Fix You escrita por Lethy_Nayume


Capítulo 2
Cap. 2 - My angel again




Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/37876/chapter/2

Não precisa dizem que passei o resto da tarde esperando a noite chegar, precisava mais que tudo ver aquele anjo novamente. Quando chegou a noite, lá estava eu no restaurante Nápoles, um lugar um tanto quanto aconchegante, com sua decoração clássica, e as luzes dos pequenos abajus refletindo no papel de parede amarelado. Me sentei numa pequena mesa, no canto da parede e fiquei a sua espera. Quase duas horas depois e lá estava eu esperando já impacientemente e nada dela chegar. Quando pensei em desistir daquela loucura, afinal como esperar alguém que não conhecia, vi aquele anjo surgi do pequeno palco do restaurante, era ela com seus olhos amendoados  e o seu sorriso que me fez esquecer do mundo.

- Boa noite á todos - Disse a pequena caminhando em direção ao piano - Espero que tenham bebido o suficiente e não escutem minha voz lamentável nessa bela noite - falava ironicamente sorrindo - Está música eu dedico a certo louco que conheci, não é mesmo Marcos? Então é isso, continuem distraídos e só.

Todos aplaudiram a mesma, que começou a tocar delicadamente no piano olhando em minha direção, naquele instante senti uma coisa que a muito tempo esteve adormecido no meu coração, Amor. E quando as palavras da canção começaram a deslizar da sua boca, tive certeza que queria aquele anjo para mim.

 

" And the tears come streaming down your face

Quando as lágrimas começam a rolar pelo seu rosto

When you lose something you can't replace

Quando você perde algo que não pode substituir

When you love someone, but it goes to waste

Quando você ama alguém, mas acaba desgastando

Could it be worse?

Pode ser pior?

Lights will guide yuo home

Luzes vão te guiar até em casa

And ignite your bones

E aquecer teus ossos

And I will try, to fix you

“E eu tentarei te concertar...”

 

 

Ela cantou durante a noite, e eu fiquei lá, ouvindo cada canção, cada palavra, cada som, cada nota. Aquilo me deixava cada vez mais apaixonado. Fiquei esperando até o restaurante fechar, só então pude falar com ela.

- Olá caro mio, está cansado não é mesmo? - me perguntou com o seu sorriso sedutor - Como eu fui esta noite?

- Você parece um anjo. - Foi a única coisa que passou pela minha mente.

- Nossa obrigada, ninguém nunca me disse isso.

- Pois deveriam te dizer todos os dias, pois é o que você é.

- Que bom que gostou, na verdade eu pensei que você não vinha como acreditar numa louca que acabou de conhecer?!

- Simples você salvou minha vida.

Ela corou levemente e os seus brilhavam de forma misteriosa, mas algo estranho aconteceu, quando deixou de sorrir por um momento e o seu pequeno rosto ficou pálido, ela desmaiou. Tomei-a nos meus braços e dois garçons, provavelmente seus amigos vieram me ajudar.

- Ah! Já cansei de falar pra ela não se cansar desse jeito - disse um deles, enquanto abanava o rosto dela.

- O que ela tem? - perguntei aflito - Ela vai ficar boa não é?

- O que ela tem, eu não sei bem te dizer, mas ela tem problemas de saúde e não pode fazer muito esforço. Vou pegar um copo de água, tentem acordá-la.

Enquanto um deles se dirigiu para a cozinha, o outro ficou ao meu lado tentando reanimá-la. Em poucos instantes ela acordou, me deixando um pouco mais calmo.

- Você está bem Elisa? Você me deixou assustado. - ela sorriu levemente, me fazendo sorrir também.

- Estou bem, só estou cansada, tenho que ir para casa.

- Você não pode ir sozinha assim, e se você passar mal novamente?

- Deixa de ser bobo. Eu já estou bem viu? - falou, se sentando, mas logo caindo novamente - Quer dizer ainda estou um pouco tonta, mas vai passar.

- Lisa, beba esta água, acho melhor você ouvir o seu amigo e não ir sozinha para casa - o homem baixo e ruivo falou com tom de preocupação.

- Eu sei Paulo.

- É isso mesmo dona, eu te levo para casa.

- Você Marcos?! Não precisa não te quero dar trabalho, eu ligo pra minha irmã, ok? E ela vem me buscar.

- Nada disso, eu te levo.

-Mas...

- Vou sim Elisa, não vou te deixar sozinha assim.

- Está bem Marcos.

Levei-a para o carro, a pequena me deu o endereço e lá estava eu levando ela para casa. Aquele desmaio me deixou com medo, medo de algo que não sabia explicar, mas vê-la ali bem outra vez, me deixava feliz. Em poucos minutos ela adormeceu o que a deixava ainda mais bela.

Quando chegamos, ela permanecia dormindo e acordá-la parecia algo errado a se fazer, interromper os sonhos de um anjo... Poderia passar a eternidade velando o seu sonho. Não ressisti e fui tomado pelo desejo incontrolável de tocar em sua face. Sua pele parecia nuvens de algodão de tão macia, destraido em meus pensamentos, ela acordou se assustando ao meu toque.

- Me desculpe Elisa, eu ia te acordar... Já chegamos.

- Tudo bem. - me olhou misteriosamente - obrigada Marcos.

- Acho que estamos empatados por hoje certo?

- Certo. Bom... Quer dizer, Boa noite pra você.

- Espere - segurei em sua mão num ato sem pensar - Quando vou te ver novamente?

- Você sabe onde me procurar. Em qualquer momento.

Ela me deu um beijo delicado no rosto e desceu do carro, antes de entrar acenou levemente, sorrindo me deixando sem ação.

Como não me apaixonar? Ela me mostrou que a vida fazia sentido, e que tudo era uma questão de escolhas. 

 

 

 

 


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!