‒ O que houve, Jane? ‒ perguntei notando sua expressão.

‒ Aro. Ele quer ver as crianças ‒ ela explicou.

‒ Eu não vou deixar! ‒ esbravejei.

Aro poderia ser perigoso perto das crianças. Eu o estava domando, mas sinto que Aro nunca mudará.

‒ Ele ameaçou sua família, Ness. Ele disse que você não precisava saber sobre isso. Que era pra mim e para o Alec pegar as crianças e leva-las para ele.

Ele enlouqueceu!

‒ De jeito nenhum. Jane está na hora do plano.

Eu estava planejando esse plano há dias. Não imaginava que teria que bota-lo em ação tão rápido e de repente. Mas o desespero começou a aparecer. Aro notaria que meus filhos são mais que especiais, e que seriam as coisas mais preciosas para ele na hora de uma luta. Com meus filhos, Aro nunca mais perderia uma só guerra. Nunca mais!

‒ Temos só eu, você e Alec. Não será o bastante ‒ ela lamentou.

‒ Eu preciso tentar ‒ falei me levantando da cama. ‒ Onde estão meus filhos?

‒ No quarto de Alec.

Eu nunca entendi isso, mas eles tinham quartos também. Era só para passar o tempo em um cômodo diferente.

Eu puxei Jane pela mão, e fui até o quarto de Alec, para vê-lo cuidando de meus filhos. O Alec estava com Beatrice no colo. Sorri. Jane foi até Rush e começou a nina-lo.

‒ Querem saber o nome deles? ‒ perguntei, esquecendo Aro, luta, plano...

‒ Sim ‒ Alec sussurrou olhando para mim.

‒ A que você está segurando é a Beatrice.

‒ Você escolheu ‒ ele notou feliz por eu ter considerado sua sugestão.

‒ Sim ‒ balancei a cabeça sorrindo. ‒ E Jane você está segurando meu Rush.

‒ É um nome lindo Renesmee ‒ ela elogiou olhando para ele.

‒ E qual o nome do resto? ‒ Alec perguntou, olhando para os que estavam dormindo no carrinho.

‒ Marissa, Angie, Blaire, Hunter e Travis.

‒ Eu gostei de todos ‒ Jane admitiu.

‒ Eu também ‒ ouvi a voz da minha mãe. Aquela voz que eu sentia falta. A voz que me confortava. A minha segunda voz favorita, depois da do Jake.

‒ Mãe? ‒ perguntei sem ter coragem de me virar e ver que era apenas uma ilusão.

‒ Sim ‒ ouvi a resposta, deixando uma lágrima cair em meu rosto.

Me virei lentamente e cuidadosamente, para encontrar minha família parada na porta: meus avôs, meus pais, meus tio, e... meu Jake. Sorri em meio as lágrimas.

‒ Jake ‒ soltei seu nome com adoração, correndo para seus braços. Era a coisa mais reconfortante.

‒ Minha Nessie ‒ ele suspirou.

‒ Sua ‒ prometi.

‒ Estava com saudades.

‒ Eu também ‒ falei sem tirar meu rosto de seu pescoço, sentindo seu cheiro amadeirado.

‒ Nunca faça mais isso. Eu não posso te perder de novo.

Levantei meu rosto para olha-lo.

‒ Desculpa ‒ sussurrei.

Olhei para trás dele e vi Leah, Seth, Embry, Kirra e Nathan. Eles olhavam os bebes no carrinho. Seth olhava para Marissa, Nathan para Angie, Embry para Blaire, Leah para Travis e Kirra para Hunter. Eu sorri. Acho que meus filhos serão bem cuidados.

‒ O que vocês fazem aqui? ‒ perguntei sem acreditar.

‒ Jane nos ligou. Ela nos mandou vir dizendo que precisavam de ajuda com o plano ‒ mamãe explicou.

‒ Como passaram pela guarda?

‒ Todos estão mortos. Tomamos cuidado. Os lobos estão lá em baixo, de olho em tudo. Só nos esperando para matar os principais.

‒ Vocês mataram todos os Volturi? ‒ perguntei sem crer. Eles tinham matado os Volturi, sozinhos.

‒ Só falta Felix e Aro. Eles estão num escritório, conversando ou planejando algo. O resto que estava fora foi fácil. Eles nem tem a consciência disso, da matança ‒ meu pai explicou.

Como Angeles disse, só iria sobrar Felix e Aro. Eu tenho a chance de mata-los agora, mas não tenho certeza se isso aconteceria. Como disse Angeles, desde que eu fizesse tudo que ela explicou, tudo acabaria bem.

‒ Não vamos mata-los. Vamos fugir ‒ avisei a todos. ‒ Jane e Alec vem conosco.

‒ Podemos não ter outra chance ‒ meu pai falou.

‒ Não se preocupem. É isso. A decisão está tomada. Vamos viver nossas vidas, agora livre dos Volturi.