Mutant World escrita por Jenny Lovegood


Capítulo 28
Transformação


Notas iniciais do capítulo

E então gente, como foi o carnaval de vocês? Eu particularmente não gosto dessa data do ano, mas viajei e até que me diverti!

Agora temos mais um capítulo novo, lembrando que temos também a continuação do banner das nossas garotas mutantes.

Soundtrack ao verem o asterístico *
https://www.youtube.com/watch?v=2YY1sSOKyqk



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Tudo estava quieto demais. Tão quieto que chegava a ser suspeito. O balançar das folhas das árvores era o único som audível por entre a mata. Não existia movimentos pela entrada do laboratório, tão pouco em volta dele. Para Rose, era notório que a quietude daquele lugar não lhe soava bem. Pelo contrário, estava com vibrações ruins por seu corpo. Queria que, subitamente, seus poderes funcionassem naquela hora.

Sem tirar a atenção de Lilá, Rose pensava bastante. Ainda bem que aquela capacidade de se concentrar em duas coisas ao mesmo tempo, ela tinha. Não confiava em Lilá. Apesar da garota ter escapado do laboratório e parecer ser totalmente contra tudo o que acontecia naquela ilha, ainda assim, Rose estava com um pé atrás. Lilá não era uma mutante do tipo que fazia a ruiva estar feliz com a companhia. Lilá era do tipo que fazia Rose ter a certeza de que aquela ilha era um recheio de presenças ruins.

Mas, suspeitavelmente, Lilá estava quieta e calma, como se não oferecesse perigo algum. O que Rose não acreditava, já que havia sido atacada pela mutante. Lembrou que Clove estava furiosa com a garota. Sim, Clove era esquentada e poderia até ser violenta, Rose sabia disso. Mas confiava plenamente na garota. Rose tinha a certeza de que de dentro daquele laboratório, Clove e Cato não sairiam sem os amigos. Só torcia para que eles saíssem bem.

– Olha, não foi minha intenção atacar vocês. - Lilá se pronunciou, depois de vários minutos de silêncio ao lado da garota mutante. Na verdade, desde que Cato e Clove foram para o laboratório, Lilá e Rose não haviam trocado uma palavra. Nitidamente existia um clima tenso ali.

– Claro que não. - Rose riu fracamente pelo nariz, sem ao menos olhar Lilá. Seu olhar agora estava voltado para o laboratório, a fim de ver qualquer movimento ou barulho de lá de dentro. Pelo menos assim, tiraria metade daquele aflição de dentro do seu peito.

– É sério. - Continuou a mutante hidrocinética. Ela olhava Rose por cima do ombro. - Eu tinha acabado de sair do laboratório. Achei que você e Clove pudessem ser perigosas.

Um silêncio enervante correu por entre as duas garotas e a mata novamente, Lilá fora claramente ignorada. A loira respirou fundo, não era obrigada a dar satisfações para uma desconhecida. Mas ficaria em desvantagem sozinha, então precisava se unir à outros mutantes. E Cato parecia ser um pouco mais humorado.

– Nós somos. - Rose respondeu tempos depois, tempo estes que Lilá denominava horas. A loira recebeu o olhar de Rose, as sobrancelhas alaranjadas da garotas estavam franzidas, e seus lábios rosados um pouco entreabertos. A expressão no rosto de Rose era indecifrável. Mas parecia extremamente segura de si. Lilá arqueou suas sobrancelhas louras após fitar os olhos da mutante ao seu lado. - Eu, Clove, Cato, Harry.. - Rose umedeceu os lábios, seu rosto estava recrudescido. - Você não sabe os perigos que pode correr se metendo com a gente. Então, Lilá.. - A ruiva pronunciou lentamente o nome da mutante, encarando-a. - Eu te aconselharia a não mexer com ninguém. Se você ficar na sua, pode até ter uma chance no grupo. Mas não se mete com ninguém. - Rose aconselhou-a. Lilá encarava a ruiva seriamente. Seus cabelos cacheados voavam. - Principalmente com o Cato. - Rose quebrou a troca de olhares e voltou a observar o laboratório. - Se eu fosse você não me meteria com ele. Deu pra ver que a Clove é bem ciumenta, né?

Lilá nada respondeu. Ainda encarava Rose fixamente. Seus lábios entreabertos se chocaram um com o outro, suas sobrancelhas descansaram por sobre seus olhos. As palavras de Rose ecoavam dentro de sua mente, como um velho disco arranhado. Não que havia despertado nenhum interesse em Cato na mutante, ela estava internamente abismada era com o tom de voz de Rose. Soou frio, e tão convincente que era capaz de causar-lhe arrepios. Lilá estava começando a rever seus conceitos de a quem havia se juntado naquela ilha.

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Rony corria apressadamente por entre aquele corredor estreito e sombrio. Seu corpo fervia e sua mente parecia a ponto de explodir. Hermione estava presa junto à louca da doutora Bellatrix e daquele vampiro filho da puta, tudo que o garoto pensava era em resgatá-la. Não conseguia imaginar a garota sendo machucada. Não conseguia imaginar ser o responsável por algo ruim acontecendo àquela menina meiga e que ainda tinha esperança de que coisas boas os aconteceriam, ele não admitia a si mesmo não ter conseguido protegê-la.

Precisava encontrar todos os amigos de volta e invadir aquela cela onde a mutante alada estava presa. Mas eram tantos corredores e o tempo passava tão depressa. Literalmente, Rony estava correndo contra o tempo. Se ao menos pudesse se teletransportar.. Nem seus poderes de materialização estava funcionando direito, já que tentara criar um alarme e um rádio alto-falante para despertar a atenção do grupo. Mas Rony também sabia que um deles poderia estar em perigo. Depois daquele barulho de tiro, o sangue do mutante começou a correr ainda mais rápido por seu corpo. Era uma adrenalina que Rony não conseguia explicar.

Com a mente dispersa e os passos apressados, o ruivo nem se quer notou que havia voltado para a entrada do laboratório, onde combinara de reencontrar os amigos mutantes. Nenhum deles estava lá, mas haviam três pessoas que o garoto não reconheceu. Mirou prontamente a arma em direção à garota morena e ao garoto loiro, mesmo renegando seus sentidos a coragem de disparar alguma bala, já que havia uma criança entre eles.

– Ei, ei, ei! - Cato ergueu uma das mãos ao alto enquanto segurava Safira em seu colo com o braço esquerdo. Clove imitou o loiro e levantou os braços ao alto, baixando a guarda a fim de tranquilizar o mutante à sua frente. A morena tinha certeza que era um dos amigos de Harry.

– Quem são vocês? - Rony quis saber, sua voz soou ríspida.

– Somos do bem. - Clove respondeu de prontidão. A morena deu um passo à frente enquanto baixava as mãos, mas Rony ainda mirava os três com sua pistola. - Eu sou irmã de Harry Potter, e eu sei que você o conhece.

– Potter? - Rony contraiu as sobrancelhas, vendo Clove assentir. - E quem são os dois?

– Eu sou Cato. - O loiro se apresentou, enquanto Rony lentamente baixava a arma. - Sou irmão do Draco, ele por acaso está com vocês?

– Não. - O ruivo balançou a cabeça negativamente; Cato semicerrou os olhos e respirou fundo, internamente sentindo o coração apertar. Não era possível não conseguir nenhuma informação se quer do irmão. - Sinto muito. - Continuou o mutante, quando deixou de ser alguma forma de perigo para os mutantes à frente. Rony não tinha dúvidas de que eram mutantes. - E a garotinha, quem é? - O ruivo quis saber, olhando a menininha no colo do garoto, fixamente. Era uma criança extremamente bela.

– Encontramos ela aqui. - Clove explicou, correndo os olhos até a loirinha. - Se chama Safira. Ainda não sabemos se ela é mutante.

– Ela não disse? - Rony estranhou, ainda encarava a pequena.

– Ela não fala muito. - Cato disse, alisando os cabelos da garotinha levemente. - Acho que ela tá bem atordoada com tudo isso.

– Não é pra menos, estava presa em uma cela. - Clove demonstrou repulsa na voz. - Como alguém pôde trancafiar uma criança desse jeito? - A morena indagou retoricamente, indo até Cato e pegando Safira pelos braços, trazendo a menina para o seu colo. Safira enrolou as mãos intensamente em volta do pescoço de Clove, nitidamente demonstrava se sentir em segurança com a morena.

– Ela é linda. - Rony comentou, sem sorrir.

– Onde estão os outros? - Clove mudou de assunto, tratou logo de saber onde estava seus amigos e seu irmão. - Harry? Scorpius?

– Eles entraram nos corredores. - Rony explicou, voltou a ficar aflito. - Preciso encontrar o Scorpius. Preciso da ajuda dele.

– O que aconteceu? Alguém tá em perigo? - Cato se alarmou.

– Eu ouvi um tiro, e prenderam a minha garota. - Rony falou rapidamente, sem se dar conta das próprias palavras. Clove e Cato se entreolharam. - E só o Scorpius pode hipnotizá-los e me ajudar a resgatá-la.

– O tiro pode ser de qualquer um, até de Harry. - Clove demonstrou preocupação.

– Não temos muito tempo, precisamos encontrá-los. - Alertou o ruivo, tenso. Clove assentiu prontamente.

– Fica com ela. - Mandou a morena, indo até Cato e entregando Safira nos braços do loiro. Cato segurou a criança com um dos braços, mas puxou Clove com a outra mão livre. Tentou não tocar na pele machucada do braço da garota. Recebeu o olhar verde-acastanhado dela, imediatamente se tornando intenso.

– Não, não vou te deixar ir sozinha. - Cato repreendeu-a, extremamente sério.
– Me poupe, Cato. - Retrucou a morena, tentando se esquivar da mão forte do loiro apertando seu braço.

– Eu tô falando sério. - O loiro continuou firme. - É perigoso. Você não vai sozinha.

– Eu não tô sozinha, tô com o.. - Clove olhou o ruivo.

– Rony. - Ele se apresentou, depois de tempos.

– Isso, com o Rony. - A morena voltou a fixar Cato. - E eu tenho meus poderes. Safira não pode ficar sozinha, então você fica com ela. Qualquer coisa, você corre. Você é rápido, é capaz de salvá-la.

– E deixar você? - Cato negou com seriedade.

– Olha, se eu não tivesse te odiando tanto nas últimas horas, eu criaria um sentimento extremamente intenso por você depois dessa preocupação toda. - Debochou Clove, sorrindo de canto e rodando os olhos. Sabia que ele também estava a fim de sorrir depois do que ouviu. - Eu vou ficar bem, tá? Tenho que achar o Harry, e ajudar esse ali a resgatar a namorada.

– Ela não é minha namorada. - Rony corrigiu-a, mesmo a contra gosto.

– Você disse que ela é sua garota. - Clove deu de ombros. - É o mesmo pra mim.

– Então vê se te cuida. - Cato falou, soltando o braço da morena lentamente. - Minha garota.

– E vê se vai se ferrar. - A morena rebateu prontamente, corando internamente. Ato que fez-na se repreender automaticamete. - Fica bem, tá? - Pediu ela, dessa vez olhando para Safira. Alisou carinhosamente os cabelos da menininha, e em seguida soltou sua respiração presa. - Vamos nessa. - Avisou Rony, ao passar pelo garoto e entrar por mais um corredor secreto.

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– Calminha, docinho! Calminha.. - Hermione ainda estava presa por aqueles braços fortes, ainda sentia seu corpo arrepiar e tremer em desespero com aquela voz batendo contra o seu pescoço. Podia sentir as presas do vampiro roçarem em seu pescoço. Bellatrix, frente à mutante alada, analisava-a atentamente. A porta da cela estava trancada e Hermione não tinha como fugir. Ao menos existia uma janela ali onde ela pudesse correr e voar. Estava totalmente presa.

– Me solta. - A garota cuspiu as palavras enquanto remexia o corpo, tentando a todo custo de livrar do mutante. - Me solta agora! - Ordenou, em desespero.

– Krum. - Bellatrix olhou para o mutante, seriamente. - Solte-a. - Mandou, e em instantes foi obedecida. O mutante a atendia fielmente, mesmo a contra-gosto. Assim, tinha mais créditos com sua própria criadora. A natureza dos mutantes do mal naquela ilha era aceitar que tinham sido criados para serem superiores e obedecer à doutora. Eles aceitavam aquela cina, eram obrigados a aceitar.

– O que você quer de mim? - Hermione se afastou rapidamente dos dois, seu peito subia e descia rapidamente, sua respiração estava acelerada.

– Eu apenas quero te explicar algumas coisas. - Bellatrix cruzou as mãos e fitou Hermione, serenamente. Aquela mulher causava calafrios em Hermione, a garota tinha que admitir a si mesma. - Você está aqui atrás de respostas, não está? - Mesmo sem um consentimento de Hermione, Bellatrix continuou a falar. - Então.. eu vou te dar essas respostas.

– Você é maluca. - Hermione acometeu-a. - Completamente maluca.

– Por quê? - Bellatrix franziu a testa e cruzou os braços, percebeu Hermione correr os olhos até o vampiro do outro lado da cela. - Só porque eu coloquei mais fé na humanidade? Em uma nova humanidade? Eu criei seres especiais, superiores.

– Você fez a nossa vida virar um inferno. - A morena culpou-a, notoriamente magoada e enraivecida. - Eu nem ao menos pude ir em uma escola por culpa de suas experiências malucas.

– Você tem asas! - Rebateu Bellatrix, aumentando o tom de voz, sem ao menos parecer irritada. - Não ouse mentir pra mim e dizer que não gosta das suas asas.

– Eu só queria ser normal. - Admitiu Hermione, mexendo nos cabelos, sua expressão chorosa e aturdida. - Você não sabe o que é viver presa por anos e mais anos. Ser chamada de corcunda por todos que te viam. Você não sabe o que é isso.
– Não se faça de vítima. - Bellatrix não se intimidou. - Você é uma mutante, deveria ser orgulhosa disso. Está vendo o Krum? - A médica apontou para o vampiro. - Ele se orgulha de ser um mutante.

– Ele é um vampiro. - Hermione cuspiu as palavras, sua boca estava entreaberta, suas sobrancelhas arqueadas. - Uma aberração. Como ele pode se orgulhar disso?

– Eu sou superior. - A voz do vampiro ecoou pela cela. - Bellatrix nos ensinou isso.

– Vocês foram todos manipulados. Todos esses mutantes aqui da ilha. Todos foram manipulados por essa louca. - Hermione secou uma lágrima seca que desceu por seu rosto, voltou a olhar Bellatrix com desgosto. - Você não deve ser mãe, não é? - A morena tinha desgosto em sua voz. - Porque se fosse, eu duvido que iria querer que a vida do seu filho fosse um inferno por ele ser mutante.

– Lógico que eu iria querer. - Rebateu a doutora, ficando séria. - Eu nunca pude ter filhos, mas eu adoraria ter uma mutante. Ele seria superior à espécie humana. Seria especial.

– E não poderia ir à escola, ou ao menos ter amigos. - Continuou a mutante de asas, cortando Bellatrix. - Era essa a vida que você queria pra ele?

– Um dia toda a humanidade será evoluída. - Bellatrix ergueu a voz novamente. - Assim como vocês.

– Qual é a sua, doutora? - Hermione desdenhou. - Você tá metida até o pescoço com a polícia, por quê?

– Eu confesso que nunca quis a polícia envolvida nisso. Muito menos a mídia. Não era para os mutantes aqui da ilha terem conseguido escapar e se espalhado pela cidade. - Explicou Bellatrix, pensativa. - Mas já que isso aconteceu, eu tenho que me unir aos policiais para conseguir continuar o meu projeto DNA.

– Projeto DNA? - Hermione fixou-a atentamente. - Do que tá falando?

– O projeto DNA são todas essas experiências que eu fiz com os mutantes. Criei seres superiores. - A médica-cientista falava orgulhosa.

– Você é completamente doida. - Retrucou Hermione, com repulsa. - Me diz uma coisa, Bellatrix. - A voz da garota soou ríspida. - Por quê deixou mutantes presos aqui na ilha enquanto eu e meus amigos crescemos na cidade?

– Ora, Hermione querida.. - Bellatrix sorriu para a morena. - Eu precisava manter os mais perigosos presos aqui, enquanto vocês podiam crescer em Manchester. Eu fiz um favor à vocês.

– Nossa, claro, muito obrigada senhora bondade. - Debochou Hermione, irritada. - Por que está trazendo os mutantes aqui pra ilha?

– Mas isso ainda não ficou claro? - Bellatrix desdenhou a capacidade de seus mutantes de pensarem sabiamente. - Eu quero que apenas os mais fortes sobrevivam.

– Então a gente veio pra cá pra morrer? - Hermione pareceu pasma.

– Isso vai depender exclusivamente de você, meu bem. - Bellatrix abriu aquele sorrio sombrio que Hermione passara a temer. - Se você for forte, vai permanecer viva. Entenda que eu não quero criar perdedores. Eu quero criar os mais fortes. E só os mais fortes vão sobreviver.

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* Gina sentia seu corpo tremer. Não conseguia mover os braços, estava completamente domada contra o corpo do vampiro. Do vampiro que havia a atacado há tão pouco tempo. Ela sabia que aquele aviso que o mutante deixara quando deixou-a livre pela primeira vez, lhe causou medo. Mas, talvez, a garota pudesse ter a sorte de não encontrar com o predador pela ilha de novo. Porém, presa contra o corpo do vampiro pela segunda vez, sentindo as presas afiadas arranharem a pele de seu pescoço, Gina teve a certeza de que não sabia mais o que era ter sorte naqueles dias.

– Tira as mãos de mim. - A ruiva ordenava, tentando se desvencilhar do vampiro. Seus olhos faiscantes procuravam por sua arma caída pelo chão do corredor. Precisava recuperá-la. Pelo menos teria uma chance contra o vampiro, já que não conseguia se concentrar em seus poderes naquele instante. Sua cabeça doía muito.

– Eu consigo sentir o seu medo, sabia amorzinho? - Soou a voz horripilante do vampiro aos ouvidos de Gina. A ruiva moveu freneticamente os pés por entre as pernas do mutante, tentando derrubá-lo. Mas fora em vão.

– Vai se ferrar, desgraçado. - Gina cuspiu as palavras enquanto arqueava o pescoço para o lado, o máximo que conseguia, para se desviar das presas do vampiro que tentavam fincar sua pele.

– Vai ser maravilhoso provar esse sangue. - Falou o vampiro, passando os lábios pelo lóbulo da orelha de Gina, que semicerrou os olhos e contraiu os lábios. A respiração que saía de seus pulmões era pesada. - Uma mutante tão linda.. - O mutante continuou a aterrorizar a ruiva, deslizando o nariz pela pele da garota, sugando o cheiro de sua presa.

– Larga ela agora! - Ordenou uma voz súbita e completamente descompassada, Gina ao menos conseguiu perceber o momento em que Harry Potter aparecia correndo e mirando a arma em suas mãos rumo ao vampiro que a prendia. A ruiva tinha os olhos arregalados e o coração acelerado. Não conseguiu descrever a sensação que lhe invadiu ao ver as íris verdes fitando-a, como se a buscasse por muito tempo.

– Ora quem apareceu. - O vampiro brincou com as palavras, prendendo os dois braços de Gina com apenas uma das mãos e subindo a outra mão até o rosto da garota, prendendo-a pelo queixo. Os dedos pulsantes do mutante apertaram a pele da garota. - Sabe que isso está ficando divertido.

– Eu falei pra largar ela agora, larga ela! - Harry cerrou os dentes, sua voz era cortante. - Se você a tocar, eu atiro! - Avisou o morena, levando a arma ainda mais rumo à cabeça do vampiro, no instante em que as presas dele foram para encontrar a pele de Gina. - Solta ela AGORA! - Harry gritou, completamente irritado e autoritário.

– Primeiro eu mordo você. Depois eu pego o machão. - O vampiro comemorou, no mesmo momento em que cravou as presas no pescoço de Gina.

Harry sentiu sua mente rodar e tudo à sua volta pareceu escurecer, só o que ele conseguia ter clareza era do grito agudo de dor que escapava pelos lábios de Gina, e pelo som da boca do vampiro sugando o sangue da garota. A pele branca dela estava ensaguentada. Tudo o que aconteceu em seguida foi completamente atordoante e em uma questão de segundos incontáveis. A arma de Harry disparou contra a cabeça do vampiro, que largou o pescoço de Gina e caiu ao chão, aparentemente morto. O moreno viu a ruiva tontear e levar as duas mãos até a área ensaguentada do pescoço, onde haviam dois buracos causados pelas presas afiadas. O sangue de Gina escorria por seu ombro; a garota tinha a boca entreaberta e seus olhos azuis faiscavam em dor. A cabeça da ruiva iria explodir, ela sabia que sim, pois nunca ao menos havia sentido aquela dor. Nem mesmo quando tentava usar seus poderes com toda a intensidade. Suas veias pulsavam e seu sangue corria como um veneno dentro dela, seu corpo parecia queimar em uma temperatura de mil graus.

Tudo ao redor de Gina estava se apagando. Algo estava acontecendo com ela. Algo muito ruim.


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Notas finais do capítulo

E então, o que acharam? Por favor, comentem viu! Gente, não custa nada e vocês sabem! Os reviews são as motivações dos autores aqui no nyah.

O capítulo ainda vai ser betado pela Laix.

Ah, aqui está uma foto da Safira: http://postimg.org/image/5ovuxln13/