A Stranger - Season 3 escrita por Gabi Mikaelson Salvatore


Capítulo 25
3x23 - Fly like a butterfly and poisons like a scorpion


Notas iniciais do capítulo

"Voa como uma borboleta e envenena como um escorpião"
Enjoy! ;)



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NARRADOR 3ª PESSOA

Seu corpo estava suspenso por correntes pesadas, enquanto seu consciente parcialmente não fncionava. Ele tentou abrir seus olhos, novamente deparando-se naquele lugar escuro, como vinha acontecendo durante aqueles respectivos dias preso naquele lugar.

– Você está acordado. - sussurrou a mulher de cabelos negros como os dele.

O vampiro Original olhou para a mulher que lhe rodeava lentamente. Os cabelos curtos, alcançando os ombros, os olhos azuis brilhosos e a pele branca como neve.

– O que você está fazendo comigo? - perguntou ele, ofegante.

Assíria suspirou. Ela olhou para seu irmão e segurou no rosto dele.

– É uma pena, não é verdade? - perguntou ela - Ninguém até agora veio atrás de você. Nem seus irmãos, nem mesmo sua querida amada Ághata. - ela suspirou decepcionada - Elijah, meu nobre irmão, descobri graças a você que a imortalidade posta em vocês, vampiros originais, é mais poderosa do que eu posso imaginar. Infelizmente, meu caro irmão, não foi possível tomar sua imortalidade para mim.

– Então por que ainda estou aqui? - perguntou ele, confuso.

Ela sorriu afastando-se dele e pronunciou em seguida:

– Porque eu descobri uma maneira de usar sua imortalidade e de muitos imortais ao mesmo tempo.

Ele piscou, atonito. Logo imaginando seus irmãos. O que essa bruxa poderia fazer contra eles.

– Como?

– Você descobrirá em breve, Elijah

Londres, quatro anos atrás

Narrador - 3ª Pessoa

A noite escurecia cada vez mais e a geada ficava cada vez mais forte. Dentro da casa noturna, o clima era tão quente e enérgico que as pessoas se esqueciam do frio lá fora.

– Veja, Demi! Aquele cara está olhando para você! - acusou a garota loira, se divertindo com a melhor amiga.

Demitria Gilbert sentia-se como um peixe ora d'água. Era sua primeira vez dentro de uma casa noturna, sem o conhecimento de seus pais, principalmente. Ela talvez estivesse apenas se sentindo culpada, já que o clima alí dentro a deixava agitada a ponto de querer se levantar do balcão e arrastar sua melhor amiga para dançarem. Mas Demitria se controlou e deixou essa vontade de lado.

– Não, eu não acho. - acusou Demitria, encolhendo seus ombros, mesmo notando ha pouco que o rapaz do outro lado do salão não tirava os olhos de cima dela desde o momento que ela sentou-se com Alyssa alí naquele local - Na verdade, eu nem notei ele.

Alyssa soltou uma risada divertida, vendo então sua amiga tomar uma tonalidade mais avermelhada na face.

– Ele é bonito. Ele tem olhos verdes. - Alyssa admitiu, sorrindo de lado.

– São azuis, Alyssa. - acusou Demitria e em seguida percebeu que sua amiga tinha lhe pregado uma peça - Oh, meu Deus, Alyssa, como você é idiota!

Sem as duas perceberem, aquele rapaz já vinha na sua direção.

– Vamos lá, Demi! Ele é bonito, talvez seja um bom cara. - Alyssa incentivou - Você pode ir até lá e perguntar o nome dele.

– É Jacob. - Demitria falou, envergonhada - Willian Jacobson. Ele é capitão do time do colégio e está no último ano. Se você frequentasse mais a escola você saberia.

Alyssa deu de ombros, ela odiava ir aquele colégio.

– Então agora está mais fácil, vá até ele e... - Alyssa se calou quando recebeu um cutucão da melhor amiga. Notou finalmente a presença daquele rapaz cada vez mais perto.

– Oi, garotas. - falou Jacob, esbanjando seu sotaque tão elegante e galanteador.

PDV DEMI

Abri meus olhos naquele início de manhã, absorta nas memórias que me invadiam cada vez mais desde a morte de Jacob. Senti um aperto no meu coração e observei a sala tão espaçosa da casa dos Salvatore.

Klaus estava ao meu lado silenciosamente. Era provável ter chegado enquanto minha mente vagueava no passado. Eu me recordava de nada, nem de quando era criança ou até mesmo de meus pais. Eu me recordava de Jacob. Isso tudo eu tinha que agradecer Melissa Scot. Desde quando ela soltou seu grito avisando a morte de Jacob, eu tinha todas as memórias de meu ex-namorado morto.

– Pelo visto você conseguiu controlar Tyler. - falei, observando o silêncio que ficou constante após a demorada tentativa de Klaus.

– Sim, mas eu acho melhor que, para garantir, Tyler permaneça trancado por lá, ou que vocês o levem aos túneis Lockwood.

Klaus dizia com tranquilidade, mesmo que a situação fosse contrária. Graças a Klaus, Tyler não tinha se transformado, muito menos transformado essa festa no meu pior pesadelo.

– Acho melhor deixá-lo aqui, há mais gente para impedi-lo de sair e matar alguém. Você sabe o que está acontecendo com eles?

– Achei que você tinha me dito que eles tenham sido envenenados. - ele comentou, tranquilo.

– Sim, é o que eu desconfio, mas não tenho a certeza, mesmo que esteja tão óbvio. Eu vou tentar descobrir o que está acontecendo.

PDV GEORGINA

Para mim, tudo que Peter me dizia era inútil. Segundo Peter, após Verediana ter entrado na minha mente e de Ághata quando ela nos sequestrou, meus dons de viajantes foram abertos e agora era mais fácil de eu encontrar minha irmã mais velha.

Errado. Cada vez mais se tornava mais difícil. Tudo devido a minha ignorância com os viajantes. Nunca tive vontade de ter esse dons, nem imaginei que eu teria. Então, para Peter, era eu dizer aquelas malditas palavras que eu encontraria minha irmã.

– Acredito que isso não vai funcionar. - reclamou Elena Gilbert.

– Ah, sério? Nem pareceu. - ironizou Emily.

Olhei irritada para aquele bando de adolescentes. Todos reunidos no meu apartamento como se fosse festa. Levantei-me do sofá e quando caminhei na direção do meu quarto, escutei Peter me chamar:

– Onde você está indo?

– Talvez eu tenha meu próprio método de encontrar minha irmã. - expliquei, dificilmente eles entenderiam.

Entrei no meu quarto, ignorando a escuridão presente. Mesmo que fosse dia lá fora, meu quarto não tinha uma iluminação sequer. Felizmente eu conhecia cada canto do lugar a modo de que não foi difícil de encontrar aquela caixa de madeira dentro do meu closet.

A caixa já estava um pouco velha, mas era bonita e detalhada. Eu a abri e lá dentro encontrei aquele cordão velho com um pingente dourado caído. O pingente era uma vespa de asas abertas.

– O que é isso? - perguntou Elena e Peter.

– Isso é o que me ajudará a encontrar minha querida irmã. - falei, sorrindo de lado - Peter, é impossível eu encontrá-la sem ter algo dela, meu sangue e umas simples palavras não são e nunca serão o suficiente.

– Isso pertenceu a ela? - perguntou Peter, incerto.

– Claro que sim. - sorri de lado - Mas ele nunca combinou com ela, então precisei tomá-lo para mim. - dei de ombros.

– Sabe o que eu não entendo? - começou a dizer Emily, enquanto eu colocava o cordão sobre a mesa, junto com o mapa da cidade de Mystic Falls - Se Verediana é imortal, por que ela trouxe Assíria de volta?

– Talvez ela tenha se transformado contra a própria vontade dela. - acusou Elena.

– É... Talvez tenha sido mesmo. - falei, irônica e fechei meus olhos.

Eu sabia o porque de minha irmã me odiar tanto, e ela sabia o porque de eu a odiar tanto. Nós duas éramos tão iguais que compartlhávamos os mesmos pensamentos. Odiávamos ser imortais, e esse fardo nos prejudicava tanto.

Sussurrei as palavras que tanto sussurrei no decorrer dessa noite. Aos contrário das tentativas perdidas, essa tentativa começou a me deixar um tanto zonza e senti meus olhos se abrindo, mas eu não enxergava meu apartamento e aqueles idiotas a minha volta.

Eu estava em frente a uma placa. "Av. Marsh 56." E em frente a uma casa de número "7". Havia um carro estacionado a frente da casa. Sua placa era "she - 162".

Quano tudo começa a escurecer escuto meu nome ser chamado e pisco algumas vezes. Estou de volta ao meu apartamento e todos me olham espantados. Eu tinha conseguido. Essa é a minha chance de salvar Elijah.

– Avenida Marsh 56, casa 7. Eu vi também um carro de placa 's','h','e' e um, meia, dois. - falei assustada com que tinha acabado de acontecer.

– E esta foi minha ajuda a vocês. - falou Peter dando de ombros e sorriu.

– Espera. Quais números você falou? - perguntou Elena, aproximando-se de mim.

– Da rua? Da casa? Ou do carro? - pergunto sorrindo sarcástica.

– todos. - ela diz apressada.

– Hm. - repenso - 56, 7, 162. - dei de ombros.

Elena apanhou seu celular e deslizou os dedos pela tela. Em seguida mostrou-nos então uns números anotados na sua conversa com a bruxa Bennett. "56-7-16-2"

– Definitivamente, nós encontramos Elijah. - falou Elena, audaciosa.

PDV DEMI

Hoje era sábado, então era normal o silencio dominando todo o colégio. Não havia ninguém, além dos seguranças na entrada. Por sorte, eu sabia de uma entrada quase impossível onde não havia uma alma viva se quer. A janela da diretoria. Estava aberta e fácil de entrar. Por lá consegui fazer meu caminho silencioso pelo corredor extenso recheado de portas e armários.

Eu não me recordava de alguns filmes, mas recordava de cenas vistas em telas de pessoas andando sozinhas pelos lugares errados e sentindo-se vigiadas. Elas estavam sempre indo para onde estava o vilão, quando viravam-se para trás, encontravam ninguém e quando viravam-se para frente lá estava o personagem do mal pronto para cometer alguma crueldade.

E como num daqueles filmes de suspense, eu me virei para trás, como esperado, não havia alguém atrás de mim, sim a minha frente logo que me virei.

– Klaus. - sussurrei, não muito assustada com sua chegada inusitada.

Ele me olhou sorrindo, como se fizesse nada de ais em aparecer alí. Escondi o que trazia em minhas mãos atrás de meu corpo. Não que fosse algo que Klaus não pudesse descobrir, mas era algo que eu queria que ele não me interrompesse.

– Você é habil, querida. - ele falou, sorrindo.

– Talvez seja instintos de uma ex-vampira. - dei de ombros e caminhei na direção da porta fechada com a placa anunciando laboratório químico.

– Não sei se você sabe, mas o perdiodo escolar est[a terminado por este fim de semana, minha querida. - ele disse, vindo em minha cola.

Dei de ombros e pragueijei ao encontrar a porta trancada. Eu deveria imaginar isso.

– Eu sei, todos sabemos, até mesmo essa maldita porta sabe! - digo espalmando minha mão na madeira forte a minha frente.

Suspiro procurando em mente uma maneira de entrar alí sem precisar pedir ao zelador alguma chave, isso estava fora de cogitação. Sinto o calor de Klaus próximo ao meu corpo e aquilo é capaz de me deixar de pelos eriçados. Ele toca na maçaneta da porta e num delicado puxão, ele consegue resolver aquele meu pequeno problema.

Klaus sorri para mim, ainda estávamos próximos e resolvi acabar com tanta aproximidade, entrando de uma vez no laboratório de química do colégio.

– O que você pretende encontrar aqui, a essa hora, querida?

Suspirei, imediatamente dando a volta pelo lugar, enquanto escutava Klaus fechando a porta suavemente.

– Bem, eu disse que encontraria uma forma de ajuda-los, não disse? É o que eu irei fazer.

PDV MELISSA

Joguei minha cabeça para trás enquanto Bonnie Bennett me contava aquilo tranquilamente.

Quando aceitei seu convite de ir até sua casa, para me acalmar, não imaginei que Bonnie, traria uma conversa tão estúpida quanto aquilo. Eu apenas queria meus remédios para me convencer de que novamente tiha tido outro pesadelo.

– Você precisa acreditar em mim, Melissa. - falou Bonnie, delicada com seu pedido.

– Você quer que eu acredite que você é uma bruxa e que eu talvez seja uma fada. - sussurrei, paranóica - Pare de me deixar mais paranóica do que já estou!

– Não é essa minha intenção. - admitiu Bonnie, chateada - O caso é que talvez eu possa te ajudar no que você está passando.

– Eu não quero sua ajuda. Na verdade, quero ir embora. - falei, determinada e fiquei de pé.

Me assustei de repente quando uma garota loira estava a minha frente, seus olhos azuis estavam irritados e ela com uma expressão descrente.

– Você é idiota?

– Quem é...? - pergunto, logo me calando. Era Caroline Forbes, eu me recordava vagamente dela no colégio.

– É sério, você fica se dopando com esses remédios, mas sabe que é tudo verdade! Você viu aquele cara morto, você viu Damon Salvatore quase atacando Demitria e ainda por cima, você viu o que causou com aquel seu grito excêntrico. Por que você é idiota de mais para admitir que acredita em tudo?

– Caroline. - repreendeu Bonnie, vindo até nós - Melissa, nós só precisamos que você...

– Não saia e conte por aí o que vocês são. - sussurrei, fechando meus olhos - Foi isso que ele disse para mim.

Bati minha mão no meu rosto, querendo acordar daquele pesadelo. Eu precisava do meu remédio. Esses pesadelos estavam me deixando pior. Por que isso estava acontecendo comigo?

– Quem disse isso para você? - perguntou Caroline. Eu me afastei delas e esfreguei minhas mãos no meu rosto. Precisava sair daqui.

– Foi o Damon. - acusou Bonnie - Ele tentou hipnotizá-la, mas parece que ela é imúne.

Estava me sentindo horrível novamente, estava me sentindo como se todo meu eu precisasse de algo. Eu não sabia o que. Meu corpo tremia. Passei minhas mãos do meu rosto até meu cabelo, deixando-o mais bagunçado que antes.

– Melissa. - Bonnie me chamou - Você está bem?

Eu neguei em silêncio. A angustia dentro de mim era aterrorizante e cada vez mais eu precisava de algo. Quando olhei para um quadro sobre a mobília na casa de Bonnie, notei Bonnie pequena abraçada aos pais e aquilo me deixou mais trêmula ainda. Eu me lembrei dos meus pais e aquela agonia pareceu querer sair.

Eu não sei porque, mas eu gritei, gritei tão alto que presenciei Caroline cair de joelhos no chão e Bonnie fazer uma careta de dor como se estivesse sendo agonizada, como eu estava ha alguns segundos. Cada vez mais que eu gritava, melhor eu me sentia, era como se eu me despedisse daquela sensação horrível, e mesmo eu me sentindo melhor, ao final do meu grito comecei a chorar. Meus pais foram assassinados.

PDV DEMI

Klaus permanecia aqui ao meu lado enquanto eu observava silenciosamente os compentes químicos encontrados naquele liquido que havia trago comigo ha pouco tempo.

– Klaus, por favor, se você parar de me encarar, eu agradeço. - digo, irônica enquanto me afasto do microscópio binocular de última geração.

– É engraçado, para alguém que sonhava em cursar história, você é habil até de mais com química. - ele falou, brincando com duas alças de platina.

– Não toque nisso. - mandei, retirando os objetos de suas mãos e ele me olhou sorrindo - E respondendo ao seu comentário, talvez eu siga na área de química, ainda não sei nem se passarei de ano, para ser sincera. Eu mais venho faltando nas aulas do que frequentando.

– É para isso que serve a hipnose. - Klaus sorriu de lado e neguei me afastando dele.

– Não, não é certo. - resmunguei - Ham. Veja, vampiros são alérgicos a alguma coisa?

Klaus de repente riu, enquanto eu fiquei o encarando completamente séria.

– Eu não estou brincando, Klaus. - falei, angustiada - Eu encontrei muita histamina nessa bebida que serviram na festa. E tenho total certeza de que foi isso que prejudicou.

– Querida, não sou um químico famoso que você deva ser levada a influencia, mas reconheço que essa histamina é perigosa até mesmo para os humanos.

– É aí que está. - falei, intrigada - Há bastante reagentes que quebrariam o efeito da histamina no corpo de um humano. Então de 100ml que usei para esse teste, encontrei quase 70% de histamina. Os outros trinta por cento são diversos reagentes que contribuem no corpo humano. Acho que isso não funcionaria num vampiro.

– Querida, creio eu que essa histamina não faria mal a algum vampiro, imortal. - ele acusou.

– Eu sei. Eu sei. - comecei a dizer, enquanto começava a raciocinar - Deve haver alguma ligação com isso... É impossível haver tanta dessa histamina que...

De repente, comecei a me recordar de algumas palavras ditas. Eu não sabia por quem, mas tive o conhecimento de que algumas vespas, as mais antigas que possuíam venenos, são recheadas por histamiina, usadas como proteção contra alguns animais.

– É isso! - acusei, satisfeita - Klaus, há algum tipo de veneno ou sei lá o que, que possa prejudicar os vampiros, certo?

– Vamos por assim dizer: verbena? - ele suspirou, me olhando receoso.

– Exatamente. - sorri de lado - Verbena é uma planta antiga, vinda de lugares quase extintos. Agora, me diga, você, senhor mais de um milênio de idade, quais espécies de insetos você já encontrou perto de verbena?

Klaus me olhou sorrindo novamente.

– Oh, querida, foram muitos. Recuso-me a pensar num inseto apenas. Mas eu me recordo de um em especial, aquele animal que Rebekah tanto odiava. Era uma vespa.

– Eu estava certa.

Quando admiti aquilo senti uma tontura incomodante. Ao mesmo tempo que Klaus fez uma careta e apoiou-se na mesa metalica. Ao contrário dele, eu caí no chão. Como algumas horas atrás, minha cabeça latejou e senti que toda minha mente estivesse embaralhada. Eu só via imagens de um casal.

– Garota! Quer que eu chame alguém? Uma ambulancia?

Meus olhos abriam e fechavam lentamente, enquanto eu me recordava perfeitamente. Sabia que a essa altura Melissa estaria gritando em algum lugar, mas não entendia o porque.

– Não! O que você fez?

Arfei sentindo-me vigiada e meus olhos lacrimejaram. Não. Não. Por que essas memórias? Por que elas?

– Eu... Eu os matei. Eu os matei. - sussurrava aflita e o desespero agia mais forte do que qualquer coisa.

Sinto Klaus me envolver num abraço desajeitado, mas eu ainda chorava. Chorava com todo meu pesar e remorso. Chorava por ser uma assassina.

PDV ALYSSA

Sentia aquele incomodo horrível e escutava os gritos de Charlotte do outro lado do quarto. Ela estava desesperada para sair do quarto e se alimentar. Eu também estava, mas sempre que pensava nisso, eu me recordava de tudo.

– Eu sinto muito. - falava eu, desesperada naquela noite fria - Eu sinto muito.

– Por favor, me deixe em paz. - dizia o homem asqueroso que há pouco tentara me machucar. Seu machucado estava me excitando a medida que mais sangue saia.

– Eu quero. - gemi, descontrolada - Mas eu não consigo.

Arfei elevando meu corpo e gritando como se conseguise impedir de ter cometido aquele assassinado. Os braços de Stefan me seguraram e ele tentou me confortar.

Senti algo estranho e notei estar soltando sangue pelo nariz.

– Stefan... - sussurrei, apavorada e ele me olhou da mesma maneira.

– Preciso avisar Bonnie. - falou ele, preocupado.

PDV ELENA

Peter deixou o carro numa distância segura. Me surpreendi quando Georgina não cogitou a ideia de vir conosco. Para quem estava tão interessada em resgastar Elijah, ela pouco moveu um dedo para tentar vir conosco. Após sua ajuda, eu pensaria algumas vezes em deixá-la ou não.

Georgina tinha matado minha prima, ela quem era a culpada de Demi ter se transformado e se Demi não tivesse se transformado, Jeremy estaria vivo. É isso. Minha prima nunca foi a culpada. Sim Georgina.

– Você tem certeza disso, Elena? - perguntou Peter, na dúvida.

Ele referia-se ao meu pedido de ajuda para Assíria. Ela era uma bruxa poderosa, filha da bruxa Original, descendente de um bruxo também poderoso... Era ela quem poderia trazer meu irmão de volta.

– Eu não sei. - admiti sincera. Ele suspirou, de uma forma tão familiar.

– Vocês não vem? - perguntou Emily, já do lado de fora do carro.

A híbrida estava ansiosa. Parecia uma adolescente indo ao primeiro encontro. Peter e eu nos encaramos. Eu ainda tinha que admitir que Peter era tão familiar.

Deixei a familiaridade de Peter de lado e toquei na porta do carro.

– Você não precisa vir. - avisei, dando de ombros, mesmo que eu quisesse que Peter viesse comigo.

– Não. - ele negou - Eu irei.

Descemos juntos do carro enquanto Emily espreitava os olhos na direção daquela casa que Georgina nos dera a pista.

– Peter, não. - segurei no seu braço antes dele tomar a iniciativa.

Peter olhou para minha mão em si e em seguida nossos olhos se encontraram. Eu suspirei.

– Você não quer a mortalidade. - soprei, sabendo que as consequencias de trazer meu irmão de volta seria com certeza o fim da mortalidade, Assíria adoraria me tornar mortal a fim de pegar minha imortalidade - Eu quero trazer meu irmão de volta e Emily... Bem, ela sim quer a mortalidade.

– Você tem certeza? - perguntou ele, receoso - Eu não tenho medo dessa bruxa. - sorriu, maroto.

Eu me afastei dois passos dele e vejo seus olhos perderem o brilho.

– Nos vemos depois, pequeno Smith. - falei, referindo-o pelo apelido que Damon lhe dera quando o conhecera.

Peter sorriu, revirando os olhos e então me afastei definitivamente, na direção da casa. Emily me acompanhou. Pelos cantos dos olhos, notei a híbrida me olhando de uma forma divertida.

– O que há? - pergunto, confusa.

Ela dá de ombros.

– Tem um cara lindo e gostoso te dando mole e você se despede dele dessa forma? - ela disse, revirando os olhos.

– O quê? sussurro assustada e ela caminha a minha frente.

Emily me ignora e não consigo crer nas suas palavras. Seguimos juntas até a casa e nem um segundo se quer consegui olhar para trás, no receio de que Peter tivesse escutado as palavras de Emily e estivesse me olhando tão espantando quanto eu estava.

A híbrida puxou a maçaneta da porta, revelando a entrada interna da casa. Escura e antiga.

– quanta sutileza. - sussurro, irônica e ela dá de ombros.

– Eu estou vindo dar a ela o que ela quer. - acusou ela - Eu já sou de casa.

Emily põs o pé direito adentro da casa e nos olhamos surpresas. Podíamos entrar sem sermos convidadas. Emily entrou sem demoras e resolvi segui-la.

– Alguém? - gritou a híbrida olhando a sua volta com ansiedade - Bruxa Mikaelson! Uhh! Há duas lindas imortais aqui esperando por você.

Eu lhe dei um cutucão e ela riu virando-se para o outro lado.

Sentimos ao mesmo tempo a presença de alguém cada vez mais perto e então, lá estava aquela mulher de cabelos curtos, negros e na altura dos ombros. Com um grande sorriso nos lábios, como se estivesse a nossa espera.

– Olá, meninas.

PDV BONNIE

Demitria Gilbert fora bem clara na sua ultima mensagem, quando me chamou até o colégio. Eu tinha deixado Melissa Scott junto com Caroline Forbes, ambas em minha casa enquanto a loira explicava tudo o que estava acontecendo para Melissa. Eu me surpreendi quando esta soltou aquele grito agonizante para vampiros, descobrindo que não afetava apenas os seres sobrenaturais da noite, como as servas da natureza também. O grito de Melissa não chegou a me machucar tanto quanto em Caroline e em Damon, eu senti como se meu cérebro estivesse sendo queimado de dentro para fora, mas não durou muito.

Eu já esperava que Demitria conseguiria identificar o que tinha naquela bebida, que apareceu misteriosamente na festa. Eu quem estava cuidando das bebidas e tinha a certeza de que não tinha comprado aquela. Só restava descobrir quem fizera aquilo. Como eu tinha dito, eu já esperava que Demi indentificasse o que envenenou Tyler, Alyssa, Charlotte e Damon. Demi era tão inteligente que me surpreendia. O que eu não esperava era encontrar Klaus Mikaelson junto com ela.

Mesmo parecendo um tanto abatida, Demi tentava ser o mais sensata possível enquanto me explicava tudo que descobrira.

– A histamina em si, não é perigosa para os vampiros. - dizia a morena, ao lado de Klaus Mikaelson. Era estranho ver os dois juntos, era mais estranho ainda saber que ambos já estiveram mais próximos do que aquilo. Eu foquei nas palavras de Demi - Mas esse tipo de histamina não é encontrada em qualquer lugar, é encontrada apenas em certs vespas.

– É um veneno. - conclui receosa - Um veneno de vespa?

– Não uma vespa qualquer. - sibilou o original - É de uma vespa um tanto antiga, as que viviam no extinto Carvalho Branco.

Meus olhos arregalaram-se um pouco.

– Eu não sei muito bem sobre vespas, - Demi voltou a dizer - mas eu sei que existe um tipo de vespa que é a mais antiga do mundo. Elas são raras e só indícios da existência dela num só lugar.

Demi ficou calada, observando a mesa metálica que nos separava dentro do laboratório do colégio. Tinha sido difícil de entrar aqui em pleno sábado, bem no fim da tarde. Mas, por sorte, o par de segurança estava ocupado de mais para observar uma jovem passando bem no meio deles.

– E de qual lugar? - pergunto, intrigada.

– Inglaterra. - respondeu Klaus, olhando para mim com curiosidade - Agora, bruxinha, é a sua hora.

Eu suspirei. Olhei para toda a bagunça que Demi fizera a fim de descobrir o que era aquilo. Batuquei meus dedos lentamente na mesa metalica. Deveria ter algo relacionado a aquilo em algum livro, ou grimório. Mas eu não me recordava de ter visto sobre esse tal veneno de vespa.

­- Eu preciso pesquisar sobre isso. - falei, mordendo o lábio inferior - Vou até minha casa e nos encontramos na casa do Stefan em duas horas.

Ela concordou e resolvi dar-lhes as costas, para não perder mais tempo.

PDV STEFAN

Ver Alyssa daquela maneira me deixava agonizando. Ainda mais vê-la daquela forma e sem poder ajuda-la. Eu não entendia o que tinha de tão venenoso naquela bebida para deixá-los daquela maneira.

Alyssa parecia não estar apenas descontrolada e pronta para se alimentar do primeiro humano a vista, ela parecia estar definhando. Não só ela quanto Damon, Charlotte e Tyler. Era o pior com Tyler, que parecia estar se queimando de dentro para fora. Ele suava, tremia e gritava como se estivesse sendo torturado. Já não tentava mais se transformar, pelo menos esse era o lado bom.

Novamente Bonnie não me atendeu e eu quis quebrar aquele aparelho em minhas mãos. Olhei para meu quarto, antes organizado, agora parcialmente destruído. Charlotte agora se agonizava no chão.

Alyssa parecia novamente estar delirando no seu passado, desta vez ela implorava para que seus pais não fizessem algo.

Disquei novamente o número de Bonnie. Eu não pderia ir até ela, não deixando Alyssa e Charlotte sozinhas. Damon estava com Alaric, que saberia lidar muito bem com o melhor amigo, enquanto eu cuidava das duas garotas e Klaus deixara Hayley Marshall para ficar de olhos em Tyler.

– Stefan, eu só vi suas ligações agora. – finalmente Bonnie Bennett atendia aquela ligação.

Suspirei aliviado.

– Bonnie, Demitria já conseguiu descobrir sobre o veneno? Você precisa imediatamente encontrar uma forma de acabar com isso.

– Eu sei. Eu sei. - ela suspirou, parecendo ofegante - Eu cheguei em minha casa, estou procurando uma forma de acabar com isso... Mas, Stefan, está difícil. Eu não encontro em lugar algum sobre esse veneno.

Suspirei, cansado. Precisávamos logo encontrar aquilo.

– Qualquer coisa me avisa. - pedi e desligamos ao mesmo tempo.

Escutei um barulho estranho. Vinha do quarto de Damon. Por ter deixado Damon com Alaric, um humano que poderia morrer e voltar a vida, eu tomei o anel de meu irmão.

Como se pensasse no anel, lembrasse de olhar para janela, notei que a noite já caía e naquele momento Charlotte pareceu ver a mesma coisa que eu.

– Stefan. - ela sussurrou, apertando seus dedos em seus cabelos. Ela me olhou apavorada e fechou seus olhos, querendo manter-se sob controle.

Corri até a vampira ao chão e lhe olhei nos olhos.

– Eu preciso fazer isso, Charlie.

Ela concordou, de olhos fechados. Suspirei tão pesadamente e ela abriu seus olhos. Quando me olhou, sabendo o que eu faria, Charlotte sem seu controle, teve os olhos negros e a face transformada. Quebrei seu pescoço ante que ela resolvesse cometer algo comprometido.

– Stefan. - escutei o sussurro de Alyssa.

Olhei para a tal e ela estava de pé, olhando fixamente para a janela. Corri até Alyssa, antes que essa resolvesse fugir. Mas ela nem ao menos moveu um dedo.

– Damon. - ela sussurrou - Damon fugiu.

Neguei com desespero. Isso estava saindo de meu controle. Avancei na direção externa do meu quarto e em segundos eu já estava no quarto de Damon, encontrando o ambiente silencioso. Alaric estava caído com a cabeça virada estranhamente. Gemi irritado. Eu tinha que arranjar uma forma de pará-los.

Alyssa gritou no meu quarto e quase não a escutei enquanto estva preso em busca de maneiras para acabar com aquilo.

Quando entrei no meu quarto, encontrei Alyssa com um pedaço de madeira em seu estomago. Ela chorava desesperada após encontrar uma maneira de se controlar.

PDV MELISSA

Caroline Forbes me deixou com Bonnie Bennett, na casa da última. Bonnie estava no seu quarto, revirando alguma maneira de controlar aqueles que estavam envenenados.

Eu me sentia horrível por eles. Não entendia ao certo o que estava aacontecendo. Droga, de um dia para o outro descubro tantas coisas que mal consigo respirar.

Era tudo misturado. Droga, eu sou uma Banshee. Por que aquilo tinha que acontecer justamente comigo? Era enrome a tamanha confusão em meus pensamentos e, sem Bonnie Bennett perceber, eu me retirei da sua casa com as chaves de seu carro.

Talvez fosse loucura pegar o carro de outra pessoa sem a permissão. Mas eu precisa simplesmente me afastar de tudo aquilo e organizar meus pensamentos. Uma sensação me consumia, desta vez era tão forte quanto aquelas que eu pressentia antes da morte de alguém.

Esperava que fosse o simples fato de minha vida tornar-se uma loucura iminente. Confesso que sempre tive uma pulga atrás da orelha sobre muitas coisas, principalmente a morte de meus pais. Eu não tinha o conhecimento de quem cometera tamanha barbaridade, mas eu queria descobrir mais do que nunca.

Já no carro de Bonnie, notei o quão populosa estava Mystic Falls. Ah, certo. Preparação para a cerimônia dos formandos, em uma semana. Estávamos tão longe disso e a população estava tão preocupada.

Eu não queria me formar, não sem meus pais presente. Bati no volante algumas vezes e me encontrei distante do centro da cidade. A estrada, por sorte estava vazia. Ou nem tão vazia. Terminei aquele pensamento quando o carro da polícia me seguia.

Que maravilha! Serei presa pr ter roubado o carro de Bonnie Bennett.

Estacionei o carro no meio fio e o carro policial fez o mesmo. Olhei meu reflexo pálido no retrovisor enquanto descia o vidro da janela. Meus olhos escuros estavam avermelhados e meus lábios secos.

– Acho que esse carro não te pertence, Melissa.

Assustei-me quando a cherife Forbes falou próxima ao carro de Bonnie Bennett. Eu gemi fechando meus olhos.

– Melissa, Bonnie e Caroline estão loucas atrás de você. - continuou a mulher loira - Você está bem?

Engoli em seco ao abrir meus olhos. Vi meu celular acendendo a lcd e a hora constou passar das sete e meia. Tinha saído da casa de Bonnie há mais de meia hora.

– Melissa? - chamou a cherife, compreensiva e preocupada ao mesmo tempo.

Bufei, frustrada.

– Não! Não está tudo bem. - acuso, descontando aquela angustia dentro de mim - É tudo isso. Sou eu.

Eu não controlei minhas mãos inquietas que moviam-se de um lado para o outro, a mulher do lado de fora permanecia apreensiva.

– Eu não sei se sou capaz de conviver com tudo isso. Eu não sou forte para isso. Eu não sou.

– Querida, por favor, se acalme. - murmurou a mulher, pondo a mão no meu ombro esquerdo - Eu sei pelo que você está passando.

– Não. Você não sabe. Isso... Isso é... Complicado. - sussurrei a última palavra em agonia.

– Minha filha é uma vampira, eu sei o quanto isso pode lhe parecer complicado.

Eu olhei espantada para a mulher. Ela me deu um sorriso acolhedor. Novamente senti aquela sensação temebrosa. O frio passou pelo meu corpo e tive um leve tremor. Fechei meus olhos querendo me concentrar. Não deveria ser tão difícil.

Ha. Quem eu estava querendo enganar?

– Eu sou nada. Eu não sei o que eu sou. - sussurrei, perplexa.

A mão da cherife se afastou de mim e fiquei grata no silêncio. Eu precisava ficar sozinha, precisava descobrir o que era aquilo que estava acontecendo comigo.

Ouvi outro apito de meu celular. Peguei-o sem identificar de quem se tratava.

Oi, querida. - era minha tia, abri meus olhos percebendo que aquela sensação tornou-se maior ao escutar a voz de minha tia.

– Tia? Onde você está? - pergunto, preocupada.

Escutei um riso abafado da mulher que me acolheu após a morte de meus pais.

Eu fui deixar seu tio no aeroporto, esqueceu-se da viagem dele à Port Angeles? – ela falou casualmente, estava silencioso no lugar ond minha tia encontrava-se e aquilo me preocupou um pouco – Já voltou da casa de Bonnie?

Da casa de Bonnie? Como ela sabia... Ah. Revirei meus olhos rapidamente ao me recordar que Bonnie pedira a Caroline que explicasse a minha tia sobre minha ausencia desde a noite passada. Estava surpresa por Caroline conseguir ser convincente.

– Ah... Não. Eu estou a caminho de casa.

– Hum.– concordou ela e suspirou pesadamente - Eu estou parada em meio a estrada de Mystic Falls, quase perto do centro da cidade.– deveria então estar perto de mim - Estou aguardando o reboco.

– O que aconteceu? - pergunto, sentindo um aperto no coração - Tia, vá para casa, por favor. - peço em desespero.

– Eu já estou indo, meu doce, mas não posso deixar meu carro sozinho no meio da estrada...

Aquela sensação gritou dentro de mim.

– Estou indo até você.

Desliguei a chamada e liguei a inguinição a seguir. A cherife se afastou do carro alguns centímetros, não antes de requerer saber se estava tudo bem. Infelizmente ignorei a mãe de Caroline quando avancei com o carro de Bonnie pela estrada.

Eu precisava encontrar minha tia. Aquela sensação tão horrível cada vez mais aumentava e infelizmente eu não encontrava-me logo na estrada perto do centro da cidade, se fosse ha pouco tempo atrás, eu encontraria mais rápido.

Minutos depois eu freei o carro. Minha boca se abriu com meus lábios tremendo. Apertei o volante em minhas mãos, não enxergando muito a minha frente.

– Tia! - gritei agonizando-me dentro do carro.

Minha tia aquela que cuidou de mim após a morte de meus pais, aquela que me empurrou para seguir em frente, aquela que esteve comigo quando precisei, ela estava morta.

Minhas lágrimas caíram no meu rosto, comigo ainda dentro do carro e percebo os faróis traseiros do carro de minha tia. Tremo dos pés a cabeça, querendo ter a esperança de encontrar minha tia viva. Mas no fundo eu sabia que era impossível.

Corri para fora do carro e ofeguei com as mãos na boca. Muito sangue. Muito sangue. Meus joelhos caíram ao chão e imediatamente cai nos prantos. Ela esava morta e eu não pude lhe ajudar.

PDV DEMI

– Todos já passamos por isso. - falou Klaus, movendo uma mecha de meu cabelo para trás.

Deixei a lágrima escorrer pelo meu rosto e Klaus segurou nas minhas mãos. Tínhamos voltado juntos para a pensão Salvatore. Há poucos minutos vi Klaus fazendo uma careta como da vez em que as lembranças dos pais de Melissa me invadiram.

Agora Melissa não só perdera seus pais, graças a mim, como também perdera sua tia. Eu só queria abraçá-la e reconfortá-la. Mas era graças a mim que ela estava passando por tudo aquilo.

Eu olhei nos olhos de Klaus. Como ele podia ser aquela pessoa que todos me descreveram? Como ele poderia ser tão cruel se me tratava tão... bem. Ele me fazia me sentir outra pessoa ao seu lado.

Para quebrar aquele momento estranho perante Klaus e eu, sinto o meu celular tocando no bolso de minha jaqueta. Deslizo meu polegar pela tela de bloqueio e encontro uma mensagem de Bonnie.

Acho que descobri uma maneira. Encontre-me na pensão

Por sorte, já estavamos na entrada quando recebi a mensagem. Olhei para Klaus significativa e o deixei para trás. Corri para onde seria o provável de encontrá-la.

A biblioteca estava ocupada por Bonnie e Rebekah Mikaelson.

– Rebekah? - sussurro surpresa e ela me dá um sorriso amistoso.

– Achei que Alyssa precisaria de ajuda. - ela falou de braços cruzados.

Suspirei ofegante.

– Onde ela está? Como ela está? - fiquei preocupada por minha melhor amiga.

– No quarto de Stefan e muito mal. - Bonnie foi sincera.

– Onde está Stefan? - pergunto curiosa.

As duas se olham um tanto receosas e Rebekah quem pronuncia as palavras a seguir:

– Ele foi atrás de Damon, que desapareceu.

PDV PETER

Eu não tive a coragem de sair do lugar, não conseguia pensar em deixar aquelas duas suicidas sozinhas. Cogitei a ideia de acompanha-las. Mas... recusei por não ser um suicida.

Quando Assíria pronunciou as primeiras palavras para Emily e Elena, quase não a escutei e não fora por causa da distância, sim por causa das palavras anteriores de Emily. Como aquela híbrida tinha a ousadia de dizer que eu estava dando mole para Elena?

Mas eu me concentrei na conversa a seguir.

"Eu estava esperando por você, Elena Gilbert" Assíria parecia confiante. Agora eu me sentia duvidoso se fiz certo ou não em ajudar Verediana a trazer aquela mulher de volta.

"Bem, se você estava me esperando, sabia então que eu viria e sabe então o porque eu vim." Falou Elena, tão audaciosa. Aquela vampira me impressionava com a audaciosidade e confiança. Era tão determinada que chegava a ser marrenta. Deveria ter sido daquelas crianças que quando queria uma coisa insistia até ter.

"Vamos logo ao que interessa!" Reclamou Emily, já não se contentando com a demora "Elena veio aqui porque sabe que você pode trazer o irmão dela de volta e eu vim até aqui porque quero que tire minha imortalidade. Temos um acordo?"

Ouvi Assíria rir discretamente.

"Oh, minhas queridas, eu tenho tantos planos melhores para vocês" Ela acusou "por favor, me sigam"

Não sei para onde elas foram, mas imaginei que era um andar a baixo. Emily resmuungava sobre o lugar ser antigo e cheirar a gente morta. Enquanto Elena se aquietava. Queria estar ao lado delas e ver a expressão de Elena naquele momento. Elena era intrigante. Já tinha a pego me observar algumas vezes, sempre inrigada com alguma coisa que se recusava a compartilhar.

Por que eu estava pensando tanto em Elena?

"Oh, meu Deus! Elijah!" Exclamou Elena Gilbert, provavelmente apavorada. Sinto meus músculos contraírem "Ele... Ele..."

"Ah, acalme-se, Elijah não está morto. Não ainda." Avisou Assíria, tranquila.

"Qual é o plano, velha?" Perguntou Emily descontraída, como sempre.

Assíria respirou fundo. Então escutei um estralo e um corpo caiu ao chão. Ouvi Elena arfar e me senti aliviado por saber que não era seu corpo caído ao chão.

"Sabe, é por isso que pretendo me tornar imortal" Resmungou Assíria.

"Por que me trouxe até aqui? Assíria eu só quero meu irmão de volta, em troca te dou minha imortalidade"

Elena dizia convicta e esperançosa pela vida de seu irmão que lhe fora tirado brutalmente de sua vida.

"Não funciona assim, meu amor." Sibilou Assíria "Eu tenho um plano e preciso que ele dê certo. Para isso, não me convém trazer um caçador de volta a vida."

Caçador? Aquilo frizou na minha mente.

"Meu irmão não..."

"Eu quero sua imortalidade, sim." Assíria interrompeu Elena "Mas não somente a sua."

Eu queria entrar e arrancar Elena de lá imediatamente. Mas eu seria mais um corpo ao chão de pescoço quebrado sem poder fazer algo.

"Eu preciso do sangue da duplicata, pode vir até aqui? Por favor?"

Houve um pequeno tempo de silencio. Até que escuto algo mover-se rapido de mais lá dentro e Elena ofegar assustada. Assíria bufou frustrada e escutei Elena soltar um muxoxo ofegante.

"O que está fazendo?" Perguntou a vampira, assustada.

"Qual foi a poderosa maldição que minha querida mãe fez?" Perguntou Assíria, tranquila "O sangue das duplicatas é como magia e essa magia poderá me ajudar no que preciso."

"O mapa de Mystic Falls?" Sussurrou Elena, confusa "Eu não estou entendendo..."

"Elena, se existe uma cidade que está repleta de vampiros, principalmente vampiros Originais, é Mystic Falls. Essa cidade agora será minha cidade da imortalidade, mas infelizmente não haverá sobreviventes, além de mim"

Elena ficou quieta enquanto Assíria mexia em algumas coisas. Minha mente tentava processar o que estava acontecendo e foi então que comecei a entender. Assíria tomaria a imortalidade de todos que moravam em Mystic Falls.

Queria ficar e ajudar Elena, ou eu iria embora e aisar a minha irmã. Precisava tirá-la daqui.

Foi quando me virei para voltar ao meu carro, quando fui jogado a distância. Minha costas rasgaram-se no asfalto e gemi dolorido. Encontrei minha agressora loira e de olhos claros me olhando sorridente.

– Veja só quem eu encontro novamente. - sussurrou Verediana, sarcástica.

Quando tento tomar a iniciativa de fugir novamente, ela me segura pelo pescoço.

– Já está indo tão cedo, Peter? - perguntou ela.

– Você é idiota, Verediana? Você não escutou o que sua querida avó falou? - perguntei, ofegante e ela me olhou com ironia, pelo visto ela tinha seu próprio plano.

– Você quem é idiota. - falou ela - Você acha que eu ficarei aqui a tempo dessa cidade tornar-se o inferno dos vampiros?

– E você acha que eu ficarei? - sussurrei sarcástico e soquei seu rosto com brutalidade.

Verediana caiu para trás e virei as costas. Quando ousei dar três rápidas passadas, lá estava a loira, com o rosto o sangrando e um sorriso amargurado. Ela me socou em seguida e senti minha face tremer. Cambaleei para trás e tentei me mover para atacá-la novamente, desta vez Georgina foi mais rápida.

– Georgina. - sussurrei surpreso.

– Ah, querida irmã, você aqui? - falou Verediana, ironicamente, com o braço esquero da irmã rodeando seu pescoço.

– Surpresa em me ver, querida? Eu vim para salvar o dia.

De repente Georgina caiu com uma cabeçada levada da irmã. Eu quis sair novamente, mas Verediana me impediu.

– Qual é, Verediana? - gemeu Georgina, limpando o sangue que escorria de seu nariz - Você não pode segurar nós dois ao mesmo tempo.

Georgina me lançou um olhar significativo.

PDV GEORGINA

Ao meu olhar, Peter pareceu compreender. Ele olhou para Verediana a sua frente e no mesmo instante corri até a loira, jogando-a no chão. Naquele momento, Peter desapareceu estrada a fora.

Minha irmã me puxou com mais força, esfregando meu rosto ao asfalto. Eu só tinha chegado até aqui para ajudar Elijah Mikaelson, o único que me ajudou quando eu precisei.

– Você é idiota, Georgina. - soprou ela, puxando meu corpo para o chão - Desde quando a Georgina que conheço se mataria para ajudar alguém?

– Eu nunca faria isso por você, irmãzinha. - sorri sentindo meus machucados cicatrizarem.

– É verdade. Acho que quando todos forem ao inferno e encontrarem você por lá, eles deveriam agradecer a você, não é verdade?

Ela me olhou repleta de amargura.

– Vai me matar, assim como eu te matei, little sister? - perguntei sarcástica e ela sorriu.

– Não, você merece morrer da forma que você sempre quis: humana. - ela sorriu novamente - Ah... Como é que você diria? Tenha uma boa vida no inferno, desgraçada.

Senti sua mão virar meu pescoço e a última coisa que me lembro foi ver os olhos de minha irmã úmidos e receosos com sua decisão.


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Notas finais do capítulo

Ahhhhh dessa vez vim o mais rápido que pude! Sem demoras, sem atrasos!! Nossa esse capítulo trouxe T-U-D-O da reta final! E essa vilã maligna do mal? shuahsua' Vovó Assíria é top, gente!
Gente, posso dar uns spoilers?
Posso né?
Eu não sou Julie Plec, mas eu sou do mal e mato personagens importantes. Eu queria saber quem vocês acham que vai morrer nesse fim de temporada? O quê, fim de temporada? É, pois é, reta final, queridas. Bem, julgo eu que teremos mais três capítulos, JÁ contando com o epílogo. Quem aí tá ansiosa?? o/
Ahhhh, só eu que achei fofo Peter e Elena? "Pelena" "Eleter" essas misturas doidas. kkkk' Georgie quem diria hein? Ficaram surpresas? Eu fiquei com pena dela. Foi a melhor vilã que já fiz :'( #TeamGeorgina Ahhhhhhh E Klamitria? Nossa esses dois juntos são tão fofos, vocês ainda irão se surpreender, tenho certeza.
Nossa, aposto que tem mais notas finais do que história!!
Deixa eu ir, amores!! Espero pelos comentários!
Mil beijos e até a próxima!!
Lov everybody!!
XOXO



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