– Vamos subir! – Julia chamou. – Um pouco de privacidade não vai matar eles!

Assentimos e subimos as escadas, ate chegar ao quarto que ela dividia com Tony. Julia se jogou na cama, literalmente, Betty se sentou na beirada oposta, Natasha ficou em pé, Melisse se sentou nos pés da cama e eu me sentei na poltrona.

– Você vai realmente ficar em pé? – Julia perguntou para Natasha.

– Eu prefiro ficar em pé! Não quero imaginar o que você e Tony fizeram nessa cama! – ela comentou e eu sorri.

– Então, Alex, quando é o casamento? – Melisse perguntou, bebendo um pouco de vinho.

– Vocês vão se casar? – Betty perguntou.

– Ainda não! – falei, sentindo uma pontada forte na base da barriga.

– Ate pra isso, ele é lerdo! – Julia implicou.

– Não fala assim dele! - falei, massageando o local dolorido.

– Você esta bem? – Betty perguntou, se levantando da cama e vindo ate mim.

– Pra falar a verdade, eu não sei! – falei.

–O que você esta sentindo? – ela perguntou.

– Algumas pontadas bem fortes! – falei e olhei pra minha barriga. – O que vocês dois estão aprontando ai dentro? – Outra pontada. Na verdade, eu acho que foi uma contração, por que dessa vez, eu gritei.

Melisse prendeu meu cabelo em um coque alto enquanto Julia soprava meu rosto. Segundos se passaram quando vi Steve passar pela porta.

– Alex, você esta bem? – ele perguntou, se ajoelhando na minha frente.

– Claro, ela gritou porque ela ta super bem! – Melisse falou, irônica.

– Gente.. Agora não, por favor! – pedi, sentindo outra contração. Minhas mãos agarraram os braços da poltrona e gritei novamente. Senti a bolsa romper e a agua escorrer, molhando as minhas pernas.

– Vem! Eu vou te levar pro hospital! – Steve falou, se levantando e se preparando para me pegar no colo, mas, no momento em que ele tenta me levar, eu senti uma forte dor nas costas e gritei.

– Não vai dar! Não vou conseguir! – murmurei e ele me olhou preocupado.

– Ela não vai aguentar chegar no hospital! – Tony falou.

– O que eu faço? – ele perguntou.

– Eu posso fazer o parto! – Bruce falou, tirando o paletó.

Mas, naquele momento, eu não conseguia prestar atenção em mais nada. Apenas pensava na dor e no que acontecia com meus bebes dentro de mim. Senti quando Steve me deitou na cama e se sentou atrás de mim, me dando apoio.

– Estou aqui, meu amor! Estou aqui! – ele murmurou no meu ouvido.

– Steve... Dói muito! – murmurei, sentindo outra contração. Segurei sua mão e a apertei.

– Eu sei. Eu sei. Só mais um pouco. – senti Steve beijar minha cabeça. – Bruce.

– Thor, Clint e Tony, por favor, esperem lá em baixo! – Bruce pediu e vi, através da minha visão embaçada, eles saírem do quarto, enquanto Tony reclamava de alguma coisa que eu não prestei atenção. – Julia, eu vou precisar de uma tigela com agua morna, algumas toalhas e tesoura esterilizada!

– Tudo bem! Mel, vem comigo? – Julia perguntou e eu acho que ela foi, porque eu escutei dois pares de pés saindo do quarto.

– Natasha, eu acho que você pode esperar lá em baixo! Quanto menos gente estiver em volta dela agora, melhor! – Bruce falou e eu ouvi Natasha sair.

– Steve, lá vem mais uma! – falei e ele me deu sua mão. A segurei sem excitar e a apertei. Gritando novamente.

– Vamos ver você! – Bruce falou e senti a cama afundar um pouco na beirada. Bruce levantou minhas pernas e as abriu. – Muito bem, ta na hora! Quando você sentir uma nova contração, empurre! Aproveite a contração para ajuda-la.

– Eu vou... Tentar! – falei, respirando fundo e me ajeitando na cama. Uma, duas, três, quatro, cinco, seis contrações foram necessárias para que escutássemos o primeiro choro. Um choro fraco e fino. Sophie.