Little Love - Amor Doce escrita por Poison Green


Capítulo 20
É o que vamos ver!


Notas iniciais do capítulo

Yo!
Acreditem se quiser ,mas hoje a dona da NightDream me mandou um MP ,ela tem uma nova conta ,então vai comentar por lá ,ooou seja.... Ela vai voltar para a fic! Yeeeah!! Bem ,depois de postar o capítulo anterior ,eu realmente fiquei com dó do Lysandre ,afinal ele também não iria dar as caras tão cedo. Puts ,a dona do Martin também se mandou ,mas eu já sei a causa da saída dela ,e compreendo MUITO BEM. Adivinha.... Sim ,os estudos de merda atrapalham tudo KKKK Sério ,eu amo estudar ,mas devo ser a mais preguiçosa da sala (não sei como tiro notas boas).
Outra coisa: Poderei postar Terça e Quinta ,pela manhã!

Respondendo a pergunta da "Pandinha" (dona da Mia): Sim ,eu sou uma menina. Difícil de acreditar? Sempre fui estranha ,quando era criança meu cabelo era curto como de um garoto ,mas sempre fui muito fofa... Só que não.
UHUUU! Capítulo 20!!! Tô a um tempão com vocês, né gente? OBRIGADA A TODOS !

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M/V aleatório:
(2NE1 - Missing You): http://www.youtube.com/watch?v=AG0jlKdB1s0



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"Ele sorriu angelicamente enquanto dava um passo em minha direção."

Não conseguia me mover ,ele parecia me hipnotizar com aquele rostinho inocente. Ele enganava todos tão facilmente ,a mesma coisa aconteceu comigo. Eu devia estar fazendo alguma careta ,por puro nojo ,ou medo mesmo.

Ele ficou bem próximo de mim ,abaixando-se para deixar seu rosto na altura do meu ,eu sentia sua respiração calma. Então ele se transformou no monstro que eu conhecia ,ele tinha ódio no olhar e seus lábios estavam retorcidos ,ele levou a mão direita ao meu pescoço e apertou com vontade.

– Ahh! -gritei assustada saindo do transe ,e soltando uma lágrima. Ele apertou mais e me empurrou contra a parede com raiva .Gemi de dor chorando.- M-me solta por favor... gaguejei tremendo ,e com voz fraca. Segurei sua mão com os dedos tentando me tirar. Os olhos de Kaito estavam fechados enquanto ele apreciava a linda melódia que era o meu choro desesperado.

– Você é tão fascinante. -murmurou e me largou no chão. O concreto nunca pareceu tão confortável para mim. Levei minha mão para o lugar onde Kaito tinha colocado suas garras . Sangrava ,ele deveria ter apertado tanto que suas unhas curtas devem ter cravado na minha pele.

Ele agachou-se na minha frente com aquele sorriso de novo.

–...

– Senti saudades. -riu tirando a mecha de cima do meu olho lilás. Estava farta ,dei um tapa forte na sua mão ,mesmo querendo dar no seu rosto. - Você não é tão esperta como parece ,sabia?... Seu cabelo está comprido.

– C-como...- sussurrei ainda sem voz ,as palavras pareciam amargas.

– Como te encontrei? - ele completou e olhou para a grandes letras na entrada que escreviam " Colégio Sweet Amoris " . - Não foi fácil ,dessa vez você veio para uma cidade bem pequena e distante de Tokyo. Deixa eu ver... Você já foi para : Sagamihara ,Chiba ... Bom ,um monte. Mas sabe ,eu sempre tenho minhas fontes. E a maioria são seus ex-amigos.

Fechei as mãos com raiva.

– O que vai fazer agora?... Me matar? Então faça logo ,seria menos perda de tempo. - desafiei engolindo o seco. Ele tocou no meu queixo com delicadeza .

– Aí seria fácil demais. -sussurrou e levantou-se antes que eu pensasse em cuspir em seu rosto. - Não tente fugir outra vez ,seria melhor para você e seus amigos. É ,parece que eu sei de tudo sobre você ,não? Aliás ,seria amigável da minha parte fazer amizade com aquele tal de Dajan ,né? Acho que ele é bem bobo para ser o seu melhor amigo.

– N-nem pense nisso! Não ouse encostar nele! - levantei-me com dificuldade ,ele tombou a cabeça para o lado esquerdo e me olhou com tédio. - Você vai se arrepender....!

– Vai ser muito bom jogar com você ,amor... – sussurrou. Ele agarrou o pequeno laço do meu vestido e puxou-me para si através dele. Tremi quando ele colou seu corpo no meu ,queria vomitar. Queria morrer. Senti outra lágrima cair ,merda! Por que eu sempre ficava fraca perto daquele baka? Sabia que era por medo ,rancor e raiva...Raiva que vinha do fundo da minha alma. Ele olhou para os meus seios com um sorriso malicioso. - Eu realmente conheço você bem ... Muito bem..

Tentei chutar a sua parte íntima ,mas o bastardo miserável era rápido.

– Eu vou te matar! - rosnei ,socando o ar ,as vezes acertava o seu peitoral. - Ah!- gritei ao sentir meu braço ser puxado para trás e dobrado atrás da minha costa. Ele encostou bem meu braço nas minhas costas ,e a dor era insuportável. Ele ria com animação. - Ah..-gemi ,ele segurava meu outro pulso. Ele levantou devagar o pé do chão então me chutou com força. Senti meu ombro torcer ou algo do tipo ,meu rosto chocou-se contra o degrau da pequena escada que tinha na entrada. " Cadê aqueles guardas?" pensei fraca. Eu estava gritando fazendo pressão em meu ombro e cuspia um pouco de sangue. Meu rosto ardia ,com certeza estava ralado.

Olhei para o sorriso do diabo.

Ele era o inferno em si.

– Queria que você se comportasse. - disse fazendo biquinho. - Esse jardim ao redor do prédio é muito grande ,os seguranças não vão te ouvir. Ah ,que peninha. - falou sério,mas não conseguiu manter a postura por muito tempo. Caiu na gargalhada. - Agora acho que você vai ser mais cuidadosa. Não esqueça do que eu falei. Não fuja. Seus amiguinhos pagaram um preço bem caro pela sua persistência .... O pior é que estou louco para arrancar aqueles lindos olhinhos das órbitas...

Não falei ,senti o gosto salgado do sangue se misturar com a das lágrimas. Minha barriga deu voltas ,inclinei-me para frente vomitando tudo o que eu tinha comido aquele dia. Eu tremia ,sangrava ,vomitava e chorava. O cheiro do vômito foi o pior ,acabei colocando muita coisa pra fora e fiquei sem ar.

Me arrastei para o lado tentando sentar ,sem muito êxito. Pelo canto do olho notei que ele não estava mais lá.

[...]

Narrador Fora

Luka terminou de entregar o último jornal com a sua bicicleta. Sorriu ofegante ,odiava ruas inclinadas ,mas já fazia parte do seu dia-a-dia. Pensar que tinha entregado todos aqueles jornais a tempo fez ela suspirar e lembrar que teria eu fazer a mesma coisa por um bom tempo. Mexeu sua caixinha de leite certificando-se que já estava fazia. Entrou na sua rua ,poderia ser um lugar bem distante do centro e um pouco pobre ,mas era seguro. Já estava escuro ,devia ser umas sete da noite.

Segurou sua bicicleta com força depois de descer dela ,levantou-a do chão com um pouco de esforço e subiu a escada. Tombou a cabeça para o lado ao notar Marina em cima de uma mala quase dormindo encostada no muro. Deixou sua bicicleta no lugar de sempre e foi até a amiga cutucando-a com calma.

– AH! - gritou Marina assustando-se. Luka pulou para o lado rindo.

– Que bom que acordou Marina-chan.... Por que está aqui? -indagou ela procurando as chaves no bolso do casaco de moletom. - Ainda mais nesse frio.

– E-eu vim morar com você. - gaguejou Marina corando. Luka deixou a chave cair e equilibrou-se para a própria não cair. - Você tá bem? - perguntou espantada com a reação da menina.

– COMO ASSIM MORAR COMIGO?! - falou alto . Marina olhou para baixo com um suspiro infeliz.

– Eu achei que você estava de acordo. Eu perguntei no almoço e você disse sim! -justificou Marina cruzando os braço.

– Eu estava brincando!-explicou Luka. - Você tem que voltar para a sua casa ,o que seus pais vão pensar? Como eles aceitaram uma coisa dessas?

– Aí é que está... eles não sabem. Eu fugi de casa. -murmurou ela abraçando a mala com o rosto vermelhinho pelo frio. Luka estava com os lábios entreabertos. - P-por favor deixa eu ficar. N-não posso voltar. - gaguejou Marina em um fio de voz com os olhos marejados.

Luka estremeceu lembrando de seus pais ,mexeu a cabeça com raiva de si mesma. Não era bom para ela pensar no passado. Bufou e apanhou de novo suas chaves , destrancou a porta marrom de seu quarto de estudante. Marina chorava com o rosto escondido na mala.

– Entra. - falou Luka com um sorriso pequeno. Marina correu para dentro como uma criança ,antes que Luka mudasse de ideia. A garota de cabelos rosados trancou a porta trás de si. Marina varreu o quarto com os olhos. Tinha um fogão ao lado de uma pia que ficavam logo na entrada. Ela tinha um armário encostado na parede e uma mesa tradicional japonesa com quatro almofadas ao redor.

– Onde está a cama? -perguntou Marina. - Bem ,eu trouxe o meu saco de dormir... Mas onde você dorme?

Luka riu e foi até o armário ,tirou um saco de dormir roxo de lá ,colocou encostado na outra parede ,aonde tinha um grande espaço vazio.

Voilà.– riu. Marina mexeu a cabeça como afirmativa ,o único comodo que não fazia parte da sala/cozinha/quarto era o banheiro ,que ficava atrás de uma porta branca. Mesmo sendo pequeno era bem aconchegante ,e a janela não deixava o lugar abafado. O único problema era o frio.

– Muito obrigada Valentine-san. Sou eternamente grata. -curvou-se Marina com respeito ,Luka sorriu meigamente.

– Você deve estar com fome. Sente-se - falou levantando-se e indicando uma almofada. - Gosta de ramen?

– Uhum!- murmurou Marina com os olhos fechados e sorrindo. Luka preparava o ramen enquanto conversava com Marina sobre algumas coisas diferentes ,preferiu não perguntar qual era o problema dela com sua família. então escutaram alguém bater na porta constantemente.

– Podê atender a porta para mim? -perguntou Luka. Marina assentiu e correu para a porta antes que batessem mais vezes. Abriu a porta e estreitou os olhos ao ver Viktor parado na frente da casa de olhos fechados esfregando a mão uma na outra.

– Caramba que demora! Eu iria começar a congelar aqui fora ,Luka... Marina? - falou surpreso ao ver a pequena garota encara-lo como se fosse louco.

– O ramen está pronto Marina... Viktor?- indagou Luka com as sobrancelhas arqueadas. Foi deixar a pequena panela dourada na mesa e correu para a porta largando o pano de prato em cima da pia. - Tá fazendo o que aqui?

– Não vai nem me convidar pra entrar? - questionou um pouco irritado.

– Atá ,foi mal. -riu Luka. Viktor entrou rápido e tirou o casaco. - Agora me responde.

– Vim morar com você ,ué. - disse com um sorriso largo.

– COMO É QUE É?! -gritaram Luka e Marina juntas.

~XXX~

Jasmine deixou sua mesinha de cabeceira depois de pegar uma liga de cabelo ,arrumou-os em um coque imperfeito. Colocou uma música bem calma para tocar , "What is Love" do EXO ,mesmo não sendo tão fã de músicas românticas ,aquela sempre deixava-a calma.... Ainda mais ao lembrar do Kai dançando de um jeito bem sensual no M/V. Corou com os pensamentos e soltou um riso baixo.

Deitou-se de barriga e frente ao caderno ,colocou na questão de física - o que ela achava bem difícil - e começou a responder as questões mais fáceis. Bufou batendo com o lápis na testa ao chegar na nona questão ,olhou para o visor de celular tentando descobrir o horário ,mas notou que tinha uma mensagem nele.

Arqueou uma sobrancelha ,então abriu a mensagem que era de Dream.

"Konbanwa Jasmine-chan!

Sabe que hoje é uma segunda a noite e..

Não é tão comum ter um encontro segunda-feira,

mas o Lysandre não se importa com isso (ainda bem hêhê).

Ele me convidou para um encontro e eu não quero ir sozinha

por favor ,vai comigo! Como sei que você vai dizer "não"

tive a esperteza de convidar o Nathaniel em seu nome.

Não vai deixa-lo esperando ,não é?

Quero ver você no novo restaurante de aveia perto do colégio

você já sabe , o " Hiroshi!! " (nome engraçado ,né?)

Você não tem escolha.

XOXO

–Dream-"

Jasmine abriu a boca espantada com a audácia da amiga. Quer dizer ,ela não estava zangada ,mas ainda não podia acreditar. "O que você fez Dream!?" pensou saltando da cama e escrevendo uma mensagem para a amiga com os dedos trêmulos.

" Dreeeeaaaammmm!!!! Por quêêê?

E agora? Esse o Nathaniel for mesmo!

Que horas eu tenho que ir?!

Ahhh!!

– Jasmine - "

Ela suspirou batendo na testa e enviando a mensagem ,seu celular vibrou entre seus dedos. Abriu a nova mensagem de Dream.

" Gomennasai.... Mas era necessário.

Quando for oito horas você tem que estar lá..

Acho que daqui a vinte minutos.

– Dream - "

Jasmine abriu a boca assustada ,como teria tempo de se arrumar. Jogou o celular na cama e correu para o seu armário. Jasmine podia até imaginar o sorrisinho vitorioso da amiga.

Enquanto isso Dream girava o celular entre os dedos e olhou-se outra vez no espelho com um sorriso travesso. Pouco depois ouviu o som da campainha . Suspirou já adivinhando quem estava do outro lado da porta. Lysandre.

~XXX~

Eduarda respirou bem fundo quando finalmente chegaram na residência de Kentin. Eles tinham ido de moto ,o que ainda assustava e muito a garota. Ele suspirou cansado ,mexeu os braços exercitando as sua articulações.

– Seus pais devem estar em casa.-murmurou ela pensando e esperando Kentin abrir a porta.

– Eu moro sozinho. Resolveram me abandonar de vez.- riu ,seus pais era um pouco duros com ele (e segundo ele ,sem sentimentos). - Estou tão cansado . -murmurou e espirrou , daqui a pouco Eduarda estaria no mesmo estado que ele.

– Eu te carrego.- brincou. Ele fez uma careta. Entraram ,então ele ligou as luzes e fechou a porta. Eduarda ficou impressionada com o tamanho do lugar ,os móveis eram bem caros e a casa estava uma verdadeira bagunça. - Caramba ..Isso tudo é seu?

– É bem confortável. - deu de ombros e jogou-se no sofá cansado. Eduarda colocou sua mochila encostada na parede e caminhou devagar até Kentin ,ele estava com o antebraço em cima do rosto respirando devagar. Eduarda sorriu para ele , abaixou-se para medir-lhe a temperatura. Mexeu a cabeça negativamente.

– Onde eu encontro água quente e um paninho?-perguntou acariciando os cabelos castanhos dele. Kentin tentou se levantar ,mas ela não deixou. - EU vou cuidar de você ... Só me diga onde estão as coisas.

– Em qualquer armário da cozinha tem alguma lenço ou pano , água quente já sai da torneira. Eu mudei a temperatura da água graças ao outono. - murmurou. " Ser rico deve ser bom." pensou Eduarda sorrindo. Foi até a cozinha e fez as instruções ,achou uma pequena bacia de porcelana e um paninho branco. A água estava bem quente ,mas o que chamou a atenção da garota foi a sujeira. Não podia esperar outra coisa de um garoto.

– Vamos para o quarto ,deve ser mais confortável. -murmurou . - Deixa de preguiça! -reclamou ao notar que ele não estava disposto a sair de lá. Kentin riu da carinha dela e levantou-se . Pegou a porcelana da sua mão e caminhou até a última porta do corredor ,entraram no cômodo escuro ,logo depois ele ligou a luz. Eduarda notou que era gigantesco ,maior que a sala e a cozinha da casa dela juntas. Tinha uma cama no centro ao lado de uma mesinha de cabeceira ,um grande armário branco ,a parede era bege ,tinha um tapete branco em frente a cama. Estava arrumado ,talvez o único cômodo arrumado da casa.

– Meu quarto sempre está arrumado ,aprendi a limpar bem as coisas enquanto estava no exército. - sorriu vendo a expressão impressionada dela. - Mas a preguiça é muito grande para arrumar o resto da casa ,notou o quanto é grande?

Ela mexeu a cabeça afirmando.

– E-eu... B-bom ,acho melhor você se deitar. -murmurou.

– Mas eu...

– Eu disse que iria fazer você melhorar e é isso que farei!- disse convicta. Não entendeu muito bem qual era a persistência dela ,mas preferiu não zanga-la. Sentou-se na cama ,Eduarda também ,ao seu lado. Mexeu com o pano dentro da água quente. - Sabe para o que serve esse pano molhado?

Ele mexeu a cabeça.

– Eu também não sei. - continuou ela com um riso. - Mas mamãe sempre fazia isso quando papai ficava doente. -murmurou ,pareceu ficar chateada ao falar sobre seu pai. Kentin conchegou-se nos travesseiros olhando fixamente para ela. - O que foi?

– Você parece triste... O que foi que houve? -perguntou baixo. Duda sorriu com a preocupação do "namorado" ,não sabia ao certo se namorava ele ou não ,afinal ela ainda não tinha aceitado o pedido dele. Eduarda espremeu o pequeno pano devagar ,então levou até a testa do menino ,mesmo ele afastando um pouco o rosto.

– Não é nada... Só que meu pai ... Bem ele....- ela não conseguia falar ,parecia que uma grande bola tinha se formado em sua garganta ,sentiu seu rosto queimar assim como seus olhos ,limpou os olhos com a costa da mão e deu um pequeno sorriso. - Você não tem nenhum xarope?

– Eduarda... por que mudou de assunto?- questionou ele tocando na sua mão . Eduarda corou ,não queria mentir ,mas também não queria falar da dura realidade. Seu pai tinha falecido quando a garota havia completado dez anos ,um acidente horrível de carro ,deu sorte de sair com pequenos arranhões assim como sua mãe . Mas o seu pai não teve o mesmo destino ,morreu naquela noite ,quando iriam para uma pizzaria comemorar o aniversário da pequena.

– Eu não tenho muito o que ...hã ... dizer.- murmurou. Tocou seu rosto acariciando-o ,Kentin não parava de encara-la com dúvida. - Você está queimando em febre!

Ele puxou um pouco o ar. Seu nariz estava entupido ,por isso não era tão fácil assim. Eduarda sorriu , viu uma caixinha com uma cruz vermelha em cima ,encontrou pouca coisa que pude-se ajudá-lo ,mas pelo menos pode dar um pouco de xarope a ele.

– Argh! Isso é ruim. -murmurou ele depois de ser obrigado a engolir o líquido rosado da pequena garrafa. Eduarda riu ,pegou o paninho de sua testa e colocou-o outra vez na água aquecida.

– Você parece o meu primo!-riu . Ele fez uma careta engraçado, Duda espremeu outra vez o paninho e passou pelo rosto de Kentin que se sentou para olha-la. Seus rostos estavam a poucos centímetros ,mas Eduarda procurava se concentrar no que estava fazendo . Ken inclinou-se para frente olhando para os lábios de Eduarda que corou e mordeu um pouquinho o lábio inferior. - O que está fazendo..?

– Ainda é estranho saber que você está aqui ... Na minha casa.- sussurrou ,encostou sua testa na dela ,dava para sentir sua temperatura. Eduarda sentiu seu coração disparar e abriu a mão e fechou tentando conter o nervosismo.

Kentin sorriu travesso e colou seus lábios nos dela fechando os olhos , Eduarda estava com os olhos abertos e assustados , Kentin abriu um pouco os lábios , Duda demorou um pouco para reagir ,mas abriu os lábios também dando passagem para ele. Era o "primeiro beijo de verdade" deles , Duda estremeceu com o contato da línguas quentes ,até esqueceu que a qualquer momento ele podia espirrar.

O beijo estava calmo ,ainda estava conhecendo seus lábios. Duda retribui-a com um suspiro , Kentin levou sua mão para a cintura da garota apertando um pouco. Eduarda apertou o pano molhado nas mãos com nervosismo ,seu rosto queimava com fúria. Kentin aumentou o ritmo do beijo. "Ah ,não ,não!" pensou Eduarda levando devagar sua mão aos cabelos castanhos do garoto.

Ela acariciou o pescoço dele arranhando um pouco , ele sorriu contra os lábios dela. Subiu devagar a sua mão da cintura dela, a camiseta dela também ia subindo. Ele acariciava sua cintura com calma , suas mãos estavam quase alcançando o seio direito da garota ,quando ela saiu do transe por causa da falta de ar.

– Ahh...-murmurou ao descolar os lábios do dele ,os dois arfavam ,então ela olhou para o lado vendo a mão boba do garoto. - AH!! CAFAJESTE!! - gritou jogando o pano em sua cara ,Kentin assustou-se e quase cai da cama , Eduarda levantou-se com raiva .- NUNCA MAIS TOQUE EM MIM SEU...SEU ...ARGH!!- rosnou e correu para fora do quarto. Kentin ainda tentava digerir tudo o que ouviu.

Eduarda saiu correu pela sala ,pegou sua mochila rapidamente e fechou a porta com força. Correu para a estação ,tentando pegar o metrô o mais rápido possível. " Eu estive no quarto do pecado!" pensou ainda aflita tentando conter seus batimentos cardíacos . "E pensar que eu estava caindo na tentação daquele... Ahh! Ele vai ver só!" gritou por dentro cerrando os punhos com raiva.

~XXX~

– HEY!! -gritaram Mia e Lany na porta. Key estava ao lado delas ,mas este parecia estar desinteressado.

– O que você estão fazendo aqui?- indagou Luka tocando no seu rosto vermelho de preocupação. Não dava para acreditar que agora teria que morar com outras duas pessoas. - Por favor ,não me digam que fugiram de casa! - resmungou ,Marina corou.

– Viemos fazer a festa da casa nova!- sorriu Mia. - Tudo ideia da Dream.

– Mas cadê essa baixinha? - perguntou Luka batendo o punho na sua outra mão aberta.

– Ela está em um encontro!- riu Lany como se não acreditasse. - Ela e a Jasmine ,já o resto eu não sei o que houve ,pois não atenderam a minhas ligações.

– Quem está aí na porta?-perguntou Viktor que devorava seu quinto ramen.

– ...Está muito frio aqui fora ,nos deixa entrar por favor.- pediu Key um pouco desesperado.

– Entrem!- falou Marina antes de Luka ,que encarou-a com uma sobrancelha arqueada. Key abraçou a cintura de Marina e beijou sua bochecha. Luka revirou os olhos e fechou a porta.

– Minha nossa ,vocês moram nesse quartinho?! - falou Mia com a boca aberta.

– Ei! Não fale assim! - resmungou Luka. - Só eu morava aqui a poucos minutos! ..E nem todos são ricaços como você Mia.

Madson deu de ombros e sentou-se em uma almofada olhando para Viktor.

– E você Viktor? Veio comer ramen aqui?- riu Mia.

– Eu também moro aqui. -falou calmamente mastigando o macarrão.

– COMO É QUE É?!- disse Key franzindo o cenho.

– Por que eu sempre escuto essa frase? "Como é que é?" ,vocês não tem criatividade para inventar frases novas? -perguntou Viktor.

Key revirou os olhos já irritado e disse olhando para a namorada:

– Viktor ,você mora com elas duas ? Desde quando isso acontece ,Marina?

– Hey ,manezão ,não escutou a Luka dizer que eles moram juntos a poucos minutos? -perguntou Mia com seu deboche de sempre.

– Tudo bem ,já estou acostumada a ser ignorada. -murmurou Luka.

– Qual é o problema? -perguntou Viktor.

– É que ,é que.... - Key estava procurando justificativas.

– Tá com ciúmes? - riu Lany.

– O QUE?? -gritou Key olhando a ruiva assustado.

– Atá ,foi mal cara ,mas não esquenta ,eu só tenho um relacionamento com a Luka. - murmurou Viktor tentando não rir do rosto corado de Key.

– RELACIONAMENTO?! - gritou Luka sentindo seu rosto ferver.

– Woont! O amor está no ar ,só eu e a Lany estamos segurando vela. - falou Mia abraçando-se .

– Pelo menos eu não tô desesperada e me jogando nas costa de alguém. -riu Lany ,estava brincando com o fato de Mia ter se pendurado na costa de Dake.

– AH! -gritou Mia com raiva de Lany. - Pelo menos eu não fico me agarrando em uma cabine com o S-H-I-N.

– C-COMO VOCÊ SABE QUE ELE ESTAVA NO BANHEIRO COMIGO??- gritou a ruiva levantando-se chocada.

– Bom... -Key corou. Lany olhou para ele cruzando os braços. - E-eu não disse nada de mais!!

– Você abriu a boca para falar que ele estava em uma cabine comigo?!- rosnou Lany ficando vermelha de raiva. Mia ,Marina , Viktor e Luka ficaram de boca aberta.

– PERA AÍ! Eu só sabia que vocês estavam no banheiro ,mas essa parte da cabine eu não sabia ,apenas tinha chutado de brincadeira!! - gritou Mia levantando-se e abrindo um sorriso. - MEU DEUS ,VOCÊ PERDEU A VIRGINDADE NO BANHEIRO FEMININO?!

Viktor engasgou-se com o ramen , Marina tampou a boca com as mãos assustada , Luka quase cai pra trás , Key caiu para trás de espanto por causa do grito de Mia e Lany quase morre.

– AAAHH!! Vou matar vocês dois!!- gritou a ruiva que agora parecia uma pimenta. Correu com uma faca atrás de Mia que se desesperou e correu chorando ,pois sabia que a ruiva era capaz de tudo. Quando Lany cansou-se de dar voltas com a faca e sendo perseguida por ser amigos que tentavam tirar a faca da sua mão ,ela virou-se para Key com ódio no olhar. - Vou te matar de mãos limpas. - rosnou jogando a faca no chão e correu para cima do de óculos que tomou um susto com o pulo da garota.

Ela caiu em cima dele e começou a esgana-lo. Ela realmente achava o pescoço dele ótimo para isso.

– Para Lany!!- gritou Marina tentando puxar a ruiva.

– De novo não.- arfou Key tentando tira-la de cima de si.

– Ela parece pesar cem quilos! -reclamou Viktor puxando-a pela cintura. Lany apertava seu pescoço com as duas mãos . Key tocou nas duas mãos dela e tentou tira-la a todo custo de cima dele. Derrubou-a de lado e ficou por cima segurando seus pulsos contra o chão de madeira.

– Você quase me mata baka! - rosnou ele. Lany mostrou os dentes como um animal.

– Você queria me esfaquear!- choramingou Mia abraçada a Luka que suspirou aliviada.

–...P-parem de ficar me enchendo.- murmurou Lany que voltou a si depois de alguns minutos sendo segurada por Key. - Me solta logo!

– Sai de cima dela.- murmurou Marina com um pouco de ciúme e puxou Key. Ele tocou no próprio pescoço bufando.

– N-não deixem ela se aproximar de mim!-disse Mia soltando um gemido apavorado.

– Ahhh! Por que eu ainda deixo vocês entrarem na minha casa?- choramingou Luka.

~XXX~

Katja acordou um tanto assustada ,tinha tido um pesadelo no qual contava sobre a morte de seus pais. Ela não sabia como eles tinham morrido ,mas seus pesadelos sempre davam um jeito novo ,que fazia a garota sofrer mais e mais.

Limpou o suor com a costa da mão esquerda e agradeceu por não ter urinado na cama. Levantou-se com preguiça e caminhou até o banheiro ,tomou um banho relaxante ,olhou para as horas em seu celular. Ainda era oito e meia da noite ,ela tinha decidido fazer o dever de casa logo após chegar em casa e acabou cochilando (isso que dá querer estudar em cima da cama). Lembrou-se do coelho que estava dentro de uma caixa com um cenoura. "Tenho que entrega-lo a Ane!" pensou sorrindo.

Terminou o banho relaxante e depois de arrumar-se decidiu levar o pequeno animal da caixa de papelão mesmo ,depois compraria uma daquelas coisas aonde botamos coelho de estimação. Deu um beijo na bochecha de sua avó e correu para pegar o ônibus que a deixaria a alguns metros da casa de Ane.

O caminho foi lento . Nesse período ela pensou em Dimitry ,não gostou de ter brigado com ele por causa de Ane ,mas de certa forma ela queria que a menina tivesse uma " infância " de verdade. O pior é que ela sempre ficava aflita ao lembrar da discussão ,não podia mais negar seus sentimentos por aquele misterioso rapaz....

Doeu . Olhou para dentro da caixa e sorriu para o animalzinho que estava comendo a sua terceira cenoura ,teve que passar a tarde toda limpando as fezes daquela criaturinha. Riu com essa lembrança e sem perceber já tinha chegado ao seu destino.

A noite estava extremamente fria ,Katerina Kurae estremeceu e esfregou suas luvas contra o rosto . Andou rápido , a rua estava bem escura ,e tinham muros imensos. Era o lugar onde mais se tinham mansões ,mas estava pouco iluminado aquela noite e vazio ,o frio fazia as pessoas ficarem dentro de casa encolhidas com seus filhos e família. "Não deveria ter saído de casa" pensou ,mesmo que Sweet Amoris fosse um lugar modesto e não muito perigoso ,não sabia quantos malucos se escondiam em becos escuros.

Katja ouviu um barulho partir de uma parte escura da rua. Virou-se rápido apreensiva ,olhava para os lados e as vezes virava-se para ter certeza que ninguém a seguia. Suspirou e resolveu seguir em frente. Ouviu um novo barulho ,só que mais alto.

– Quem está aí?! -perguntou apertando a caixa de papelão contra o corpo , respirou rapidamente. Não obteve resposta. Acelerou o passo e ouviu mais barulhos ,logo reconheceu barulho de botas pisando em poças. Não era uma ou duas.... Deveriam ser no mínimo umas sete. Correu com todas as força com as mãos fixas na caixa ,por conta da escuridão acabou chocando-se contra alguém. Caiu sentada, a caixa rolou para outra direção liberando o coelhinho que parecia tão assustado quanto a garota. - Q-quem é você? - gaguejou tentando não demonstra medo ,mesmo que estivesse fracassando.

– Yo boneca...-falou alguém rouco ,atrás dela. Os outros cercaram-na. Logo viu a pessoa com qual ela havia se chocado abrir um sorriso.

– Ela é bonitinha né?-perguntou um outro com a voz mais irritante.

– Vamos ver o que ela tem debaixo desses casacos... -riu um que cheirava a cigarro e bebida alcoólica. Katja tremeu e foi arrastando-se devagar para trás e se bateu em uma outra perna ,olhou para cima e viu um homem que aparentava ter seus trinta anos sorrindo com os dentes podres.

– M-me deixem e-em paz!- falou Katja se levantando e mostrando os punhos trêmulos.

– Opa ,a gatinha tem garras bem afiadas. Vai fazer o que?-perguntou o mais velho do bando ,que parecia ser o líder. - Vamos ensiná-la uma lição ,gatinha.

– Não me toquem!- cuspiu ela tentando não deixar nenhum deles se aproximar dela. Sentiu a primeiras lágrimas darem adeus aos olhos e caírem ,fazendo um rastro até seu queixo. Viu-os dando passos para frente com sorrisos amplos. - N-não!!

Sentiu alguém puxar seu casaco com força. Outro tocou em sua cocha apertando-a.

– Ninguém vai te socorrer, gatinha. -riu o mais velho.

– NÃO!! - gritou fechando os olhos e se encolhendo no chão.

– Soltem-a.- falou alguém que Katja conhecia muito bem. Os homens se afastaram um pouco dela para encararem quem estava desafiando-os.

– E se não quisermos ...Garoto.- disse o mais novo do bando com seu cabelo vermelho cortado.

– Se arrependeram alguns segundos antes de morrerem. - respondeu. Katja tremeu a ouvir outra vez a voz de Dimitry.

– É o que vamos ver!! -gritou um deles puxando um canivete do bolso da casaco.

Dimitry sorriu.


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Notas finais do capítulo

Todos já imaginavam a nossa Katja fazendo merda ,né? KKKKKKK Normal ,normal KKKK Bjs Miyako-chan! Bjs a todos os leitores!! #Ouvindo"What Is Love"
" I lose my mind..." AAAAAAAAAAAAAAAAAAAAAHHHH >< Baekhyun seu lindjo! D.O seu perfeito!!