Talvez Eu Possa Ser Normal escrita por N1ck


Capítulo 6
The Big War


Notas iniciais do capítulo

Oi, tudo bem com vocês? Como anda a vida?

Vou ser curta e grossa: Estou realmente desapontada que ninguém comenta isso. São sempre as mesmas pessoas, e não é por falta de divulgação da minha parte. Então eu peço com o maior carinho do mundo, você que lê a fic e não comenta: comente os capítulos! Nem que seja para falar "Nick, você é uma bosta, desista de escrever". Por favor, não tem graça eu escrever para ninguém, entende?

De um jeito ou de outro, boa leitura! Nos vemos nas notas finais.

P.S.: Desculpem o monólogo ali em cima. Desabafei. Ufa.



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"Afinal, eu não tenho preconceito. Pra quê? Vamos todos morrer no final mesmo."

Manhã de quarta feira. Tédio no auge, é o meio da semana. Também seria hoje que faria o meu trabalho de Laboratório com a minha amiga fã de ovnis. Lisa.

Fui, como sempre, andando para a escola, junto com o pirralho. Chegamos um pouco atrasados, geralmente quarta é quando ficamos com muito sono. Isso pelo fato de que você já está cansado da semana, e mesmo assim ela está na metade, ainda. Ele estava praticamente dormindo acordado, com os olhos fechando lentamente enquanto conversávamos.

Lisa me esperava no típico fundo da sala, ao lado da janela. Na longa jornada da porta até a cadeira no fundo vi Will com os seus amigos gatos e populares. Todos maravilhosamente bonitos. Também pareciam legais. Mas isso são detalhes.

Espere! Por que estou me importando? Sei lá, é o sono da quarta-feira afetando meu cérebro. Só pode.

- Eles são muito gatos mesmo - Disse Lisa seguindo meu olhar quando me sentei - Pena que não vão sobreviver a Invasão

- Por que eles não vão sobreviver? - Ri, já acostumada com os papos estranhos de Lisa

- Só sobrevivem os que sabem atirar com a arma Marciana XII - Eu suspirei ouvindo as palavras dela - Me dei o trabalho de aprender isso ano passado

Essa era Lisa. Uma menina louca e cheia dos problemas. É, eu gostava dela.

Afinal, eu não tenho preconceito. Pra quê? Vamos todos morrer no final mesmo.

Sendo por uma invasão alienígena ou não, nós vamos morrer algum dia. E será o fim da nossa entediante e sonolenta história.

No intervalo o que fizemos? Pegamos os biscoitos do Mark! Estou começando a ter dó dele, mas um estômago feliz faz valer o coração. Por isso as meninas comem chocolate quando estão tristes. É um fato.

De tarde fomos para a casa de Lisa. Era uma casa enorme bem afastada. Era quase uma fazenda. Era perto de uma escola que eu nunca tinha visto. Tigers.

Então eu não me surpreendi quando vi quatro meninos lindos usando um moletom com um grande T se aproximarem de mim.

- Eu sabia - Disse Caleb - Não conseguia ficar uma semana sem me ver, hã?

- Por mais incrível que pareça, não é por isso que estou aqui - Disse - Trabalho de Laboratório na casa de Lisa Waters

- Hum... Nunca ouvi falar - Admitiu Scott - Vão almoçar na casa dela ou querem ir com a gente?

Eu queria ir com eles. Mas Lisa já estava meio distante. Esperando-me na porta da casa dela. Notei Travis olhando para uma cafeteria, com os olhos escuros brilhando. Não faria ele esperar mais. Disse que iria almoçar com ela e me despedi dos meninos. Fui em direção a minha amiga.

Não. Espera aí! Eu disse amiga? Meu Deus, eu preciso de mais tempo de sono mesmo...

- Não ligue para os meus pais - Disse Lisa, antes de abrir a porta

Havia uma mulher exatamente como Lisa no fogão. Ambas negras de cabelos cor de carvão até a cintura. Um homem negro e careca estava fazendo uma trança mal feita no cabelo de uma menininha de uns 6 anos.

Havia também dois garotinhos idênticos ao pai, só que com cabelo cacheado como coroas naturais, jogando videogame.

- Estou de volta - Anunciou Lisa

O pai olhou agradecido para ela. Com os olhos tão brilhantes e esperançosos quanto os de Travis olhando para os cupcakes coloridos, ele era quase como uma criança. Uma criança grande, cheia de fofurinhas.

Anotação: Próxima vez que ver o Travis eu tenho que apertar as bochechas negras e gorduchas dele.

- Maravilhoso. Será que consegue fazer uma trança na Laura? - Perguntou ele antes de voltar-se para mim - Prazer, sou Bill. Pai de Lisa. Essa é minha mulher - Ele apontou para a mulher que cozinhava determinadamente - Clarissa.

- Prazer, Sr Waters - Eu disse

- Bill, por favor - Ele sorriu com dentes perfeitamente brancos, em total contraste com a pele - É raro Lisa trazer amigas para casa

Eu sorri. Eu também nunca levava ninguém. Bom, além de Lia. Que era minha vizinha, afinal. Lisa ficou inquieta após ouvir as palavras do pai. Estava corada e claramente envergonhada.

- Eu também não sou de levar as pessoas para minha casa - Disse, tentando confortar Lisa - Mas é que temos que fazer o trabalho

Lisa ficou menos vermelha. Consegui. Os dois menininhos correram até o pai e grudaram cada um em uma perna. Deveriam ter uns oito anos.

- Ah sim - Disse Bill - Esses são os gêmeos. Leo e Louis.

- Prazer, sou Ariane Jones - Disse para eles, sorrindo como uma idiota, mas é o que as pessoas fazem quando estão falando com crianças. Isso faz de mim mais normal, eu acho. Ou menos anormal?

- Então, mãe - Disse Lisa levantando-se do chão - Enquanto você cozinha eu estou pensando em mostrar o meu quarto para a Ari, ok?

E ela me arrastou para o sótão após ouvir um "como quiser, querida" da sra Waters. Havia várias prateleiras com coisas estranhas cercando as paredes, como caveiras, bolas de cristal, miniaturas de naves espaciais e mais coisas que eu não decifrei o que eram. Havia uma cômoda e uma cama de madeira.

O teto era pintado de azul escuro com pontos brancos, imitando estrelas. O chão já era verde como grama.

- Lar doce lar - Disse Lisa - Os marcianos gostam de lugares assim, como o ar livre da Terra

- Saquei.

Eu não tinha "sacado" porcaria nenhuma. Isso não faz sentido algum. Mas Lisa estava feliz, e ela não era uma pessoa que faz sentido, de um jeito ou de outro.

Havia muitos livros de ficção científica e de pesquisas sobre ovnis. Tinha um que imitava o céu estrelado e estava escrito em vermelho na capa. "A Grande Guerra: estamos extintos".

Eu peguei o livro estranho e mostrei para Lisa. Ela sorriu como uma criança que acabou de ver que a mãe pegou o livro preferido dela para ler antes de dormir.

- A Grande Guerra? - Perguntei

Lisa suspirou. Animada. Ou melhor, pegou fôlego. Então eu notei: um monólogo estava para nascer.

- Esse livro fala da teoria de Freddie Williams. Ele fez um livro mostrando os detalhes da sua teoria de que algum dia os marcianos vão invadir o nosso planeta e só deixar vivos os que tem um Q.I. bem alto. Só que nós temos apenas uma minoria superdotada. E então tentaríamos lutar pelas nossas vidas. Assim começa A Grande Guerra.

Eu ri. Que ideia maluca. E eu repito: Essa é Lisa e é por isso que eu a amo.

- E quem ganha a guerra?

- Os marcianos, é claro. E como punição por tentarmos lutar com eles, eles extinguem a raça humana. TCHARAM!

Poético. Uma grande guerra que acaba com uma população inteira morta. Isso prova que os marcianos são tão ignorantes quanto os humanos. E mais um caso solucionado pela Detetive Ariane. Eu poderia escrever um livro, não? Teorias de Ariane Jones: Vamos todos morrer no final, então dane-se esse livro.

Mas é claro que eu não disse essa coisa dos marcianos serem ignorantes para Lisa. Ela ama os marcianos e ficaria extremamente ofendida. E ela, por mais que eu deteste expressar meus sentimentos, é a minha primeira amiga.

A mãe dela, Clarissa, fez sopa para o almoço. Estava muito, muito bom. E ela fez uns cookies para eu e Lisa durante a tarde, enquanto fazíamos o trabalho. Era a típica mãe gentil e não irritante, o modelo do que eu queria que Marie fosse para mim.

Já estava escuro quando voltei para casa andando. Cheguei e jantei com a minha nova e estranha família que eu ainda não suportava.

Essa noite dormi rapidamente, meu cérebro tinha trabalhado muito durante a tarde. Porcaria de trabalho de Laboratório!


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Notas finais do capítulo

Estou aqui de volta. Postei depois do que disse, né? É, cheguei a conclusão que eu não consigo mais prever quando vou postar de novo por causa que as minhas amigas são uma organização só. Tipo "Nick, estamos indo no cinema hoje a noite, esparamos você lá", sacou?

Então eu não sei quando vou postar de novo. Por vários fatores, como: Minhas amigas são criaturas nem um pouco organizadas; eu divido computador com a minha mãe; estou dormindo mais cedo ultimamnte; e por fim, vocês não me encorajam a postar. Tipo vocês nem comentam, e eu vejo que vocês favoritam a história e tal.

Enfim, espero que tenham gostado do capítulo. Escrevi só para não demorar muito para postar, porque estava sem nenhuma ideia.

Comentem, recomendem, favoritem, divulguem. Beijos até a próxima, galerinha do mal.

—saída em câmera lenta-