Pov's Selena

Gritei, berrei e esperneei dentro daquele quarto mas ninguém me ouviu, e se tivesse me ouvido com certeza teria me ignorado afinal eu, segundo eles, sou uma bebê que não consegue nem matar a droga de um demônio.

Estou com tanta raiva que minha vontade é de subir pelas paredes, quebrar a portas, os móveis a janela, espera, até que quebrar a janela não é uma má ideia. Na verdade é uma ótima ideia.

Ponto pra mim, pela inteligencia.

Tudo bem que teriam alguns bons metros pra mim descer mais mesmo assim vale a pena tentar, calcei minhas botas e procurei algo que poderia quebrar a janela, não achei nada muito pesado talvez minha arma sirva. Atirei na janela e bem, serviu direitinho, a janela se despedaçou em vários pedaços.

Olhei pra baixo e vi que era mais alto do que eu pensava, se eu me jogasse eu poderia me machucar, mais eu tinha algumas chances de que desce certo.

Coloquei o primeiro pé pra fora e apoiei no batente da janela, coloquei o outro pé e me segurei na parte de cima da mesma, abaixei a cabeça e vi que tinha outra janela em baixo, um pouco mais ao lado, talvez fosse a janela da sala,coloquei o pé na parte de cima dela e depois me segurei com as mãos onde antes estavam os pés, quando olhei pra baixo não era mais tão alto, pulei de lá e cai no chão sentada, minha bunda doía.

Limpei minhas calças e tive que quebrar mais uma janela pra poder entrar na parte de baixo da casa, talvez eu conseguisse encontrar a chave do meu carro. Procurei nos bolsos das minhas calças, e em todos os lugares possíveis e é claro que não achei, óbvio que Abby levou as minhas chaves.

Voltei pro pátio da casa e encontrei meu bebezinho lindo lá parado prontinho pra mim, cheguei mais perto dele e seu vidro estava fechado, me xinguei mentalmente por ter a incrível mania de deixar meu carro sempre trancado, peguei um tijolo não muito grande e me preparei pra quebrar o vidro do Camaro.

'Me desculpe por isso bebê' Joguei o tijolo que fez o vidro quebrar por inteiro. Abri a porta por dentro e limpei os estilhaços de vidro do banco da frente. Sentei e fiz aquele negócio com os fiozinhos que aprendi com Sam a um tempo atrás.

Pensei em ir atás de Emma mais não tinha como saber pra que lado eles foram o único que sabia disso era Chuck, meu mais novo profeta amigo. Sua casa não era tão longe ainda mais quando não se tem medo de usar o acelerador.

– Chuck! - Falei entrando na casa sem avisar já que tinha encontrado a porta aberta.

– Como você chegou aqui? - Perguntou parecendo um pouco assustado com a minha chegada de surpresa.

– Eu pulei a janela seu idiota - Respondi - Onde é que eles foram, hein?

– Selena, sinto muito mas Dean pediu pra não lhe - Ele ia dizendo mais eu o interrompi.

– Esquece o que a droga do Dean falou - Disse um pouco exaltada.

– Eu não posso, é sua vida que esta em jogo, não posso te por em risco - Justificou.

– Você pode sim! Eu deixo, te dou permissão pra me colocar risco - Falei.

– Não vou fazer isso Selena, não adianta - Ok, esse profetinha de nada esta começando a me deixar estressada não tenho tempo pra ficar aguentando gente fazendo cu doce, coloquei a mão no cós da minha calça e senti minha arma ali, tirei ela e segurei em minha mão.

– Você fala por bem ou eu começo a utilizar outros meios - Mostrei a arma pra ele, que pareceu meio assustado e recuou pro outro lado da sala.

– Não posso - Falou baixinho em meio a alguns gaguejos.

– Mas que merda! Fala logo - Gritei e ele apenas negou com a cabeça, não queria mata-lo apenas machuca-lo, pensei em algo como um tiro na perna ou no braço, ergui a arma e me preparei pra puxar o gatilho mais fui interrompida por uma luz que irradiou na sala, as paredes começaram a balançar e ouvi um barulho enorme como se alguém fosse cair do teto a qualquer momento, a luz ficou cada vez mais forte era algo divíno, algo dos céus.

Droga, Arcanjo!

– Porque chamou ele aqui seu idiota, eu não ia te matar - Gritei pra Chuck, joguei minha arma em qualquer canto enquanto me aproximava dela pra poder me proteger e tentar protege-lo de alguma forma.

– Eu não chamei ninguém - Ele parecia mais nervoso e chocado que eu. A luz ficou mais forte e os vidros quebraram, joguei Chuck no chão e me joguei em cima dele pra que os cacos não nos machucassem, o que pra mim foi em vão, senti várias pontas perfurarem minha pele com uma velocidade tão grande que se pudessem eu acho que os cacos sairiam do outro lado do meu corpo.

Ergui a cabeça e vi a silhueta de uma homem vestido de terno, o que me fez pensar que todos se vestiam assim, a luz havia cessado completamente ele se aproximou de mim com sua faca divinissimamente poderosa, quando olhei pro lado Chuck já se encontrava sentado na poltrona atrás do Arcanjo, me levantei rápido e peguei a única arma que eu tinha naquele momento que era uma faca nem um pouco poderosa e maneira como a dele, mas eu ia conseguir me defender com aquilo, claro, porque otimismo nesse tipo de vida que eu levo é tudo.

Ele ergueu aquela arma prata tentou me atacar, foi algo como um soco, não sei se ele usou a faca ou se apenas piscou e eu voei pro outro lado da sala batendo na parede. Tentei me erguer mais foi em vão, me sentia fraca e dolorida de mais pra tentar lutar ou até mesmo me levantar. o Arcanjo ergueu a arma na altura de seus ombros como se fosse me esfaquear, e ia, fechei meus olhos e pude ouvir Chuck falar pra ele que eu não havia feito nada o que, claro, foi em vão.

– Solta ela Daniel - Ouvi uma voz conhecida, uma voz que me fez sentir segurança e de certa formar me fez ter esperança, Castiel.

– Ela ameaçou um profeta - O tal Daniel se virou pra Cass.

– Não foi uma ameaça - Cass tentou me defender, mas na verdade eu ameacei mesmo, e me orgulho disso. Chuck falava coisas como '' Aquilo não foi uma ameaça foi só uma conversa de amigos'' ou outras '' Sabe como são as mulheres, TPM elas ficam um pouco estressadas''.

– Desculpa Castiel mais eu senti como uma ameaça, ela apontou uma arma pra ele - Daniel falou ignorando totalmente o profeta.

– Por favor Daniel, deixa que eu cuido disso - o Arcanjo pensou muito, acho que ele e o Cass são muito amigos mesmo porque depois ele guardou a sua faca e num piscar de olhos não estava mais la.

Castiel se aproximou de mim e se agachou ao meu lado, colocou sua mão em meu rosto e eu fechei os olhos, logo uma nuvem de força tomou conta de mim, eu me sentia bem, livre e renovada.

– Obrigada Cass - Disse assim que abri os olhos e me dei de cara com seu olhar terno pairando sobre mim - Chuck, pode me dizer pra onde eles foram agora? - Falei assim que me levantei.

– Dupont, Indiana - Respondeu sem mais delongas, parecia assustado.

– Precisa me levar até la- Disse me virando pra Cass. Dupont não era tão longe, mais é claro que eu levaria horas pra chegar lá e mais varias horas pra encontrar Sam, Dean, Abby, Bobby e Emma, precisava da ajuda de um profissional vulgo Castiel.

– Qual seu problema? Não consegue entender que é pro seu próprio bem?

– Castiel, por favor - Olhei dentro dos seus olhos tentando convence-lo a me levar.

Continua...