POV Angel.

Meu pai conseguiu o que eu queria, uma vez por semana minha presença era esperada no consutorio, do lindo psicólogo do FBI, o.k o cara era realmente lindo com grandes e expressivos olhos azuis, e seu cabelo loiro que brilhava feito ouro, fazendo mulheres suspirarem por ele, o que era de muita maldade já que ele era gay, demorou apenas 2 sessões para o loirinho me confessar sua opção sexual, e até que nossos "encontros" eram divertidos, exceto o de hoje, já que ele conseguiu seu objetivo ao tentar me abalar com seu sermão sobre como eu mesma estava me ferindo com meu orgulho, olha que esse era apenas nossa 3ª sessação onde foi parar todo o lado divertido e meigo de nossas tardes?.

Sai de seu consutorio e passe direto no shopping Alice me esperaria por lá, já que Juan havia inventado uma festa surpresa para a mamãe e nos encarregou de cuidar de tudo, claro que com seu cartão de credito.

- Angel o que você tem hoje? - Alice me pergunta enquanto escolhíamos o presente da mamãe.

- nada, só um psicólogo chato que depois de 2 "encontros" divertidos, estragou tudo. - disse fazendo ela rir.

- ai ele é um psicólogo é o trabalho dele ora. - revirei os olhos diante de seu comentário sem graça.

- vamos que eu já sei o que vou dar para minha mãe. - chamei a puxando pela mão para oja de perfume.

Lembrei que meu pai comentou que o primeiro presente que deu á ela quanto se reencontraram foi um perfume e que o cheiro ficava delicioso na pele dela, então como sou uma filha muito amável, vou dar um presente para os dois, já que ele gosta tanto do cheiro. 

- Nos só teremos que buscar os convites e entrega-los né, ele ja combinou com a D.Helena o resto né? - perguntei já querendo ir pra casa.

- Sim Angel para de reclamar, por favor, é só entregar os convites e pronto e nem são tantos assim o resto já fizemos. - suspirei me rendendo e seguimos para a gráfica, que por sorte fica no shopping mesmo.

Continuamos nossa jornada até a gráfica, enquanto Alice estava animada por conhecer grandes advogados, promotores e juízes nessa festa, eu torcia para que o idiota do meu irmãozinho convidasse um daqueles advogados bem charmosos, a ponto de atacar os ciumes do meu querido pai, ele era uma graça com ciumes, ri com meu pensamento, esperei Alice o lado de ora enquanto ela foi buscar os convites. 

- quantos convites tem ai? - perguntei vendo o malote na mão dela.

- cerca de 50. - disse desanimada, mas claro entregaríamos de metro, já que nenhuma das lesadas tinha carta.

- serio e temos que entrega tudo isso hoje? - ela assentiu. - me lembe de matar meu irmão por querer fazer uma festa e entregar o convite faltando 3 dias.

- sem exageros Angel, a maioria basta irmos no tribunal, no escritório, outros ele mesmo entrega no FBI e outros poucos apenas que  são outros endereços. - muito reconfortante, pensei, pegando metade de suas mãos e começando a ler os nomes.

Muita gente que eu sequer conhecia, alguns outros nomes mais familiarizados, outros que não fariam falta se a gente deixasse de entregar e outros que já faria questão de entregar, estava tão distraída com os convites que nem percebi quanto que um ser vinha vindo a nossa frente e me choquei deixando os convites caírem.

- não olha por onde anda não. - brandei mesmo sabendo que grande parte da culpa é minha.

- e você olha né. - gelei ao ouvir a voz que a muito não ouvia, tá nem tanto tempo assim, apenas o suficiente para me fazer ficar surpresa.

- Angel, Alice  tudo bem queridas? - só então percebia a presença da Diretora, quer dizer sua mãe ao seu lado.

- Oi tudo é só estava distraída. - disse sorrindo para ela.

- é temos que entregar todos esses convites e estamos confusas por onde começar. - Alice tentou explicar minha falta de atenção. - falando nisso que bom que encontramos você. - sorriu lhe estendendo o convite.

- toma. - Pietro estendeu os convites que eu havia derrubado.

- obrigada. - disse a contra gosto.

- bom eu vou indo que tenho horário no cabeleireiro, mas foi bom ver vocês garotas e até sábado. - sorrimos e acenamos esperando que o ser a nossa frente saísse junto o que não aconteceu.

- querem uma carona? - perguntou diretamente para Alice.

- claro que sim levaríamos muito tempo de metro, obrigada Pi. - sorriu me puxando pela mão até o carro, traidora.

Tratei de sentar no banco de trás antes dela, já que ela aceitou a carona ela que se virasse, não estava afim de ficar perto o suficiente para sentir saudade.

- ei Angel um dos convites é para seu psicólogo, onde fica? - Alice perguntou e vi ali minha salvação.

- hum fica á duas quadras, ao lado da livraria. - expliquei e quando chegamos saltei pegando o convite da mão de Alice e saindo na frente. 

Abri a porta do consutorio o encontrando sentado no lugar de sua secretaria, ótimo sem pacientes ele poderia me ajudar com certeza, me aproximei estendendo o convite e recebendo seu olhar curioso.

- aniversário da minha mãe sera surpresa e Juan te incluiu na lista, certamente ela deve estar louca pra te conhecer. - expliquei.

- imagino, deve estar querendo saber o que se passa nessa cabecinha doida. - sorriu e Deus que desperdício.

- ok então sera que podemos ter outra sessão agora? - pedi fazendo minha melhor cara.

- por que? - perguntou erguendo a sobrancelha assim que ouvimos uma buzina.

- Alice aceitou a carona do Pietro para entregarmos os convites, mas eu não quero entregar convite nenhum. - expliquei rápido.

- não quer entregar convite ou não quer ficar perto dele? - disse rindo - seja qual for o real motivo a resposta é a mesma, não! - o encarei perplexa como pode fazer isso comigo. 

- a não Natan, por favor, não me obrigue. - pedi, mas ele já estava de pé me empurrando para fora do consultorio.

- lembre-se o que eu disse seu orgulho é seu pior inimigo. - repetiu pela 10ª vez no dia.

Alice e Pietro no encarava chegar ao carro com uma expressão de curiosidade, Natan abriu a porta para mim cumprimentando os dois com um breve oi, sentei no banco cruzando os braço.

- até logo pequena flor espinhenta. - disse fechando a porta e não aguentei e tive que sorrir.

- tchau coisa chata. - logo que me despedi Pietro arrancou com o carro sem ao menos dizer nada.

Seguimos para o tribunal onde minha trabalhava, mas como aquele era o mundo de Alice não meu deixei que ela se encarregasse de entregar os convites, embora tivesse que esperar com Pietro no carro, peguei meu celular acessei meu facebook, procurei por alguma coisa interessante para fazer, mas realmente não tinha nada, suspirei desligando da internet deitei no banco de trás.

''Seu orgulho é seu pior inimigo"

As palavras de Natan de repente ecoaram em minha mente, acho que aquele loiro sentimental estava fazendo muito efeito sobre minha mente, como não fazer ele era um psicólogo, jovem e bem sucedido, ouvi o celular do Pietro tocar e instintivamente comecei a prestar atenção.

- Oi. - disse com a voz calma. - não não estou em casa e não não posso te encontrar agora, ok, tchau. - por todo seu auto controle com as palavras tive certeza que estava falando com alguma mulher, bufei com a ideia e voltei a me sentar.

Alice já estava mais que demorando e eu já estava doida dentro daquele carro, ao mesmo tempo em que queria pular para o banco da frente e pedir  desculpa por ser tão idiota e infantil, não conseguia sequer formular uma frase para puxar assunto, realmente meu orgulho era meu  pior inimigo.