Stronger escrita por Ana Wayne, Vick Wayne e Mia Oliveira, Miranda Kaiba


Capítulo 19
Bonus III: Two Flowers


Notas iniciais do capítulo

Nome vencedor: HANA! com quatro votos.
Obrigada a todos os que votaram e conheçam agora a Hana.



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A primavera era a melhor das estações. Pelo menos para ela. E hoje, naquele lindo dia de primavera, ela havia acabado de dar a luz. E em seus braços segurava uma linda menininha. Sua primeira menina. Ela estava longe de casa. Longe de seu marido. De seus filhos. Longe de todos que amava. A sua frente estava sua amiga e uma parteira. Estavam em um chalé aos arredores de uma pequena cidade no País do Fogo. O local escolhido para que pudesse ter seu filho. Ou melhor, sua filha.

Olhava em seus braços a garota. Tão pequena. Tão frágil. Não era como seus outros filhos. O mais velho, Hideo, não era o tipo que fazia pirraça ou que chorava e berrava por varias horas em busca de atenção, muito pelo contrario: era calmo e sereno, mas ainda sim passava um ar forte e até mesmo independente, principalmente para uma criança. O segundo, Ryo, era, assim como o irmão, muito calmo e tranquilo, mas um pouco teimoso e bagunceiro. E o terceiro, Akira, ao contrario dos irmãos mais velhos, berrava e fazia pirraça, era bagunceiro, curioso e muito hiperativo, a pesar de ter tido seus momentos mais sereno, em que conseguia ficar muito parecido com os irmãos.

Agora ela. Ela veio para contrariá-los. Não parecia tão forte quanto eles. Era mais tranquila. Mais frágil. E não parecia ser uma criança birrenta como Akira. Não parecia ser muito teimosa. E menos ainda forte, como Hideo. Era a filha que ela queria. Olhava ternamente sua filha.

– Vocês ficam lindas juntas! – Disse sua amiga. Sentou-se ao seu lado na cama. Os cabelos castanhos mel eram curtos, e combinavam perfeitamente com os olhos verdes musgo. Ela era inda.

– Você não sabe como eu estou feliz, Mebuki.

– E talvez nunca venha a saber... – disse tristemente.

Mebuki analisou a amiga. Ela tinha lindíssimos olhos azulados que se contrastavam com os cabelos ruivos, que brilhavam de forma viva e intensa, possuía a pele clara sedosa e era bastante alta, além de um corpo maravilhoso, mesmo depois dos três – agora quatro – filhos que tivera. Ootori Hana era simplesmente perfeita. Entristeceu-se ao ver a cena da mulher segurando aquela criança.

A vida era injusta. Era ela a filha mais nova da família Kazuaki. A filha perfeita. Se tornara uma ninja. A ninja perfeita. Casada com Haruno Kizashi. A esposa perfeita. Ou quase. Já que a pouco tempo, perdera o filho que esperava, aos 5 meses. E dois meses depois, em uma missão perigosa, fora perfurada no útero e tivera que retirá-lo, tornando-se estério. Não podia mais ter um filho. Já pensara em adoção, mas por tanto ela quanto seu marido serem ninjas, o governo dificultou a adoção. Injusto.

Já Hana. Quando mais nova nem queria se casar. Era filha de mãe solteira. Detestava a ideia de um matrimonio. Era desleixada. Despreocupada. Não queria ter filhos. Não pensava em um futuro. Se tornara ninja mais por influencia dela. Se casara quase que forçadamente. E no primeiro ano já estava grávida, esperando Hideo. E depois disso ainda teve outros três filhos, lindos. Muito injusto.

– Mebuki...

– Não se preocupe Hana. Eu já me acostumei. – Disse ela com um sorriso fraco.

Hana sorriu para a amiga. E então lembrou-se. Havia uma guerra política em sua vila, a Vila da Prata. Seu sogro, Shion, estava perdendo poder para seu irmão, Shori da oposição. A vila estava quase que apagada do País do Granito. E seu marido e cunhado tentando manter a situação da forma mais pacífica possível. Seus filhos, tão novos, estavam tão expostos. Mas sua filha. A única menina que nascera na família Ootori a cerca de cinco gerações, carregava em si o poder dela. De sua antepassada. E isso não era bom, nem de perto e nem de longe. Shori a usaria. Shion a teria como carta trunfo. E ela jamais teria uma vida normal. Nem mesmo quando a paz chegasse. Segurou a criança.

– Poderia se acostumar com a ideia de ter uma filha? – Perguntou Hana com uma tristeza repentina. Estava decidido. Sua filha não seria criada como uma marionete em uma disputa política. Ela seria livre.

– O que quer dizer, Hana?

Hana explicou para Mebuki o acordo. A parteira, apenas ouvia a historia. No dia seguinte Kizashi chegou. E aceitou o acordo. Hana pensou em desistir, mas sabia que era o melhor para ela. Ou pelo menos, achava que sabia. A criança foi nomeada Sakura, nome escolhido por Hana. Durante uma semana Hana cuidou de Sakura. E amou-a como jamais poderia amar novamente.

Mas as duas flores se separaram. Sem saber se algum dia se encontrariam novamente.


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Notas finais do capítulo

Ootori Hana: http://i751.photobucket.com/albums/xx151/xXYumiChiiXx/Igunisu/1189203441397.jpg