Animos Domi escrita por Chiye


Capítulo 19
Capítulo 19 -bebê


Notas iniciais do capítulo

Achei o meio e o fim do capítulo particularmente épicos, espero que concordem comigo. Enjoy, humans!



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/382756/chapter/19

--Ah, mas que beleza de compensação!—Exclamou Liz, zangada. Os quatro estavam na enfermaria junto com Peddy, Theodore e Daniel. Liz ainda estava deitada, seguindo recomendações médicas, mas John, Rose e Holly estavam liberados, embora insistissem que Daniel falasse seja-lá-o-que-fosse junto de Liz. Então Daniel havia chamado-os a enfermaria e dito que como haviam comparecido em pleno sábado, estariam livres da quarta caverna.
 

--O que estava esperando, Walkes?—Perguntou ele, indignado.
 

--Sinceramente não esperava menos que um SPA. –Respondeu ela se empertigando nos travesseiros.
 

--Oras, Walkes!—Bradou Daniel, irritado. –Um jantar cortesia e outro grupo vai atrás da quarta caverna. –E saiu.
 

--Você devia ser mais educada. –Comentou Holly enquanto John e Rose rolavam de rir. –Ele seu chefe.
 

--Não se queixe. Consegui um jantar com tudo pago.

John, Holly e Rose tiveram que contar a Daniel tudo o que acontecera na caverna. Rose contou a história. John e Holly encararam o chão, envergonhados. Ela mudara o final da história de modo que parecera que ele haviam apenas impedido Rose e Liz de deterem Anne.
 

--Que Anne?—Perguntou Daniel.
 

--A agente. –Respondeu John, falando depois de muito tempo.
 

--Que agente?
 

--Não se lembra, senhor? –Perguntou Holly sem erguer a cabeça. –Você mandou-a com a gente na missão.
 

Daniel olhou para eles como se esperasse que alguém gritasse “surpresa!”Então John entendeu.

--Acho que ela controlou sua mente também, senhor.

Depois do relatório foram liberados. Holly quis ficar mais um pouco com Liz. John e Rose voltaram para casa. Ele ficou muito quieto, sem ao menos saber por que. Não tinha culpa, m,as simplesmente não conseguia encarar Rose nos olhos.

O celular de Rose tocou e ela procurou-o nos bolsos. John nunca se acostumara a usar o seu. Ou esquecia de recarregar a bateria ou esquecia o aparelho em casa. Sem conter as duas vezes que quase o deixara em torchwood.

--Alô?!—Perguntou ela. John pode ouvir claramente a voz ansiosa de Pete.
 

--Rose, onde estava? te liguei umas cem vezes!
 

--Estava em uma missão para torchwood, pai...
 

Pete baixou a voz, tranquilo.
--O... o que?—Perguntou Rose, o olhar distante.
 

Preocupado, John grudou o ouvido no telefone ainda em tempo de ouvir Pete dizer: “...Incrível. Você precisa ver, venha até aqui. Agora preciso ir, vou vê-los...”

--O que houve?—Perguntou John, notando que Rose sorria de maneira boba.

--Tonny. –Respondeu ela, ainda olhando distante.

--O que houve com ele?—Perguntou John, pensando no Tony que fora ponto-comum entre as realidades.

--Ele nasceu! Mamãe foi para o hospital assim que saímos!—Ela sorriu para John. –Vamos!

E agarrou sua mão e correu, levando-o junto. As pessoas olhavam quando eles passavam, mas eles não ligaram, continuaram correndo. Chegaram no hospital quinze minutos depois, sem fôlego, com os rostos acalorados e os pés frios. Trataram de recuperar o fôlego ali fora mesmo, sabendo que deviam fazer silencio lá dentro.

--Com licença— Disse uma Rose ansiosa assim que alcançaram a recepção. –Em que quarto está Jackie Tyler?

--Segundo andar,. Quarto vinte e dois. –Disse a recepcionista. –Nas se identifiquem antes de entrar, apenas certas pessoas podem vê-la.

John e Rose trataram de entregar logo um documento.

--Sim, Rose... Ela disse que você devia ir vê-la, não importasse a condição. Mas, ela não disse nada sobre você, John.

John ficou parado por um momento, depois concordou com a cabeça.

--Eu te espero. –Disse ele para Rose.

Mas ela balançou a cabeça e lhe entregou um molho de chaves.

--Pode ser que demore. Olhe, vá para casa. Vou ver se poso fazer algo por aqui.

John sorriu, beijou-a e saiu.

No fundo se achou bobo por esperar que Jackie o convidasse, afinal, era um momento da família. Mesmo um pouco magoado, ele riu ao imaginar a reação de Jackie ao ver o bebê.

Ele abriu a porta com os dedos meio insensíveis de frio. Entrou e antes que pudesse fechar a porta alguma coisa atingiu sua cabeça. Meio tonto, com estrelinhas diante dos olhos, ele procurou a origem daquilo e viu Anne. Ela parecia fora de si de tanta raiva.

--Como você pegou de volta?—Perguntou ela.

--O que?

--Como pegou a chave e a orbe de volta?

--Mas, eu... O que? –Repetiu ele, confuso.

Anne partiu para cima dele; Sentiu suas garras vermelhas lhe aranharem o rosto. Ele segurou seus pulsos e evitou contato com seus olhos. Manter a mente sã era muito importante agora.

Anne era anormalmente forte; Ele foi empurrado até a adega particular de Pete, onde Anne o empurrou e ele bateu de costas, derrubando tudo. Completamente molhado e com a sensação de ter sido atropelado, ele se levantou.

--Você é bem forte, hein? –Caçoou ela.

Era completamente vergonhoso bater em uma mulher. Mas, que outra escolha tinha? Por um momento delirante pensou em suspende-la no tempo, então se lembrou que era um simples humano. Avançou para cima dela e segurou seus pulsos, depois a empurrou até a parede, onde ela bateu a cabeça. Por um momento ela o olhou de maneira diferente, como se despertasse de um transe... Então, pela porta entreaberta, entrou um dos seres pretos com olhos brancos que deviam estar nas cavernas. O ser encarou Anne. Seus olhos brancos ficaram prateados por um momento, então voltaram a cor normal.

O ser simplesmente se evaporou.

Nesse segundo de distração, Anne o pegou pelo pescoço e o jogou no encosto do sofá. Ele rolou para o chão, arrastando a mesinha com o telefone junto com ele. Ela se abaixou para fazer algo com ele, mas John a empurrou. Ela esbarrou em um vaso que Jackie gostava e esse se espatifou no chão, espalhando terra.

Anne correu para ele. John tentou fugir, mas seu pé enganchou no fio do telefone. Ele caiu com estrondo. Anne se aproximou mais uma vez e o levantou pelo cangote. E, com uma força anormal para qualquer humano, jogou-o contra a estante. Enfeites, livros, vasinhos, cinzeiros, o vídeo e a televisão caíram com um barulho ensurdecedor. Algumas coisas bateram na cabeça de John. Ele sentiu o sangue escorrer. Não conseguiu se levantar.

Anne se aproximou e se abaixou. Ele torceu para ela não fazer mais nada... Dor.

Mas ela o beijou. Ele sentiu uma enorme repulsa, mas não conseguiu mover um músculo sequer. Todo o seu corpo doía e ele sentia o chão balançar... Então desmaiou antes de ela o soltar.

------------------------------------------------------

Rose saiu do hospital ao lado de Pete algumas horas depois. Estava completamente feliz. Tonny Tyler se parecia com a mãe: Lorinho e um pouco rabugento. Os dois vieram babando as fotografias feitas pelo celular da humana o caminho inteiro até em casa.

A porta estava encostada. Muito provavelmente John devia estar na sala vendo televisão ou até cochilando. Os dois entraram e estacaram.

A sala estava completamente destruída. A estante, a mesinha do telefone, um vaso e a adega estavam virados, espalhados e espatifados. Os olhos da humana caíram sobre uma mancha de sangue em frente a estante destruída. Um enorme pânico se apoderou dela...

--JOHN!—Berrou. Andou até as escadas. –JOHN!—Berrou com mais força ainda.

Mas não houve resposta. Pete chamou também, e nada.
--Devíamos chamar a policia, eles saberão o que houve. –Disse ele, sério.

Rose concordou, em pânico.

----------------------------------------------------------

Anne havia levado John até um cômodo muito bem escondido que ninguém jamais acharia. Havia alguns seres de olhos brancos esperando-os.

--Eu o trouxe. –Disse ela, depositando-o em uma cama.

Um dos seres tratou de o amarrar bem firme. Outro deles olhou firmemente para Anne. Ela relaxou a expressão e caiu de joelhos, tremendo.

--Onde... Onde eu estou?

Mas os seres a amarraram também. 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!


Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? dó dele? duvida sobre a Anne?



Hey! Que tal deixar um comentário na história?
Por não receberem novos comentários em suas histórias, muitos autores desanimam e param de postar. Não deixe a história "Animos Domi" morrer!
Para comentar e incentivar o autor, cadastre-se ou entre em sua conta.