Impossível escrita por Livia Cullen


Capítulo 12
Capítulo 12 - O pesadelo


Notas iniciais do capítulo

Me desculpem a demora!!
Estou em época de provas finais... nem estou tndo tempo para respirar, mas consegui escrever um capítulo para vocês!
Espero que gostem!

Beijoooos e Boa Leitura!



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O resto do dia passou maravilhosamente bem: David me carregou para cima e para baixo, como se eu fosse uma criança; entregamos o presente da minha mãe, que quase desmaiou de tanto que gostou; almoçamos, lanchamos e jantamos; ele me agarrou algumas vezes, quando ninguém estava por perto, e eu nem gostei (pouco não!); e conversamos várias banalidades.

 

Segunda-feira de madrugada. Desta vez eu não acordei por causa da claridade, e sim por causa dos gritos. Gritos de quem?! Os meus. E para completar, lágrimas caíram pelo meu rosto. Não tive consciência de que estavam me abraçando até que ouvi sua voz.

 

- Calma meu amor. Eu estou aqui. Já passou. Foi só um pesadelo. Não chora. Eu estou aqui. – David ficou repetindo essas palavras para me acalmar.

 

Pelo o que parece, ninguém havia acordado, mesmo com o meu escândalo por conta do pesadelo. O mesmo pesadelo.

 

Passado alguns minutos, eu me controlei e me aconcheguei mais para perto do David.

 

- Viu?! Bem melhor assim. Agora me conta sobre o seu pesadelo. – eu ainda estava agarrada nele, portanto ele deve ter sentido minha tensão.

 

O pesadelo... O mesmo desde... 2 anos atrás. Mas desta vez foi pior. O tiro não acertou quem sempre era o alvo.

 

- Eu tenho esse mesmo pesadelo desde os meus 14 anos – me vi contando sobre o que me deixou com esse pesadelo.

 

Flashback

 

!5 de novembro de 2007. Estávamos jantando aqui em casa, numa noite comum de quinta-feira, quando a campanhia toca. Minha melhor e única amiga, Ana, estava toda afobada e implorando para conversar comigo a sós. Minha mãe pediu para eu primeiro terminar de jantar, e enquanto esperava, Ana ficaria assistindo televisão. Meus pais se retiraram da mesa e eu fui levar as louças para a cozinha e as coloquei na lava-louças. Quando estava guardando o suco na geladeira, ouvi um grito, seguido de um estouro. Joguei a jarra de suco longe e corri para o local de onde vinha o barulho. Quando cheguei na sala, Ana estava caída no tapete, de frente para mim, com uma bala em seu coração. Suas últimas palavras foras: “Tome cuidado Gaby”.

 

Fim do Flashback.

 

Eu estava chorando quando terminei de contar a história.

- A ambulância chegou em cinco minutos, mas ela já estava morta. – Ele estava enxugando as minhas lágrimas.

- Vocês descobriram quem fez isso?

- Não. A polícia fez várias investigações, mas nada de concreto foi notificado. Isso me mata por dentro. E o pior é que a culpa é minha.

- Claro que não Gaby, você não tem...

- Claro que sim David. – eu o interrompi. – Se eu estivesse junto dela, se eu não tivesse ido terminar o jantar ou arrumar a mesa, ela provavelmente estaria aqui comigo.

- Pare de se culpar, Gaby. Mas o que isso tudo tem a ver com o seu pesadelo?

Suspirei. Era bom falar sobre isso com alguém que não achasse que eu estava louca ou com algum distúrbio mental, mas ao fazer isso, eu revivia a mesma dor, só que em menos intensidade, que eu senti nesse dia.

- A primeira vez que eu tive esse pesadelo foi na noite da morte da Ana. No meu sonho, Ana está do meu lado e um cara encapuzado, todo de preto, está com uma arma apontada para a minha cabeça. Eu peço ajuda a Ana, já que as minhas mãos estão presas numa corda, para ela me soltar. Mas ela não me ajuda e simplesmente diz: “Estou de pagando na mesma moeda.” E depois desaparece. Quando eu volto a olhar o cara, ele tire o capuz e eu grito para ele: “VOCÊ?!”, então ele atira. Eu sempre acordo com o barulho do tiro.

Eu não contei a ele que no pesadelo de hoje, ELE era o cara que atirava em mim. Ele não precisava se sentir culpado.

- Gaby, você já pensou em procurar um psicólogo? – bom, ele não me achava doida ou problemática. – Seria de uma grande ajuda. Seus pesadelos passariam e você não teria mais que conviver com esse trauma.

- Eu já fiz dois anos de terapia. Mas meus pesadelos sempre continuam.

- Você quer que eu fique do seu lado pelo resto da noite? Eu fico aqui velando o seu sono a noite inteira se isso fizer seus pesadelos pararem e você conseguir dormir melhor.

- Não precisa David, eu vou ficar bem.

- Então eu vou ficar aqui do seu lado enquanto você não dorme.

Eu deitei novamente na cama e ele se ajoelhou do meu lado, segurando uma de minhas mãos. Ele beijou a minha testa e começou a cantar uma música, que na hora eu reconheci. Wherever You Will Go do The Calling, uma música que eu tinha no meu celular e que eu sempre colocava para tocar quando estava com dificuldades para dormir. Ele parou de cantar antes do refrão.

- Você não se importa se eu cantar para você dormir, não é?!

- Não. Principalmente cantando essa música. Ela está no meu celular e eu coloco para tocar todas as noites, ou pelo menos nas noites em que eu estou com dificuldades para dormir.

- Então durma, meu amor.

Ele continuou a cantar, com sua voz perfeita, a música da minha vida, de onde havia parado. Eu adormeci antes mesmo de ouvir o segundo refrão da música.

 

 

 

 


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Notas finais do capítulo

Genteeee... Deixem Reviews!!

Próximo capitulo é Pov David!!

Beijooos