Cartas Que Nunca Foram Entregues escrita por Pikenna


Capítulo 7
Cho para Cedric


Notas iniciais do capítulo

Mais um capítulo fresquinho pra vcs. Não gostei muito dessa carta e estou ficando sem ideias de cartas. xD Devo chegar somente até a 10º carta. xD Se houver solicitações eu abro mais capítulos e escrevo. :D Cho não entrou a carta por que né? Cedric morreu ):



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Cartas que Nunca Foram Entregues

Por Rebeca/Pikenna

Cho Chang para Cedric Diggory

Não sei porque estou escrevendo isso se você está morto há tanto tempo, mas senti vontade de fazê-lo. Será que devo procurar internação no St. Mungus por isso? Talvez eu seja louca e não saiba, afinal, estou escrevendo essa carta para alguém que foi assassinado 10 anos atrás. Sabe, cansei de visitar seu túmulo e colocar cravos em sua homenagem, no único intuito de manter uma memória sobre você viva. Eu mantenho você vivo comigo, e talvez seja por causa disso que meu marido esteja desistindo de mim aos poucos, se afastando para que a partida dele não seja tão dolorosa assim. Eu sinto ele indo embora como as ondas do mar, mas ao contrário delas, ele não retorna. Ele se vai e se vai. Afasta. E eu não sei como evitar isso, não sei como trazê-lo de volta para perto de mim sem perder você, sem apagar sua memória e deixar seu fantasma de amor de veraneio se esvair como um sopro ao vento.

Fazem 10 longos anos que você me deixou, Cedric. Ainda tenho pesadelos com Harry em cima de seu corpo gélido, inexpressivo, imóvel. Seu cadáver me assombra e eu acordo aos gritos, chorando compulsivamente. Não sei como meu marido suporta isso. Ele me abraça forte e diz para mim que vai passar, mas será que vai, Cedric? Eu o amei tanto, e esse amor me arrebentou de uma forma voraz. As fotografias de seus sorrisos e de sua gentileza ainda persistem em ficar no álbum da minha mente. Eu recordo e choro. Choro como uma criança que se perdeu dos pais. Desde sua morte só o que eu faço é chorar. Não dá pra continuar assim Cedric. Meu casamento que mal começou já está para se findar e a culpa é sua, do seu fantasma que eu não consigo mandar ir embora. Por isso decidi escrever essa carta. Para me despedir, mesmo que me doa profundamente.

Queria dizer que eu te amei, mais do que possa imaginar e sua perda foi a maior das minhas dores. Chorei tanto que nem sei como ainda não sequei. Mas eu preciso superar. Não somente por mim, mas por meu marido e por você. Manter sua imagem viva comigo é o mesmo que não permitir ao seu espírito descansar em paz. Eu sei que o seguro aqui nesse mundo, de algum modo sinto sua presença e ela, ao invés de me trazer a calmaria como uma brisa de verão, me perturba como trovões em uma tempestade. Admito que tentei esquecê-lo me envolvendo com Harry Potter, para me dar uma chance de me apaixonar outra vez. Não obtive sucesso e apenas magoei o Harry. Meu coração era seu. E acredite, ainda é. Mas você está morto. Como amar um morto? Como manter esse amor que deveria ter morrido junto com seu falecimento? Talvez eu deva mesmo procurar o St. Mungus.

Eu te amei, Cedric. Contudo, esse amor que ainda susto é doentio, não dá mais para sustenta-lo. Necessito tornar a sorrir, a ser aquela menina alegre, cujo sorriso lhe chamou a atenção. Preciso dar atenção ao meu marido, a amá-lo como o amei. Necessito voltar a viver. Não tenho vivido. Não tenho dormido direito. Não feito nada, se não chorar. Isso não é vida. Tenho que me encontrar. Me perdi quando eu vi seu cadáver. Está na hora de superar. E essa carta é para isso. Para dizer adeus, para me despedir, para superar. Eu sei que você iria querer que eu continuasse com a minha vida, não da forma como eu continuei, obviamente, mas de uma forma saudável e normal, afinal, pessoas vem e pessoas se vão, faz parte do ciclo da vida.

Obrigada pelo convite feito no baile de inverno, obrigada pelos sorrisos que me deu, obrigada pelas conversas recheadas de risadas e bom humor, obrigada por me mostrar o quão gentil pode ser um homem, obrigada por dar mais cores à minha vida, obrigada por ter sido meu, ainda que por um curto período. Eu só tenho a agradecer a você. Me desculpe por chorar incansavelmente sobre o seu túmulo. Me desculpe por não ter superado a sua morte. Me desculpe por mantê-lo preso aqui sem poder descansar direito. Me desculpe pelo sofrimento que estou passando desnecessariamente. Prometo a você que vou superar e que voltarei a sorrir. Eu prometo que vou seguir em frente. Eu te amei muito Cedric, muito.

Adeus, meu amor de veraneio.

Com carinho, Cho Chang.


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