Amor E Inocência II-Uma Nova História d'Amor HIATU escrita por Thalia Tsukiyomi


Capítulo 5
Capítulo 05


Notas iniciais do capítulo

Demorou mais saiu!!



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Eu peguei a carta de resposta de mamãe e coloquei no bolso, eu já estava pronta para mais um dia de trabalho na casa do Sr. Eugênio Lefroy.

Enquanto caminhava, pensava como seria este encontro da Srt. Sophia e da antiga Lady Hotori, que no caso é minha mãe. Mas não deixava de pensar o quanto seria divertido ver a expressão dela ao saber que sou filha da antiga Lady... Talvez o encontro não será tão desagradável.

Não demorou muito para que eu chegasse à mansão, entrei pela porta dos fundos, onde a cozinheira Maria preparava o café da manhã. Logo a cumprimentei com um ‘bom dia’ e a mesma retribuiu. Peguei a bandeja de chá que já estava ponta e fui diretamente para o quarto da jovem dama. Adentrei e coloquei a bandeja na cômoda ao lado da cama e depois fui em direção das cortinas, abrindo-as.

– Bom dia, Srt. Sophia. – Cumprimentei.

A mesma apenas sentou-se, espreguiçou-se, bocejou e logo retirou a proteção de seda dos seus olhos, mostrando os olhos azuis que nem o céu. Enquanto preparava o banho dela, a mesma bebia o seu chá. Quando terminei, logo avisei que estava tudo pronto e assim a loira foi para o seu banho matinal.

Não demorou muito para que todos os convidados estivessem na mesa, os senhores conversavam sobre política e o governo enquanto a jovem conversava com o soldado Toni. Enquanto eu e as outras serviçais servíamos o café da manhã.

– Senhorita, a correspondência da antiga Lady Hotori. – Eu avisei entregando a carta.

Rapidamente a Sophia abriu o envelope e leu. Esbanjou um sorriso e seus olhos brilharam de felicidade, assim presumindo que era a resposta que ela esperava.

– E então? – Perguntou o Sr. Edmundo, pai da garota.

– Ela aqui diz que aguarda ansiosamente a minha visita! – Falou muito empolgada.

– Hmm... – Ele bebe um pouco de seu suco. – Me diga... Porque essa empolgação toda para visitar uma antiga Lady, já que você conheceu várias outras.

– Ah papai... – Ela começa explicar enquanto cortava a sua comida. - A antiga Hotori, pelo o que eu soube, foi forçada a se casar com um jovem rico desta cidade, boatos também falam que ela antes de se casar engravidou de um amante, e mesmo assim o Lorde a aceitou. E depois de poucos anos juntos ambos se separaram... – Concluiu e depois levou seu garfo a boca. Ao ouvir isso tudo, fechei minha mão fortemente, sentindo minhas unhas contra a minha palma da mão.

– O quê?! – Seu pai pôs os talheres sob a mesa e a encarou. – Você quer visitar uma mulher que se casou impura? – como eu estava de cabeça baixa, rapidamente levantei ao ouvir isso. – Ela irá te dá maus exemplos! Imagina o filho dela! Deve ser algum vagabundo!

Quando eu iria me pôr, para defender a mim e a minha mãe. O Sr. Eugênio se sobrepôs, batendo na mesa, fazendo que todos o olhassem.

– Mais respeito a minha mesa! – Disse. – Por favor, mais respeito a Sra. Tsukiyomi.

– Você conhece essa mulher, irmão?

– Sim. Não só ela como toda a sua família. É mãe de família, uma mulher muito educada e que cuida muito bem de suas filhas. Então, não fale coisas as quais vocês não sabem. – Disse o senhor. – E Sophia, acho que você irá aprender boas coisas durante a visita. Agora se vocês me derem licença.

O senhor de cabelos brancos se levantou rapidamente, fazendo com que cambaleassem uns passos para trás, pôs uma de suas mãos em sua testa. Como eu era a que estava mais próxima o segurei firme.

– Sr. Eugênio! – Exclamei preocupada, fazendo com que o seu irmão mais novo também se levantasse.

– Eu estou bem... – Disse ele. – Só foi uma pequena tontura...

Seu irmão mais novo, Edmundo Smith o levou para o quarto, para fazê-lo esperar pelo o médico. Quando o mesmo chegou, examinou e falou que era apenas cansaço e estresse. E que um bom sono agora, seria ótimo para ele.

Depois disso, acompanhei a loira ao seu quarto. Ela iria se arrumar pra dar uma volta na cidade e comprar alguma lembrança pra dar para antiga Lady. A mesma estava sentada de frente para a sua penteadeira.

– Que tipo de pessoa a antiga Lady é agora? – Perguntou sem fazer nenhuma cerimonia. Fazendo com que eu me surpreendesse.

Pensei como eu iria falar sobre a antiga Senhora Hotori, sem que eu fale como se conhecesse muito bem e que dê a entender que convivo com ela todos os dias. Lembrei-me de todas as expressões, todas as risadas, carinho e seu lado mandão... E sem que eu percebesse, um meio sorriso surgiu no canto da minha boca.

– Ahn... Bom... – Desviei os meus pensamentos. – É uma mulher encantadora!

Fui à cozinha pegar uma cesta, a qual eu iria levar comigo pra trazer as coisas que a Srt. Sophia comprasse. Enquanto eu procurava, pude ver uma sombra masculina atrás de mim, me fazendo levar um susto.

– Desculpe-me por fazer um susto. – Disse o soldado o qual me encarava. – Não foi minha intenção.

– Ahn, tudo bem.

– Porque não falou que era a sua mãe?

– Sr. Eugênio pediu pra guardar isso. – Eu respondi, já sabendo o que aquela pergunta queria dizer. - Ele acha que irá mudar um pouco o comportamento da Srt. Sophia.

Ele nada mais falou apenas nos acompanhou todo o nossos trajetos. Eu cumprimentava todos que eu conhecia, e por algum motivo, a jovem loira se irritava com isso. Apesar de que o encontro dela com a minha mãe iria só acontecer daqui a alguns dias, ela quis fazer as compras, e isso a deixava muito empolgada.

O tempo que passei com ela, nunca cheguei vê-la desse modo. Eu a observava enquanto a mesma caminhava com o rapaz a minha frente, parecia que ela tinha dupla personalidade. Já que toda vez que a garota estar presente com o soldado Toni, ela muda completamente.

.

.

Os dias logo passaram. Fazendo com que faltassem poucas horas para o tão ansioso dia da Srt. Sophia Smith, e a mesma procurava o mais belo vestido. E eu estou torcendo para que o plano de mamãe dê certo para que a jovem dama não descubra que sou filha da antiga Senhora Hotori. Hoje mamãe está na mansão de Tia Miller, a qual agora nos pertence, e papai e Misa estão na cidade ou até mesmo caçando, então eles não irão aparecer tão cedo para nos atrapalhar.

Suspirei.

– Pare de ser relaxada! – Falou Sophia, fazendo com que eu me despertasse dos pensamentos. – Venha me ajudar. Estou tão nervosa que não consigo arrumar o laço...

Então a ajudei arrumar o seu lindo vestido azul claro, com babados e rendas e fitas de cetim. Arrumei o seu cabelo e assim a garota parecia uma linda boneca. Tia Rima ficaria com ciúmes, perdendo o seu “título de bonequinha”.

Saímos do quarto e então formos para o jardim, e Toni como sempre iria nos acompanhar. Já que o Sr. Edmundo confia cegamente no jovem rapaz para proteger sua preciosa filha. Entramos no automóvel, e então o garoto deu partida, indo diretamente para o endereço que o enformei onde era.

Sophia olhava tudo com bastante atenção, às vezes fazia careta de reprovação e depois suspirava. Mas não era de reprovação, mais sim de tédio. Logo se pode ver um sorriso se formar em sua boca cor-de-rosa, assim que avistou uma mansão poucos metros. Fazendo com que oMEU coração batesse mais forte, rezando para que tudo desse certo nesse breve encontro.

Assim que o carro parou, mamãe já nos esperavam de frente a porta principal. Estava bem trajada, como antigamente, cabelos presos e vestido longo na cor amarelo claro. Ainda me lembro de como ela era o exemplo de dama da sociedade, as quais as jovens queriam ser... Mas ela perdeu quase tudo ao se separar do Tio Tadase...

– Sejam todos bem-vindos! – Cumprimentou mamãe com o seu sorriso radiante.

– Obrigada. – Agradeceu Srt. Sophia com um sorriso nos lábios e seus olhos brilhando de felicidade por finalmente conhece-la.

– Ahn... Se não for muito incomodo, iremos ficar no jardim daqui do lado. Temos uma boa vista para a floresta.

Surpreendi-me com este convite. Mamãe nunca foi de convidar pessoas de fora pra tomar chá ou conversar lá. Por que aquele lugar pertence apenas para nós Tsukiyomi e amigos próximos que fazem parte de nossas vidas. Confesso que senti um pouco de ciúmes com isso, já que aquele lugar é o meu lugar favorito.

Caminhamos para o jardim, onde tinha uma mesa branca com quatro cadeiras e uma bandeja com um bule e xicaras de porcelanas e biscoito de leite para acompanhar.

– Por favor, deixe que eu faça as honras. – Disse Toni puxando a cadeira para que a mais velha (minha mãe) sentasse.

– Obrigada.

E depois puxou para a Srt. Smith e depois o mesmo se sentou-se. E eu apenas fiquei em pé. Estava no meu lugar favorito, e não podia apreciar uma boa xicara de chá nele!

– E você, minha criança? – Falou a mulher de cabelo rosados pra mim. – Por que não se senta conosco? Afinal, temos mais uma cadeira.

– Senhora, ela é uma serviçal... – Questionou a loira.

– Aqui ela não trabalha. Então ela se torna uma convidada. Que nem o rapaz. – Respondeu. Ela fez um gesto para que eu me sentasse, e assim eu o fiz.

Enquanto mamãe servia o chá, ela perguntou os nossos nomes e também se apresentou com o seu nome de solteira: Amu Hinamori.

– Me diga... Aqui é sempre assim? Tão cheio de mato? – Perguntou Sophia olhando tudo a sua volta. Mamãe apenas deu um meio sorriso até responder:

– Sim. E acredite, na sua idade quando vim morar aqui, odiava isso. E agora amo de todo o meu coração! E o lhe trás aqui?

– Ah, bom. Meu pai veio aqui por trabalho. E como não gosto de ficar sozinha, quis vim com ele. – Disse ela, e então tomou um gole de seu chá. – E o motivo por querer te encontrar... é que ouvi histórias sobre você.

Quando ela falou isso, segurei a xicara um pouco forte – minhas duas mãos estavam ao redor – Isso lembrava o meu passado, de como mamãe sofria por ter uma filha que não era do mesmo sangue do Lorde... Toni me encarava, percebeu que tal assunto me incomodava, também incomodava um pouco mamãe, mas não tanto quanto eu.

– Não sabia que ainda há pessoas que falam disso. Faz tanto tempo... – a mulher solta um suspiro, um pouco pesado.

– Se não quer conversar sobre, tudo bem. – Disse a garota.

– Não, tudo bem. Posso abrir uma sessão pra você. – Sorriu.

Por quê? Porque ela insiste conversar sobre o passado? Principalmente com uma garota que nem a Sophia Smith! Ela é apenas uma garota mimada que quer saber da vida dos outros, que nem as outras mulheres que vieram confiar a “separação do século”. Só para ter mais um assunto para fofocar com outras pessoas...

– Não falo muito sobre isso, porque minha filha não gosta deste assunto.

– Então você realmente tem uma filha! Adoraria conhece-la.

– Na verdade tenho duas. A mais velha tem a sua idade e a outra é um pouco mais novas. – Disse mamãe, depois de tomar um gole de chá, pegou um biscoito. – Infelizmente elas saíram com o pai.

– Entendo. – Pude ouvir um pequeno tom de desapontamento na voz da jovem. – Bom... Queria saber como conseguiu se casar com o jovem Lorde Hotori!

– Ahn... Eu casei contra a minha vontade. Também se pode chamar de casamento arranjado.

– Hãn? Contra a vontade? Como pode isso?! – Exclamou um pouco indignada. – É o sonho de todas as jovens se casarem com um Lorde!

– Mas não era o meu. – Mamãe morde o seu biscoito. – Bom, antes de vim pra cá, pode-se dizer que já foi o meu sonho. Mas quando entrei pela primeira vez nessas propriedades, conheci um jovem rapaz e meus sonhos mudaram completamente.

– Hmm. – Sophia mexe o chá com a colherzinha. – Então você teve dois jovens rapazes disputando a sua mão? Mas soube que um era um camponês...

– Sim. Ele é de família humilde.

E então ela contou toda a sua história. Tudo mesmo. Quase não deixou nada escapar. Só deixou alguns detalhes por fora e algumas pessoas que ela nem gosta de falar os nomes. Eu adoro ouvir as histórias sobre ela e o papai. Mas não significa que deixei de amar o Tio Tadase, que também faz parte de nossas histórias, e o considero com um segundo pai.

– E o Lorde Hotori aceitou tudo sem nenhum problema?!

– Sim. Ainda somos bons amigos.

– Queria fazer mais uma pergunta...

– Pode fazer. – Disse mamãe, completamente despreocupada.

Você ainda o ama? Digo, o Lorde Hotori... Já que em um momento você disse que já chegou a amá-lo. Então queria saber se você ainda o ama.

Essa pergunta a surpreendeu tanto quanto a mim. E como a Srt. Sophia, eu também esperava a resposta.

– Me pegou de surpresa. – Soltou um risinho sem graça. – Bom, uma parte minha ainda o ama sim...

Eu pude ver duas pessoas paradas, ouvindo a nossa conversa. Mamãe e os outros ainda não perceberam a presença de papai e Misa. Eles apenas esperavam que a mulher de cabelos rosados terminasse a sua resposta.

– ... Porque eu acredito que não esquecemos com tanta facilidade quem amamos. Afinal, amo o meu marido desde que nossos olhos cruzaram pela primeira vez. – E então sorriu verdadeiramente.

– Aika!! – Misa veio correndo em nossa direção, segurando um pato morto, que eles caçaram. Fiquei completamente em móvel. O nosso plano iria por água baixo em qualquer segundo! – Olha o que caçamos para o jantar! E adivinha! Fui eu que acertei!

Érr... – Não conseguia falar nada.

Toni sorria sem graça com uma enorme gota na cabeça, e Sophia tentava entender o que estava acontecendo.

– Ikuto! – A mulher perde a sua postura de “dama da sociedade”, deixando de lado o nosso plano. Levantou-se bruscamente, indo em direção ao moreno de cabelos azulados e olhos safiras, o mesmo estava com um saco em mãos, e uma espingarda nas costas. – Você novamente estava ensinando a Misa a atira?!

Hihihi. – a tampinha ria orgulhosa. Coçando o seu nariz com o seu indicador. A mesma estava com as roupas sujas.

– Ela insistiu em aprender. Você deveria ficar orgulhosa. Você viu o tamanho?! – Tentou explicar. Depois que ele olhou para todos que estavam na mesa, ele serrou os olhos e apontou um dedo acusador para o rapaz. - O que aquele soldadinho está fazendo aqui? Por acaso ele estar perseguindo a Aika?

Fiquei completamente envergonhada com as palavras do meu pai, e um pouco assustada ao perceber o olhar da Srt. Sophia e então, finalmente, ela percebeu o que estava acontecendo. Só não eu, como uma parte mamãe, o Sr. Eugênio e o Toni estávamos “mentindo” sobre a minha origem. Na verdade só não contamos...

O moreno veio na minha direção, beijou minha cabeça.

– Oi, pai... – Falei um pouco baixo. Respirei fundo e tomei coragem. – Pai e Misa, quero que conheçam Sophia Smith. A jovem de quem estou tomando conta na casa do Sr. Eugênio. Filha do Capitão Edmundo Smith.

– Prazer em conhecê-la. – Papai estica a mão, para cumprimenta-la. A loira encara as mãos sujas do moreno, depois olha para Toni e o mesmo faz um sinal para que ela continue com o cumprimento. Então, a mesma pousa sua fina mão branca por cima da do meu pai, e o mesmo aperta (não com força) e depois solta, deixando a mão da garota um pouco suja. Depois o mesmo olha para a sua mulher. – Amu, chegou isto pra você.

O mesmo tira um envelope pequeno de seu bolso e entrega para a mesma. Rapidamente a rosada lê a carta, seus olhos arregalam se surpresa, não acreditando no que acabara de ler, levou as mão para trás das costas, fechando fortemente, assim amaçando o papel, e para disfarçar, ela simplesmente sorrir e continua:

– Irei preparar o jantar, se quiser ficar conosco... – Convidou.

– Não, obrigada. Prometi ao meu pai que voltaria a tempo do jantar. – Respondeu a loira.

– Srt. Sophia perdoe-me, mas meu horário termina aqui por hoje. Nos veremos no outo dia. – Eu disse.

Nada mais ela falou, Toni agradeceu por tudo e a levou embora. E então, mamãe, Misa, papai e eu entramos. Preparamos o pato para o jantar como haviam citados.

Mamãe ficou calada durante o jantar, e isso não era normal. Por que isso só significa uma coisa: preocupação.

– Amu... – Chamou papai calmamente, e então a mulher o olha. – Aconteceu algo? Mal tocou na comida.

– Mãe, o que tinha na carta? – Perguntei.

– A carta é de uma pessoa que não tínhamos mais notícia... É da Tia Miller. E ela está vindo pra essa casa!

– O quê?! – Papai e eu falamos juntos. Sem acreditar no que acabamos de ouvir.

– Legal! Tia Miller vai vim? – Exclama Misa. Limpando a boca com seu braço. – Pera... Quem é Tia Miller?


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Notas finais do capítulo

E ai? O que acharam??
Por favor, preciso de dicas para os próximos capítulos! Isso irá me ajudar nos desenvolvimento da história!



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