Desejos escrita por Vivian Sweet


Capítulo 12
Capítulo 12 - Noite Agitada


Notas iniciais do capítulo

Ahhh eu queria agradecer à Andressa pela indicação *-----* fiquei muito feliz e isso com certeza dá mais disposição pra escrever. Amei de verdade a indicação e TODOS os reviews.



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Daniel soltou sua mão e subiu as escadas. Parou. Olhou pra ela, piscou e foi embora. - saiu de lá pensando:

“Débora sempre gosta de assustar as pessoas no meio da noite. Ela usa salto pra fazer mais barulho. Só que eu avisei pra ela e fui bem claro: “NÃO ERA PRA FAZER NADA COM OS HÓSPEDES NA PRIMEIRA NOITE!”.

Julie subiu as escadas morrendo de medo. E se aquela sombra aparecesse de novo? Estava ainda bem longe do quarto. Então tentou ocupar sua mente com o que tinha acontecido ali. Foi pega de surpresa. Não achava que ele teria tanta ousadia. “O que ele estava fazendo ali, afinal. Como ele sabia onde eu estava?” Lembrou–se de que eles só não se beijaram por causa de um desesperado que estava gritando por ele. “Sei que isso não é certo, porque eu sou comprometida, mas foi inesperado.” e ela no fundo quis também, esse era o problema.

Daniel deixou pra procurar Débora depois. Agora tinha que saber por que Félix queria tanto falar com ele, justo agora. No meio do caminho ele encontrou uma camareira que trabalhava lá há muitos anos. Ela era de sua confiança e gostava muito dele.

– A garota mais bonita do hotel chegou: Lady Susana!

– Ah! Pare com isso, Daniel. Você sabe que eu gosto que me chame de Sue.

– Claro, com toda certeza. – Ele pegou a mão da senhora e beijou.

– Hum... já sei que vem algum pedido.

– Como a senhora sabe? Eu só ia te pedir uma bobagenzinha.

Ele ouviu Félix gritando pelo corredor. – Só não dá pra te explicar tudo agora. Quero que você leve agora uma jarra de água no quarto número 4, entendeu?

– Ah! Sim, claro! Levo pra você.

– E leva isso aqui também. – Ele tirou uma caneta e um papel do bolso e escreveu um bilhete. – Leve isso e... Espera! – Enfiou a mão no outro bolso e tirou o colar de rubis que tinha recebido de pagamento no dia anterior. Apesar de ser para os três.

A senhora arregalou os olhos. – Está apaixonado?

– Ora, ora, Milady. Claro que não!

Ela deu uma risadinha como quem diz. “Sei”

– Mas vá agora!

Ele saiu atrás de Félix. Ele estava no andar de cima. Quando viu Daniel correu afobado.

– Daniel, pelo amor de Deus. A essa altura o homem já morreu!

Daniel ficou preocupado, porque se isso acontecesse, Demétrius acabaria com eles.

– Eu não posso dar as costas 1 minuto que acontece tudo!

– Não, mas dessa vez não foi nossa culpa. Vem!

Correram pra mesma direção que a senhora estava indo. Mas nem pararam, chegaram lá bem antes.

Daniel podia ouvir a gritaria. Tentou descobrir o que estava acontecendo.

– É no quarto dois! – a porta estava aberta porque os curiosos já estavam lá, olhando pela janela.

– Dá licença! Eu quero passar! – foi até a janela. Estava tudo escuro lá fora. Mas uma voz dava pra ouvir.

– UHULLLL! CABA NÃO MUNDÃÃÃÃOOOOOO! VOCÊS VÃO FICAR AÍ DORMINDO? PULA TAMBÉM VAI!

De repente a pessoa começou a boiar de costas, na maior tranquilidade.

– Ei! Parece aquele cara que trouxe o pessoal do Brasil. Aquele da agência.

– Quem?

– É o próprio! – uma voz estridente gritou no quarto. Daniel olhou e era Talita - que pra ele era Juliana- e lançou um olhar fulminante pra ela.

– Ele pulou pela janela! Eu vi! – Bia, que também estava lá comentou.

Daniel chegou na janela e gritou: - Sai daí! Ficou maluco?

– ME DEIXA FICAR MAIS UM POUCO.

– Ele tá pelado! – gritaram.

– Você vai morrer de hipotermia! – Gritou Félix.

– QUE NADA! FRIO É PSICOLÓGICO!

– Deixa ele morrer! – Talita falou – Que se dane! Não vai fazer falta nenhuma.

– Droga! Vamos ter que dar um jeito de trazer esse cara. Deve estar chapado. – Daniel falou.

– É ele tomou 2 garrafas de vinho no jantar.

– Você sabe que vamos ter que tirar ele de lá, né Félix. Pessoal, dá licença aqui do quarto. Félix, pega a escada de corda que eu vou jogar pra esse demente.

– Vou pegar. Já volto!

Daniel e olhou pro lado. Na janela do outro quarto havia um rapaz. Aí apareceu a loira do lado dele. Daniel se apoiou no parapeito e viu na outra janela, a morena que estava deixando ele louco. E pensou. “Em quartos separados? Por quê?”

Nicolas chamava na janela: - Julie! Julie! Eu tenho que falar com você.

– Tem é? Pois eu não tenho. Até amanhã. – saiu da janela, batendo-a com força.

– Ora Nicolas. Por favor! Esquece! Vamos dormir, vamos. - Talita falou.

– Mas e o cara?

– Você está MESMO preocupado com isso?

Ela foi pra dentro e ele fechou a janela.

Daniel finalmente se deu conta de que não tinha perguntado o nome da garota e agora descobriu. – É Julie! – sorriu – É isso aí, “Julie”!

Félix voltou com a escada de corda.

– OK, amigo! Amanhã você terá muitas emoções. Pode voltar!

Jogaram a corda e Mano subiu, como se nada tivesse acontecido.

Enquanto isso, Lady Sue passava no corredor com uma bandeja em direção ao quarto número quatro.

Bateu e logo a porta se abriu.

– Com licença, senhorita. Vim trazer a sua água.

Como estava escuro, Julie pegou a bandeja sem reparar que tinha mais coisa. Agradeceu e entrou. Estava com muita sede então bebeu três copos d’água, só então percebeu que tinha um cartão na bandeja junto com um colar. Ela ficou assustada. Pegou o colar correndo, era absurdamente bonito. Pegou o cartão e leu.

“Chegou bem ao seu quarto, moça bonita? Quer fazer um passeio exclusivo? Um lugar belíssimo que só você terá a chance de conhecer. Espero você amanhã às 05h30min no saguão do hotel.”

“O que eu faço agora?” – Ela ficou um pouco assustada com o rapaz que era muito direto. “Por que eu aceitaria isso?”. Ninguém poderia nem sonhar com uma coisa dessas. Esperou o movimento acabar. Demorou bastante, mas ela não conseguia dormir mesmo. Ela só ficava se lembrando daquele abraço, daquela voz no seu ouvido, e um beijo que quase aconteceu.

Deram um sedativo pro Mano dormir. Tiveram o maior trabalho de trocar sua roupa. Precisaram de muitas cobertas. Teriam que ficar de olho nele porque com certeza ia aprontar mais.

Depois de sair do quarto do problemático, Daniel foi atrás de Débora. Ela estava em seu quarto. Bateu na porta e ela o atendeu.

– Hum... você! – falou num tom sensual.

– Não se mete com a garota, Débora. Essa é MINHA! Se fizer uma daquelas suas gracinhas, já já vai ver o que eu faço.

– Ih... Nunca te vi assim! Ia até ser engraçado ver a cara que a coitada ia fazer! Não posso nem me divertir. Cruzes! Você é um porre!

– Tem quem goste. – disse convencido. - E você é intrometida e insuportável! E não ouse desobedecer minhas regras! Quando eu digo não é não! Agora pode dormir!

Débora fechou a cara e entrou, batendo a porta.

Quando tudo ficou calmo no corredor, Julie pegou uma vela, abriu a porta bem devagar e foi andando sem fazer barulho até o quarto de Bia. Bateu na porta e esperou um pouco.

Bia abriu a porta e se espantou: - Você acordada amiga? Aconteceu alguma coisa?

– Me deixa entrar.

– Claro. Entra logo.

Julie foi até a janela colocar a vela e Bia deu um grito.

–NÃÃÃO! Na janela não! Naquele livro fala que vela na janela atraía o espírito de Catherine.

– Sério? – tirou a vela rápido. – Bia, eu preciso da sua ajuda.

– Tem a ver com o seu noivo?

– Não. Você não sabe o que aconteceu!

– Não sei mesmo. Problemas?

– Bem... Mais ou menos.

– Problemas que começam com Dan?

– Como sabe?

– Hahaha eu sabia! Tava na sua cara! Mas o que aconteceu que eu perdi?

– Então. Sabe aquela hora que eu saí do restaurante e voltei pro quarto? Fiquei um tempo lá e depois resolvi procurar água. Vim aqui e você não estava.

– Deve ser na hora que eu fui até o quarto da Jamel e entrei pra conversar um pouco.

– Pode ser. Mas eu fui te procurar, entrei no corredor à direita e fui parar numa escada, sem vela. Eu achei que tinha alguma saída pela escada. Desci uns 10 degraus e de repente alguém me agarrou!

Bia só abria cada vez mais a boca. – Meu Deus! Que louco!

– Era ele! Aquele rapaz de cabelos cacheados.

– Daniel? – perguntou sem acreditar.

– Era ‘ele’ Bia, o loirinho cacheado. Ele me agarrou por trás e tapou minha boca. Quase morri de susto. Mas aí quando ele começou a falar pra eu ficar calma, uma sombra apareceu no alto da escada. Ele falou pra eu ficar quieta. Depois que a sombra sumiu, ele falou que era melhor eu não ficar andando por aí. Mas aí aconteceu uma coisa estranha, sabe? Eu ficava arrepiada cada vez que ele falava no meu ouvido. Meu coração disparou. E eu não conseguia parar de me aproximar dele. A gente já tava praticamente se beijando, quando um cara começou a gritar por ele. Aí ele se despediu e me deu um beijo no canto da boca. Estou até agora com aquela sensação.

– Amiga... Vejo problemas pela frente. Porque se você esqueceu, você está aqui com o SEU NOIVO. E ele não vai gostar nada de saber disso.

– Calma, ainda tem mais. Ele disse que mandaria água pra mim no meu quarto. E agora a pouco, na hora daquela confusão, uma senhora trouxe água e também isso aqui.

Mostrou o bilhete pra Bia que pensativa analisava cada palavra.

– Parece que você enfeitiçou o rapaz, minha amiga. E agora?

– E também isso aqui. (mostrou o colar pra ela)

– Não, pera! Esse colar vale uma fortuna! Não estou acreditando!

– Ai amiga. Eu não posso ir. Mas você poderia ir lá e devolver esse colar pra mim?

– De jeito nenhum, Ju. Você é quem vai falar com ele!

– Eu não posso! E-eu acho que se eu for, vou acabar fazendo uma besteira.

– E daí? E se for ele o amor da sua vida?

– Não Bia. E se não for?

– Você ama o Nicolas? Claro né, afinal vocês vão se casar!

– Ah... Amo. Eu acho...

– Então, se quer ter certeza, tem que por o seu amor à prova. Eu quero ver você descer arrumada como se fosse sair. Entregar esse colar pra ele, agradecer e voltar pro seu quarto.

– Acho que posso fazer isso. Ele deve estar pensando que eu sou desse tipo de mulher.

– Exato! Afinal, amor não se compra!

– É mesmo! É isso que vou fazer. Vou voltar pro meu quarto e tentar dormir um pouco.

– Faça isso, amiga! Boa sorte! – Bia deu um abraço forte e ela saiu.

Foi pra sua cama com a cabeça cheia de ideias confusas.

Depois que saiu do quarto de Mano, Félix foi pra sala em que ensaiavam. Um tempo depois Daniel apareceu por lá, porque tinha que pedir um favor pro amigo.

– Ah! Que cara chato!

– É! Sempre tem que ter um pra atrapalhar!

– Qual é a dele?

– Sei lá. Deve ser masoquista.

– Bom, mas eu preciso falar com você é sobre outra coisa.

– Já sei! Só pode ser sobre a tal de Juliana Spinelli.

– Não! Nem estava me lembrando dessa daí! É outra coisa bem melhor... pra mim é claro.

– Quê? Você esqueceu?

– Eu estou apaixonado.

– Repete isso. Acho que não ouvi direito.

– Isso mesmo que eu falei. Estou apaixonado pela garota do quarto 4. Eu acho que se chama Julie.

– Julie? Não me lembro desse nome na listagem de hóspedes.

– Eu também não. Mas não interessa! Deve ser como o “noivo” dela a chama.

– Mas se ela é noiva... é furada certa!

– Não é não! Ela me quer. Eu vejo nos olhos dela. E além do mais eu me garanto.

– Hahaha. Há quantos anos você não sabe o que significa essa palavra: apaixonado? Essa é só mais uma das suas “cismas”, depois joga pra escanteio.

– Eu não sou assim! Eu só não me envolvo. É diferente. Todas elas sabem que eu não quero me envolver.

– Eu acho que sei que garota é essa que você está falando. Ela é bonita, e parece ser bem legal. Não acho certo você brincar com os sentimentos dela.

– Eu não estou brincando! Essa garota tem algo que não sei dizer. Que me deixou completamente louco.

– Eu vou dormir. Fala logo o que você queria pedir.

– Nada demais. Apenas pra você falar com o noivo dela amanhã de manhã, que ela foi ao passeio que estava programado aos jardins do hotel. Nada mais. Ah! E eu vou voltar à tarde, quando a ponte baixar de novo. Então, você terá que levar os outros hóspedes até o labirinto. Lá a gente se encontra.

– “Só” isso? Nem mais um pedido? Tem certeza? – Félix falou com deboche.

– Sim. Fique de olho nesse Mano.

– Você vai ficar me devendo alto viu ... eu sempre me ferro nessas suas tretas.

– Poxa, Felix. Faz isso pro seu amigo.

– Tá. Vou tentar.

....

De manhã, por volta das 5 horas, Julie estava sonhando que estava fugindo de alguém. Aí ela correu para um beco sem saída e uma sombra foi para cima dela. Foi ficando cada vez mais perto, cada vez mais perto, tentando segurá-la.


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Notas finais do capítulo

Vocês querem que aconteça o quê nesse encontro?



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