O Amor Supera Barreiras escrita por Tekiinha mp


Capítulo 3
Capítulo 2




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2. Conhecendo.


 


Edward Pov.:


 


Frustrante, essa é a palavra que descreve o que eu sinto com as minhas tentativas fracassadas de falar com a Swan. Duas semanas se passaram e nada.


 


Eu já me perguntei mil vezes o porque de eu insistir tanto em falar com alguém que não fala com ninguém a sete anos. Mas algo me diz pra não desistir, é como se um imã me puxasse pra ela. Como se eu fosse a pessoa que precisava quebrar este silêncio todo dela.


 


Chegando no estacionamento me deparei com uma cena um tanto desagradável, Hilary humilhando uma garota, pelo que me parecia só por ter esbarrado nela. Achava-a muito fútil e egocêntrica, mas não vou me meter nos assuntos dela, não por enquanto.


 


Em casa, tomei um longo e relaxante banho, e me sentei para ver televisão, logo depois, fui escovar os dentes. Ao que me lembro de algo que Jasper havia dito : E também porque ele procurou especialistas na internet e achou seu pai, então eles escolheram Forks.


 


Saí correndo em direção ao escritório do meu pai, abri a porta, ele estava analisando uma pilha de papéis e me apressei:


 


- Pai, posso falar com você?


 


- Claro, Edward, entre. - ele disse acabando de analisar um papel e guardando-o.


 


- Com o que posso ajudá-lo, filho? - Ele perguntou com seu irritante tom profissional.


 


- Você conhece uma menina chamada Isabella Swan?


 


- Sim, eu estava analisando a ficha dela agora, - pôs a mão sobre a gaveta onde tinha guardado a ficha de Isabela - ela é uma das minhas pacientes da ala psiquiátrica. Por que?


 


- Ela está estudando na minha escola agora, no mesmo ano que eu, e eu gostaria que o senhor me ajudasse com ela, eu tentei conversar com ela, mas ela não parece ser muito sociável – terminei de falar como se estivesse pedindo penitência à um padre por um pecado hediondo.


 


- Ah... sim, ela não fala com ninguém, meu filho, à 7 anos...


 


- Mas...-hesitei - por que isso?


 


- Só o que posso informar é que ela não quer conversar com ninguém, ela não tem vontade, não se expressa de forma alguma. Comigo só balança a cabeça afirmativa, ou negativamente. Logo que percebi que não conseguiria mais que isso, comecei a fazer perguntas que ela pudesse me responder do jeito... er... singular dela, e concluí que ela não acha que vale a pena conversar com ninguém e que não pretende criar nenhum tipo de laço sentimental com ninguém para depois perdê-los, ela tem medo que aconteça a mesma coisa que aconteceu à mãe. – continuou – O pai dela me informou que a última vez que conversou normalmente com ela foi no enterro da mãe. Estavam saindo do cemitério, chorando e o fez prometer não deixá-la. Depois disso foi tudo muito mecânico e sem vontade própria, que ela conversava ou respondia as pessoas, isto é, quando respondia. Ele ama-a muito, por isso convive sem muita perseguição com o trauma dela, mas sempre tentando ajudá-la, ele quer que a filha seja feliz, normal, como adolescentes da idade dela.


 


- Deve ser muito difícil para ele, e para ela também, ver a filha todo dia ser martirizando por algo que aconteceu a 7 anos e não conseguir se recuperar, e ela... bom é ela que sofre mais... – tentei entendê-los.


 


- Ela não demonstra nenhum tipo de sentimento, sempre que precisar “tirar” alguma carga que sente, ou algo que a deixa infeliz, quebra coisas no quarto. Por isso, induzi-a a mudar essa forma de extravasar seus sentimentos, pedi-a que desenhasse, e que se quisesse até passasse seus desenhos para a tela. Até andar com algo com que possa desenhar para que sempre que sentir algo diferente e que quiser desenhar, ela possa ter sempre uma folha a mão. Ela acatou a sugestão, prometi-a que traria apetrechos de pintura para a próxima seção e dei-lhe um caderno preto próprio para desenhos artísticos.


 


- Por isso que ela anda com um caderno pra cima e pra baixo. Ela também anda com um Ipod, sabe que tipo de músicas que ela ouve?


 


- Eu também fiquei curioso quanto a isso e um dia eu pedi emprestado pra ver o tipo de música que ela houve. Ela houve muito Rock, o que ela ouve muito é Linkin Park, Simple Plan e muitas músicas de Paramore... o que me intrigou, é que no meio de tantos gostos diferenciados, e menina tão singular, ela era também amante de música clássica, uma pasta com no mínimo 50 músicas clássicas, dentre eles, Beethoven, Back, Mozart, Vivaldi, Chopin...


 


- Gostos contraditórios, não?! – eu ri junto a meu pai.


 


- Sim, perguntei qual era a favorita e ela colocou em : Clair de Lune, de Debussy. – assustei-me, essa era uma de minhas músicas preferidas. – continuou- ela é muito meiga, só que não gosta de criar vínculos, o que dificuta meu trabalho, quando ela começa a falar ou se aproximar de mim, se torna mais distante do que antes.


 


Saí da sala de meu pai sorrindo, e já me sentindo amigo de Isabela, já a conheço, e quero ajudá-la.


 


Acordei sorrindo por saber mais sobre a Swan, encontrei Hilary e meus irmãos, só dei um beijo na bochecha de Hilary e eles continuaram a conversar, não que eu estivesse prestando atenção, mas eu estava presente.


 


- Ed, você está diferente, está distante, aconteceu algo? – Alice perguntou-me, esqueci de minha irmã super perceptiva.


 


- Não é nada, só não estou muito a fim de ficar conversando hoje - eu disse sorrindo amarelo pra ela.


 


- Sei... vou fingir que acredito em você Ed, depois você me fala ok?! - disse me dando um beijo estalado na bochecha e se virando para ir à aula.


 


Passaram-se algumas aulas, não obtivesse sucesso, mas decidi por tentar mais uma vez na aula de inglês, minha última aula com ela do dia.


 


- Sabe... ontem a Hilary humilhou uma menina no estacionamento só porque a garota sem querer esbarrou nela. Eu sei que ela é minha namorada, mas ela é tão fútil! - eu disse. E ela continuava parada olhando para baixo. - Sabe você deve me achar um maluco de ficar falando sozinho, - continuei - porque eu sei que você não vai me responder. - pensei ter visto, por alguns instantes, seu corpo tremer ligeiramente escondendo uma risada.


 


Desabafei:


- De boa, nem eu mesmo sei o por que disto. Simplesmente sinto vontade de contar minha vida inteira para você, você me transmite paz e confiança. Mesmo não me respondendo, até o seu silêncio é confortável para mim. É claro que seria bem mais divertido se você me repondesse, mas te respeito, devo ser um chato mesmo – ri com minha piada, e percebi que ela também tinha dado uma pequena risada.


 


Depois, pela primeira vez em duas semanas e um dia, quando ela levantou a cabeça para olhar pra mim, eu vi alguns resquícios de emoções nos olhos dela. E logo em seguida ela abriu um sorriso pra mim.


 


O sorriso mais bonito que eu já vi. Sincero, feliz de verdade. Não era um sorriso de segundas intenções, como todas as outras davam pra mim... não era falso ou sarcástico. Era a linda e pura felicidade. Eu poderia ficar o dia inteiro olhando ela sorrir e não pude evitar sorrir de volta.


 


- Senhor Cullen, pare de encarar a senhorita Swan e preste atenção na aula. - disse o professor.


 


- Me desculpe senhor Goobs. - ele se virou e continuou a aula.


 


Bateu o sinal e eu fui pra casa, ainda com aquele sorriso bobo no rosto.


 


- Que cara é essa Ed? - perguntou minha mãe. Nem respondi e saí correndo em direção ao escritório do meu pai.


 


- Aconteceu algo Edward? - perguntou ele assustado por eu chegar arfando por ter subido as escadas correndo.


 


- er, é que... sabe a Bella? – me atrapalhei.


 


- Bella? Já está íntimo assim dela? - perguntou meu pai rindo, mas seus olhos no fundo me repreendiam, por minha falta de educação e cavalheirismo ao tratá-la por apelido, sem ao menos ter intimidade com ela.


 


- Desculpe... mas, então, hoje eu estava tendo meu monólogo com ela, aí quando eu falei que eu gostava de falar com ela que ela me transmitia confiança e paz... ela sorriu pra mim.


 


- Sério? - ele disse fazendo cara de assustado, pegando alguns papéis e escrevendo algo. - Que bom, isso é uma evolução no tratamento... - ele disse submerso em pensamentos.


 


Essa noite eu dormi com um grande sorriso no rosto, tudo por causa do sorriso dela. E prometi a mim mesmo que a faria sorrir de novo, um passo a mais dado. Pretendo cumprir minhas metas com ela.


 


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Notas finais do capítulo

agradecimentos à minha beta Carol,linda, te amo! :D
E pra quem gosta de Jonas Brothers,passem na minha fic, Ironia do Destino,é só clicarem na minha foto ou no meu nome que aparece meu perfil lá,com essa fic e a dos Jonas ;)