A Seleção - A Um escrita por LiaAlmeida, Nina


Capítulo 2
Ataduras


Notas iniciais do capítulo

Oii gente! Como vcs vão? Nossa eu espero que estejam mesmo gostando da história. Hoje nós temos um capitulo especial de Maxon e America. Eu simplesmente adoro os dois juntos :D
Espero que você apreciem e comentem o que acharam, me sinto muito feliz e animada quando leio meus comentários. Dá realmente muito animo para postar mais :D
Ah, para avisar, vou buscar sempre estar colocando os próximos acontecimentos nas notas finais... Vai ter sempre algum trechinho do próximo capitulo... Ok!
Boa leitura, então. Espero ver vocês nós comentários!
Lia



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Fiquei várias horas esperando em meus quarto. Eu avisei as minhas criadas que o Príncipe viria e que elas não precisariam me ajudar, por que depois eu me trocaria sozinha.

Elas saíram sem reclamar.

Eu estava ansiosa. Não era realmente uma animação, mas também não era uma preocupação. Só que, parecia que tinha tantas coisas para falar, mas nenhum pensamento fazia sentido...

Quando Maxon bateu na porta do meu quarto, respirei fundo, mas não consegui me impedir de correr até a porta para abri-la. Sabia que estava com um sorriso enorme no rosto, mas ao ver a expressão dele, meu sorriso sumiu. Ele carregava a caixinha de curativos em sua mão, e foi como se eu tivesse esquecido de algo muito importante e ela aparecesse de repente.

Maxon entrou no meu quarto com uma cara de dor e a respiração forte:

— Você poderia me ajudar? – pediu ele.

— Sim – minha resposta saiu como um sopro. – Pode ir até minha cama – pedi fechando a porta atrás de mim, tendo ganhar forças para fazer isso.

Não era como se não quisesse ajudar, eu já tinha feito isso, mas eu realmente queria esquecer o que tinha acontecido e estava me sentindo culpada por isso, por que Maxon, pelo jeito, não poderia esquecer tão facilmente.

Ele se sentou na minha cama como se estivesse constrangido. Eu com passos leves fui até ele. Não estava muita a vontade para olhar para ele ou conversarmos. Queria fazer o que ele tinha me pedido de uma maneira profissional... Como se eu fosse conseguir mesmo...

— Pensei que você pudesse me ajudar a trocar os curativos – explicou ele com uma humilhação na voz, também constrangido demais para olhar para mim.

— Não se preocupe! – respondi sem saber o que dizer, e nessa hora, eu percebi que queria fazer isso e que o meu constrangimento era mais por ele do que por mim.

Eu tomei coragem e me aproximei mais, decidida que iria fazer isso ser da maneira mais rápida e fácil para ele. Não me sentia bem o vendo constrangido e humilhado dessa maneira, eu precisava tornar as coisas fáceis e mostrar que eu me importava com isso.

— Então – eu chamei a atenção dele para mim e quando ele me olhou, eu disse timidamente -, acho que você vai precisar tirar a camisa... – Eu sorri.

Ele olhou para mim um pouco confuso – Será que sorrir não era uma boa atitude? Pensei. Mas depois com um pequeno sorriso no canto do lábio ele começou a tira r a camisa. Quando eu fui ajuda-lo, ele me parou segurando a minha mão.

— Você não faz ideia de quanto eu sou grato por...

— Shhh- eu pedi e me abaixei a altura dele sentado, não o deixando continuar. – Você não me deve nada – respondi com lacrimas nos olhos. – Isso simplesmente, é o mínimo que eu posso fazer – disse segurando as lacrimas.

Ele apertou a minha mão e me deixou trabalhar. Eu o ajudei a tirar a camisa, tentando impedi-lo de fazer muito esforço, depois pedi para que se deitasse em minha cama para eu poder tirar as ataduras.

— Você parecia tão bem hoje – disse trabalhando com cuidado. – Como consegue esconder a dor? – perguntei.

— Pedi alguns analgésicos – respondeu ele com os dentes serrados. Eu comecei a tomar mais cuidado ao tirar as ataduras.

— Mas eles tem que ser muito fortes para fazer você não sentir nada...

— Morfina! – ele respondeu e depois senti que ele deu uma pequena estremecida quando eu tirei a atadura em que o corte estava maior. – É a única coisa que alivia – ele contou.

Eu segurei a respiração. Estava com tanto ódio. Como um pai poderia fazer isso a seu próprio filho?

— Por que está chorando? – ele perguntou de surpresa, já que eu não tinha percebido os meus soluços.

— Não, não estou! – disse engolindo o choro e secando as lacrimas com dorso das mãos.

Eu me levantei para pegar a caixinha com as ataduras novas, não dando chance para ele falar sobre meu choro.

— Está bem melhor os cortes – disse tentando animá-lo. – Pelo jeito as ataduras tem anti-inflamatório, por que já está bem melhor e começando a cicatrizar – observei com animação na voz. – Quanto tempo demoravam as outras para cicatrizarem? – perguntei tentando mais uma vez deixar a conversa aberta.

— Pelo menos cinco dias para não ter mais uma dor forte, depois é só eu não me mover muito e posso deixar passar despercebido – me contou, mas depois da resposta de cinco dias de dor forte fui eu que não consegui levar a conversa.

Trabalhei em silencio, cuidadosamente e prestando atenção se eu não começaria a chorar de novo.

Quando terminei limpei rapidamente as lacrimas e me levantei da cama querendo dar espaço para ele.

— Obrigado – ele disse se sentando. Eu dei um pequeno sorriso e peguei a camisa dele pra lhe dar.

— E a dor? – perguntei enquanto o ajudava a se vestir.

— Amanhã cedo, irei até a enfermaria e peço uma injeção. Não é bom tomar morfina o tempo todo – respondeu ele enquanto abotoava.

— Mas vai passar a noite inteira com dor? – indaguei perplexa, me sentando ao seu lado.

Ele pegou minhas mãos e fez como se não tivesse importância a minha pergunta:

— Faz parte! – ele disse beijando as minhas mãos. – Mas eu estou muito feliz, pelo menos eu tenho as mãos mais leves e macias para cuidar de mim! – ele disse em tom de agradecimento; eu explodi:

— Me desculpe! – pedi implorando. – Eu odeio tanto tudo o que te fizeram. Maxon, eu não queria, eu juro que eu não queria... – disse entre os fortes soluços.

Ele me abraçou sem me dizer nada, tão surpreso e comovido com a minha atitude inesperada.

— Você realmente acha que eu valo isso? – perguntei me afastando para olha-lo. – Por que eu sinceramente, não acho!

Ele me lançou um sorriso irônico, que eu não consegui entender.

— Sabe, a vida é uma ironia – ele refletiu olhando em meus olhos. – Todas as coisas que você mais quer, parecer ser sempre a coisa que está mais longe, que é quase impossível de alcançar, como se sempre tivesse uma desculpa para ir embora...

— Eu não estou dando uma desculpa – contestei. – Eu só não quero que você sofra por mim.

— E você já pensou o que eu quero, querida? – perguntou ele cheio de paciência, limpando as lacrima em meu rosto. Eu esperei ele mesmo responder. – Eu quero você! – disse ele beijando meus lábios, daquela forma que fazia eu me sentir a pessoa mais especial do mundo.

— Então você é a pessoa mais masoquista que eu conheço – disse quando ele se afastou um pouquinho, enquanto ria e chorava.

Ele rio também.

— E se isso não der certo? – perguntei. Eu as vezes não conseguia esconder de mim mesma o pensamento de medo de que tudo isso iria funcionar.

— Vai dar! – ele confirmou. – Você só tem que confiar em mim – pediu ele tocando a ponta do meu nariz.

— Eu confio! – afirmei, pensando como ele conseguia me fazer sentir assim, única.

 


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Notas finais do capítulo

Acontecimentos do próximo capitulo:
— Gosto de vir aqui Maxon confessou. Aqui é muito melhor que o meu quarto. Aqui eu me sinto em outro lugar, como se pudesse esquecer-me de tudo. Eu gosto de entrar em seu mundo, na sua vida...
— Mas na verdade não seria eu a entrar no seu mundo? perguntou America com um sorriso no rosto.
— Quando você vir para meu mundo, espero que você o transforme do seu!
Lia



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