel iria embora de Mystic Falls com Sam e Dean. Eles precisavam consertar as coisas que aconteceram no Céu aquela noite. E talvez, no fim de tudo, Castiel voltasse mesmo para a sua verdadeira família, para o Céu, para os outros anjos e então Mia ficaria sozinha. Para sempre.

– Você tem medo de altura? - quis saber ele ao notar que Mia estremeceu ao olhar para as pessoas lá embaixo.

– Sim... Você não?

– Engraçado, eu nunca tinha parado para pensar nisso, mas eu me sinto até melhor aqui em cima. - confessou ele.

– Faz sentido... - murmurou ela.

– O quê? - não entendeu o ex-anjo.

– Nada. - desconversou ela.

Castiel percebeu que Mia continuava com medo e passou o braço por cima dos seus ombros a abraçando.

– Eu posso confessar uma coisa? - perguntou ele enquanto se aproximava mais de Mia.

– Se não for algo estúpido, tudo bem. - assentiu ela.

Castiel riu e continuou:

– Bem, na verdade, vai parecer um pouco estúpido, mas eu posso garantir que também é verdade. - respondeu ele - É que... Eu não sei por que, mas é estranho... Aquele tipo de coisa, de sentimento, que acontece sem explicação aparente.

– Okay, você conseguiu me deixar curiosa. Fala logo. - interessou-se ela.

– Bem é que eu te conheci naquela noite e esta é a terceira vez que eu te vejo, mas... Eu sinto como se te conhecesse há tempos. Talvez seja como você disse àquela noite no Kansas. Talvez nos conhecemos de outra vida. - explicou ele.

– Você lembra... - admirou-se Mia por ele lembrar das coisas sem sentido que ela disse naquela noite.

– Como eu poderia esquecer? Você me bateu aquela noite, lembra? - recordou Castiel com um leve sorriso.

Mia riu, cobriu o rosto envergonhada e lamentou:

– Desculpe por aquilo...

– Está tudo bem. Eu devo ter merecido. - tranquilizou ele - Mas eu não posso deixar de me perguntar...

– Perguntar o quê? - quis saber ela achando aquela conversa cada vez mais interessante enquanto encostava a cabeça em seu ombro.

– Bem, primeiro você me bate, depois você me beija daquele jeito... Na frente de todo mundo. Eu fico me perguntando, o que vem depois? O que você vai fazer depois... Você sempre foi impulsiva assim? - questionou o ex-anjo.

– Ultimamente... Eu fiquei pior. - admitiu ela envergonhada de novo.

– Não... Eu não estou criticando a sua forma de agir. - esclareceu ele - A verdade é que... Eu gostei. Você sabe... Eu gostei do que você fez ontem. E eu fiquei me perguntando a noite toda... Quando será que ela vai fazer aquilo de novo?

Mia ficou em silêncio. Era tão bom ouvir aquelas coisas, mas ao mesmo tempo sabia que não podia se envolver com Castiel de novo. Ele nem sabia quem era ou quem ela era de verdade. Além disso, muitas coisas haviam acontecido com os dois no último mês. Castiel não era o mesmo. E Mia também não era a mesma pessoa. Não podia simplesmente ignorar tudo isso e se jogar nos braços dele de novo. Embora fosse uma ótima e irresistível ideia.

Não. Precisava resistir. Precisava encontrar uma forma de fazê-lo se lembrar do por que a deixou e não namorá-lo de novo. Precisava encontrar uma forma de fazê-lo lembrar do passado e não investir em um novo futuro com ele. Aliás, já estava mais do que claro que aquilo não tinha futuro. Tinha acabado. Acabou.

Desceram da roda gigante e Mia o levou de volta ao hotel sem dizer nada enquanto pensava em todas aquelas coisas.

– Me desculpe. - disse ele quando Mia estacionou o Mustang.

– Pelo quê?

– Eu não sei exatamente. Mas eu sinto que eu disse ou fiz alguma coisa que te... Machucou. Eu sinto muito, Mia.

Castiel abriu a porta do quarto e Mia pediu:

– Espera.

Ele obedeceu e se virou para ouvir o que ela tinha a dizer. O problema é que Mia não sabia o que dizer.

– Droga... Que se dane... - disse ela se aproximando e o beijando impulsiva e apaixonadamente.

– Ela está fazendo progressos. - disse Bonnie enquanto observava o casal no Mustang da janela do hotel.

– Você acha mesmo? - indagou Dean enquanto também observava Mia e Castiel.

A bruxa sorriu e respondeu:

– Não importa o quanto aqueles dois neguem ou percam a memória, certas pessoas estão destinadas a ficarem juntas.

Dean sorriu de volta e Sam os interrompeu perguntando:

– Dean, com quem você está falando?

– Você sabe com quem, Sammy. - insinuou ele.

– Bonnie está aqui? - surpreendeu-se Sam - Agora? Com que frequência você tem visto o fantasma dela, Dean?

– O tempo todo... - suspirou o outro enquanto Bonnie sorria - Como em O Sexto Sentido. Só que sem a menina embaixo da cama...

– Dean! - chamou Sam fazendo o irmão sair daquele transe - Você sabe que isto não está certo, não sabe? Bonnie está morta... E isso é triste, mas você não pode ficar vendo o fantasma dela para sempre.

– Por que não? - indagou Dean se aproximando e sentando em uma das camas.

Sam riu e esclareceu:

– Porque você é um caçador, Dean. E Bonnie é um fantasma. Mais cedo ou mais tarde ela vai ter que se desapegar, Dean, e... Ir embora.

Neste momento, um livro caiu no chão e Dean explicou:

– Sammy, eu acho que você magoou os sentimentos dela.

– Dean, eu realmente sinto muito pelo que aconteceu com Bonnie, mas você tem que admitir que se não estivesse... Apaixonado por ela, saberia exatamente o que tem que ser feito. - argumentou Sam tentando medir as palavras para não magoar a bruxa de novo - Aliás, se fosse qualquer fantasma, você já teria feito...

– Exato, Sammy. Se fosse qualquer fantasma. Mas é da Bonnie que nós estamos falando. Ninguém vai queimar os ossos dela. - disse o mais velho.

Sam olhou em volta e sentiu que a temperatura havia caído.

– Então você sabe o que vai acontecer. - continuou Sam - Com o tempo a Bonnie vai mudar. Vai ficar triste, com raiva... Até se tornar vingativa... Perigosa.

Dean olhou para o lado e depois de alguns segundos respondeu:

– Ela disse que isso não vai acontecer. Que nada vai mudar a forma como ela é e como vê as outras pessoas.

– E você acredita nela? - quis saber Sam.

– Sim. - afirmou Dean.

– Por quê?

– Porque é a Bonnie, cara. E porque estamos em Mystic Falls. As coisas são diferentes por aqui. - argumentou Dean.

– Um fantasma é sempre um fantasma, Dean. - lembrou Sam enquanto o irmão olhava para o lado novamente - O que foi desta vez?

– A Bonnie disse que é melhor nós mudarmos de assunto ou ela vai puxar o seu pé à noite. E que você precisa cortar o cabelo também.

Dean sorriu e Sam fechou a cara enquanto voltava a mexer no notebook.

Mia se afastou de Castiel e sorriu. Estava cada vez mais difícil separar as coisas e colocar os sentimentos de lado. Ele a olhou intrigado.

– O que foi? - estranhou ela.

– Eu não sei... - respondeu ele enquanto lembrava de alguma coisa.

De repente foi como se estivesse vendo uma cena dentro da sua cabeça. Viu Mia encolhida no canto de uma cama em um quarto pouco iluminado. E então ela perguntou intrigada:

– Quem é você?

E ele se viu naquele mesmo quarto, sentado naquela mesma cama, usando um sobretudo esquisito e respondendo:

– Um amigo.

Mia estalou os dedos para chamar a atenção de Castiel que voltou a olhá-la, mas ainda continuava confuso.

– Você está bem? - preocupou-se ela.

– Sim... - respondeu ele abrindo a porta do carro - Mas eu preciso ir. Te vejo mais tarde?

– Claro. - respondeu ela enquanto Castiel saía do carro e entrava no hotel.

Mia não imaginava, mas o plano começava a funcionar.


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Notas finais do capítulo

Gostaram????? Olha, eu não sei aonde eu estava com a minha cabeça quando eu resolvi juntar Dean e Bonnie e Sam e Meredith, mas confesso que adoro e fico imaginando mesmo como seria os dois casais juntinhos...E Mia, hein??? Tá mexendo com a cabeça e o coração do Cas. Algum palpite sobre o futuro da fanfic?Bem, como hj é sexta-feira e eu não sei se vou conseguir um computador no fim de semana, tentarei postar mais dois capítulos hoje! Mas só se vcs comentarem este primeiro, ok? Beijos e pudins!!!



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