Animos Domi escrita por Chiye


Capítulo 17
Capítulo 17 - Fusão


Notas iniciais do capítulo

Cheguei, seres da terra. Espero que curtam esse capítulo. Ele até fofinho.

E pra quem curte Percy Jackson, achei uma fic muito legal:
http://fanfiction.com.br/historia/374257/Im_Trouble/ageconsent_ok
Foi escrita por LeesGurrl.

Achei esses dois videos também e viciei em ficar ouvindo:
http://www.youtube.com/watch?v=30ZUBxVf3to (the tenth theme)
http://www.youtube.com/watch?v=Am7eHyJ8_1Y (the doomsday theme)
Recomendo ouvir.



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John correu como um louco até as instalações de torchwood. Driblou o sistema de segurança e entrou. Parou para respirar por alguns segundos, comprimindo uma pontada no lado do corpo. Mesmo sem fôlego ele recomeçou a correr. Sabia que Tony trabalhava no setor de catalogação de espécies a armas, que por azar ficava do outro lado do prédio de um kilometro e meio. E se encontrasse Daniel, ele provavelmente o mandaria descansar... Era entendível, mas seria inútil agora.

Vários funcionários apontavam e cochichavam enquanto ele passava correndo. Ele tomou um caminho mais longo, porem com menos chances de Daniel aparecer. Passou pelos laboratórios, salas de reunião, estoques, saguão, recepção, administração...

Perto da sala onde recebiam ALIENS, ele parou por mais alguns segundos para tomar fôlego. Foi um enorme erro.

--Smith, o que está fazendo aqui?—Era Daniel.

--Eu... Estou... Procurando... Tony... Blushuer... –Suspirou ele.

--Você sinceramente devia descansar. –Disse ele. –Entendo o que deve sentir, mas...

--Não... Você não... Entende... –Ele tomou fôlego. –Tony pode ajudar...

--Mas, como...?

--Não dá para explicar agora, vejo você mais tarde...

E correu antes que Daniel pudesse fazer algo. Depois de muita, muita, muita correria, alguns encontrões e um quase beijo, ele chegou ao setor correto.

Escancarou a porta. Todos os funcionários olharam para ele.

--Tony Blushuer. –Disse, alto. –Preciso da sua ajuda.

Tony se destacou do meio da multidão, um tanto assustado.

--Para que exatamente?—Perguntou, desconfiado. –E quem é você?

--Sou John Smith. Mas não posso explicar agora, precisa vir comigo, duas vidas dependem disso...

Tony pareceu convencido. Saiu correndo no encalço de John, que tentava explicar enquanto corriam, coisa que não deu muito certo.

Então mais ou menos na metade do caminho avistaram Daniel novamente. Ele vinha correndo ao encontro dos dois, muito pálido.

--Smith, pode me explicar o que está havendo? Achei que estivesse... Triste?

--Não...—Disse ele. Daniel ergueu as sobrancelhas e ele tratou de explicar. –Talvez ainda possa salvar tudo. Agora preciso ir.

Ele fez menção de correr, mas Daniel o reteve.

--O que pensa que está fazendo? E Blushuer, por que acha que pode abandonar o serviço pela metade.

--Ele disse que vidas dependiam disso, senhor. –Respondeu Tony, encabulado.

--Não dá para explicar agora. –Disse John, impaciente. –Realmente preciso ir. Vou passar nem que tenha que te nocautear para isso.

--Olhem.. –Disse Daniel, mas pareceu mudar de ideia. –Vou lhes dar duas horas.

--Obrigado. –Disse John. E acrescentou, lembrando da formalidade. –Senhor.

Demoraram mais a voltar por que Tony não estava acostumado a corridas.

John escancarou a porta e se jogou escada acima. Chegou ao quarto ofegante e ficou felicíssimo de constatar que Rose já estava lá. Tony entrou logo em seguida. Olhou para Rose. Então viu seu eu da outra realidade.

Talvez por reflexos criados por anos de viagens nas TARDIS, John tapou a boca de Tony e Rose fez o mesmo com o Tony da sua realidade. Os dois estavam com os olhos arregalados de medo.

--Tudo bem, vocês dois. –Disse John. –Nossa realidade se partiu em duas e agora existe uma cópia dela, com a gente dentro. Vocês são ponto em comum do epicentro da coisa toda. Encostem um no outro e tudo voltará ao normal, não precisam ter medo, não vão se lembrar de nada depois.

Os Tonys pareciam menos assustados, mas não menos desconfiados. Mas não gritaram quando Rose e John destamparam usas bocas.

--Tudo bem. –Disse John. Rose ria da reação dos colegas. –Encostem um no outro, não precisa muito, pode ser só o dedo indicador.

Os Tonys se encararam por um longo momento, sem falar nada. John revirou os olhos, impaciente.

--Isso é definitivamente estranho. –Comentou Tony da realidade de Rose.

--Muito. –Disse o outro. –É como se...

--Como se fosse um espelho desobediente que se mexe muito. Você fica olhando e pensa “Minha nossa, é assim mesmo que eu sou?” e caso se conhecerem melhor provavelmente vão começar a um achar o outro chato. A propósito, não briguem, seus maiores segredos são de conhecimento um do outro. Pode ser que sintam quando algo muito ruim acontecer com o outro...

Ele parou, se lembrando da gravidade do que acontecera com O Doutor. Rose pareceu não notar; Provavelmente achara que ele ficara sem fôlego, o que, ele tinha que admitir, era perfeitamente lógico.

--Temos que encostar os dedos, certos?—Perguntou o Tony da dimensão de John.

John e Rose fizeram que sim com a cabeça. Os Tonys começaram a aproximar os dedos. A percepção do que poderia acontecer inundou John. Seu estomago revirou. Eram boas chances, pensou ele, tentando se acalmar.

--Espera!—Pediu Rose. Ela olhou para John, estava assustada. –Seja lá o que aconteça, quero que saiba... Que saiba...

--Eu sei. –disse ele, baixinho. Rose se aproximou. John se sentiu muito mal por não poder abraçá-la. Ela parecia pensar mais ou menos a mesma coisa. Eles aproximaram as mãos e entrelaçaram os dedos. Mesmo que não pudessem se tocar, era reconfortante estarem juntos.

--Juntos. –Sussurraram.

Os Tonys desviaram o olhar do casal e voltaram a esticar as mãos, nervosos. Foram indo, indo... E tocaram as pontas dos dedos.
John sentiu como se uma mão fechasse seus olhos. A mão de Rose foi aos poucos ficando sólida... Ele a apertou e ela retribuiu o aperto.

Tudo estava perfeitamente silencioso.

Então, de repente, eles foram arremessados e bateram na parede. Liz e Rose gritaram... Choveram destroços em suas cabeças... Uma segunda explosão... Pedras voaram também... Era difícil respirar por causa da poeira... John ainda abraçava Rose. Puxou-a para mais perto...  Algo atingiu sua cabeça, ele ficou desorientado... Uma sensação de dèjávu se apoderou dele e logo em seguida sentiu ondas nauseantes de pânico...

--Rose... Rose!?—Chamou ele, desesperado. Mas a mão da humana apertou a dele mais forte.

Ele virou a cabeça e viu que Rose estava bem, completamente bem e sorria de orelha a orelha.

--Estamos bem. –Comentou ela. John se levantou, sorrindo e trêmulos e ajudou-a a se levantar também. Os dois estavam cobertos de poeira da cabeça aos pés.

--Ah, Rose!

Os dois se abraçaram, rindo. Era real, perfeitamente real. John não se lembrava de ter sido mais feliz.

--Calma aê vocês dois, não foi nada. –Disse Liz, se levantando.

John notou vagamente que Alden também sorria radiante. Afastou-se um pouquinho para poder ver o rosto de Rose. Ela sorria e chorava ao mesmo tempo. John não resistiu, beijou-a.

--Hey!—Disse Liz.

Eles não se separaram.

--Qual o problema de vocês dois? Parecem que não se veem a meses...

Os dois simplesmente ignoraram Liz. Ela bufou, indignada.

Daniel chegou nessa hora, parecendo preocupadíssimo. John tratou de acabar com o beijo, lembrando que ainda estavam no trabalho.

--O que aconteceu? Minha nossa... Estão todos bem?

--Tudo ótimo. –Respondeu John, sorrindo.

--Perfeito. –Disse Rose, sorrindo e se pendurando no braço do humano.

Liz olhava-os de maneira estupefata. Para ela, havia sido apenas uma explosão... Já Alden os olhava e sorria radiante. Provavelmente se lembrara de tudo o que acontecera.

--Minha nossa... –Disse Daniel. –Para a enfermaria, vamos...  Vou mandar investigarem quem causou essa explosão... Vamos, andando...

John e Rose seguiram juntos, de braços entrelaçados, extremamente contentes. Aquela experiência havia mexido demais com eles.

Encontraram na enfermaria um Holly que se debatia e tentava se levantar, parecendo preocupado. Theodore, o Médico, tentava mantê-lo deitado.

--Vocês estão bem?—Perguntou Holly.

--Estamos. –Assegurou Liz. –Vamos, se deite...

Ela correu a forçá-lo a se deitar, o que foi meio desnecessário; Holly se tranquilizou assim que eles disseram que estavam bem. Dickson não estava lá e Peddy correu a ajudá-los. Mas ficou claro que ninguém havia se machucado. Até Alden se deixou examinar, cantarolando de boca fechada. John não soltou a mão de Rose durante todo esse tempo, coisa que intrigou muito Liz.

--Achei que fossem tímidos— Disse ela, provocando-os. –O que houve como vocês?

--Nada. –Respondeu John. –Estamos vivos, não? Temos todo o direito de agir assim.

Rose apoiou a cabeça em seu ombro, rindo. Ele apoiou sua própria cabeça na dela.

Estavam vivos, completamente vivos. O plano dera certo. Não havia com o que se preocupar. 


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Notas finais do capítulo

E então, gostaram do capitulo? E dos videos? Ainda me acham Moffatica???



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