Stronger escrita por Ana Wayne, Vick Wayne e Mia Oliveira, Miranda Kaiba


Capítulo 14
Bonus II: The girl of his memories...


Notas iniciais do capítulo

OIE! Eu sei, essa é a vez da Miranda postar e tudo mais, PORÉM ela me ligou dizendo que não conseguirá postar até amanhã a noite então eu resolvi postar o bonus.
Para quem sente saudades do Sasuke tá ai!



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Ele detestava aquele lugar. Era apenas um buraco onde aquela cobra se enfiava. Um buraco muito bem organizado, mas ainda sim um buraco. E a única coisa que ainda o prendia ali era sua sede. Sede por poder. Ele queria ficar mais forte. Ele queria matar seu irmão. “Não!”. Ele tinha que ficar mais forte. Ele tinha que matar seu irmão.

“Eu vou matar Itachi! Eu vou matá-lo!” Pensava freneticamente. Beirava a loucura. Pegou em sua mochila uma presilha. Ela tinha um laço vermelho com alguns detalhes em branco. Por coincidência as cores de seu clã. Olhar para aquela presilha o mantinha são. E ao mesmo tempo trazia uma lembrança vaga. Sem nomes, sem rostos. Apenas um sorriso.

Oito anos antes

Era uma tarde de primavera que ocorrera há oito anos. Quando ele ainda tinha seis. Um ano antes do massacre do poderoso Clã Uchiha, pelas mãos de seu próprio herdeiro. Naquela tarde estava um pouco quente, e ele havia acabado de brincar fora do Distrito Uchiha. Perto do pequeno bosque que se encontrava entre o Distrito Uchiha e o Distrito Nara. Ele estava um pouco cansado e se sentou debaixo de uma arvore e deixou sua bola de lado.

O clima estava agradável. O vento soprava forte e arrancava as flores coloridas e as folhas verdes das arvores, cheias de vida, daquele dia. O céu em seus vários tons de azul o encantava, tal como as nuvens brancas, levemente acinzentadas, que se fixavam nele. Ele se sentia sozinho. Nenhum dos garotos do clã da sua idade queria brincar com ele. Todos sempre queriam brincar com Itachi. Era sempre Itachi. Seu irmão.

– Hey! – Ele ouviu uma voz perto de si e se virou para ver quem era. – O que faz aqui sozinho? – Era uma garota. E ela usava um vestido amarelado e vermelho. Ele sabia que a garota deveria ter mais ou menos a sua idade. E isso era tudo o que ele se lembrava sobre ela. Não se lembrava de seu rosto, de seus olhos ou de seu cabelo, apenas sabia que este era curto e claro.

– Não é da sua conta! – Resmungou enquanto fechava a cara. “Que garota intrometida!”

– Hey! Não seja tão mal educado! – Reclamou a menina se sentando ao lado dele. “O que ela tá fazendo?”

– Eu estava brincando!

– Brincando? Como? Não tem ninguém aqui! – Disse ela, olhando em volta. Ele ficou emburrado e irritado.

– E o que você faz aqui? Você é do clã Nara?

– Néh! Eu só estava passeando, e eu não sou do clã Nara, mas conheço a Emi. – Disse. O vento soprou e Sasuke olhou para ela, que estava de costas para ele. – Hey! Vamos brincar juntos?

– Você quer brincar comigo?

– Hai! – Disse enquanto se levantava.

Ela o puxou pela mão e o levou pelo campo, pegando a bola e brincando com ele. Eles ficaram assim por um tempo. Brincaram e riram até cansarem. Quando cansaram sentaram-se debaixo da arvore novamente. Eles conversaram e contavam coisas divertidas um para o outro.

– Hey! Sasuke-kun por que você estava brincando sozinho?

– Porque ninguém do meu clã quis brincar comigo... – Abaixou o olhar. – Eles preferem brincar com meu irmão mais velho...

– Ehhh? Datte, ele não brinca com você?

Balançou a cabeça negativamente. – Ele é um ninja ANBU! Então geralmente eu fico sozinho...

– Etto... – Ela mexeu no cabelo e tirou dele uma presilha e estendeu para ele. – Pegue... Pense que sempre que estiver segurando essa presilha, eu vou estar com você! – Ele olhou para a presilha e sorriu para ela. Tirou um colar que estava pendurado em seu pescoço. Feito com uma cordinha negra que prendia uma pedra negra como seus olhos, uma pedra de ônix.

– Tome... Assim você também pode se lembrar sempre de mim... – Ele a entregou o colar a ela. – Eu vou sempre te proteger... – Então ela sorriu. Era o sorriso mais doce e amável que conseguia se lembrar de toda a sua vida. Ele iluminava tudo ao seu redor, irradiava felicidade. Era lindo. Vivo. Quente. Era perfeito. E era passado.

Abriu os olhos. Suspirou cansado. Novamente a lembrança se passara em preto e branco, em tons de cinza. Há tempos era assim. Tudo naquela lembrança era como um clarão. E sua cabeça sempre doía quando tentava lembrar-se demais. Quando tentava se lembrar do nome dela. E aquilo o irritava. O entristecia. Porque de alguma forma ele amava aquela garotinha.


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