Stronger escrita por Ana Wayne, Vick Wayne e Mia Oliveira, Miranda Kaiba


Capítulo 8
06. Stay here




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“Sua bondade ainda será o motivo da sua queda, Sakura!” Era isso que sua mestra sempre dizia. Sempre mesmo. Não que ela já tivesse dado ouvidos antes. Nunca dera e duvidava que um dia fosse dar, até hoje.

Nesse momento ela estava acabada. Seu chakra era mínimo e sua força quase zero. Havia perdido muito sangue e seu corpo estava exausto. Era um alvo fácil agora. O motivo de sua lastima e de seu atual estado era uma batalha que havia acontecido a poucos metros atrás.

Havia lutado contra alguns ninjas da prata que sabe-se lá o que faziam no País do Fogo, e estavam assaltando a civis. Ela que já estava retornando de uma missão e estava muito cansada, se prontificou a lutar com os três. Ela era forte e esperta e teve o elemento surpresa a seu favor e com isso conseguiu vencê-los mesmo naquele estado, mas se fosse atacada agora, certamente estaria ferrada.

Se quer aguentava correr. Felizmente já se encontrava próxima a vila da folha, caso contrário duvidava que fosse persistir por muito mais tempo. Andava de maneira torpe pela mata densa, quase não se aguentando em pé.

Ela sentou na raiz de uma arvore e ficou quieta. Estava exausta, não aguentava dar mais um passo. Na verdade estava difícil até mesmo manter a consciência. Sua visão já estava embaçada e ela podia sentir seu sangue escorrendo em seu rosto. “Droga!” Pensou assim que sentiu quatro assinaturas de chakra vindo em sua direção.

– Sakura? – Perguntou uma voz feminina. Era familiar, mas ela não conseguia saber de onde.

– O que houve com ela? – Perguntou outra voz, dessa vez masculina. Parecia mais uma retórica do que uma questão.

– Ino ela está acabada, acho melhor você curá-la. – Disse a terceira voz, também masculina.

Ela sentiu as mãos de Ino em seus ferimentos e sentiu a descarga de chakra, melhorando seus ferimentos. Mas não melhorava tanto quanto deveria melhorar. Talvez fosse as técnicas de Ino, afinal a mesma aprendera apenas as técnicas básicas de cura. Ou talvez fosse porque a mesma raramente treinava as técnicas. Ou... Sentiu uma dor correr por todo o corpo e gritou. “Veneno!” Algo gritou em sua mente.

– O que houve Ino?

– Eu não sei Shikamaru! – Exclamou a loira. – Parece que tem algo estranho no organismo dela que está impedindo minhas técnicas de cura.

– Algo?

– É algo como um microrganismo. Pode ser enzimas, bactérias, qualquer coisa estranha ao organismo dela.

– Como veneno? – Perguntou a primeira voz masculina.

– Se for isso Asuma-sensei, nós temos que leva-la imediatamente ao hospital. – Disse Ino. Ela sentiu-se ser carregada e, sentindo-se segura nos braços de um amigo, deixou-se ser levada pelo sono.

---.---

– Você deveria pensar um pouco mais em si mesma Sakura-chan! – Disse Tsunade, se sentando ao seu lado na cama, e olhando-a de forma maternal.

A loira era quase uma mãe para Sakura. Há dois meses, quando os pais dela morreram em uma missão, Tsunade havia cuidado de todas as questões jurídicas e burocráticas. E antes disso, havia sido ela a treinar a garota e transformá-la em uma médica. E era ela quem mimava Sakura há quase um ano.

– Os ninjas da prata era fracos! – Respondeu Sakura, com um sorriso sapeca. – E eu não estava tão cansada naquela hora.

– E foi envenenada!

– Tenho a sorte ao meu lado, não? – Perguntou sorrindo.

– E a questão é: e se ela não estivesse ao seu lado?

A questão ficou no ar, pois no mesmo instante entrou Ino e Tenten no quarto. A loira e a morena, as amigas de Sakura.

– Definitivamente Sakura: você é louca!

– Não se preocupe Tenten, vocês não vão se livrar de mim tão cedo!

As amigas de Sakura reviraram os olhos e Tsunade se afastou aos poucos. Vendo a recuperação demasiadamente rápida da sua pupila, aquela que tomara como filha. Observou a interação dela com as amigas pelo vidro, sabendo que elas não poderiam vê-la dali. Sentiu quando o médico se aproximou dela.

– Qual era o veneno? – Perguntou.

– Não conseguimos identifica-lo, Hokage-sama!

Tsunade franziu o cenho, como não. Konoha possuía o melhor centro de identificação de matérias desconhecidas e de venenos.

– Não há nada familiar no veneno?

– Sim, algumas ervas como candae e ligernia. Nada comum, parece apenas que usaram as ervas para disfarçar o que quer que realmente fosse. – Tsunade olhou para seu médico-nin.

– Mas...

– Parece que um componente do veneno é de origem youkai! – Tsunade se virou para o médico. – Não sabemos qual, e é bem pouco, mas de fato é youkai e foi o miasma que a deixou assim, que começou a matá-la. E tem mais uma coisa, estranha...

– Não me diga que está esperando um pedido escrito para dizer o que quer que seja, não, Katsura!

– Quando Sakura chegou no hospital havia pouco do miasma que havia inicialmente em seu corpo, e nós quase não fizemos nada. – Tsunade franziu o cenho novamente. – É como se ela tivesse sofrido um tipo de terapia intensiva contra este miasma antes mesmo de chegar ao hospital e a rápida recuperação dela se deve a causa desta mesma terapia.

– Que seria?

– Eu não sei explicar, é um tipo de energia vital.

– Chakra – Disse cética.

– Não! Não é chakra, eu sei identificar as características bases do chakra, mas aquilo, não era chakra, nenhum tipo de chakra, era diferente.

– Mantenha-a em observação e procure saber mais sobre este veneno, vou ter uma conversa séria com o Ginkage-san.

--.---

Sakura permaneceu no hospital a contra gosto. Mas sabia que talvez fosse mais sábio permanecer ali. E quando se pós a dormir, ouviu a voz daquele que geralmente a atormentava em seus sonhos.

Melhore logo... E ela sentiu braços quentes envolve-la, mas estava tão entorpecida pela morfina que não pode fazer nada senão sussurrar, enquanto se agarrava aquele braço.

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