Dia 21 de Março, 5 horas antes do Casamento.

Para qualquer um que entrasse nos jardim dos Garnes no dia 21 de Março, o dia estava praticamente perfeito para um casamento : Vários e vários arranjos florais estavam sendo minuciosamente organizados nas mais variadas posições entre a extensa área do jardim, as madrinhas - já se eufóricas com a expectativa do grande dia -, estavam quase todas vestidas em lindos tons de preto e branco, até o bolo, um impressionante e delicioso bolo três camadas decorado com delicadas flores alaranjadas e amarelas, ficou sentado perfeitamente em uma mesa branca decorada no meio da cozinha.

Tudo estava sendo pronto e preparado para o belo evento que, certamente, estava fazendo todo mundo feliz - bem, quase todos.

" Oi, você ligou para o Doug. Lamento não poder atender. Por favor, deixe seu nome e telefone e eu vou retornar sua ligação. "

" Ei, você ligou para Samy. Desculpe, mas eu não posso ou não quero atender o sua ligação agora, deixe seu recado, e talvez depois eu te ligue de volta. Isso não é uma promessa"

" Olá, você ligou para o Dr. Stuart Price, divina odontologia. Para registro, por favor deixe seu recado após o... "

" Oi, aqui é o Phil. Deixe o seu recado ou não, mas faça-me o favor de não mandar mensagens de texto, isso é gay”

Revirando um pouco seus olhos com uma ligeira e acentuada irritação, Tracy desligou o telefone com uma carranca. Desde manhã ela estava tentado chamar todos os quatro números de seus amigos, mas, por alguma razão que não conseguia descobrir, todos eles estavam sendo direcionados diretamente a caixa postal. Sinceramente ela pensava que o dia de seu casamento não poderia ficar pior.

Já se preparando e se vestindo para o horário de seu casamento, Tracy ainda estava tentando se acostumar com a maldita cabeleireira domando seu cabelo que, justo neste dia em particular havia conseguido se moldar ao seu humor que, infelizmente, não estava um mar de rosas no momento.

È claro que não estava, pensou ela. A mais de 24 horas ela não tinha noticias de seu noivo, sua madrinha e três de seus padrinhos de casamento. Ela estava no mais belo sentido da palavra : "surtando".

Sentindo o humor de sua filha começar a exalar algo quase maligno, a mãe de Tracy se aproximou lentamente de seu lugar ao lado das cortinas, levemente esperançosa, "Alguma coisa?"

Tracy rapidamente deixou o telefone de lado em irritação, seus olhos tremulando fechados enquanto a mesma parecia ter perdido uma guerra consigo mesma.

– Eu tentei todos os números, mas continua indo direto para o correio de voz. - explicou, com um tom cansado em sua voz.

Sua mãe sorriu levemente em conhecimento, suas mãos rapidamente repousando nos ombros de sua filha para passar algum tipo de apoio na situação atual.

– Bem, tem que haver uma explicação. - consolou.

Tracy suspirou, aborrecida.

– Querida - iniciou o pai de Tracy, Sid, com uma voz levemente bem humorada. Ele estava sentado confortavelmente contra o estofado do sofá e, desde que o horário do casamento se aproximara a uma hora atrás ele parecia a única pessoa a manter a calma na situação. Era quase chato o quão confortável ele parecia - É Vegas. Você perde a noção do tempo em casinos. Não há janelas, nenhum relógio. Ele provavelmente está com sorte e você nunca deixa a mesa quando você está com sorte. – Terminou ele com um sorriso virando a página da revista em suas mãos enquanto mandava um rápido olhar a sua filha quase histérica.

A mãe de Tracy rapidamente franziu o cenho, olhando para seu marido penetrantemente como se pudesse abrir um buraco no meio de seu rosto.

– Você deixa se você vai se casar. - apontou, acidamente.

Mas, antes que qualquer um pudesse falar mais qualquer coisa, o celular de Tracy começou a tocar. Olhando para baixo em direção o número do telefone, Tracy imediatamente respondeu, não escondendo nem um pouco sua euforia pelo sinal de vida.

– Olá?

" Aham, Tracy, é Phil ". – saudou uma conhecida voz masculina, em um tom preocupado do outro lado do receptor.

Tracy levantou-se de seu assento em um pulo. Seu olhar preocupado rapidamente se desvanecendo a um quase predatório enquanto a mesma começava a circular sala nervosamente.

– Phil, onde diabos estão vocês? Eu estou aflita. Samy está com você? Coloque-a no telefone agora mesmo! – Despejou Tracy de uma vez só, enquanto parava frente a janela a espera de respostas.

– Sim, ouça. Uh ... que merda. huh, a gente pisou na bola- Iniciou Phil em pausas, sua voz entrecortada a cada palavra dita.

Tracy franziu o cenho em confusão movendo-se novamente ao longo da sala em um sinal de nervosismo. Ela encaixou novamente o telefone em seu ouvido, antes de voltar a falar com mais firmeza.

– O que você está falando?

– A despedida de solteiro, a noite inteira ... é ... as coisas ficaram fora de controle, e uh ... perdemos Doug.- disparou Phil nervosamente, um suspiro derrotado enchendo a linha de telefone no final.

Internamente Tracy desejou estar perto de Phil nesse momento, para que pudesse socá-lo por falar algo assim para ela nessa altura do casamento.

– O quê? - Perguntou Tracy em pânico, sua voz inconscientemente falhando ao fim de sua sentença ao telefone.

Nós não podemos encontrar o Doug – Repetiu o mesmo fracamente, sem pausas dessa vez.

– O que você está dizendo, Phil? - Tracy disparou imediatamente, um ligeiro traço de raiva começando a dominar seu temperamento ansioso - Vamos nos casar em cinco horas.

" Sim ... Isso.. não vai acontecer. "