Konoha Boarding School escrita por Yellow Flash


Capítulo 9
Capítulo - The substitute




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Capítulo IX - The substitute'

Essa voz ...

Samui. O que ela está fazendo aqui? Fugaku... então você mandou ela vir aqui 'cuidar' disso? Não que eu não esperasse que você fosse colocar alguém para vir aqui em seu lugar, só estou surpreso que você a tenha mandado. Se fosse com o Itachi seria diferente, não é mesmo? pensei comigo mesmo. Itachi sempre foi o orgulho da família Uchiha. Fugaku sempre se gabava dele para as pessoas. Isso acontecia desde os nossos 7 anos de idade. 

Para onde quer que ele fosse, se for algo relacionado às empresas, ele sempre levava Itachi.

Me virei devagar para poder olhá-la na cara. A expressão de espanto predominou todo o rosto dela. Por que ela estava me olhando daquele jeito? Por que ela ligava? Não é nada minha mesmo. A expressão no rosto dela mudou. Eu vi seus olhos marejarem. Por que isso? o que essa infeliz estava fazendo? vê-la daquele jeito me deixou furioso e confuso.

Franzi o cenho e cerrei os punhos. Rangia os dentes. O que ela quer? me irritar? quer mesmo tomar o lugar da minha mãe? Notei que a expressão no rosto do tal do Gaara também mudou. Ele olhava atônito. Logo eu o vi virar o rosto. Exatamente como eu costumava fazer. Senti a Karin se afastar de mim. A Samui se aproximava de mim com o mesmo olhar de antes.

Sasuke... você está...- ela disse se aproximando de mim.

Se aproximava de mim com uma das mãos tapando a boca. Olhava espantada para os ferimentos no meu rosto. Aquela 'cena' fez com que eu me lembrasse de algo que aconteceu no passado, quando eu me envolvi numa briga e minha mãe me viu machucado. Como ela ousa...?

E o que é que você tem a ver com isso?! - perguntei, furioso.

Meu sangue estava fervendo. Raiva... confusão... dor... todos esses sentimentos mesclavam em mim. A aquela altura do campeonato eu já nem ligava mais para a dor que o meu rosto machucado estava me causando. Tudo o que eu fazia era tentar entender o que aquela mulher queria. Depois do modo como eu falei com ela, ela simplesmente virou o rosto para o lado, deixando uma lágrima escapar dos olhos.

- Aonde está o Fugaku? - perguntei, forçando-a a me olhar.

- Eu estou aqui, Sasuke. - ouvi a voz dele. Fria como sempre. Não me lembro de nenhum sentimento ser expressado por ele, a não ser o orgulho que ele sentia pelo Itachi. - Karin, pode nos dar licença, por favor?

- Claro. - eu a ouvi responder e em seguida, a vi sair.

- Eu estou desapontado com você, Sasuke. - falou. Sério? será que ele acha mesmo que eu não esperava por isso? Essa não é a primeira vez que escuto isso vindo dele.

- Por isso mandou a substituta vir na frente, não foi? Não queria que os outros pensassem que você estava aqui por mim, é?

- Não fale assim dela e nem tente envolvê-la nisso! - ele me disse, furioso. -  Você está trazendo vergonha a nossa família, moleque.

Tsc... acha mesmo que eu me importo com o que você e o Madara pensam? Você nunca agiu como meu pai, pra começo de conversa. Você nunca se importou comigo e nem com o Itachi, tudo o que você quer é um herdeiro, alguém para continuar de onde você parar, quando morrer. Você não pensa em nós como seus filhos, pensa em nós como meros peões a serem usados pela família, para continuar com os negócios como sempre foi. Se eu sou o que sou hoje é culpa sua e do MadaraFugaku Uchiha... você me enoja!

- Seu bastardo! - ele disse, furioso.

Ele estava fora de si. Era assim que ele ficava, quando escutava verdades. E como eu pensei que iria acontecer, ele virou meu rosto com uma bofetada. Ouvi a Samui gritar, pedindo-o pra parar. Ela segurou o braço dele, mas ainda fora de si, ele se libertou e me puxou pela gola da camisa.

Aproximou seu rosto do meu que estava coberto pelos meus cabelos e ocultando parte do meu rosto, após ter levado aquele tapa. Um sorriso se formou no meu rosto, ao ver o estado em que ele se encontrava. Sua respiração estava forte e sua testa franzida. Dava para perceber a raiva que ele estava sentindo sem sequer olhar nos olhos dele. 

''Já chega, pai!" 

Ouvi a voz de Itachi. Olhei para frente e lá estava ele. Aos poucos  o Fugaku foi largando a gola da minha camisa. O ouvi respirar fundo. A ''substituta'' presenciava a cena com os olhos marejados. Nenhuma das outras esposas que o Fugaku teve antes dela se importou com essas discussões. Por que ela se importaria? Droga. Soquei a mesa ali. Fugaku tentou tomar a compostura novamente, ajeitando as roupas que vestia.

- Com quem eu falo para resolver isso de uma vez? - ele perguntou ao diretor.

- É comigo, sr. Uchiha. - o diretor Danzou respondeu.

- Não, pai. Você vai para casa, o Sasuke vai para o quarto e eu e a Samui resolveremos isso. - o Itachi disse.

- Vamos, Sasuke. Eu vou te levar até o seu quarto. - a substituta se ofereceu.

- Não precisa. Eu sei aonde fica o meu quarto. - eu falei pegando a minha mochila e colocando-a nas costas.

Sasuke...

- Vai ficar tudo bem. Ele só está mau-humorado. - ouvi Itachi dizer a ela, tentando consolá-la.

(...)

Sakura Pov's

Acabávamos de voltar do museu artístico. Até que foi divertido, consegui me esquecer das coisas que aconteceram hoje mais cedo, por um tempo. O Sai é um artista fantástico. Visitamos várias galerias, mas realmente, as peças que eu mais gostei de todas as que eu vi lá foram as dele. Acabou que esse dia foi incrível. Eles são as pessoas mais divertidas com quem eu já andei. O ponto alto do nosso passeio foram o Naruto e o Kiba dando em cima das meninas lá do museu.

Foi engraçado ver o Kiba levar um fora e se enfezar ao ver a garota que deu um fora nele aceitar ficar com o Naruto. Mais engraçado ainda foi ver a cara do Naruto, quando dissemos que tínhamos que voltar e não iria dar tempo de ele ''ficar'' com a menina. Nunca o vi tão irritado antes. O mais engraçado foi ouvir ele resmungando de lá até aqui, e ainda não parou. A única coisa que não gostei nisso tudo foi a nova mania que a Ino pegou.

Ela agora está com a mania de ficar o tempo todo querendo me apresentar a qualquer menino que passava na nossa frente. Fora isso foi tudo incrível. Agora, a única coisa que eu me perguntava era o que aconteceu com a confusão que teve, hoje mais cedo. Como será que terminou aquilo? era a única coisa que eu me perguntava agora. Fiquei curiosa. Foi quando nós vimos o Itachi passar ao lado de uma mulher que devia ser um pouco mais velha que ele.

Ela era loira, tinha olhos verdes e como eu disse, parecia ser poucos anos mais velha que ele. O Itachi estava diferente da última vez que eu o vi, alguma coisa parecia estar perturbando-o. O Naruto correu até ele. Ainda bem que ele fez isso. Tomara que ele descubra alguma coisa. Não que eu seja fofoqueira, é que a curiosidade estava me matando, e vê-lo assim só fez aumentar minha curiosidade. O Naruto chegou até ele e o parou.

Nós vimos o Naruto falar, estava perguntando alguma coisa. Agora, Itachi parecia estar respondendo. A moça que estava do lado dele estava com os olhos avermelhados. Ela estava... chorando? Por quê? o que será que aconteceu? Logo vimos o Naruto correr em nossa direção, provavelmente descobriu algo.

- E então? O que houve? - a Ino perguntou.

- O pai deles esteve aí. Parece que rolou uma discussão feia entre ele e o Sasuke.

- Quem era aquela moça? - perguntei.

- A madrasta deles.- o Naruto respondeu.

Nossa. Tão jovem assim. Fiquei surpresa. Mas, por que ela estava chorando? Ela parecia ser uma boa mulher. O Naruto continuou a nos contar tudo o que o Itachi havia dito a ele, enquanto estávamos a caminho da lanchonete. Senti a Ino puxar meu braço, me separando do resto do grupo. Quero dizer, ela e o Sai.

O que foi? - perguntei, estranhando a atitude dela.

- Vamos despistar eles. - ela me respondeu.

- O quê? Por quê? - perguntei.

- Você vai em um encontro duplo comigo e com o Sai. - ela respondeu.

- Como? Eu não tenho um namorado, nem tenho um acompanhante.- eu falei.

- Não seja boba, Sakura. Eu arranjei um gatinho pra você, agora vamos, ele vai bater na nossa porta daqui a meia hora. Vamos nos arrumar. - ela disse. - Tchau, fofo.

Depois de se despedir do Sai, ela correu me puxando pela mão, até o nosso quarto. E mais essa agora. Aonde a Ino foi me colocar, dessa vez? Me arrependi de imediato por tê-la contado o que eu contei a ela hoje mais cedo.

(...)

Sasuke Pov's

Estava deitado na minha cama. Meu rosto ainda está dolorido por causa dos machucados que eu sequer tive tempo de colocar alguma coisa para amenizar a dor. Sentia meu olho doer mais, provavelmente estava inchado. Me levantei, caminhei até a estante e revirei a primeira gaveta, atrás de um espelho.

Logo na primeira gaveta eu achei, depois de revirá-la bastante. Coloquei o espelho em frente ao rosto. Eu estava com a bochecha direita meio roxa e inchada, meu olho estava vermelho e minha garganta tinha alguns hematomas. Me lembrei que aquele desgraçado havia me pisado ali.

Pensar que eu precisei de ajuda para sair bem dali me deixava furioso. Sim, eu sei que precisei da ajuda deles. Mas eu não admitiria isso publicamente nem sob tortura, tampouco agradecê-los por me ''ajudar''. Aquela Sakura... ela fala demais. É muito irritante. Desviando meus pensamentos, ouvi alguém bater na porta. Provavelmente era Itachi, ou a Samui.

Fiquei pensando se devia abrir ou não, enquanto a pessoa continuava a tocar. Resolvi ir atender, agora que já estava mais calmo. Receoso e me perguntando quem era ali, girei a maçaneta, abrindo a porta. Era a Samui. Abri a porta e a deixei entrar, queria ouvir o porque de ela estar ali. Em uma das mãos ela tinha curativos, e na outra, tinha um saco de gelo. Me sentei na cama.

- O que veio fazer aqui? - perguntei.

- Só vim trazer algumas coisas pra você, e conversar.

- Não temos nada pra conversar. Você já fez o que o Fugaku te mandou fazer aqui, não fez? Já pode ir embora.

Sasuke, você vai me ouvir. - ela disse, me olhando seriamente.

Resolvi me sentar. Resolvi ouvir o que ela queria dizer, já que eu nunca a vi falar assim com alguém antes. Ela sempre esteve bancando a ''mulher dócil'' pra mim e pro Itachi. Vamos ver se agora ela mostra sua verdadeira face. Me sentei no beliche, esperando-a começar o seu ''discurso''.

- Não foi nem um pouco justa a maneira como você falou com o seu pai. Você nem mesmo sabia do que estava falando, não é? Você não faz ideia do quanto estava errado. Sempre quando estamos juntos ele fica me dizendo o quanto se orgulha de você e do Itachi. Ele sempre me diz o quanto ama vocês e que vocês são a única família que sobrou pra ele, depois que a Mikoto morreu.

- Co-como você ousa...!? Não quero ouvir nem você e nem ele falarem o nome dela! O que você sabe sobre mim, o que você sabe sobre ela? Nada!

- Você está certo. Eu não sei de nada, não entendo nada sobre esse assunto. Mas uma coisa eu entendi, mesmo conhecendo Fugaku há tão pouco tempo: O amor que ele sente por vocês. Ele me contou que disse ao seu tio para ficar longe de vocês. Ele quer que vocês decidam o que querem fazer por si próprio. Tudo o que você falou para ele não passou de mentiras. Eu entendo que você se sinta assim depois de tudo o que aconteceu mas, não culpe Fugaku por isso. É tudo o que eu peço.

- ...- eu nada disse, apenas me calei.

- Bom, eu já estou indo. Tudo o que tinha que ser resolvido já foi, não precisa mais se preocupar com nada. Trouxe remédios e curativos pra você colocar no rosto machucado.

Fechei meus olhos. Será que tudo aquilo era verdade? Não sei porque mas, eu me recusava a acreditar em tudo aquilo. Toda aquela conversa havia dado um nó na minha cabeça. Tudo o que eu ouvi, em seguida, foi ela sair. Depois que ela saiu, eu ouvi a voz da Karin. Ela bateu na porta, depois de entrar.

- Oi.- ouvi ela dizer, e direcionei meu olhar a ela.- Como você está?

Em um ato impulsivo, corri e a abracei. Ela retribuiu o abraço. Era tudo o que eu queria no momento. Era tudo o que eu precisava. Um abraço. Um conforto. Eu a abraçava forte. Estava tão confuso. Ouvir tudo aquilo embaralhou toda a minha cabeça. Enquanto eu a abraçava, ela acariciava meus cabelos, como minha mãe costumava fazer.


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