O Amor Supera Barreiras escrita por Tekiinha mp
7. Regress and dependence
Edward pov.:
- Desculpa Alice. É que... estou, estou... confuso. – já estava desesperado quando disse isso. – Não sei o que fazer, como agir; ela simplesmente se distanciou, sem me explicar. E eu não sei nem o motivo. Eu não sei o que eu fiz.
- Você? Edward pára. Você fica se culpando, e carrega nas costas tudo o que acontece com ela. Já parou pra pensar que, de repente, você não tem culpa de nada? Você não sabe os motivos dela.
- É justamente
- Edward. - ela acariciou meu rosto carinhosamente. - tenha calma, tudo vai se ajeitar. - ela sorriu.
- Tomara Alice, tomara.
- Os desenhos estão com cores mortas novamente... - ele disse para si mesmo. Ele anotou algo em minha ficha. - Eu vou ali rapidinho e já volto. - ele disse deixando minha ficha em cima da mesa.
Caminhei até sua mesa, e li o que estava escrito em minha ficha. Ao lado da data de hoje havia uma pequena anotação em uma letra excepcionalmente linda:
Regressão. Isso definia bem o que estava acontecendo. Eu estava regredindo sem ele.
O episódio com a Hilary foi, exatamente, a prova que eu era um peso morto, um fardo na vida de Edward. E ninguém podia provar o contrário. Eu não sou nada nem ninguém; sou uma assassina, se eu não tivesse esperado, se tivesse paciência, minha mãe estaria do meu lado.
Só sirvo para acabar com a vida das pessoas, pelo menos no caso de Edward não foi literalmente. E nem será. Foram tantas as vezes que pensei em me suicidar, só,
Não seria muito bom pra mim e nem pra ele. Ele não merecia ser amigo de alguém como eu. Ele merecia alguém que o fizesse feliz, e não uma menina problemática que só traria dor de cabeças e o atrasaria. Um encosto; era isso que eu era.
- Bella? - disse Jacob batendo na porta, e logo em seguida entrando. Eu dei um sorriso fraco e em resposta ele me deu um largo sorriso. - vai descer? - eu assenti e o segui.
O almoço correra animado, para os homens é claro, falavam de futebol, basquete, esportes em geral. Mas, sinceramente, não via a hora de voltar e me trancar no quarto.
Com a ajuda de Jacob, lavei os pratos e me virei para ir para meu quarto.
- Bella, aonde você vai? – perguntou jake, segurando meu braço. Olhei em direção a escada, e ele entendeu que estava olhando para meu quarto.- Posso ir com você? – essa me surpreendeu, assenti, e subi as escadas, com ele me seguindo. (
Começou a falar sobre sua infância em La Push, sobre seus amigos Embry e Quil, enfim, sobre tudo.
Ele era divertido, contagiante e estranhamente me transmitia confiança, como um irmão que eu nunca tive.
Devia ser por isso que eu não me sentia ameaçada, ele já fazia parte da família, mesmo que a última vez que eu o havia visto foi quando minha mãe ainda era viva, ou seja, a 7 anos atrás.
- Você não gosta muito de falar não é? - ele falou divertido. Eu ri. - finalmente consegui fazer você sorrir de verdade! - ele disse - Você tem um sorriso muito bonito sabia? - Eu corei com o comentário e ele riu mais ainda.
Nós conversamos, quer dizer, ele teve seu monólogo comigo, e depois de um tempo ele e Billy foram embora.
E assim que ele saiu a sensação de vazio voltou com força total, como se eu tivesse sido nocauteada.
Peguei minha picape e fui rapidamente para a escola, estava um pouco atrasada.
As aulas pareciam se arrastar lentamente, principalmente aquelas em que eu estava sob o olhar atento de Edward.
No sinal do intervalo eu saí quase que correndo, para não encontrar com ele. A quem eu tentava enganar? Nunca iria conseguir fugir dele, no final do intervalo fui abordada por ele.
- Bella? - ele segurou meu braço ofegante, provavelmente por ter corrido para me alcançar.
- Edward, agora nã
- Bella! - ele me cortou. - Pelo menos me diga. O que eu fiz pra você?! - ele disse segurando minhas mãos, desesperado e com os olhos tristes.
Eu me surpreendi. Ele achava que havia feito algo comigo? E por minha culpa ele está sofrendo. Encosto. Foi a primeira palavra que me veio a cabeça. Eu só fazia mal a ele.
- Edward. - eu disse segurando seu rosto entre minhas mãos. - pare de se culpar, você não fez nada de ruim, muito pelo contrário. Você é a melhor pessoa que eu já conheci, um verdadeiro anjo... Eu só não posso mais, eu não... - Eu disse com a voz embargada, e vendo toda a força que eu havia reunido para enfrentá-lo se ruir. Eu não consegui terminar a frase e saí correndo antes que eu perdesse completamente o controle e começasse a chorar.
Corri pela escola sob os olhares assustados de alguns e recebendo alguns xingamentos por esbarrar em alguém, mas pouco me importei.
Assim que avistei minha picape, corri mais rápido ainda. Nem pensei duas vezes, entrei no carro e dei a partida. Assim que a escola saiu de vista a dor me aplacou.
Eu encostei o carro no meio-fio, sem condições de dirigir, e chorei. Chorei tudo que tinha que chorar, mas isso não aplacava nem um pouco minha dor. Ela chegava a ser palpável, me impedindo até mesmo de respirar.
Eu podia ver a agonia ao tentar dizer aquilo para mim em seus olhos. Eu podia ver a dor. Mas não conseguia descobrir o motivo.
- Edward ! - gritou Alice correndo até mim.
- O que foi Alice?
- Então, como foi? Eu vi você falando com ela. - ela disse entusiasmada.
- E então, nada, Alice.. - eu disse triste.
- como nada Edward? Você fez algo que ela...
- Não Alice, ela disse que eu não havia feito nada de ruim para ela. Ela apenas falou que não podia mais... mas não podia mais o que ? E porque? - eu disse exasperado. - Alice, não sei mais o que fazer. – frustração, seria a palvra mais exata.
- Calma Ed... bom, tenho que ir para a aula agora e você também, mas espero que tudo se resolva. Não gosto de ver meu irmão sofrendo. - Ela me deu um sorriso e eu tentei sorrir para ela. Ela saiu andando e o que me restava fazer era ir para a aula também.
Na próxima aula Bella era minha dupla. Porém, quando cheguei na sala ela não estava lá, e nem sua picape estava no estacionamento quando acabou a aula.
Eu precisava saber o que lhe causava tanta dor. Ela não entende que por ela eu faria tudo? E que vê-la sofrendo e não poder ajudar só me faz sofrer também? Mais uma vez sinto que sou dependente dela.
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