Desejos escrita por Vivian Sweet


Capítulo 14
Capítulo 14 - O labirinto


Notas iniciais do capítulo

Esse capítulo dá uma reviravolta na história. Acompanhem BEM o que vai acontecer.Obrigada, adorei os reviews de todas, que bom que gostaram do capítulo deles in love...rs



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Conversaram, tentando descobrir mais um do outro. Daniel percebeu que ela era um pouco tímida e medrosa. Foi muito simpática com ele e isso contou muitos pontos. Já Julie o achou determinado, misterioso e sedutor. Era visível seu interesse por ela, mesmo antes de conversarem. Ele foi surpreendente. Muito diferente do Nicolas, que tinha seus defeitos e era complicado, mas uma pessoa boa. Não sabia direito o que estava sentindo nesse momento. E além do mais, ela ainda tinha um compromisso.

– Sabe. Você toca violão muito bem! Deveria continuar.

– Ah! Eu adoro tocar! Ultimamente é que não tenho mais praticado.

– Por que não?

– É que meu noivo detesta que eu toque e cante.

– Que idiota! Não sabe o que está perdendo.

– Quando a gente se conheceu ele gostava. Mas depois começou a implicar. Acho que é porque ele ficou com ciúme. Mas eu ainda escuto muita música no meu celular. Só que aqui minha bateria vai acabar a qualquer momento. – falou triste.

– E se eu te arrumasse um violão?

– Você faria isso? Eu ia adorar! Não consigo passar muito tempo sem ouvir música.

– Claro! Vou arrumar um e deixo lá no seu quarto.

Ela sorri. Achou fofa a atitude dele.

– Eu devo ter uma conversa com meu noivo. Assuntos nossos. – ela fala apreensiva.

–Antes de você falar qualquer coisa com seu noivo tem uma coisa muito importante sobre mim que você precisa saber.

Ficou um pouco tensa porque e se ele fosse casado? – O quê é? É grave?

–Não. Mas esse não é um assunto que eu possa falar em 5 minutos. É muito importante que você saiba. Aceita sair comigo na quinta à noite? É meu dia de folga e eu devo tocar à noite.

– Eu adoraria. Mas vai depender de várias coisas. E também não sei se a programação vai ajudar muito.

– Sei. Mas pela programação, quinta à noite é uma caminhada noturna de 3horas até o cemitério. E tenho certeza de que você não vai gostar.

– Ah! Então estarei disponível, porque eu NUNCA iria nessa programação.

– É o que eu imaginava. Foi bom não ter escolhido mesmo. Não é muito agradável.

– Mas ainda assim, tem o Nicolas. E esse é um assunto que eu ainda preciso pensar. São 5 anos juntos, não 5 semanas.

– Entendo... Mas estou confiante. Vou ficar esperando ansiosamente. – ele tocou sua mão.

Se aproximaram e se beijaram lentamente, ficando alguns segundos fora do ar. Então se afastaram.

–Chegamos! – Daniel falou com um olhar quente como o inferno.

– Que pena! – ela deu um sorriso tímido. Seu passeio perfeito chegava ao fim.

– Acho melhor você passar pra trás.

– É, acho que sim.

Ele desceu e deu a mão pra ajudá-la a descer também. Abriu a porta de trás e roubou um último beijo.

– Daqui pra frente não posso mais te tocar... – disse triste. - Como eu queria poder!

– Também gostaria. Foi perfeito demais sair com você. Mas as coisas tem o seu tempo pra acontecerem.

Ele olhou pra baixo e fez uma carinha de “então tá né”.

Juliana levanta a mão e faz um carinho no seu rosto. – Não fica assim. Eu disse que vou pensar.

Entrou na carruagem com a ajuda de Daniel. E ele subiu na frente, e continuou seu caminho. Teria 15 minutos pra fazerem a troca de carruagem.

Por dentro Julie estava perdida com tantos pensamentos. Pensou no que fez. Traiu o noivo. Isso era muito grave na opinião dela e agora sua consciência estava pesada. Se quisesse arriscar alguma coisa com o rapaz que tinha balançado seu coração, teria que resolver sua situação com o noivo. E isso não seria nada fácil e teria consequências ruins, com certeza.

Seguiram até perto do castelo e depois que viram os hóspedes brasileiros passarem, atravessaram a ponte, e Julie se juntou a um grupo de japoneses que iam pro labirinto também.

– Adeus, querida. Estarei pensando em você. – ele jogou um beijo.

– Eu também. Até breve. – acenou pra ele e foi na direção da carruagem dos japoneses. Ela olhou pra trás e ele estava no mesmo lugar sorrindo, olhando pra ela.

Juliana já estava com saudades. Nunca imaginou isso acontecendo em sua vida. Uma reviravolta completa. “Mas o que está acontecendo comigo? Ele é um estranho.”

Um estranho que parecia já conhecer. Ele a respeitou o tempo todo. Mas era cheio de mistérios. “tem uma coisa muito importante sobre mim que você precisa saber”. Isso tinha deixado ela invocada.

Passaram pela ponte na conta do tempo. Agora que a ponte subiu, não tinha como voltar se quisesse. “Droga! Achei que ele fosse nesse labirinto também.” – pensou meio decepcionada.

“Não se apegue, Julie! É quase impossível pra você” sua consciência avisava.

Um pouco mais à frente seguiam as duas carruagens que levavam os hóspedes brasileiros. A de Martin ia mais à frente, com ele cantando umas músicas que ninguém mais conhecia e cantando também uma gata que estava junto do grupo.

– Qual é o seu nome princesa?

– É Clarisse. E o seu?

– Martin. Eu me lembro de você de algum lugar...

E assim foi jogando um caô na garota pelo caminho.

E a carruagem de Félix foi mais atrás. Ele tendo que escutar as histórias de Mano, que foi na frente junto com ele.

.... E aí o carro capotou e caiu em uma ribanceira de 50 metros. Eu quebrei três costelas e a perna, tá ligado? Olha isso aqui. – mostrou cicatrizes na perna. – Isso foi porque eu quebrei a canela, tive fratura exposta e usei pino quase dois anos. – se gabava Mano

– U-hum – Félix concordava, não gostando nada do assunto.

– É um exibido mesmo. – Talita reclamou alto.

E Mano continua relatando suas façanhas com orgulho. – Essa marca aqui no meu ombro foi uma facada que levei num bar. Tive muita sorte de não ser fatal. Mas eu tenho o corpo fechado!

Félix estava incomodado.

E esse aqui na barriga foi na época que fui de voluntário pro Haiti. Fiquei lá 1 ano. Já tinha até acostumado com os tiros, mas dessa vez aqui eu quase morri – Mano não hesita em levantar a blusa pra mostrar duas marcas de tiro.

Essa marca aqui no queixo foi de quando eu desci o morro de bicicleta e na hora de frear descobri que não tava funcionando. Aí passei direto e enfiei a cara na grade de uma casa.

– Estamos quase chegando em total segurança. Melhor a gente mudar de assunto né, acho que é realmente melhor. – Félix pretendia acabar com esse assunto.

Mas foi ignorado com sucesso: – Uma vez meu primo estava de boa na rua quando veio um pitbull e pulou nele. Na hora eu corri pra cima do pitbull e arranquei ele. Mas ele ficou furioso e veio pro meu lado. Quase arrancou meu braço! Sorte que meu primo soltou o rotweiller dele e os dois ficaram brigando. Só assim o pit se esqueceu de mim.

– Nossa! Mas o que aconteceu com os cachorros?

– Um mordeu o outro até morrerem de hemorragia, mano!

– Nossa! Parece que você não tem muita sorte né.

– Que nada! Não sou eu que procuro o perigo, é ele que me procura. HAHAHAHAHAHAHAH

Félix arregalou os olhos. - “Ele atrai má sorte. Já pensou se essa carruagem vira?” - foi seu primeiro pensamento.

– Espero que a gente vá a pelo menos 1 enterro, né brother!

– Ah, sim. É tudo o que eu queria fazer! – diz Félix.

“Podia ser o seu!” – Talita pensava - Que cara mais chato! Não pode ser normal! – ela estava super irritada com Mano.

Nicolas mordia os dentes. Estava engasgado com os últimos acontecimentos. Talita tinha passado dos limites. Julie o decepcionou. Mas ele também estava devendo explicações pra ela. Queria encontrá-la logo e fazerem logo as pazes. Ia fazer de tudo pra ficar mais perto dela. Pra recompensar esse primeiro dia horrível até agora.

Talita estava com ódio da quase-cunhada. Sempre ela atrapalhando seu caminho. E tudo sempre acabava bem pra ela. Não tinha marcado passeio nenhum pra essa manhã. Tinha certeza disso. Mas parece que ela fazia isso pra provocar. “Essa garota tá passando a perna no meu irmão, muito estranho ela sair assim escondido”. Talita se achava vítima, apesar de fazer tanta armação.

Bia disfarçava que estava preocupada, mas sabia muito bem onde a amiga estava. E se Julie foi, é porque ela não conseguiu resistir aos encantos do anjo loiro. Além disso, tentava se lembrar onde tinha enfiado o livro que estava lendo. Tinha deixado bem à vista de manhã, antes de descer pra tomar o café e darem uma volta pra conhecerem as dependências do andar em que estavam. Quando voltou pro quarto não o encontrou mais.

Jamel anotava observações num pequeno bloco que tirou da bolsa e tirava fotos com sua câmera ultrapassada. “Pelo menos não dependia de baterias pra funcionar. Bastava pilhas pro flash.”

Além dos quatro, ia com eles um amigo nerd de Nicolas, que não falava nada. Mas ele jogava xadrez muito bem. E também fazia parte do grupo de RPG. Mas ele era caladão e distraído.

Talita bem inconveniente fala: - E você quem é? Você é estranho, não fala nada!

O garoto ficou superconstrangido. Só resmungou seu nome. – Damien.

O tempo tinha virado e o céu estava nublado. Basicamente pra combinar com o clima de enterro.

Enfim chegaram ao lugar. Era um labirinto vivo, imenso.

– Nossa, que incrível! – Bia disse, boquiaberta.

–É “aqui” o nosso passeio? – Talita desdenha.

– Cara, que louco! Que viagem, mano! – diz Mano

– Preciso esperar minha noiva, só vou quando ela chegar. – Nicolas disse.

– Quer que eu fique com você, Nicolas? – Bia se oferece pra ajudar.

– Não! Não precisa, Bia. Nós dois temos que conversar. Entende?

– Ah. Sim! Captei! – pegou sua cara no chão, girou e deu de cara com Félix. Ainda não tinha reparado nos outros dois. Só no cacheado. Mas o Félix parecia um tanto tímido. Evitava olhar pra ela. Mas agora de cara pra ele, teve que olhar.

– Oi!

– Oi! – Félix riu, sem graça. – Está gostando do hotel?

– Sim! Muito! – ela sorriu.

Ficou um clima estranho. Então Bia pediu licença e se juntou ao grupo.

Félix era realmente muito tímido em relação a garotas. Mas não deixou de reparar na beleza delicada dela.

Martim tira Félix do transe:

– Félix, vai entrando com eles. Eu sempre acabo me perdendo aí dentro. E você e o Daniel são melhores nisso. Eu fico aqui com o Nicolas.

– Tudo bem! Se você encontrar com o Daniel, diz que eu preciso falar urgente com ele!

– Tá bom, relaxa. Pode deixar que eu falo sim. – Claro que ele se esqueceu desse pequeno detalhe.

Félix reuniu todos para dar algumas orientações.

– Bom pessoal! Estamos aqui, como podem ver, nesse labirinto vivo. Parece um simples jardim em que vocês vão entrar e sair rapidamente. Mas não se enganem, são mais de 2.400 árvores iguais! Mesma altura, mesma cor e formato. Mas no final vocês terão uma surpresa. Vou deixa-los à vontade, descobrindo o caminho e depois nos encontramos no centro do labirinto.

Félix entrou e o pessoal todo foi atrás. Ele foi andando rápido e o grupo não conseguiu acompanhar.

Enquanto isso, no hotel, Daniel entra na sala de instrumentos, onde a banda ensaiava. Pega um violão preto, bonito, e vai ao quarto da Julie pra deixar lá. Ela saberia que foi ele.

– Tá indo onde Daniel? - uma voz fina e estridente soou por trás dele.

– Ora, ora. Desde quando eu te devo satisfação? – odiava a Débora.

– É que hoje não pudemos fazer nosso trabalho direito. Você proibiu. Só queria saber o que você estava fazendo dentro do quarto da sua protegida.

– Algo que não te interessa! E você vai procurar um serviço pra fazer. Bem longe de mim, é claro.

Saiu do hotel e daria um jeito de chegar lá a tempo.

Julie chegou finalmente, uns 20 minutos depois. Nicolas foi correndo até a carruagem pra ajuda-la a descer.

– Amor! Quase morri de preocupação! – abraçou-a com força como se nunca mais fosse soltar. Ela retribuiu fraco.

– Me solta! – fechou a cara. – Nós temos muito que conversar. – estava muito furiosa com ele.

– Me perdoa, amor. Eu vou tomar providências, eu vou mudar! Tô fazendo tudo errado, eu sei!

– Não estou falando só da Talita. Estou falando de tudo! Da viagem, do festival de RPG, desses três dias que vai ficar fora. Tudo!

– Tá! Nós vamos conversar. Só nós dois. – deu um selinho nela, que nem se mexeu.

O grupo caminhava junto, no começo um pouco receosos. Mais adiante já estavam mais acostumados e começaram os comentários:

– Nossa! Mas parece tudo igual! Não faço ideia de como sair daqui!

O jeito era tentar.

– Droga! Eu só tenho saltos! Nessas horas eu queria ser igual à Juliana com aqueles All Stars largados.

– Vou pelo meu instinto! – Mano falou, acelerando o passo. – Quem me segue?

– Duvido que alguém seja louco! – Talita fala alto. Ela usava óculos escuros, por isso não dava pra ele encará-la com cara feia.

– Gente, isso parece um filme! Que demais! Vou ter muito o que escrever no meu diário de bordo. – Bia estava deslumbrada.

– Vou tirar umas fotos! – Jamel comentou.

“Vai tirar foto de arbusto! Affe!” – Talita pensou, mas não teve coragem de falar alto.

– Acho que é por aqui. – Clarisse dá um palpite quando aparecem 3 opções de passagens.

Mas não acertaram e acabaram parando num corredor sem saída. Voltaram e escolheram outra passagem. Dessa vez foram confiantes. Curvas e curvas. Parecia bem mais fácil. Então avistaram uma saída.

– Chegamos! - Eles vibraram. Estavam morrendo de curiosidade pra saber o que os esperava na saída do labirinto.

– Chegamos! – foram correndo, mas então os sorrisos foram desaparecendo. – Chegamos... na entrada!

Deram de cara com Martin, Nicolas e Julie.

– Foi você que mandou a gente escolher o caminho errado! – Talita fala furiosa com Clarisse.

– Cadê o Mano? – Bia reparou que ele não estava.

– É cadê aquele MAN...íaco? – Talita pergunta, estressada.

Félix chegou perto de todos. – E então? Estão achando fácil?

Todo mundo reclamou.

– Tudo bem, agora eu vou levar vocês porque senão passaremos o dia inteiro aqui. Me acompanhem.

Todos entraram inclusive Martin, Nicolas e Julie.

Nicolas segurou a mão de sua noiva e entrelaçou seus dedos. Julie se sentia como uma boneca que estava sendo arrastada pelo chão. Sem a menor vontade de segui-lo.

– Julie, sabe, eu não gostei de você ter saído pra esse passeio sem me avisar. – ele diz enciumado.

– É? Reclama então com a sua querida irmã!

Ele teve que se calar, afinal, a irmã supostamente era a responsável por isso.

– Pelo menos diz se foi legal.

– Foi ótimo. Muito bom mesmo. Melhor, impossível.

E ficou um silêncio entre os dois.

Com a ajuda de Félix e Martin foi fácil atravessar o labirinto, e até divertido. Agora sim chegaram na saída certa. Subiram uma escadinha de onde podiam ver todo o labirinto. Mano já estava lá há muito tempo.

– Eu estava aqui esperando faz tempo. Já fui escoteiro.

– Você devia ter falado isso antes. – Talita replicou.

– Nossa! É perfeito este labirinto. Vou tirar umas fotos. – nem preciso dizer quem foi que falou.

– Se a viagem toda for assim, vai valer a pena cada segundo. – Bia comentou com Julie.

– É, vai valer a pena cada segundo. – Julie repetiu, só que por outros motivos.

– Amor, eu sei que no final você vai adorar essa viagem. – Nicolas fala mais animado.

Talita olha pra ele com cara de cachorro perdido, mas ele ainda está com muita raiva.

– Você não acha, minha IRMÃ – enfatizou o irmã porque ela odiava ser chamada assim.

– Eu-não-sou-sua-IRMÃ! – Talita falou entre os dentes.

Félix chamou a atenção de todos.

– Agora a nossa surpresa!

Todos pararam de falar e prestaram atenção nele.

– Cada um, por favor, pegue uma moeda. – esticou um cesto com moedas que foi passando de mão em mão. – Cortesia da casa.

Todos pegaram uma moeda e ficaram esperando o que fazer.

– Bom, agora, vamos descer as escadas e ali embaixo tem a entrada pra uma gruta. Vou entrar com o primeiro, depois vocês vão entrando de um em um. Assim que um terminar, entra mais um. Entenderam?

– Sim! Mas pra quê?

– Vocês vão entrar nessa gruta. Tem uma fonte. De acordo com histórias dos antepassados que viveram aqui, esta fonte realiza todos os desejos de quem nela jogar uma moeda e fizer um pedido com fé.

“Ahhhhhh” – foi a reação de todos.

– Eu não vou pedir nada! – Mano devolveu a moeda. – Pra mim a vida tem que correr para o seu destino, não pro que você quer. Agradeço.

– Mas terá que passar pela gruta, pois é a única saída. – Félix avisa. - E pode ficar com a moeda.

– Sem problema! – ele responde.

Bom, vamos começar então? Quem será o primeiro?

– Eu! – respondeu Jamel.

– Ótimo! Os outros, por favor, formem uma fila e aguardem.

Eles entraram na gruta. Lá dentro era mágico, lindo e assustador ao mesmo tempo.

Jamel tirou mais de 20 fotos do lugar. Era uma obra de arte, sem dúvida. Toda trabalhada na pedra. Ela jogou uma moeda na fonte e fez o pedido. Então saiu por um corredor.

Depois Félix voltou pra entrada, para chamar o próximo da fila, que era Clarisse. Ela entrou, ficou admirando a beleza do lugar e também fez seu pedido.

Todos se renderam à beleza incrível do lugar.

Os próximos foram: Álvaro, Túlio, Jefferson, Fabiana, Damien, as trigêmeas Juliane, Juliene e Juliana, Bia, Talita, Nicolas e Julie.

Bia já sabia muito bem o que queria. Entrou e falou o seu desejo, jogou a moeda e saiu.

Félix então buscou Talita.

Esta olhou a gruta com descaso. Andou até a fonte e pensou um pouco. Félix viu um sorriso maldoso surgir nos seus lábios. Fez seu desejo e jogou a moeda. Deu as costas e foi pra saída.

Nicolas não queria entrar antes de Julie. Mas ela insistia que ele fosse primeiro, porque ainda não tinha decidido o que ia pedir.

– Pede pro nosso casamento ser muito feliz. – ele sugeriu.

– Nicolas, são muitas coisas que eu gostaria de pedir, inclusive isso. Mas quero pensar. Me deixa pensar!

– Tudo bem, eu vou na sua frente. Mas não demora!

– Vai então! - ele deu um selinho, mas ela retribuiu com muita má vontade. Estava com muita raiva dele e de Talita.

Nicolas entrou. Ficou bastante tempo olhando os detalhes da gruta. E foi rápido e objetivo na fonte. Pensou logo no que desejava e jogou a moeda.

– Posso esperar minha noiva aqui?

– Não, infelizmente, não pode. Tem que seguir pelo corredor e esperar do lado de fora

Ele saiu contrariado.

Félix volta e chama Julie. Ele se lembra do que descobriu.

– Srta Juliana Spinelli?

– Sim. Sou eu. – ela deu um sorriso encantador, que logo o conquistou. Não parecia ser arrogante como no seu formulário.

Vamos entrar?

– Vamos! Já estou preparada!

Félix fala com Martin. – Você espera até eu voltar. Não entre antes.

– Eu sei. Eu sei. Conheço as regras.

Julie entrou e ficou imóvel, fascinada pelo lugar. Era lindo, muito lindo. Poderia ficar horas e horas ali. Quando olhou pra fonte sentiu um pouco de medo. Achou-a assustadora. Aproximou-se e ficou olhando pra água... viajando...

Do lado de fora, Martin esperava calmamente. De repente chega Daniel, apressado.

– Poxa, pensei que não ia conseguir chegar aqui a tempo!

– Ahhh fica tranquilo! Tem uma mina que tá lá dentro já faz 20 minutos!

– Não acredito! Ela tá fazendo um pedido ou um relatório?

– Sei lá! Só sei que o Félix falou pra eu esperar aqui, você sabe né, são as regras.

– E daí? Não vamos ficar sem entrar no castelo por causa de uma garota folgada. Eu não quero saber de regras! Eu vou entrar e resolver isso agora!

Daniel entrou e Martin foi logo atrás. Félix viu os dois entrando e gritou.

– Não! Vocês não podem vir aqui ainda!

– Ah! Não posso? Quem vai me impedir? Se depender de você, todo mundo vai ficar pra fora do hotel. A ponte vai descer daqui a meia-hora! Me dá licença.

Daniel empurra Félix pro lado. Félix ainda tenta chamá-lo: - Daniel! Eu preciso falar uma coisa urgente com você!

Tarde demais. Daniel já estava com a mão no ombro da garota.

– Ei! Dá pra você ser mais rápida! Que dificuldade pra fazer UM pedido. Vai precisar de ajuda?

– ... – Julie se vira pra trás já falando: - Eu estava decidindo o que eu ia ped... – levou um susto ao ver que era Daniel.

Os dois ficaram se olhando paralisados. Até que Daniel quebra o silêncio.

– Você entendeu ou vou ter que repetir?

“Ele deve estar representando porque está na frente dos amigos.” – É. Não precisa não. Eu já terminei. – se afastou meio sem graça. Queria agir normal. Queria poder falar com ele de novo.

– Você ainda tem coragem de dizer “já”? Por causa da sua moleza vai acabar atrasando tudo!

Daniel estava muito irritado. Olhava pra Julie, seu coração disparava. Mas ao mesmo tempo estava muito irritado com ela. Era confuso.

“Por que ele tá me tratando assim?” – Julie estava um pouco chateada.

– Daniel, chega! Deixa a moça ir. – Félix o puxa pelo braço.

Julie olha com cara de cachorro perdido pra ele, fazendo bico. Julie foi andando pra fora da gruta, tristonha.

Daniel sentia-se confuso. Estava louco de amor por aquela garota. Estava irritado. Nada fazia sentido.

– Daniel – Félix falou – eu preciso te contar uma coisa. Mas agora você está muito nervoso.

– Não! Se você não falar agora, aí sim você vai ficar nervoso.

Félix tinha medo do jeito que Daniel ficava nervoso. Resolveu contar uma parte só do que descobriu.

– Bom, é que eu descobri que a Juliana Spinelli não é aquela loira.

– Ah, não é! Que vai dizer agora? Que é essa que saiu daqui?

Pela cara que Félix fez, ele se entregou.

– Não. Não é essa... É essa? É ela a Juliana Spinelli? “Julie – fazia sentido. Como não percebi isso antes?”

– É Daniel. É ela.


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Notas finais do capítulo

O que será que aconteceu com Daniel?O que será que cada um pediu?Vocês acreditam que vai acontecer o que eles pediram ou não?Ahhh só pra avisar que essa Clarisse aí não é a mesma da outra fic...rs



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