Animos Domi escrita por Chiye


Capítulo 22
Capítulo 22 - encontro.


Notas iniciais do capítulo

Tauana da Silva, obrigado pela recomendação!!!!! Eu não tinha visto ainda, elas não aparecem nas atualizações, fui ver ontem. Nem surtei, nem gritei, nem contei pro povo do facebook, nem li pro meu pai, nem fui abraçar meu gato e nem li duas vezes. Mentira, fiz tudo isso, sim. Muuuito obrigada mesmo!!!



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Um segundo fora da realidade. Era o esconderijo ideal. Quem suspeitaria?

Rose pegou o manipulador já travado e o colocou. Um enorme empolgação foi crescendo dentro dela. Ela olhou de esguelha para Pete. Não precisava colocá-lo em perigo, mas dizer isso iria deixá-lo desconfiado.

--Pete, se importaria de ficar aqui?—Perguntou Alden, piscando para Rose quando o senhor não estava olhando.

--Mas...

Alden cobriu o rosto com as mãos de uma maneira muito convincente; Se Rose não soubesse que ela estava fingindo, teria achado que estava se sentindo mal. Pete correu para junto dela, preocupado. Rose aproveitou a oportunidade: Deu partida no manipulador.

Por alguns segundos o claro da floresta a cegou. Então, aos poucos, foi se acostumando. Mas mesmo assim ela o ouviu antes de ve-lo.

--Rose!—Sua voz estava alegre.

Rose conseguiu vislumbrá-lo um segundo antes de ele abraçá-la. Ela deu leve tapinhas em suas costas, como se quisesse conferir se ele estava mesmo ali.

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--Então vamos começar o plano, não se esqueça de nada, por favor. –Pediu Anne.

John fez que sim com a cabeça antes de colocar a primeira parte do plano em ação.

--ANNE, ME LARGA, ESTÁ ME MACHUCANDO, ME SOLTA!—Berrou ele o mais alto que pode.

--TUDO ISSO É CULPA SUA! POR SUA CAUSA ESTAMOS PRESOS AQUI!—Berrou ela em resposta, apurando os ouvidos. Então ela começou a bater no colchão com toda a força que pode arranjar.

--AI! ME LARGA, ESTÁ ME MACHUCANDO, SUA LOUCA! SAI-PARA-LÁ!—Berrou John correndo até o lado da porta.

O plano deu certo: Um dos seres veio ver o que estava acontecendo. Mas assim que ele abriu a porta um bocado de fios caiu por cima dele. O ser se contorceu enquanto a descarga elétrica perpassava seu corpo, então caiu e ficou imóvel. O plano dera certo.

--Vem!—Disse ele para Anne, se jogando para fora da casa. Os dois fecharam a porta quando saíram.

--Não acredito que isso deu certo. –Disse Anne, baixinho.

Mas John não respondeu. Estava olhando para a pessoa que acabava de se materializar no meio da floresta. Era Rose!

Ele saiu desabalado até ela. Por algum tempo ouviu apenas sua respiração ofegante, então sua voz quebrou o silêncio.

--Rose!-E a abraçou. Rose deu tapinhas em suas costas.

--É... é você... –Disse ela.

--Claro que sou eu. –Riu ele.

--Você está bem.

--Ótimo.

--É você... –Disse ela novamente.

--Sou eu. E você, Rose Tyler.

--O que houve?—Perguntou Rose.

--Longa história. –Resumiu-se John. –Acho melhor sairmos daqui primeiro. Explico tudo quando sairmos, não é seguro.

--Claro. –Respondeu ela. –Coloque a mão no manipulador.

Mas antes de obedecer, ele se virou e gritou:

--Anne!—E uma mulher veio correndo de frente da cabana. –Juro que explico depois. –Disse ele a uma Rose zangada.

--Olá. –Disse Anne, sem jeito, assim que chegou até os outros dois.

--Tudo bem, coloque a mão no manipulador. –Disse John.

Anne obedeceu. Antes de partirem John vislumbrou alguns seres chegando na barraca e olhando eles partirem. Um segundo depois estavam na sala da casa de Pete e Jackie.

--O que houve, afinal?—Perguntou Rose. –Você sumiu por uma semana! Encontramos a casa revirada, ficamos preocupados...

--Fique calma, calminha, estou bem... –Por que agora havia lágrimas nos olhos da humana. –Eu explico tudo, calma...

John e Rose prepararam um chá e os três se sentaram. Anne ficou absolutamente quieta enquanto John narrava tudo: Como chegara e dera de cara com Anne, como eles lutaram, como ela o venceu(ele pulou a parte do beijo), como ele havia acordado na barraca, como descobrira que os seres estava usando  mente de Anne, como estavam cuidando dos prisioneiros e como haviam bolado um plano para escapar.

--Mas e você?—Perguntou ele finalmente. –Como passou por aqui?

Foi a vez de Rose narrar tudo. Que encontrara a casa revirada e com sangue no chão, que chamara a policia e contara com Liz e Holly e como Alden havia bolado um plano.

--...Agora ela está lá em cima com meu pai. –Disse Rose. –Vamos lá.

Os dois subiram as escadas e Anne os seguiu, meio em duvida.

Não sabia como se sentir. Tentara matar John mais de uma vez, sabia que ele e Rose estavam juntos, mas não conseguia parar de pensar em certas coisas. Ela mentira, conseguia se lembrar sim de ter tentado matá-lo. Lembrava da luta e do beijo, mas preferia não dizer. Era mais fácil quando somente ela sabia. Aquela não era ela. Os seres haviam controlado sua mente e pego suas emoções, que ela geralmente guardava tão bem, e as elevado ao máximo. Ela se lembrava de tudo, inclusive do fato de que não controlava o que fazia. Não tinha culpa pelo que acontecera. Não controlava o que acontecera. Não queria que aquilo tivesse acontecido. Não sentia nada de especial por John. Ou sentia?

Ela mal ouviu a conversa dos outros e se prendeu com seus próprios pensamentos. Era o que ela fazia melhor. Nunca precisara de ninguém, sempre fora sozinha, somente ela e sua ideias...
Aceitou quando lhe falaram que era mais seguro ficar ali, que os seres estariam atrás deles e que Pete lhe daria uma carona até em casa para pegar umas roupas e explicar para os familiares a ausência.

--Moro sozinha. –Explicou ela. –Então a visita será rápida.

E foi. Em meia hora estavam de volta. Pete cedeu seu quarto já que Jackie não estava em casa. Anne se recuso, mas ele disse que ela precisava se recuperar e insistiu até ela dizer que sim. Então tudo se ajeitou.

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Depois de instalarem Anne, John tomou um banho, comeu alguma coisa e foi até os fundos da casa. Não tinha nada para fazer e Alden lhe recomendara descansar, mas não pretendia fazer nada. Queria apenas ficar um pouco no sol. Ele se sentou na grama. Um segundo depois estava deitado, meio sonolento.

--Então você está ai. –Era Rose. Ela se sentou ao lado de John e ele se apoiou nos cotovelos.—Pensando na vida?

--Estava pensando no jantar. –Respondeu ele, fazendo-a rir. –Sério, estava pensando no jantar e em cortar os cabelos.

Rose riu novamente. Ele sorriu e fechou os olhos antes de continuar. 

--Desde que cheguei aqui eles cresceram um bocado... Mas não confio no pessoal daqui para esse serviço.

--Posso cortar, se quiser. –Sugeriu ela.

--Hã...

--Eu sei o que faço. Além do que, você não pode sair daqui. Não com os seres por ai.

John teve de concordar, mesmo que não achasse a ideia nada confiável. Sentiu que ROse se deitara ao seu lado e apoiara a cabeça nele. 

--Se não ficar legal, deixo você revidar o estrago. –Disse Rose, rindo.

--Nesse caso... Ok.

Deitados na grama, sonolentos, sem nenhuma preocupação maior. Juntos. Como podia dizer não? 


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Notas finais do capítulo

But I would walk five hundred miles
And I would walk five hundred more
Just to be the man who walks a thousand miles
To fall down at your door

Mas que coisa, Tenny, você me viciou nessa música...



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