Reencontrando O Meu Amor escrita por Annie Tsukiyomi


Capítulo 2
Capítulo 2


Notas iniciais do capítulo

Olá novamente! Fiz um capítulo maior para vocês, espero que gostem.



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Ikuto’s pov on

Depois da aula, segui Amu até a sua casa e quando estávamos quase chegando, tentei beijá-la, mas ela me chutou e saiu correndo.

Pouco tempo depois, vi uma senhora indo em direção à casa dela e resolvi ver quem era.

- Há? O que você está fazendo aqui? – Amu perguntou ao abrir a porta.

- A sua tia não pode te visitar, não?

- Para início de conversa foi você quem me expulsou de casa. Você e a sua filha marrentinha.

- Me desculpa, Amu-chan...- Ela realmente parecia arrependida. – Aliás, eu soube que a sua mãe está doente.

- O que? – Falei sem querer.

- I-Ikuto? – Amu perguntou assustada. – O-o que você tá fazendo aqui?

- Eu queria saber onde você mora. Quando você se apaixonar por mim isso vai ser fundamental.

- Q-quem disse que isso vai acontecer? Akemi , entra. – Ela disse corada.

A mulher entrou e ela fechou a porta.

Dei um meio sorriso por causa da reação da Amu. Já era meio caminho andado.

Amu’s pov on

“O que foi aquilo?”Pensei “Por que eu corei com aquele comentário idiota?”

- Amu-chan? – Ouvi minha tia.

- Hã? Ah, claro. Por que você veio para cá?

- Eu me senti culpada por ter te expulsado... E assim que soube que a sua mãe estava doente... Tive que vir.

- Ah... A minha mãe está no quarto. Eu vou fazer o almoço agora.

- Ok, eu vou vê-la.

Minha tia saiu e eu abri a porta para ter certeza de que Ikuto já havia ido embora.

- O que você ainda está fazendo aqui?

- Eu posso entrar?

- Não. Vai embora.

- E se eu não quiser? – Ele chegou mais perto.

Eu fui chegando mais pra trás e sem perceber, já estava encostada na parede do corredor.

Seu rosto estava há um centímetro do meu quando ouvi uns passos vindo das escadas, mas Ikuto não parou. Fez exatamente o contrário. O seu rosto estava cada vez mais próximo do meu, mas, felizmente, ou não, foi interrompido pela voz da minha mãe:

- Você poderia sair de cima da minha filha?

- Ah, claro. Desculpe. – Estranhei a sua educação. – Já vi de onde ela puxou a beleza.

- Obrigada. Quem é você?

- Tsukiyomi Ikuto. Estou na escola da Amu.

- Hm, muito prazer. Você vai ficar para o jantar? – Ela mudou de atitude rápido, não?

- Mãe! – A repreendi. – Você não pode fazer isso. Ele pode ser qualquer tipo de pessoa.

- Sinto muito. Eu tenho que jantar em casa hoje. – Ele fez uma pausa e me olhou. – Então eu já vou indo. Ja ne, Amu.

Ikuto saiu e assim que fechou a porta, recebi olhares meio desconfortáveis da minha mãe e da minha tia.

- Amu... – Minha mãe falou com o rosto sério. – O que vai ter para o jantar? – Ela sorriu.

- Ahn, etto...Omelete!

Fui para a cozinha e fiz os omeletes que deveriam ser 5, mas eu esperava que o Ikuto estivesse do lado de fora da porta, só esperando que eu saísse.

- Onee-chan! – Ami falou ao chegar em casa. – Tem um cara do lado de fora. Ele parece ter a sua idade. É seu amigo?

- Eh? – Suspirei. – Um minuto.

- Amu... – Meu pai começou com um olhar mortal. – Quem é ele?

- Um cara do colégio. Têm me seguido o dia todo. – Respondi.

            - Só isso? – Ele disse.

            - Sim... – Falei.

            Fui até a cozinha, peguei um omelete, coloquei em um prato e levei à Ikuto.

            - Come e vai embora. – Falei lhe entregando. – Já me causou problemas demais.

            - Do que...

“shiroi bara no hanabira
hitotsu futatsu hirakeba
ano hi no kioku
yomigaeru deshou”

Ikuto foi interrompido pelo toque do meu celular. ( N/A: o que eu colocar em itálico é em português mesmo)

- Alô? – Perguntei.

- Amu? – Ouvi Julyanne, minha amiga no Brasil.

- Oi, Ju. O que houve?

- Nada, só queria saber se está tudo bem aí no Japão.

- Tá sim. E aí no Brasil?

- Meio chato agora que você saiu...Você faz falta...

- Own! Você também faz falta.

- Ah, o Leo vai aí nas férias de Junho, ok?

- O Leo? Sério?

- É. Ele disse que já está com saudades da melhor amiga.

- Diz pra ele que também estou com saudades do meu melhor amigo.

- Ele está aqui. Vou passar para ele.

- Amu? – Leo perguntou.

- Oi, Leo. – Abri um sorriso calmo. – E aí? Já conseguiu conquistá-la?

- Q-que tipo de pergunta é essa?

Soltei uma risada ao imaginar sua figura corada.

- Nã...Não ria, Amu!

- Isso é um “sim”? – Perguntei.

- T-talvez...

- Eh? Então é verdade? Eu sou demais, não sou? – Perguntei com meu típico sorriso convencido.

- S-sim.

- Vou ter que desligar agora. Beijos, tchau.

- Tchau.

Desliguei o celular e me virei para Ikuto, que estava me olhando irritado.

- Com quem estava falando, Amu? – Ele perguntou.

- Com uns amigos, por quê?

- Que amigos?

- Não sou obrigada a te dar explicações.

- Não, é? – Ikuto se aproximou. – A-m-u-koi.

- O-onii-chan? – Perguntei assustada.

- Acertou. – Ele falou com um sorriso calmo. – Você demorou, Amu-koi. Agora...com quem você estava falando?

- Me-mesmo que você seja o Onii-chan não quer dizer que pode supervisionar cada segundo da minha vida. – Levantei a voz. – Você me abandonou! Você prometeu que iria me buscar, mas nunca foi! Você...

- Já entendi... Eu não cumpri a minha promessa. Mas tentei.

Estremeci ao ouvir aquelas palavras. Ele havia tentado ir ao Brasil. Mas...por quê não foi?

- Você...tentou?

- Sim. Eu ia te buscar, mas meu pai não deixou. Me trancou no quarto e alguns dias depois, quando me soltou, impediu, de todos os meios possíveis, que eu ganhasse dinheiro.

- Onii-chan... – Sussurrei. – Eu tenho que entrar. Vou fazer o dever de casa.

Entrei em casa, deixando-o sozinho. Subi sem dizer uma palavra, havia ficado sem fome.

Me deitei e me perdi em pensamentos. Pouco depois, ouvi uns barulhos vindo da minha janela e fui ver o que, ou quem, era.

- I-Ikuto! O que você está fazendo aqui?

- Achei que você estivesse estudando.

- E-eu estava, bom...eu ia, mas te ouvi na janela... Como você chegou até aqui? Estamos no segundo andar.

- Não mude de assunto! Não conseguiu parar de pensar em mim, não é?

- O-o que v-você quis dizer com isso?

- Sabia. Posso entrar?

- Não. – Respondi.

- Vai negar isso ao seu Onii-chan?

- I-isso é chantagem!

Abri a janela, deixando-o entrar e me sentei em minha cama, esperando Ikuto resolver ir embora, mas, infelizmente, ele se sentou ao meu lado e me abraçou.

- Quando tempo mais você planejava me fazer esperar?

- Eu nem planejava voltar. Mas então aconteceram algumas coisas e eu fui obrigada. Pelo bem da minha mãe. – Eu disse, retirando seus braços de meus ombros.

- Amu... – Ele parou ao ouvir passos do lado de fora.

- Amu, querida, tem alguém aí? – Ouvi minha mãe.

- N-não, mãe. Tá tudo bem. – Respondi.

- Então tá. – Ela voltou à sala.

- Você sabe que se estiver sendo assaltada, sua mãe nem vai saber, né?

- Sim... Ela sempre foi desse jeito. Mas mudando de assunto...vai para a sua casa.

- Hai, hai. Nos vemos amanhã, Amu-koi. Ah, tranca a janela. Não quero que um pervertido entre aqui.

- Ah, que legal. Estou sendo protegida dos pervertidos por um pervertido... – Recebi um olhar reprovador do Ikuto. – Hai, eu tranco a janela.

Ikuto saiu do meu quarto e eu fechei a janela. Fui até a minha escrivaninha e abri a segunda gaveta, tirando algumas imagens de quando eu era criança. Na maioria eu estava com Ikuto, mas outras ou eu estava com meus pais ou com meus amigos.

Desci pouco tempo depois, quando meu estômago começou a reclamar. Abri a geladeira e peguei um pedaço de bolo.

Subi novamente, comendo o bolo e me deitei, colocando meu fone de ouvido e a música no máximo.

Com o passar do tempo, dormi. Ao acordar, me levantei, fiz minha higiene pessoal, desci, tomei meu café da manhã e fui para a escola.

Quando cheguei, vi Ikuto e seus amigos no portão, então fui para o lado para evitar que ele me visse.

- Amu. – O ouvi. – Eu te vi, não adianta tentar fugir.

- Droga. – Sussurrei.

- Yo. Amu, certo? – Um garoto perguntou. – Sou Usui Takumi, da 3-B. (sim, do Kaichou Wa Maid-sama)

- O-oi.

- Amu, vem comigo. – Ikuto disse.

- Por que? Não sou obrigada a nada.

- Amu, por favor. – Ele me pediu com um olhar suplicante.

- H-hai.

O segui até uma parte mais afastada da pessoas e ele começou a falar:

- Eu que você fique longe do Usui.

- Por que? Ciúmes? E ele até que é bonito. – Falei para provocá-lo.

- E se for? – Ele perguntou, me imprensando contra a parede. – E se eu estiver com ciúmes?

- I-impossível... – Abaixei a cabeça.

- Por que?

- Prove. – Olhei nos seus olhos. – Só assim eu vou acreditar.

Ikuto suspirou e me encarou. Se aproximou lentamente e só parou ao colar seus lábios nos meus. Meus olhos de arregalaram, mas logo se fecharam e então me deixei levar pelo beijo que há tanto desejara.

Aos poucos ele foi se afastando e eu abri meus olhos.

- Nunca me diga que gosta de outro.

- Pelo visto você a conquistou antes de mim, “Romeu”.

- Usui. – Ikuto disse. – Não ouse se aproximar da Amu.

- Eh? Então você tem “posse” da Amu?

- Ela não é um objeto.

Usui se virou e saiu sem dizer uma palavra sequer. Ikuto olhou para e mim e alguns segundos depois suspirou.

- É por isso que eu não quero que você chegue perto dele.

- Entendi. Agora...eu vou entrar.

- Amu, eu posso te levar em casa hoje?

- H-hai. Te espero no portão.

Dei um leve sorriso e pude notar sua face corada antes de me virar e me dirigir ao prédio. Quando o sinal bateu, fui a minha sala, onde as meninas me esperavam.

- Amu! – Utau  gritou ao me ver. – O que o Ikuto fez para você?

- Na-nada. Ele só queria conversar.

Não podia falar para Utau que Ikuto havia me beijado. Ela seria capaz de matá-lo.

“Por que estou me preocupando come ele?” Pensei. “Deve ser porquê o Ikuto é o Onii-chan? Ou é porquê...Não, não pode ser... Eu não posso estar apaixonada por ele. Ou estou?”

Fui acordada dos meus pensamentos pela voz do meu professor.

- Himamori-san. Hi-ma-mo-ri-san.

- Ah, gomenasai (me desculpe), Nikaidou-sensei. O que você estava falando?

- Vamos ter um passeio no qual vocês escolhem um aluno da sala 3-A para acompanhá-los ou o contrário. Aliás, um aluno já escolheu o seu par.

- Quem foi esse aluno? – Uma garota perguntou.

- Tsukiyomi Ikuto.

- E quem ele escolheu?

- Ahn...A Himamori-san.

- Eh? Não… Deve ter algum erro nisso.

- Não, não há erro. Esta é a letra dele. Bom, o passeio vai ser na semana que vem, quinta-feira.

"Droga” Pensei. “Por que logo com ele?”

Passei o resto das aulas e o recreio pensando em como poderia ser o passeio com Ikuto como meu parceiro.

Na saída, fiquei esperando-o por um bom tempo, até que o vi beijando uma garota e as lágrimas caíram involuntariamente. Não podia acreditar no que estava vendo. Do mesmo jeito que ele havia me beijado estava beijando outra.

- Ikuto... – Sussurrei antes de sair correndo.

Nem prestei atenção na rua ou nas pessoas, aquela imagem não saía minha mente. Ouvi Ikuto gritando meu nome de longe, o que eu menos queria era encará-lo.

Virei a rua na primeira oportunidade que vi e quando percebi, haviam dois caras me encarando.

- O que houve, graçinha?  - Um deles perguntou. – Levou um fora do namorado?

- Que tal se divertir com a gente? – O segundo se pronunciou.


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Notas finais do capítulo

O que acharam? Quero comentários, ok? Não sei quando vou postar o próximo capítulo, mas vai ser o mais rápido possível.



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