Two Pieces. escrita por Mrs Prongs


Capítulo 3
|| Chapter II


Notas iniciais do capítulo

* Juro Solenemente que não pretendo fazer nada de bom. *

WASSUP BOYS D GIRLS?
Sim, sim, cá estou e eu sei que eu demorei muuuuuuito para postar, mas vocês sabem que se tivesse dado eu teria postado muito antes né?
Enfim, não tenho muita coisa para falar aqui. Obrigada pelos reviews e vejo vocês no próximo.
Enjoy it.

*Malfeito, feito.*



Este capítulo também está disponível no +Fiction: plusfiction.com/book/378532/chapter/3

|| Chapter II


Nós não sabemos para onde ir


Então eu vou me perder com você

Nós nunca desmoronaremos

Porque nos encaixamos direito

Nos encaixamos direito.

Estas nuvens escuras sobre mim

Chovem e correm

Nós nunca desmoronaremos

Porque nos encaixamos como

Dois pedaços de um coração partido. ♪♫


Ambos se encararam e era como se o mundo lá fora tivesse congelado. Eles não conseguiam tirar os olhos um do outro, simplesmente analisando cada detalhe. Chegava a ser... torturante.


– Desculpe. Achei que o vagão estava vazio. – Rose disse com uma voz fraca e dando a volta para sair dali rapidamente.

– Espere. – a voz rouca e apressada dele a fez se virar novamente. – Não tem problemas. Se quiser...

– Acho melhor não Malfoy. – a ruiva interrompeu com a garganta seca, sabendo exatamente o que ele ia falar. Mas ela não suportaria.

– Como foi o natal Weasley? – Scorpius rompeu o silencio tenso que havia se instalado e Rose tentou esconder a sua surpresa. Ele estava mesmo tentando puxar assunto? Ele a havia evitado todo esse tempo, assim como ela evitava ele. Não era novidade para ninguém.

– Bem. E o seu? – perguntou por pura educação porque na verdade ela queria correr para longe dali.

– Surpreendente. – o loiro resumiu em uma só palavra.

– Isso é bom... acho. – Rose não sabia o que “surpreendente” significava para o garoto a sua frente, mas não sabia se isso era bom para ela. Quem sabe ele não tinha arranjado uma nova namorada? Ela não suportaria isso.

– Você nem imagina. – Scorpius deu um breve riso sem humor e mais uma vez o silencio voltou.

– Scorpius, você... –a voz do Albus fez Rose se virar encontrando o primo parado na porta da cabine encarando os dois. – Ãn... ta tudo bem por aqui? – questionou meio hesitante.

– Tudo ótimo. – a ruiva respondeu no automático.

– Aconteceu algo Alvito? – o Sonserino falou com um sorriso provocador. Ele fazia isso pelo simples motivo que era desse jeito que a garota que o Potter gostava o chamava. Era hilário.

– Vá se ferrar doninha. – Rose apenas estava parada com um pequeno sorriso observando o carinho entre melhores amigos. Era uma amizade... surpreendente. Quem diria: Um Potter e um Malfoy. Ela queria ter tido a sorte do Albus e seu namoro com ele tivesse sido tão bem aceito assim.

– Só a Roxy pode te chamar de Alvito? – o loiro questionou prendendo o riso e o Potter lhe mandou um olhar feio. – Ok, parei. Ta tudo bem?

– Sim, o Zabini e o Scamander estavam te procurando. – Albus respondeu rolando os olhos. Os dois citados eram amigos dele também, mas as vezes enchiam o saco. Isso acontecia quase sempre.

– Acho melhor eu ir. – Rose se prenunciou fazendo a atenção voltar para ela novamente.

– A Clair estava te procurando. Ela estava em uma cabine com umas amigas Sonserinas dela. – o Potter se pronunciou primeiro.

– Não vou com a Clair. – a ruiva falou simplesmente. Iria deixar a amiga sozinha um pouco com os pensamentos dela. Rose sabia que ela gostava bastante disso. – Acho que vou procurar a Roxy. Você sabe onde ela esta?

– Da ultima vez que eu vi, ela estava com a Lilly. – o garoto respondeu.

– Ótimo. – a ruiva suspirou dando as costas aos dois e caminhando para a saída da cabine.

– Nos batemos por aí Weasley. – a voz dele a fez se virar novamente. Ela encontrou suas orbes cinzas lhe fitando intensamente.

– Nos batemos por aí. – a voz da ruiva saiu num sussurro quase inaudível e ela tratou de se retirar dali o mais breve possível, desejando que esse “nos batemos” não acontecessem nunca.

[...]

Um mês desde a volta do natal havia se passado e o “nos batemos” não tinham acontecido muito, porque a ruiva não facilitava nada.

Por serem do mesmo ano, mas de casas diferentes, os dois só se viam mais nas aulas conjuntas, afinal Rose sempre dava um jeito de comer na cozinha só para não aparecer no jantar.

Rose não entendia o repentino interesse do Scorpius em os dois voltarem a se falar. Afinal... ele também a tinha evitado fazia meses. Porque do nada ele queria mudar isso?

Será que ele não via que isso só ia fazer tudo piorar?

Era noite, e Rose estava no seu dormitório do sétimo ano da Grifinória. Há essa hora toda a casa já dormia, mas a ruiva não. Simplesmente não tinha sono e isso acontecia frequentemente.

Ela respirou fundo e sua mão foi em direção a um diário vermelho e dourado que estava debaixo do travesseiro. Toda vez que ela tinha insônia, ela escrevia no diário. Isso a ajudava a passar metade dos seus pensamentos para o papel e assim desocupar um pouco da mente, até finalmente pegar no sono.

Delicadamente, ela pegou a sua varinha e pronunciou um feitiço, bem baixinho para não acordar as suas colegas de quarto que dormiam. Imediatamente o cadeado dourado que tinha no diário se abriu.

Suspirando ela pegou pena e a tinta e começou a escrever.

3 de fevereiro de 2026, dormitório do sétimo ano da Grifinória.


Caro diário, ou melhor, Querido diário, ah não, talvez... Odiado diário... Quer saber, esquece. Isso soa clichê de qualquer jeito.


Mas uma noite só eu e você não é? Serio... parece que as noites de insônia se tornam cada vez mais constantes. Do mesmo modo como os meus pensamentos nele, também estão.

Bom, sobre o meu dia de hoje: Eu sobrevivi.

Fui uma verdadeira Weasley. Uma legitima filha de Rony Weasley e Hermione Granger. Fui a primeira da turma, soube todas as respostas de có. Forjei sorrisos e me afastei novamente de qualquer coisa que pudesse desonrar a minha família.

Por fora: Eu ainda sou a Grifinória Sabe-tudo e que normalmente sempre tem uma resposta na ponta da língua.

Por dentro: Eu estou destruída.

Sinto falta do James. Ele que me apoiava quando eu estava assim e droga... não confio em mais ninguém para fazer tal coisa.

Contei para você diário, que durante esse mês, meu pai todos os dias me manda presentinhos que buscam sempre lembrar a Grifinória Perfeita que eu era para ele?

Francamente... isso me da nojo.

Será que ele não percebia o quanto isso me machucava?

Será que ele não notava que eu sacrifiquei a minha felicidade, sacrifiquei o amor da minha vida, por culpa dele?

Será que ele não sentia um pingo de remorso por causa disso?

Eu só queria entender... o motivo de tanto ódio.

Meu pai sempre foi o meu exemplo... o meu herói. Mas quando ele se viu diante de uma situação que ele não controlaria, uma situação que ele não aprovava... ele virou um completo babaca.

Diário, você não sabe o quanto dói ter que admitir isso, mas... eu não queria ser uma Weasley. Isso. Eu não queria. Tudo seria tão mais fácil...

O que Merlin tem contra mim? Será que eu não poderia ser um pouco feliz sem ter que pensar nos outros?

Parecia que não.

Hoje não foi muito diferente dos outros dias, diário.

Foi mais um dia com saudades dele.

Rose Granger Weasley.


Assim que escreveu as ultimas palavras, lagrimas já rolavam em seu rosto. Ela sentia os soluços vindo, então simplesmente lacrou o diário novamente, colocando no seu lugar. Silenciosamente se levantou da cama e pegou um robe para colocar por cima da camisola de seda que usava. Calçou suas sandálias e rumou para as escadarias.


Rapidamente as desceu encontrando o salão comunal completamente vazio, como esperado. Mas esse não era o seu destino. Ela iria para o lugar onde ela sempre se sentia mais perto... dele.

Rapidamente saiu pelo buraco da mulher gorda, levando uma bronca da mesma por causa do horário que foi prontamente ignorada.

Lumus. – Rose sussurrou para iluminar o caminho em direção a torre de Astronomia. Tomando cuidado para não ser pega fora da cama a essa hora, ela rapidamente chegou lá. – Nox. – falou num sussurro apagando a varinha e se sentando no chão frio, fixando seu olhar nas estrelas brilhantes que estavam no céu.

“- Ta vendo aquela estrela Rose? – Scorpius sussurrou no seu ouvido.

– Sim. – a ruiva olhava para uma grande e brilhante estrela no céu, enquanto o loiro a abraçava por trás.

– Aquela é você. – ele disse simplesmente e lhe deu um beijo na bochecha. Rose riu.

– Porque sou eu? – questionou curiosa.

– Porque você brilha mais que todas as outras. – essa explicação fez a ruiva o abraçar apertado e respirar o seu cheiro. – Ta vendo aquela do seu lado? – questionou novamente.

– Sim. – Rose o encarou.

– Aquela sou eu. – ele focou suas orbes cinzas nela e sobe a luz do luar, Rose nunca tinha visto Scorpius tão lindo. – Estou sempre ao seu lado. Nunca vou te deixar.”

Soluços atravessavam altos o peito da ruiva enquanto ela enterrava a cabeça nos joelhos tentando respirar. A dor era avassaladora. Quem nunca havia perdido um amor... jamais saberia explicar.

A pior parte de tudo eram as lembranças. As lembranças dele. Seus beijos, seus toques, as suas caricias... lembrar disso era sufocante.

– Rose? – um sussurro invadiu a escuridão e a ruiva rapidamente se pôs de pé controlando a respiração e procurando ao redor.

– Quem esta aí? – logico que ela sabia. Ela reconheceria a voz dele em qualquer lugar.

– Sou eu. – então uma fresta da luz da lua banhou seu rosto pálido e a garota deu um suspiro de alivio.

Ela nunca imaginaria que simplesmente ver Scorpius fosse tão tranquilizante.


Não quer ver anúncios?

Com uma contribuição de R$29,90 você deixa de ver anúncios no Nyah e em seu sucessor, o +Fiction, durante 1 ano!

Seu apoio é fundamental. Torne-se um herói!