A Stranger - Season 3 escrita por Gabi Mikaelson Salvatore


Capítulo 9
3x08 - I'm Destroyed


Notas iniciais do capítulo

Hey meus amores!!! Estou de volta!!! Sinceramente, esse capítulo ficou muito bom!!
Sou muito humilde, neh?? kkkkkk
Bora ler?
AH! Não se esqueçam de ler as notas finais!!



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Há horas que eu estava na mesma posição. Meus olhos estavam abertos encarando aquele teto escuro do quarto de Damon. O barulho da fraca chuva lá fora já não me incomodava mais. De inicio aquilo estava me pertubando e pensei que fosse por causa disso que não conseguia dormir. Mas na verdade, aquilo estava me ajudando. Sempre que fechava meus olhos, a imagem de Jeremy morto me atormentava. Sentia o sangue dele em minhas mãos... Minha assombração pareceu cessar por algumas horas. Entretanto, na minha cabeça as imagens sempre iam se formando. E aos poucos eu me sentia cada vez mais despedaçada.

Damon passou a noite inteira ao meu lado, esperando-me dormir, o que não aconteceu. E logo cedo ele foi chamado por Stefan para resolverem alguns problemas. Eu sabia o que se tratava. O enterro de meu primo. Quando imaginava Jeremy sendo enterrado, mais meu peito doia e mais eu me sentia culpada. Queria apenas ter um pequeno botãozinho que diminuisse essa dor.

– Ficar sozinha no escuro, apenas piora a dor, acredite.

Damon entrou no quarto iluminando todo o ambiente. Suspirei pesadamente sem lhe responder nada.

– Diz o cara que adora demonstrar suas dores. - sussurrei querendo ser sarcástica, acabei mesmo sendo rude. Revirei meus olhos de leve, percebendo a idiotice que disse - Desculpe, você só está querendo me ajudar...

– Mas você está certa. - Damon sentou-se a minha frente - Sabe porque eu não demonstro o que sinto? Porque não quero que pensem que sou fraco. - ele olhou-me óbvio.

– E você é? - murmurei intrigada.

– Todos nós temos nossas fraquezas. - ele deu-me uma leve piscadela. Damon inclinou-se sobre mim e beijou-me levemente. Me senti um pouco bem apenas com os lábios de Damon nos meus - Tem uma certa loira atrás de você. - ele disse afastando seus lábios dos meus.

– Quem? Alyssa? - perguntei confusa e ele negou - Ah. Rebekah. - conclui e Damon concordou rolando seus olhos.

– Disse a ela que você estava ocupada de mais e que iria ao enterro de Jeremy. - ele ficou de pé caminhando tranquilamente.

– Não, Damon, eu não vou. - neguei sentando-me rapidamente - Nem posso...

– Ele é seu primo, Demitria. - olhou-me sério - É seu dever estar ao lado de Elena... Alaric... Bonnie. - olhou-me significativo. Fechei meus olhos relaxando meus ombros e respirei fundo lentamente.



Minhas mãos seguravam o braço de Damon tremendo. Eu estava com medo, e assustada. Nunca me imaginei indo ao enterro de jeremy... Ainda mais quando eu o matei.

Em frente a sepultara estavam: Caroline, Tyler, Matt, Alyssa e Stefan; Elena, Alaric e Bonnie a frente de todos eles. Damon e eu ainda estávamos distante deles. Mas a cada passo que dávamos, maior era minha angustia.

– Damon... - parei de andar e ele olhou-me confuso - Eu... Eu não consigo. - sussurrei negando assustada.

– O que foi? - Connor disse ao lado de Damon, eu o olhei horrorizada - Está arrependida de ter matado seu primo? Monstros como você só sabem fazer isso..

– Não... - neguei desesperada.

– Demi... - Damon tentou me segurar, porém fui mais rápida e saí de lá correndo em velocidade vampiresca.

Por que isso estava acontecendo comigo?! Ele está morto, eu sei disso...

– Claro, porque você me matou. - escutei novamente aquela voz. Neguei ainda andando em passos rápidos pela floresta.

– Sai da minha mente... - gritei nervosa sem nem olhá-lo.

– Não sou eu quem estou em sua mente, Aghata... - ele disse me seguindo também em passos rápidos - É a culpa que lhe persegue.

– Eu não queria te matar! - vociferei furiosa.

– Claro que não, querida. - parei de andar no mesmo momento quando ouvi tal voz. Virei-me encarando aquele homem ao meu lado.

– Elijah. - sussurrei atonita. Ele segurou minhas mãos, mas era como se ele não fosse ele.

– Você não queria matá-lo, eu sei disso. - ele negou sorrindo de leve - Mas agora você se tornou um monstro.

– Não! - gritei me afastando e voltando a andar rápido sem sentido.

– Quando você morreu foi um monstro a menos no mundo. - ouvi a voz de Connor - Agora você voltou para matar mais pessoas. Não acha que o mundo seria um lugar bem melhor sem um monstro assassino como você?

– Você quer que eu morra não? - disse com odio e parei de andar para encará-lo - Assim como você!

– Assim como eu... Como aquele casal... A garçonete... Jeremy.

– CALA A BOCA! - gritei segurando minha cabeça com força. Minhas lágrimas cairam dolorosamente e meu corpo foi ao chão juntamente. Comecei a chorar desesperadamente. Talvez ele tivesse razão. Eu sou um monstro.

– Aghata... - escutei um sussurro assustado. Abri meus olhos e procurei o dono de tal voz. Então encontrei Elijah um pouco distante, me encarando horrorizado.

– Não... - de novo não– Me deixa em paz, por favor! - implorei ficando de pé novamente.

– Aghata, sou eu: Elijah. - ele disse vindo calmamente até a mim.

Peguei um grande e grosso galho no chão e corri sobrenaturalmente até ele. Cravei o galho em seu pescoço e o escutei gemer. Corri numa velocidade inumana para longe de lá.

Vi os fundos de uma grande casa, eu reconhecia tal casa, claro. Corri até lá e finalmente adentrei, implorando por ajuda.

– Klaus! - gritei chorando - Por favor, Niklaus... Eu preciso de sua ajuda! - gritei olhando em volta da grande sala em que estava.

– Aghata. - escutei seu sussurro. Dentro de poucos segundos, Klaus já me abraaçava proteroramente. Ofeguei abraçando-o de volta, implorando em mente para que fosse realmente ele.

Niklaus tirou-me do chão, deixando-me em seus braços. Abri meus olhos assustada e então num breve segundo já estávamos dentro de um quarto no andar de cima. Era um grande quarto, sem janela e um pouco diferente de muito dos outros quartos que já tinha visto em minha vida. Niklaus deixou-me no chão e fechou a porta atrás de nós.

– Você ficará aqui. - ele disse e o encarei confusa.

– O que está acontecendo comigo? - perguntei secando meu rosto. Ele respirou fundo.

– É a maldição do caçador. - ele disse e fiquei mais confusa - Connor era um caçador, um caçador que tem suas maldições, e quando você o matou, você ficou amaldiçoada.

– O que isso quer dizer? - sussurrei com medo e ele olhou-me meio tenso.

– Quando nasce um caçador, ele é destinado a matar vampiro, e quando ele é morto por sua caça, mesmo morto ele tenta cumprir seu destino. - disse num tom suave de voz.

– Eu não vou me matar. - disse incrédula.

– hum... Melhor garantir, não? - ele sorriu - Daqui a pouco trarei-lhe algo para tomar. - ele disse dando-me as costas.

Klaus saiu trancando a porta e tentei correr atrás dele. A porta era tão dura que mesmo eu socando-a, nem ao mesmo se moveu.

– Klaus! - gritei - Eu não quero ficar trancada aqui, não! - gritei incoformada. Eu vim lhe pedir ajuda e ele me deixa presa aqui nesse quarto.

Virei-me angustiada e arfei quando novamente encontrei Connor alí. Ele veio até a mim lentamente.

– Sai da minha mente. - eu sussurrei nervosa.

– Sente-se culpada, não? - ele olhou-me sádico.

– Você iria matar todos que eu amo... - sussurrei incrédula.

– Por que todos são monstros. - ele repetiu tal palavra que me dava odio - Admita você é um monstro, e merece morrer!

– Não! - me afastei dele imediatamente, parei do outro lado do quarto.

– Eu estou apodrecendo em baixo da terra, por sua causa.

– Vá embora! - falei entredentes.

– Não posso. Estarei com você para sempre. - ele disse frio - Serei uma lembrança constante do que você se tornou.

Sentei naquela cadeira próxima da cama e fechei meus olhos. Aquilo era apenas uma alucinação...

– O que você sentiu quando tirou minha vida, ham? - ele questionou.

– Péssima. - sussurrei negando - Eu tinha jurado que nunca mais tiraria uma vida... - disse com odio de mim mesma - Eu não suporto a culpa... É pior que tudo que já senti em minha vida. Saber que uma vida foi tirada por mim, é algo sem explicação! Pode ter certeza que me sinto pior do que você está! - abri meus olhos furiosa.

– Não, você não sente, por que você está viva... E eu estou morto!

– Eu sinto muito! - gritei ficando de pé furiosa.

– Assim como você sente muito pela morte de seus pais? - ele olhou-me sarcástico. Neguei apavorada - A culpa é sua.

– Não... Foi Georgina! - disse com odio e ele aproximou-se de mim.

– Ela fez isso porque você a matou, novamente tirando mais vidas! - ele falou sério.

Dei-lhe as costas e respirei fundo, com medo de tudo que ele me dizia... Era tudo verdade.

– E o que você sentiu quando me matou, querida?

Ofeguei arregalando meus olhos e virei-me encarando Georgina, me olhando sádica como sempre.

PDV ALYSSA

Percebi Demi e Damon chegando e me senti um pouco aliviada por vê-la alí. Stefan estava ao meu lado, em silencio o tempo todo. Quando todos deixaram flores sobre o tumulo onde Jeremy tinha sido enterrado, Elena e Bonnie se abraçaram chorando.

Jeremy e eu tivemos pouco convívio, porém ele era um bom garoto. Divertido e alegre. Sabia o tanto que Demi o amava e se preocupava com ele, por isso não consigo enteder o que aconteceu.

– O que houve? - Stefan retirou-me de meus pensamentos. Só então percebi que Damon estava bem ao nosso lado.

– Demitria sumiu. - ele disse em tom baixo. Eu o olhei confusa e olhei em volta.

– Ela estava com você agora há pouco. - sussurrei confusa e ele concordou.

– Ela ficou estranha... E puf! correu para longe. - ele deu de ombros - Estou indo procurá-la. - avisou-nos. Stefan concordou rapidamente.

– Eu vou com você. - digo fazendo Stefan me olhar confuso - Fique com Elena. - falo um pouco séria.

PDV DAMON

Depois de Alyssa e eu procurarmos por Demi em todas as partes, resolvemos voltar a casa de Elena, talvez Demi tivesse voltado para lá. Logo que chegamos, encontrei todos lá. Elena estava sentada no sofá, sendo abraçada por Stefan.

– Vou voltar a procurar Demi. - Alyssa sussurrou um pouco enojada com que viu.

– Pare de ciumes, loira. - digo incrédulo e ela revira os olhos.

– Você já se acostumou com os dois juntos, eu não. - ela sussurrou irritada.

– Hey, Stefan está com você, não está? - eu a olhei irritado, agora não é hora de ciumes idiota.

– Diga você mesmo. - apontou para a cena e deu-me as costas negando com a cabeça.

Antes de Alyssa sair, Elijah apareceu de repente. Era só isso que faltava mesmo.

– Onde está Aghata? - Elijah questionou, chamando a atenção de todos no ambiente. Ele estava com sua roupa um pouco suja de sangue - O que houve com ela?

– Ela está estranha, ninguém sabe o que está acontecendo. - Alyssa disse assustada.

– O que houve com você? - Alaric perguntou incrédulo enquanto tomava algo alcoólico do outro lado da sala.

– Era por isso que vim aqui, ela me atacou. - ele disse sério.

– Ops. Acho que alguém está muito forte. - disse irônico e caminhei para sair de lá - Demi está descontrolada, ela matou Jeremy... e agora quase te matou. - eu o olhei enojado - Ela precisa de ajuda.

– Ahn... - Alyssa sussurrou pensativa parecendo ter alguma ideia, e sempre quando ela tinha alguma ideia, nunca me agradava - Quando Aghata tinha problemas, para quem ela corria? - a loira disse olhando para Elijah. O Original não fez uma cara muito boa e pareceu entender.

– Klaus. - disse entendendo a conversa muda dos dois.

– Ops. Acho que alguém está de volta. - Elijah disse usando meu tom. Controlei-me muito para não tentar matar aquele Original, pois sabia que ele era muito mais forte, e me destruiria em segundos.

PDV DEMI

– Vamos, Aghata, pare com isso. - Georgina sussurrava ao meu ouvido, meio impaciente - Pare de de chorar, estou ficando irritada.

– Por que você não me deixa em paz? - choraminguei nervosa e limpei minhas lágrimas.

– Porque eu não posso, não enquanto você não estiver morta. - ela disse se afastando de mim e caminhando pelo quarto.

– Você quer que eu morra, porque eu te matei... mas você virou vampira. - disse irritada - Eu lhe dei a eternidade, acho que me deve uma. - sussurrei sarcástica.

– Eu nunca quis ser vampira. - ela virou-se para mim furiosa - Veja só isso: Eu mato as pessoas, tiro vidas! - esbravejou furiosa.

– Se não está satisfeita, por que não se mata?! - levantei-me furiosa e de repente, já não era mais Georgina quem esstava aqui. Connor novamente.

– Porque eu já estou morto, você fez-me esse favor. - olhou-me nervoso.

– KLAUS! - gritei indo até a porta - KLAUS! - soquei a porta com força - Não me deixe sozinha aqui... Por favor!

Tentei respirar mas meu choro me impedia. Olhei para tras, vendo mais ninguém aqui comigo. Chorei desesperada e sentei-me naquela cama. Passei as mãos pelos meus cabelos e fechei meus olhos.

– O que foi, sweet? - ouvi o ranger da porta juntamente com aquela voz levada ao sotaque britanico. Abri meus olhos vendo Klaus se aproximando de mim. Ele tinha deixado a porta aberta, mas havia dois de seus hibridos na entrada.

– Faz parar, por favor... Faça parar. - implorei não aguentando mais aquilo.

– Infelizmente, não tenho como fazer isso, querida. - ele disse negando e ficou a minha frente - Eu sei o que você está passando, já sofri por isso.

Eu o olhei surpresa.

– Você passou por isso? - sussurrei confusa.

– Por cinquenta e dois anos, quatro meses e nove dias. - ele respondeu-me sério - Foram os piores anos de minha vida... Você aparecia para mim, querida. - ele ficou imerse em suas próprias lembranças - Eu tentei me matar inumeras vezes, pensando que assim eu te encontraria... na morte. - ele olhou-me magoádo - Mas ao contrário de você, eu não podia morrer, então é melhor eu te manter aqui...

– Por cinquenta e dois anos, quatro meses e nove dias? - assustei-me - Como você fez parar, Niklaus? - perguntei desesperada.

– Eu não parei. - ele disse sério - Simplesmente parou. - deu de ombros.

Ouvimos ao mesmo tempo os dois hibridos gemerem e seus corpos caíram no chão. Klaus e eu nos viramos para a figura de Elijah na porta, carregando em suas mãos os corações dos híbridos.

– Elijah! - Klaus exaltou-se furioso.

– E então? - Elijah suspirou pesadamente e entrou no quarto - O que está havendo?

– O que você faz aqui? - Klaus vociferou furioso ainda e olhou para seus hibridos mortos.

– O que está havendo, Klaus? - Elijah insistiu e largou os corações dos hibridos - Por que está a mantendo presa aqui?

– Eu estou salvando-a. - Klaus disse.

Olhei assustada de um para o outro. Não suportando ficar na frente deles. Ambos me amavam e eu só lhes trazia problemas. Dois irmãos que deveriam ser unidos, ou ao menos amigos, hoje se odeiam... por minha culpa.

– Tudo é sua culpa, você não vê isso? - escutei uma voz diferente ao meu lado. olhei rapidamente vendo aquela mulher me olhando séria. Elyzabeth. Era ela, minha malvada madrasta. Passei minhas mãos pelos meus cabelos nervosamente - Seus pais estão mortos por sua culpa, você matou seu primo - frizou muito bem a palavra matou– Lembra-se daquele casal? Eles tinham uma filha... Eles tinham uma família... E você destruiu tudo.

– NÃO! - gritei e os dois me olharam assustados.

Tomei um grande impulso e sai de lá o mais rápido que podia. Escutando meu nome vindo de Elijah e Klaus.

Quando finalmente sai de lá, comecei a correr pela floresta atrás da mansão.

– Você só sabe fugir, não? - escutei a voz de Georgina - Deixa de ser medrosa, acabe logo com isso!

– Demitria!

Parei de correr quando encontrei Damon a minha frente.

– Fica longe de mim... Me deixa em paz! - gritei e ele me olhou nervoso vindo até a mim.

– Eu não sei o que está havendo com você, mas eu quero te ajudar, Demi! - ele disse sério.

– Eu não quero sua ajuda! Eu não quero nada que venha de você...! - gritei furiosa e ele me olhou espantado - ME. DEIXA. EM. PAZ!

Novamente tomei aquele impulso e sai de lá. Já estava de tarde. E podia ver o crepusculo no céu. Arfei deixando meu corpo cair quando percebi que estava do lado daquele rio.

– Elyzabeth deveria ter te matado, querida. - ouvi uma suave voz. Levantei meu rosto vendo meu pai... Henry Carter...

– Papai....! - sussurrei desacreditada. Ele abaixou-se a minha frente e passou a minha mão em meu rosto - Eu sinto muito, papai. - choraminguei.

– Querida, você não tem culpa. - ele disse sorrindo negando - Mas não era para você ser assim, querida.

– Eu nunca quis isso. - chorei negando.

– Aquele tumor era sua chance para não se tornar esse monstro que é, Aghata, minha filha. - ele disse carinhoso como sempre.

– Você quer que eu morra, não? - sussurrei magoada e abri meus olhos.

– Já era para isso ter acontecido, querida. - ele soltou-me.

– Eu não quero, pai. - choraminguei - Eu não quero morrer... Mas eu não quero mais ser esse monstro. - disse enojada e engoli em seco.

– Oras veja, quem eu encontro tendo alucinações. - escutei uma voz sarcástica. Olhei para trás vendo Georgina parada atrás de mim, sorrindo sombriamente - Fiquei sabendo que você matou um caçador, não? - ela deu de ombros.

Virei-me para frente, já não vendo mais meu pai. Limpei minhas lárgimas. Agora ela teria a chance de me matar, e eu não iria lutar contra.

– Eu sei sobre a maldição. - ela disse se aproximando de mim - Isso é horrível, não é? A culpa sobre você... O medo... A confusão... Nunca passei por isso, mas creio que deve ser tão doloroso.

– Ter você em minha mente não é a melhor coisa do mundo, pode ter certeza. - sussurrei com amargura. Ela riu e abaixou-se atrás de mim.

– Sabe por que isso acontece? - disse retoricamente - A maldição é apenas sobre aqueles que sentem, aqueles que tem medo, que tem culpa... Se você não tivesse nada disso, você nunca passaria por isso.

– Eu sempre me sentirei culpada... Eu matei eles... Eu matei meu primo. - disse perplexa comigo mesma.

– Está vendo só? São seus sentimentos, enquanto você tivé-los, você se sentirá culpada por toda sua eternidade. E eu ficarei muito feliz por isso. - eu a encarei horrorizada - Tenho certeza de que você pensou esse tempo todo que vim aqui para te matar, não? - sorriu de lado - A maldição do caçador é a pior coisa na vida de um vampiro, isso é pior do que você fez comigo.

– Eu não queria te matar. - sussurrei negando com medo.

– Sim, você queria. - ela afirmou e neguei novamente - Você sabia de meu caso com Elijah e tentou me matar... - ela olhou-me amargurada - Ficar apenas com um irmão não bastava para você? - sorriu de lado.

Virei-me para frente novamente colocando minhas mãos em minhas orelhas, não querendo ouvi-la.

– Você ficará o resto de sua eternidade se lamentando por todas as mortes que causou, com ou sem a maldição do caçador. Porque você é a culpada...

A furia me atingiu, eu não sabia o que fazer. Não sabia o que lhe dizer. Ela tinha razão? Claro que tinha. Mas eu não queria me sentir culpada, não queria sentir nada, apenas queria me desligar desse mundo. Eu tinha errado, e esse erro jamais se concertaria. E, assim como disse Georgina, eu sentiria a culpa por toda minha vida. E não suportaria conviver com aquilo.

Respirei fundo deixando minhas mãos cairem. Acalmei minha respiração olhando sem nenhuma expressão para o rio a minha frente.

– Eu não vou me sentir culpada... - sussurrei levantando-me e Georgina levantou-se junto comigo - Eu não preciso... Eu não quero conviver com essa dor...! Porque eu não preciso sentir... Nada! - virei-me para ela, que me olhava sádica.

– Você acabou de cometer um grande erro. - ela sibilou sádica.


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Notas finais do capítulo

Comentários??
Heeeey! Quem viu a "Promoção" que eu fiz?
http://astranger-fanfiction.blogspot.com.br/2013/08/divulgue-sua-historia.html
Gostaram?
Mereço comentários? Recomendações???
Próximo capítulo só sairá se houver bastante comentários!
Comente! Divulguem ai a história (Ah, pode também ser por Mensagem, okay?)
Beijous e Beijous!!!