Stronger escrita por Ana Wayne, Vick Wayne e Mia Oliveira, Miranda Kaiba


Capítulo 21
17. Unconsciousness




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Estava frio. Estava escuro. E estava solitário. Ela não tinha a mínima ideia de onde estava. Não tinha mesmo. Era um lugar frio, escuro e vazio. Não havia nada ali, além de si. Usava uma yukata amarela com vários detalhes em vermelho e laranja e um obi vermelho que por algum motivo se encontrava rasgada e suja. Os cabelos rosados estavam desgrenhados e ela estava confusa. Onde estava? Por que estava ali?

– Confusa? – Perguntou uma mulher idêntica a si que apareceu em sua frente. A mulher daquele sonho.

– Por que estou aqui?

– Você precisa se completar, e para isso terá que esquecer o mundo deles...

– O mundo deles, de Naruto e Sasuke, é o mundo ninja, não é? – Perguntou Sakura olhando para seu reflexo que acenou de forma positiva. – É a esse mundo que pertenço.

– Você está errada! – Disse ela. Ao lado dela surgiu uma outra imagem. A imagem de Sakura em suas roupas ninjas.

– Eu sou apenas uma parte de você Sakura! – Disse a ninja. – Esse mundo, o mundo ninja, é nada mais do que uma parte da sua realidade.

– E o que posso fazer? – Perguntou as duas. – Foi o mundo que me apresentaram!

– Então agora...Vamos dar a você uma chance... – Começou a Sakura de kimono.

– O que quer dizer?

– Você vai poder ser apresentada a outro mundo Sakura! – Completou a Sakura ninja.

– Por que estão fazendo isso?

– Porque você precisa ficar mais forte! – Responderam juntas.

---.---

Tsunade estava possessa. Assim como os próprios conselheiros. Sakura havia desaparecido enquanto era transportada. Noaki explicara que houvera uma emboscada ao entardecer, para cada um dos seis ninjas havia oito para lutar. Mas sete dos mesmos se concentraram apenas em Sakura, de forma que nem mesmo o shinobi da ANBU Ne poderia protegê-la. Isso a forçou a fugir.

Demoraram pouco tempo para derrotá-los, pois os mesmos recuaram após receberem um sinal. O membro da ANBU Ne e os outros ninjas a procuraram por seis quilômetros em todas as direções possíveis e não encontraram. Retornaram para Konoha no mesmo dia, utilizando de toda a velocidade possível para avisar a Tsunade, chegaram no mesmo dia e fizeram o relatório.

– Onde ela pode ter ido parar? – Perguntou-se, Tsunade.

::.S.T.R.O.N.G.E.R.::

Duas crianças brincavam na beira de um rio. Quando viram algo diferente boiando no rio. Logo perceberam que era uma pessoa. Eles tentariam se aproximar se soubessem que aquela parte era muito funda para eles.

– Hiro-kun, chame Kyoya-san agora! – Ordenou a garota.

– Hai!

O garoto saiu correndo pela pequena parte daquele bosque. Foi quando encontrou um garoto mais velho vestido com uma bermuda creme e uma camiseta azul acinzentada perto de sua vila. Ele era bonito. Olhos acinzentados e cabelos castanhos avermelhados que combinava muito bem com a pele clara e a personalidade forte. Este era Kyoya.

– Kyoya-san! – Chamou o garoto agarrando o braço do mais velho o puxando. – Você tem que vir comigo!

–Hei, hei, garotão, o que houve?

– Tem alguém boiando no rio! – Disse o mais novo. Kyoya pegou Hiro no colo e correu em direção ao rio.

– Ai-chan eu trouxe o Kyoya. – O mais velho colocou u

– Ai-chan, onde está o corpo? – A garota apontou para a parte do rio para onde o corpo ia flutuando.

E sem ao menos esperar a garota falar o mais velho já se jogara no rio. Estava nadando enquanto tentava encontrar o tal corpo e fora quando o vira. Não se deu muito tempo para pensar apenas agarrou o corpo pequeno e frágil e o levou até a superfície. Colocando-a na margem do rio e ele começou a checar-lhe a pulsação. Viva!

– Hiro, Ai! Retornem a vila e levem um médico até o templo.

– Certo! – Disseram juntos enquanto iam em direção a vila. Ele começou a fazer uma respiração boca a boca nela.

– Vamos rosada! Seja forte! – Disse ele, pressionando as mãos entre os seios dela. Ele voltou a fazer a respiração e a repetir os movimentos, quando ela começou a cuspir água com os olhos entreabertos. – Boa garota!

Agora ele teve tempo para reparar nela. Ela era bonita. Tinha os cabelos rosados que iam até pouco abaixo dos ombros, a pele clara era macia e suave, um corpo pequeno e frágil, e os olhos verdes como jade. Vestia-se com uma yukata amarela e vermelha que se encontrava rasgada em vários pontos e percebeu que no ombro havia um corte reto e preciso: feito propositalmente.

– O que fizeram com você? – Perguntou ao nada observando o rosto delicado da menina.

Ergueu-a em seus braços, segurando-a firmemente. Ele não corria, não queria tropeçar e cair ou machucar a menina em seus braços. O vento em contado com suas roupas molhadas o deixava com frio, mas ele não pararia agora. Não demorou muito e chegou de frente a uma escadaria e começou a subir. Era a escadaria do templo, onde se hospedara durante sua estadia na cidade. Logo avistou um rosto conhecido.

Naomi, ajude-nos! – Gritou para a sacerdotisa. Essa logo que viu o ruivo e a garota se desesperou a dar ordens.

– Kay arrume o quarto do lado ao quarto de Kyoya agora! – Disse uma sacerdotisa de aparentes 20 anos com longos cabelos negros azulados e lindos olhos azuis. – Mio prepare um banho quente para ela e outro para Kyoya. Emi arrume roupas para ela. – Depois de distribuir ordens ela se aproximou do garoto. – Quem é ela?

– Ai e Hiro a viram boiando no rio. – Explicou o garoto. – Ela está viva, mas me parece muito machucada! Eles já devem chegar com um médico...

– Entendo! Leve-a até a casa de banho, Mio já deve estar preparando a água.

– Certo, Naomi!

Kyoya levou a menina em seus braços até a casa de banho feminina e a deixou aos cuidados da Shrine Maiden¹ e foi para a casa de banho masculina. Onde tomou um banho quente. Ainda era outono, mas com a proximidade do inverno, não seria muito esperto ficar doente agora. Logo que terminou colocou uma roupa mais quente e foi procurar saber sobre a nova hospede, mas no caminho foi barrado pelo alto-sacerdote.

– Kyoya-san, soube que achou uma mulher hoje!

– Hai, Kouji-houshi-sama. Ela estava no rio.

– Alguma chance dela ser uma yuurei ou youkai?

– Nenhuma, houshi-sama! É uma humana, provavelmente foi atacada enquanto viajava... Está muito ferida e fraca.

– Entendo... – Disse o alto-sacerdote com um suspiro aliviado. – Vamos! Essa garota deve estar muito mal.

Kouji era o sacerdote daquele templo. Servia-o desde que seu pai, o ultimo sacerdote, morrera. Assim como todos os outros homens de sua família. Sua vida era voltada para o templo e a vila. Nunca pensava duas vezes antes de acolher estranhos, sejam eles, ninjas, samurais ou mesmo civis feridos ou andarilhos. Ele apenas cuidava, junto de seus sacerdotes, do seu povo.

– Kouji-sama! Kyoya-san! – Chamou uma sacerdotisa de cabelos negros e olhos castanhos assim que os viu, correndo em sua direção.

– Mio, o que houve? – Perguntou o sacerdote.

– A garota que Kyoya achou, ela está muito ferida!

– Como?

– E mais do que isso há miasma e veneno nela. – Disse, recuperando o fôlego. – Naomi e Kyoko começaram o ritual para retirarem o miasma antes que a mate, mas elas chamaram por você.

– Estou indo! – Disse o velho sacerdote que correu até o quarto onde a estavam curando.

Tanto Kyoya quanto Mio correram atrás do velho. Naomi, Kyoko e Kouji estavam no quarto, retirando da garota todo o miasma e o veneno de seu corpo. Logo chegou Ai, Hiro e o médico que eles chamaram. Kyoya se contraia ao ouvir, por várias vezes o grito de dor da garota.

Mio, por outro lado, colocava o médico a par da situação. Em menos de duas horas, a porta do quarto foi aberta e no mesmo instante o ruivo correu em direção a garota, atropelando Kyoko. Kyoko era uma sacerdotisa muito bonita, de alta estatura possuía olhos azuis e cabelos castanhos claros e era uma das melhores sacerdotisas do templo.

– Se acalme, Kyoya-san, a senhorita está bem! – Disse a garota com a voz calma.

– Conseguimos retirar o veneno também, mas ela ainda está muito ferida. – Comentou Naomi assim que viu o médico curando-a.

– Vou cuidar dos ferimentos dela. – Disse o médico.

Kouji e Naomi foram para fora do quarto, arrastando Kyoya que queria ficar com a garota. Já Kyoko ficou no quarto para que pudesse ajudar o médico sempre que esse precisasse. Do lado de fora estava Mio, com um semblante preocupado.

– Como ela está? – Perguntou.

– Ela está bem, Mio! – Respondeu Naomi. – Havia bastante miasma no corpo dela, tinha miasma que nem era daquele ferimento no ombro. – Disse ela.

– E o veneno?

– Também retiramos. Hm...

– Aconteceu algo, Kouji-sama? – Perguntou o garoto.

– Não é nada...

O homem logo se afastou do local e foi para o próprio quarto. Ele estava pensativo demais. Calado demais. Isso não era de sua personalidade. Quando chegou em seu quarto ele se ajoelhou junto a um pequeno altar. Acendeu um incenso e com um olhar pensativo observou o chão.

 Aquela garota, ela possui um grande poder escondido... – E sussurrou para o nada.


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Notas finais do capítulo

1. Shrine Maiden -> são sacerdotisas que foram criadas em um templo e se dedicam única e exclusivamente para ele. Estas geralmente cumprem votos de castidade. É basicamente a freira para do xintoísmo.

Kyoya -> http://i55.tinypic.com/2ey84z7.jpg
Naomi -> http://fc05.deviantart.net/fs71/f/2012/111/b/c/miko__priestess__by_slayl-d4x4czv.jpg
Mio-> http://images2.fanpop.com/image/forum/topics/16000/16685_1271660035391_full.jpg
Kyoko -> http://moe.animecharactersdatabase.com/images/weare/Megu_Shinmyo.jpg