O Amor Supera Barreiras escrita por Tekiinha mp


Capítulo 13
Capítulo 12




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12. Nada é sempre tão perfeito

 

Bella Pov.:

 

Quando cheguei no meio do caderno eu encontrei um papelzinho amarelo, que me parecia um bilhete. O abri e me assustei ao lê-lo:

 

 “ Nosso encontro está mais breve do que você imagina.”

 

Ainda tinha esperança de que o telefonema e o bilhete fossem apenas brincadeira, mesmo não acreditando muito. Porém, agora eu estava totalmente temerosa.

 

 Quem está me mandando bilhetes, afinal? E o mais importante: O que essa pessoa quer comigo, e o que quer dizer com “nosso encontro”?

 

Isso estava me assustando, e muito. Resolvi relaxar. “Tudo vai ficar bem” repetia a mim mesma o tempo todo.

 

 - Algum problema, Bella? - perguntou Edward.

 

 Balancei a cabeça negativamente e sorri amarelo, não o convenci; ele levantou uma sobrancelha interrogativamente, mas ignorei isso.

 

Ao término da aula juntei minhas coisas e fui passar o almoço com Jacob. Edward não gostou muito, mas relevou por ser a ultima semana de Jake aqui.

 

 Eu ainda me sentia um pouco estranha, poderia ser mania de perseguição, mas a todo momento eu sentia que eu estava sendo observada.

 

 - Bella, está procurando alguém? - perguntou Jake.

 

 - Ah, não, eu só... - eu disse olhando para os lados.

 

 - Só... ?

 

 - Nada não, Jake, não esquenta. - eu disse dando um sorriso de canto de boca a ele. Acho que eu deveria aprender a mentir melhor, pois eu nunca conseguia enganar a Edward ou Jacob.

 

 - Bella... - ele disse me repreendendo.

 

 - Eu só estava procurando por Edward.

 

 - Ah ! - ele disse meio mal-humorado. Eu sabia que ele iria ficar assim, mas esse era o único jeito de esconder a verdade dele e evitar que ele ficasse preocupado.

 

 - Vamos pra aula, Jake. - eu disse levantando antes que ele suspeitasse de algo mais.

 

 Ao entrar na sala de aula eu me senti um pouco menos nervosa, pois estávamos em um lugar fechado.

 

 Ao decorrer da aula eu relaxei mais, mas eu sempre que possível evitava mexer em minhas coisas, com medo de encontrar outro daqueles bilhetes.

 

 Ao término da aula eu me dirigi ao estacionamento para esperar Edward sair de sua aula. Como estava chovendo um pouco, comecei a andar um pouco mais rápido.

 

 Quando comecei uma corrida acabei esbarrando em um homem que estava no caminho. Ao olhá-lo percebi que ele era um homem muito bonito e aparentava ter um pouco mais que trinta anos.

 

 Quando me virei para olhá-lo de longe, ele se virou ao mesmo tempo em que eu, e nossos olhares se encontraram.

 Quase que imediatamente eu senti todos os pelos do meu corpo arrepiarem ao olhar dentro de seus negros olhos.

 

Eles continham uma emoção estranha, ruim e negativa, que assustava a qualquer um que o olhasse profundamente. Rapidamente me virei, e continuei andando ainda um pouco atordoada.

 

 Encostei em minha picape e respirei um pouco, tentando me acalmar. De algum jeito aquele olhar mexeu comigo, não de um modo bom, pelo contrário.

 

 Ao longe avistei Edward caminhando com um sorriso até mim, e esqueci quase completamente daquele homem, mas uma parte de mim não me deixava esquecê-lo, como se quisesse me alertar algo.

 

 - Oi, Bela ! - disse Edward. Eu dei um pequeno sorriso para ele.

 

 - Essa ruga entre seus olhos... - ele disse passando o dedo delicadamente entre meus olhos. - Tem algo que esteja te preocupando? - ele perguntou curioso. Às vezes é tão ruim ter alguém que te conheça tão bem.

 

 - Não é nada, Edward. - eu disse, e logo em seguida dei um sorriso tentando enganá-lo.

 

 - Bella... - pois é, tentando, mas não conseguindo. - me diz, assim eu te ajudo.

 

 - É que... - eu pensei. - eu acho que não fui tão bem no er... teste que receberemos amanhã, de Física. - ele não acreditou muito, mas deixou passar.

 

 Ele me deu um beijo na bochecha me fazendo corar, como sempre, e foi em direção ao seu volvo.

 

 Eu entrei em minha picape e fui embora pra casa. Assim que peguei a estrada, voltou àquela sensação de perseguição, de que eu estava sendo observada.

 

 Ao estacionar a picape eu entrei correndo em casa. Quando eu ficava sozinho o medo vinha à tona.

 

 Eu sei que eu poderia contar a alguém, e evitar esse pânico. Mas eu não queria que todos se preocupassem comigo e atrapalhassem suas vidas tentando me proteger de algo que eu nem sabia se era real.

 

   ------------

 

 Já havia se passado uma semana. Jacob havia se mudado pra Boston há dois dias, e apesar de sentir muita falta dele, eu estava feliz por ele.

 

 Seu pai havia conseguido um cargo melhor na empresa de advocacia que ele trabalhava, e com certeza em Boston Jacob teria muito mais oportunidades do que aqui em Forks, principalmente porque ele já teria uma vaga na universidade de Boston devido à influência de seu pai.

 

 Eu levantei de minha cama e me espreguicei. Eu estava bem, e fazia tempo que eu não me sentia assim.

 

 Tomei um longo e relaxante banho e me arrumei para ir à escola.

 

 Como sempre eu senti aquela sensação estranha. Agora, e quando eu voltava da escola e ficava sozinha, eram os piores momentos do dia.

 

 Cheguei à escola e, como sempre Edward me recebeu com um abraço e um beijo na bochecha que, como sempre, me fazia corar.

 

 - Eu adoro quando você cora assim. - ele disse carinhoso passando o dedo em minha bochecha delicadamente. É claro que eu corei ainda mais, fazendo-o rir ruidosamente.

 

 Nós fomos para aula e nos sentamos juntos. Eu nem ligava mais pros olhares raivosos que a Hilary, ex-namorda de Edward, me lançava frequentemente, nem mesmo pros boatos que corriam de que estavamos juntos, que eu rezava todos os dias pra se tornarem verdadeiros, eu não ligava pra mais nada.

 

 Eu só me importava com ele, que estava sempre ali, ao meu lado. Há alguns dias eu venho pensando em contar a Edward sobre o que eu sinto. Acho que ele compreenderia, e mesmo não correspondendo, ele continuaria comigo, sempre.

 

 - Por que você está sorrindo tanto assim? - perguntou Edward.

 

 - Não é nada, eu só estava aqui pensando na última semana.

 

 - Realmente foi muito boa, principalmente porque Jacob foi embora... - ele se calou ao ver me olhar reprovador e deu uma risada. Fiz uma careta pra ele, fazendo-o rir ainda mais.

 

 - Você é muito bobo, Edward, Jacob era e ainda é meu amigo.

 

 - Tá, tá, não vou falar mais do seu Jacob querido! - ele falou sarcástico ao dizer a palavra “querido”. Eu revirei os olhos pra ele e me virei para prestar atenção à aula de História.

 

 - Turma, o trabalho que eu citei no começo da aula é pra ser entregue no final da semana. - disse o professor, pra logo em seguida liberar a turma.

 

 Eu e Edward saímos da sala, fomos andando para o estacionamento e ele me acompanhou até minha picape.

 

 - Bella, eu vou passar na sua casa pra te buscar daqui a pouco. Tudo bem ? - eu assenti e entrei em minha picape.

 Chegando em casa eu tomei banho e arrumei minhas coisas pra levar à casa de Edward para fazermos o trabalho.

 

 Coloquei uma roupa confortável e fui à cozinha preparar algo. Comi um pequeno sanduíche com suco e desci com as coisas pra sala.

 

 Quando eu já estava com tudo pronto, liguei a tv para passar a hora, porque Edward só viria mais tarde. Assim que sentei o telefone tocou e eu me levantei pra atender.

 

 - Alô?

 

 - Bellinha! Sentiu minha falta? - ao ouvir aquela voz senti um frio percorrer por todo meu corpo. Eu gaguejei palavras desconexas ao telefone e estava pronta para desligar. – Não... nem pense em desligar, Bella! Senão como irá ficar seu pai?

 

 - Me-meu pai? - eu perguntei assustada.

 

 - Sim, seu pai está aqui comigo, mas no momento ele não pode falar. - ele disse de um modo educado que me dava nojo.

 - O QUE VOCÊ QUER COM MEU PAI ?! SOLTE-O AGORA! - eu gritei já nervosa ao telefone.

 

 - Shiiiiiu, Bella, shiiiiiu, acalme-se - ele disse. - você não iria gostar que acontecesse algo com seu pai não é?

 

 - Por favor. - eu pedi já aos prantos. - não faça nada com ele.

 

 - Eu não farei, Bella. Se você for uma boa menina e vir até aqui. Quem sabe eu não penso em deixar os dois em paz? - disse ele calmamente como se negociasse algum objeto. Eu estava chorando estática ao telefone, eu não sabia o que fazer, e não conseguia acreditar naquilo tudo que estava acontecendo. Eu engoli o choro e falei friamente:

 

 - Tudo bem, me dê o endereço. - eu falei friamente. Eu ouvi o endereço e anotei em um pedaço de papel que havia na mesa. Só quando fui escrever que notei o quanto estava nervosa, minhas mãos tremiam sem parar.

 

 - Eu e seu pai esperaremos você aqui, até mais, Bellinha. Se você não vier, seu pai sofrerá as conseqüências ele disse desligando.

 

 Eu li o endereço diversas vezes tentando memorizá-lo. Larguei o papel ao lado do telefone e corri para a picape.

 

 Dirigi o mais rápido possível. Agora que a ficha havia caído, as lágrimas embaçavam minha visão. Eu estava desesperada, e não seria uma surpresa se eu sofresse um acidente devido ao tamanho do meu transtorno.

 

 Eu já não aguentava mais dirigir, a minha visão estava ficando cada vez pior, e o desespero cada vez vinha com mais força, eu realmente não sabia o que fazer. Eu não tinha nenhum tipo de arma, muito menos experiência com esse tipo de coisa, além de que eu não havia avisado nada a ninguém.

 

 Pensei em Edward, e também pensei que poderia ser a última vez que eu o veria, não sabia o que poderia acontecer comigo. Estacionei a picape e rezei para que nada acontecesse a me pai, e que Edward ficasse bem e protegido. E então me pus a correr.

 

  Eu corri pelas ruas desesperadamente, “eu tinha que chegar rápido, eu iria chegar rápido.” eu repetia isso o tempo todo tentando inutilmente me acalmar.

 

 Assim que parei em frente à trilha que ele havia me indicado, um tremor percorreu todo meu corpo. Eu estava apavorada, isso era claro, mas era meu pai, e eu iria fazê-lo.

 

 Respirei profundamente e entrei mata adentro. Eram galhos e mais galhos, árvores e insetos que eu nunca tinha visto em minha vida.

 

 Eu já estava andando há vinte minutos e nada. Estava cansada, suja e cheia de arranhões devido aos espinhos que tinham nas plantas, meus joelhos estavam ralados e sangravam pelas duas vezes que caí, os insetos pareciam querer me comer viva, mas continuei seguindo.

 

 O dia hoje estava nublado, um dia característico de Forks, mas ao contrário do normal o dia estava abafado, eu estava me sentindo claustrofóbica, e era até difícil respirar e o cansaço era enorme.

 

 Eu já estava achando que estava perdida. Quando estava quase desistindo de encontrar o tal lugar, avisto, ao longe, uma pequena cabana abandonada.

 

Era lá.


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Notas finais do capítulo

finalmente postei ! voltei das férias e semana passada começaram minhas aulas, e isso quer dizer: menos tempo no pc, mas vou me esforçar ao máximo pra vir aqui !
 
Eu ainda vou escrever o próximo capítulo da "Ironia do destino" então essa vai demorar um pouco mais, mas não me abandonem e fiquem de olho, porque vou tentar postar na semana que vem, se eu conseguir escrever a tempo. muitos beijos meus amores ;*