Seus Olhos 2ª Temporada. escrita por Jee Fernandes


Capítulo 38
Ação de graças.




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Pov Angel.

Enfim a ação de graças chegou, não via o Natan desde domingo, o caso do assassinato havia tomado muito tempo dele, meu pai então mal parava em casa, mas hoje era dia de folga e eu não sabia o que esperar ou como agir, o que é estranho já que normalmente eu não costumo me importar com isso, ültimamente eu só tenho pensado nisso, só tenho pensado nele.

Tínhamos combinado de revelarmos nosso relacionamento mais pra frente, já que só ficamos uma vez até agora.

– então Angel o que acha? - Alice pergunta, mas eu não tenho ideia sobre o que. - você não ouviu. - me acusa.

– desculpa.

– você anda muito desatenta ultimamente, posso saber o por quê?

– impressão sua, só estava pensando em coisas da faculdade. - não gosto de omitir coisas da Lice, mas no momento é melhor.

– sei, vou fingir que acredito, mas então o que acha de passarmos o ano novo na casa de praia, nossos pais vão pra nova Iorque, de novo podemos ir pra casa de praia. - sugere.

– acho ótimo. - sorrio com a ideia. - vamos descer para o jantar.

– vamos, tomara que não nos obriguem a comer o peru. - Alice e eu odiamos peru e sempre tentam nos obrigar a comer.

– espero que nem tentem. - ri-o.

Descemos e todos estavam na sala conversando, minha mãe, tia Camila e a vovó conversavam sobre a ida a nova Iorque em um canto e meu pai, tio John e o Juan conversavam sobre trabalho, Alice e eu preferimos ficar neutras nisso então seguimos para cozinha.

– sua mãe comentou que a mãe adotiva do Natan é a Juíza Regina Collins.

– não é bem a mãe dele, tipo o marido dela o adotou quando ele tinha 7 anos ai 5 anos depois ele morreu e ela o mandou de volta para o orfanato. - explico e ela fica boquiaberta. - sabe ela tenta fazer que não se importa, mas eu acho que ela se importa mais do que gostaria, ela parece ser complicada.

– essa história é realmente complicada. - Lice concorda.

– nem me fale, as filhas dela são uns amores e o trata como irmão.

Ficamos conversando na cozinha até sermos expulsas para que o jantar pudesse ser feito, então assim como os homens fomos para fora, meu pai e meu tio começaram a jogar bilhar, eu e Alice nos sentamos-nos à mesa enquanto meu irmão foi atender a porta.

– mãe põe mais um lugar na mesa o Pietro ta aqui. - Juan grita da sala.

– oi. - Pietro diz se aproximando, ele estava diferente parecia mais feliz.

– oi. - Alice e eu respondemos em uníssono.

– e a nossa querida Samanta? - Alice pergunta sarcástica.

– não tem mais Samanta. - diz incrivelmente feliz.

– como assim? - pergunto.

– posso falar com você? - diz apontando para mim.

– Claro.

– Alie vem comigo buscar o baralho pra gente jogar poker. - Juan a chama, tenho certeza que para me deixar sozinha.

– ela me contou sobre a briga de vocês no banheiro. - diz com ar de riso

– vai me dizer que terminou com ela por essa besteira? - pergunto.

– não é besteira, não porque teoricamente estamos namorando que ela pode querer decidir com quem posso ou não ter amizade. - explica.

Pietro e eu continuamos conversando já que Juan e Alice decidiram não descer mais, como sempre era fácil rir com ele acontecesse o que for Pietro sempre seria um bom amigo, estava distraída rindo de uma piada quando ouvi a voz que queria tanto ouvir.

– aqui esta seu suspeito em potencial. - Natan diz balançando uma pasta.

– do que você esta falando? - meu pai pergunta surpreso.

– as pessoas com quem me mandou falar, um deles me deixou intrigado então fiz minha própria investigação e eu acho bom você dar uma olhada. - Natan sorri em minha direção no mesmo momento em que Pietro pega em minha mão.

– Natan veio jantar com a gente? - minha mãe pergunta o cumprimentando com um beijo.

– não, na verdade só vim trazer uns papeis para o Matth e já vou estou terminando minha tese para o doutorado. - explica e sinto uma pontada de orgulho.

– que pena querido.

– vamos conversar sobre isso. - meu pai o chama para o escritório.

Peço licença para o Pietro e vou para cozinha beber água, meu corpo reagia diferente a presença do Natan, minhas mãos estavam suando e meu coração disparado, era estranho e bom ao mesmo tempo.

– tudo bem querida? - minha mãe pergunta atrás de mim.

– depende, o cara que eu gosto acabou de me ver rindo com meu ex namora e se não fosse suficiente o Pietro pegou minha mão justo quando ele olhou. - lamento.

– é isso é bem ruim, mas se você gosta tanto dele por que não vai passar a ação de graças com ele, esse é o telefone de um ótimo restaurante que deve estar aberto hoje. - diz me entregando um cartão com o número do restaurante.

– esta me deixando faltar ao jantar de ação de graças, mas e o papai?

– seu pai pelo visto terá que trabalhar e bom o resto entendera se eu disser que você recebeu um telefonema da May, alias o Natan pode te dar uma carona. - diz piscando, sorrio a abraçando forte.

Subi para o meu quarto discando o número do restaurante, peguei algumas coisas que achei que precisaria joguei em uma bolsa e quando desci Natan já estava saindo de casa.

– oi. - digo o alcançando.

– oi. - diz surpreso.

– sei que você não me convidou, mas eu vou passar o ação de graças com você.

– e sua família?

– eu sei que vou fazer falta, mas eles superam. - digo em tom de brincadeira. - e eu prefiro passar com você. - admito.

– tudo bem, mas aviso que só tenho comida congelada. - diz abrindo a porta do carro.

– não se preocupe com isso eu já resolvi tudo. - garanto lhe dando um breve selinho antes de entrar no carro.

Seguimos o caminho conversando sobre a semana já que não nos vimos desde domingo, felizmente o caminho até a casa dele foi bem curto.

– senti saudade. - Natan diz me beijando.

– eu também. - sorrio.

– o Pietro e Samanta terminaram? - pergunta quando entramos no elevador.

– sim terminaram como sabe?

– ele estava na sua casa em plena ação de graças sozinho tentando te reconquistar.

– ele não tava tentando me reconquistar. - "acho".

– claro que estava.

– bom se tava eu não prestei atenção estava pensando em outro cara, um meio chato, marrento, metido a certinho. - provoco.

– você é terrível Angel. - diz rindo.

– se por terrível você quis dizer incrível eu concordo. - pisco.

Nesse meio tempo que conversamos chegamos ao apartamento dele.

– fica a vontade eu só preciso revisar umas coisas, tudo bem?

– claro enquanto isso eu arrumo as coisas, mas primeiro. - sorrio o puxando para um beijo.

Aproveito que o Natan vai para o quarto e começo a fuçar as coisas na cozinha, queria que o jantar fosse especial e encontrei as coisas perfeitas pra isso, um candelabro que parecia ser de prata, velas, um jantar a luz de velas era isso que eu queria, a mesa de jantar era muito grande, então preferi arrumar o jantar na sala, na mesa de centro, que mesmo sendo pequena era perfeita para nós dois, joguei as almofadas do sofá espalhadas pelo tapete e assim que a comida chegou arrumei em dois pratos, estava tudo perfeito.

– tem um tempo para jantar? - pergunto parando na porta do quarto.

– pra você todo o tempo. - diz desviando os olhos do notebook. - só um segundo que eu estou salvando e desligando.

– te espero na sala. - aviso saindo.

Eu me sentia meio boba querendo ser tão romântica com ele, mas ao mesmo tempo me sentia feliz eu queria que ele gostasse apenas isso.

– ual. - ele diz parando perto do sofá e indo pra cozinha. - para ficar ainda melhor. - sorrio ao ver a garrafa de vinho e duas taças em sua mão. - um momento. - pede tirando uma foto da nossa mesa improvisada.

– por que a foto?

– Regina me deu o candelabro quando me mudei pra cá, ela disse que seria apenas enfeite, preciso contradizê-la. - ri-o de seu jeito.

Jantamos em silêncio apenas trocando alguns olhares e sorrisos, a comida estava realmente boa comida italiana sempre foi minha favorita, o silêncio foi quebrado com o barulho do celular dele tocando, aproveitei para levar os pratos na cozinha.

– quem era? - pergunto curiosa.

– Regina, eu enviei a foto pra ela agradecendo o presente. - diz sarcástico.

– e o que ela disse?

– que espera que esse jantar seja com a mulher certa.

– e o que você respondeu? - serio eu sou muito curiosa.

– que estou jantando com a mulher mais amável do mundo. - não resisto e o beijo logo seu celular toca de novo. - agora ela quer saber quem é essa mulher. - comenta tirando uma foto minha.

– nada disso pode até mandar mais uma de nós dois, foto só minha não. - protesto.

– ta legal vem cá. -diz me puxando para sentar em seu colo e tira um foto nossa. -agora chega de conversa fiada. - declara desligando seu celular.

– agora você é todinho meu? - pergunto dando uma leve mordidinha em sua orelha.

– todinho. - concorda me beijando.

Sua boca tinha um gosto delicioso, uma mistura de vinho e torta de maça, Natan me vira me deitando nas almofadas e ficando sobre mim com cuidado, nosso beijo estava cada vez mais intenso, eu não queria que esse momento acabasse, pelo contrario o queria cada vez mais próximo queria que seu toque ficasse cada vez mais ousado.

– Angel. - ele sussurra contra minha boca.

– nem pense em dizer que estamos indo rápido demais. - o advirto.

– não ia aqui esta lindo, mas vamos pro quarto. - sorri me pegando no colo.

Ele me deposita na cama com cuidado e voltando a me beijar e mordiscar meu pescoço levei minha mão até a barra da sua camisa e a tirando, sorri passando a unha em seu abdômen e em resposta ele mordiscou meu pescoço. As mãos dele eram ágeis e firmes, mas ao mesmo tempo seu toque era suave e delicado com um pouco de resistência ele tirou minha blusa e ficou olhando para o meu corpo por um tempo mordiscando meus seios por cima do sutiã e em seguida descendo beijos até minha barriga para subir novamente os beijos até chegar a minha boca.

– você tem certeza? - pergunta quebrando o clima.

– serio Natan? Você acha que eu estaria na sua cama só de sutiã se não tivesse? - digo um pouco irritada.

– me desculpe An, mas é que eu quero ter certeza de que será especial para você, não quero que se sinta pressionada. - explica alisando meu rosto.

– não me sinto, ao contrario me sinto segura com você, me sinto pronta para te ter por completo, sabe por quê? - pergunto pegando sua mão e ele nega com a cabeça. - porque cada vez que eu fecho os olhos eu vejo você, eu me sinto boba, mas feliz por pensar tanto em você minhas mãos soam e meu coração dispara só de estar perto de você. - digo pondo sua mão em meu peito para que sentisse meu coração.

– prometo fazer dessa uma lembrança incrível para você. - sussurra voltando a me beijar.

...

Diferente do que eu imaginei, nossos momentos foram ficando cada vez melhor cada toque, cada beijo, cada caricia trocada era incrivelmente estimulante, Natan foi um verdadeiro príncipe além de me fazer mulher me fez me sentir especial. Agora estava deitada em seu peito apenas de lingerie enquanto ele fazia carinho em minhas costas.

– que horas são? - pergunto sonolenta.

– quase dez. - ele diz beijando minha testa.

– obrigada, por fazer dessa uma lembrança inesquecível. - digo o olhando nos olhos.

– você é maravilhosa. - sussurra me beijando rapidamente.

– quando vai concluir seu doutorado?

– mês que vem dia dez você vai precisar de um vestido formal. - avisa.

– vestido por quê?

– pra festa você vai ser meu par. - declara.

– vai ser uma honra Dr. Natan. - brinco.

– ta com fome tem morangos e leite condensado.

– acho ótimo. - sorrio, mas antes de me levantar ouço meu celular tocar. - é o Juan. - digo olhando o visor Natan avisa que vai tomar banho.

~ ligação on.

– fala. - digo atendendo.

– onde você esta sua maluca, como pode abandonar o jantar de ação de graças sem mais nem menos. - Alice ralha comigo. - nem pense em dizer que esta com a May porque eu sei que ela esta trabalhando. - adverte.

– ta legal calma, eu estou com o Natan, mas quieta não quero que fale para o Juan. - aviso.

– o meu Deus vocês estão juntos. - diz empolgada. - vai ter que me contar tudo assim que chegar, seu irmão não esta e hoje será a noite das garotas.

– ta bem, daqui a pouco estarei ai. - aviso e desligamos em seguida.

~ ligação off.

Me levantei, vesti minha roupa e fui arrumar as coisas na sala e na cozinha, mesmo não querendo nem um pouco, teria que ir pra casa não queria abusar da boa vontade da minha mãe.

– já esta pronta pra ir? - Natan sussurra no meu ouvido ao me abraçar por trás.

– infelizmente. - digo me virando pra ele.

– então não vai dizer nada? - pergunta depois de me beijar.

– sobre o que?

– sobre nossa noite. - diz divertido e tenho a leve impressão de que pra me zoar.

– o que posso disser, bom você foi carinhoso e intenso ao mesmo tempo me fez sentir coisas que nunca senti, mas que adorei e você é muito gostoso também. - sussurro mordiscando sua orelha.

– isso é o que eu mais gosto em você, diz o que pensa. - sorrio.

Natan me deixou em casa e Alice já me esperava pronta para um interrogatório, a fiz esperar que eu tomasse banho e então contei tudo pra ela, não tinha como esconder ela era minha melhor amiga.


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