O Ruivo De Fogo E As Sete Gigantes. escrita por Val-sensei


Capítulo 2
As sete gigantes.




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  Thomas estava deitado sobre a relva verde, as árvores balançavam suas folhas lentamente com a brisa, as aves cantavam ao longe, as borboletas passeavam de flor em flor, enquanto ele estava com um pé na vida e o outro na morte. O espelho do lado de seu corpo desfalecido, machucado, largado e desamparado pedindo para ser socorrido.

O chão começou a tremer próximo ao corpo desfalecido do jovem. Um riso alto carregado de alegria soava atrás de uma pequena borboleta diante dos olhos de quem corria atrás da mesma. A brincadeira de tentar pegar o pequenino inseto estava muito divertida. Quando a garota olhou para baixo, viu um rastro de sangue seco próximo dela, deixou o pequeno inseto de lado, virou o seu rosto e viu um pequenino corpo perto. Curiosa com o pequeno ser à sua frente, ela caminhou passos pesados, fazendo a terra tremer.

Ela abaixou-se próximo ao rapaz e olhou bem de um lado, depois do outro.

- Ele parece um boneco – comentou consigo mesma.

Ela ainda o olhava curiosa, procurando algo que pudesse identificar a figura, viu o quanto machucado ele estava.

- Mas é um humano! – ela finalmente percebeu.

Tocou com o seu enorme dedo e viu que ele ainda estava vivo. Sabia que teria que cuidar dele para ele ficar bem e o mais rápido possível. Pegou uma pequena garrafinha que estava pendurada em um cinto na sua cintura, abriu o gargalo, ergueu o rapaz com muito cuidado, pois suas mãos eram muito grandes, deu uma pequena gota da água, já que a garrafa era grande de mais e poderia dar um banho no rapaz.

A água entrou com dificuldades na pequena boca do rapaz. Ela guardou novamente a garrafa, amarrou no mesmo lugar, pegou o rapaz com todo o cuidado possível, pois suas mãos grandes podiam machucá-lo ainda mais se ela não diminuísse a força e não tivesse cuidado com ele.

Ela levantou-se vagarosamente e levou o rapaz consigo, em suas imensas mãos delicadas.

O espelho ficou ali jogado no canto, pois a garota nem o viu, só queria salvar a vida do rapaz.

****

Safiro olhava a casa que fora sua um dia, com a bola de cristal caveira em mãos. Sorriu satisfeito, agora ele era o mais belo de todo o reino e não teria mais ninguém que tomasse o seu lugar. No entanto, ele queria o espelho, aquele que lhe dizia sempre quem era o mais belo de todo o reino e que Thomas havia levado consigo, antes de morrer.

Safiro lançou um feitiço na casa e ela desapareceu em puro pó, com o corpo de sua esposa dentro.

- Agora é descobrir para onde aquele moleque enviou o meu precioso espelho. – Safiro colocou a bola de cristal na relva verde, diante de si, passou as mãos em volta da bola profetizando palavras enquanto olhava para esta fixamente.

Aos poucos, a bola esfumaçou-se e lentamente foi formando a imagem da floresta de grandes árvores, lentamente mostrou o local certinho do espelho que o homem tanto queria.

- Hum, então está na floresta gigantesca… – Ele sorriu de canto, pegou a bola de cristal, pensou algumas palavras mágicas e logo em seguida apareceu no local onde o espelho estava.

Viu a poça de sangue seco, riu malignamente ao olhar o local.

- Pelos vistos, algum animal deu um fim em você! Ou será que algum gigante te matou?! – Pisoteou o local com o espelho em mãos e saiu dali procurando uma nova vila para morar.

****

A garota levou o rapaz com todo o cuidado do mundo para a sua casa. Deu um banho nele, depois passou um líquido esverdeado nas feridas, enfaixou-o, o colocou na sua enorme cama como se fosse feito de porcelana. Procurou um boneco antigo, encontrou-o em uma caixa velha guardada em um canto do quarto, tirou a roupa do boneco e vestiu no rapaz.

A roupa coube como uma luva. Sorriu satisfeita ao ver que o jovem era belo, tinha cabelos ruivos, lábios vermelhos e dormia serenamente na sua cama.

Ela o olhou por um tempo admirando o jovem humano, quando ouviu uma voz a chamar, após ter ouvido o ranger da porta se abrir.

- Dengosa está aí? – perguntou a moça já entrando no quarto.

- Zangada, estou sim! – Ela sorriu um sorriso de orelha a orelha para a mulher alta, mais ou menos uns quatro metros de altura, cabelos violeta, um vestido na mesma cor de alcinha, indo até as coxas, um batom da mesma cor nos lábios, os olhos na mesma cor.

Zangada circunvagou os olhos pelo quarto e viu o garoto enfaixado, coberto por um lençol pela metade do corpo, dormindo na cama da Dengosa.

- O que esse humano idiota está fazendo na sua cama? – Ela cruzou os braços, o semblante fechado.

- Eu achei ele ferido na floresta das árvores gigantes, fiquei com dó e o trouxe para cuidar dele.

- Dengosa! – ela a chamou descruzando os braços e mexendo os dedos bufando. – Isso não é um brinquedo que você pode usar, ou um animal de estimação que você pode cuidar. – Andou de um lado para o outro, fazendo a casa dar leve tremidas. – Ele é um humano e não sabemos o que um humano pode fazer!!! – Zangada estava muito brava.

- Mas que barulho todo é esse? ATCHIM! – espirrou outra gigante tapando a boca. Ela entrou no quarto e viu a discussão das outras duas.

- Saúde! – disseram as duas mulheres gigantes.

- A Dengosa resolveu trazer esse imbecil para nossa casa – disse Zangada e apontou para o rapaz adormecido. Impaciente, nervosa e mal humorada como sempre. – Sabe que humanos significam problemas! – resmungou ela de lado.

- ATCHIM! – espirrou Atchim novamente, colocando a mão na boca. – Deixe ela e o rapaz, o que tem de mais? – perguntou olhando para o rapaz dormindo calmamente na cama. – Ele não parece uma má pessoa. ATCHIM! –espirrou de novo.

- Saúde – disseram Dengosa e Zangada em coro olhando a garota de cabelos laranja, olhos alaranjados, seu vestido longo da cor laranja claro, fazendo roda em baixo, com uma manguinha. Atchim media cerca de três metros e meio de altura, corpo esbelto e era a mais bela das sete mulheres gigantes.

- Com alergia de novo! – Mestra viu as três reunidas no quarto. – Ora, vejo que temos companhia – ela falou imponente. Ao descobrir o rapaz perguntou: – Quem ele é?

- Ainda não sabemos – respondeu Dengosa.

- Esse humano nos vai trazer muitos problemas, escreva o que eu digo – disse Zangada batendo com o pé no chão, amuada.

- Essa aí está com TPM todo dia. Oh! Santo mau humor! – Mestra revirou os olhos verdes e cruzou os braços.

- Vamos esperar ele acordar, aí o questionamos – falou Dengosa caminhando para o banheiro do quarto.

Mestra tinha os cabelos verdes, vestia uma saia verde e uma camiseta regata verde também, tinha cinco metros de altura. Começou a especular em como o jovem rapaz fora parar ali.

- Vocês estão discutindo de novo, isso que dá muitas mulheres juntas – Sorriu Felícia olhando o rapaz dormindo como um bebê.

- E você sempre com esse sorriso irritante, dá vontade de quebrar seus dentes brancos um por um.

- Nossa! Quanto mau humor! – comentou Felícia. – Deveria sorrir mais Zangada. Ser ranzinza envelhece, sabia?

- Cala essa sua boa cheia de dentes, Felícia – cruzou os braços e fez um bico enorme a ela.

- Vixi! Está pior hoje, hein? – A menina de quatro metros e meio sentou-se na cama, olhando o pequeno ser.

Felícia tinha os olhos amarelos claros, cabelos tão dourados que chegavam a ser platinados, seus olhos também amarelos, sua pele branca, seu sorriso sempre em seus lábios, sua forma cativante. Ela vestia um vestido tubinho até o meio das coxas, igualmente amarelo.

- Felícia sempre sorrindo, Zangada sempre com essa cara de quem comeu e não gostou. Atchim sempre com sua alergia, Dengosa sempre tentando cuidar dos menos afortunados, perdidos e desamparados. Mestra sempre mandando. Vocês nunca vão mudar, nem no dia que saímos mais cedo do trabalho – bocejou Soneca cansada. – Vocês não se cansam, não? – perguntou e escorou no umbral da imensa porta.

- E você só vive cansada e deixa as esculturas para nós esculpirmos – resmungou Zangada. Quando a olhou, ela já cochilava.

- Essa aí vive dormindo. ATCHIM! – espirrou Atchim de novo.

- Saúde – respondeu Soneca bocejando, abrindo os olhos lentamente.

Ela tinha cabelos azuis claros como o céu, olhos da mesma cor, vestia uma calça azul clara colada no corpo e uma bata por cima na mesma cor, moldando perfeitamente as suas curvas, sua altura era de três metros e tinha um sono interminável.

As mulheres gigantes estavam reunidas no quarto quando ouviram algo se quebrando na cozinha.

- Ih! – começou o mau humor da Zangada. – Lá vem o desastre em pessoa.

- Não fale assim da Dunga, sabe que ela tem problemas de comunicação e é meio desastrada. – Soneca bocejou sentando-se na sua cama.

- Mas ela não precisa quebrar a casa inteira – reclamou Zangada vendo a moça entrar no quarto.

- Ai, Zangada, deixa esse mau humor de lado – Mestra disse como uma ordem.

Dunga entrou no quarto olhando com seus olhos anil para todos os lados. Uniu as mãos junto ao busto, fez uma cara de abobalhada ao ver o rapaz na cama. Sentou-se ao lado dele e começou a passar a sua grande mão no cabelo ruivo do rapaz com todo o cuidado do mundo, pois parecia de porcelana e poderia se quebrar a qualquer momento.

- Pelos vistos, ela gostou dele! – Felícia olhava Dunga que tinha os cabelos anil, um vestido que parecia um modelo de uma flor. Tinha dois metros e meio de altura, mas só se exprimia através de gestos ou caretas. Quando queria dizer alguma coisa mais complicada, escrevia no caderno, pois ela não falava.

Dengosa sorriu e as sete gigantes ficaram em volta do garoto, o olhando, esperando que ele acordasse.

****

  Safiro apareceu em uma vila distante. Logo se hospedou novamente em uma pousada, pendurou o espelho na parede, jogou as poucas roupas que levou consigo em cima da cama e passou a mão no rosto impaciente. Precisava relaxar, precisava retomar as suas ideias, mas achava que o seu enteado estava morto e com a sujeira, o cansaço, os ferimentos que tinha, nem queria saber em perguntar sobre sua beleza no espelho. Precisava melhorar a sua aparência primeiro para depois ouvir aquela voz imponente e gratificante dizendo que ele era o mais belo do reino.

Safiro colocou a sua bola de cristal em forma de caveira em cima do criado mudo, pegou uma toalha e entrou ao banheiro para fazer a sua higiene pessoal. Assim que terminou, vestiu uma roupa confortável, jogou-se na cama e apagou.

****

Na manhã seguinte as sete garotas gigantes se arrumavam para o trabalho e Thomas ouvia vozes ao longe, umas alteradas, outras vozes eram doces, outras meigas. Ele gemeu, tentou abriu as pálpebras que pesavam muito e, com isso, o silêncio reinou no ambiente. Todas elas se voltaram para ele. Outro gemido saiu de sua boca, pouco a pouco tentava abrir os olhos, sentindo a claridade arder nas retinas. Tentou erguer a mão para proteger os olhos esmeralda, mas sentiu uma dor muito grande.

- Ele está acordando! – Felícia sorriu de felicidade.

- Isso não será nada bom… – resmungou Zangada.

As sete rodearam a enorme cama, olhando o ser pequenino ali diante delas.

Pouco a pouco, ele conseguiu erguer as pálpebras e tentou reconhecer o ambiente, mas estava tudo grande de mais aos seus olhos. Assim que viu as sete mulheres altas como árvores em volta dele, se assustou:

- QUEM SÃO VOCÊS E O QUE QUEREM DE MIM? – Ele tentou sentar-se na cama assustado, mas a dor foi tanta que ele gritou: – ARGHH!

- Não se mexa! Você ainda está muito ferido. – Dengosa o olhava amavelmente, seus olhos vermelhos como sangue penetraram os dele de uma forma intensa que ele conseguiu dar meio sorriso. Os cabelos vermelhos como sangue, o macacão da mesma cor, ele se identificou com a moça de quatro metros e trinta centímetros.

- Meu nome é Dengosa e eu te encontrei na floresta das árvores gigantes. Trouxe você para cá, cuidei dos seus ferimentos. – Ela falava de uma forma que ele nunca havia ouvido. 

Ele a olhava fixamente enquanto continuou ouvindo:

- Essas são as minhas irmãs. Mestra – Ela apontou para a mulher de cabelos, olhos e roupas verdes, a mais alta e a mais velha também. – Aquela ali – apontou para Felícia, – é a Felícia, ela é um ano mais nova que a Mestra. – Viu a moça sorrindo para ele, seus olhos amarelos, o encheu de alegria de alguma forma. – A outra é...

- Não se atreva a me apresentar a esse humano insolente – ela estava de cara fechada, com o cenho franzido, braços cruzados, olhos violetas fumegantes em raiva como sempre.

- Liga não, essa aí só vive na TPM – riu Felícia com a própria brincadeira. – Não é à toa que se chama Zangada.

- Aquela ali da ponta é a Atchim e a do meio – apontou para a dama de madeixas laranja.

- ATCHIM – espirrou ela.

- Saúde – disseram as seis mulheres em uníssono.

- Soneca – e apontou para a mulher de cabelos azuis que bocejava. – Dunga. – e apontou para a outra de cabelos anil. A moça balançou os dedinhos a ele de uma forma meiga. – As duas são um ano de diferença uma da outra – ela acrescentou meiga.

- Pare de se oferecer a esse humano inútil, Dengosa.

- Deixa de ser ranzinza Zangada e vá para seu trabalho – falou ela delicadamente.

- Você não ficará segura sozinha com esse traste aqui.

- Vamos de uma vez! – Mestra puxou Zangada pelo braço. – Já estamos ficando atrasadas. – Mestra puxava a irmã pelo braço, enquanto as outras saiam atrás delas.

Thomas dava algumas risadas, mas ao mesmo tempo gemia com as dores do seu corpo ferido. Viu as garotas gigantes saírem e a Dengosa ficou com ele.

- Não vai com elas? – perguntou virando o rosto lentamente para ela.

- Ainda não posso trabalhar. Sou menor.

- Só se for de idade – riu-se ele. – Porque no tamanho... – Ele gemeu ao tentar rir, estava todo dolorido.

Ela cruzou os braços e fechou o semblante, aborrecida. Thomas percebeu.

- Me desculpe, eu só quis descontrair um pouco – falou com um pouco de dificuldade, incomodado com a reação dela.

- Então, não se apresentou – ela fez uma carinha meiga novamente e o olhou com aqueles olhos rubros.

- Me chamo Thomas, tenho dezoito anos e agradeço por ter me ajudado. – Ele virou o rosto e deu meio sorriso se lembrando de tudo que aconteceu. Ficou meio tristonho e olhou a grande cama. – Essa cama é de uma de vocês?

- Sim é a minha cama – ela afirmou e se levantou.

- O QUÊ? – ele ficou rubro e ao olhar-se, ficando mais rubro ainda. – Não vai me dizer que me deu banho e cuidou dos meus ferimentos! – ele viu as ataduras enroladas nos ferimentos.

Dengosa fez um gesto afirmativo com a cabeça e sorriu meigamente.

Thomas corado a ouviu:

- Eu vou colher lenha para o fogo e depois picar os legumes para fazer o almoço. À tarde eu vou para aula de escultura, mas volto logo.

- Aula de escultura?

- Sim é o que nos fazemos aqui. Somos escultoras.

- Tudo bem, eu acho que fico bem. – Ele puxou as cobertas.

- Fica quieto, em repouso. Mais tarde eu venho falar mais com você.

- Está bem. Boa aula, Dengosa – Ele viu a garota sair do quarto e seguir para a cozinha.

As horas foram se passando e Thomas ficou sozinho na imensa cama, sentindo-se um pouco melhor. Ele mesmo tirou as faixas para olhar e viu que os ferimentos estavam melhores.

Olhou a grande janela alta e o vento soprava. Sentiu uma imensa vontade de dar uma volta pelo lugar. Então fez uma corda com o lençol, amarrou na cabeceira e desceu da cama ainda se sentindo um pouco dolorido. Depois caminhou para a porta e abriu-a com dificuldades. Foi caminhando e olhando todos aqueles móveis imensos, ele simplesmente estava se achando uma formiguinha em meio daquela casa. Viu a porta da sala e abriu com a mesma dificuldade anterior.

Olhou o imenso jardim ao lado da casa, aspirou o ar, olhou tudo em volta, de certa forma tinha gostado do ambiente onde as gigantes moravam. Apesar de tudo ser maior que ele, começou a caminhar sem medo, estava amando viver uma nova aventura, apesar de ainda se lembrar da forma brutal de como a sua mãe fora morta à sua frente. Ficou triste ao se lembrar e começou a andar pelo caminho feito de paralelepípedos, que separava as grandes flores e a grande grama do caminho. Foi caminhando lentamente e se distanciando da casa.

- SOCORROOOO! – ele ouviu um grito desesperado vindo não muito longe dali.

Correu o mais rápido que conseguiu em direção àquele grito, mesmo com todas as dores. Continuava ouvindo os pedidos de socorro e achando que fosse a gigante que o ajudou, foi o mais rápido possível em direção à voz. Quando chegou próximo de um lago imenso, viu grandes borboletas a voar sobre as grandes flores coloridas entre algumas grandes árvores um pouco mais distantes. Um grilo enorme estava perto de uma moça. Ele olhou e sorriu travesso. Viu que ela vestia uma calça preta colada no corpo, uma bata rosa bebê, seus cabelos castanhos refletiam o sol quente de primavera. Aproximou-se mais dela e estendeu a mão sem que ela percebesse.

Quando ela o viu ao lado dela, gritou.

- AHAHAHAHAHAH! – Ela afastou-se arrastando o bumbum no chão e fechou os olhos com medo.

- Ei, fique calma! Nem eu, nem ele – apontou para o grilo gigante à sua frente –, vamos fazer mal a você.

Ela abriu as pálpebras e olhou com seus olhos quase mel para aqueles olhos verdes e penetrantes. Thomas tinha um sorriso meio debochado no rosto.


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