A Seleção - A Um escrita por LiaAlmeida, Nina


Capítulo 12
Rainha Amberly


Notas iniciais do capítulo

Olá queridos leitores.
Mil perdoes por esse grande periodo sem postar, espero que ninguém realmente morreu...kkk :D
Eu recebi comentarios, mensagens nesse perido que estive fora... Obrigada por todos eles! Foram otimos!
Bem, aqui está um novo capitulo para vocês... Espero que gostem e me falem o que acharam, ok!
Boa leitura!



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O almoço foi mais do que irritante. Celeste e Kriss pegaram os lugares ao lado da rainha e eu pude escolher me sentar ao lado de Kriss – não que no momento eu gostasse mais dela do que de Celeste, mas pelo menos ela não me provocaria.

Por a maior parte do tempo ninguém disse nada, a não ser a rainha que fazia alguns comentários e mantinha um sorriso no rosto, mas estava claro que ninguém queria falar do que estava acontecendo e duvidava que o nome de Maxon iria ser citado.

- Desculpe-me , alteza! – comecei depois de estar fingindo mal estar. – Estou com um pouco de dor de cabeça... Poderia subir ao meu quarto?

- Oh, não deveria ir a enfermaria? – disse a rainha preocupada.

- Acho que não é necessário – contestei. – Não sou muito fã de analgésicos e tenho certeza que só um pouco de descanso já irá fazer com que eu me sinta melhor – insisti.

- Muito bem – disse a rainha. – Mas tarde espero vê-la melhor...

Eu sai em disparada pelos corredores e fui até onde Aspen me indicará.

- Pensei que iria esperar até a sobremesa – zombou Aspen encostado em uma porta.

- Há- eu fingi rir. – Eu realmente gostaria! – brinquei.

- Sempre a mesma America! – comentou ele abrindo a porta e me dando passagem. Eu entrei e dei uma parada brusca.

- Está me chamando de esfomeada? – falei fingindo indignação.  Aspen ergueu as mão se fazendo de inocente.

- Bem, irá fazer a ligação ou não? – Aspen perguntou para fugir do assunto.

Eu ri e olhei para a parede onde tinha um telefone instalado.  Dei um suspiro para tirar a ansiedade.

- Você deveria vigiar a porta – disse isso para não parecer tão obvio que eu queria ficar sozinha.

- Não demore muito! – ele me disse com um olhar desconfiado.

Eu peguei rapidamente o numero de telefone que Nicoletta me deu e freneticamente apertei os botões no telefone.

Chamanda... Chamando... Chamando...

- Alô? – uma voz disse...

- Alô! – eu respondi ansiosa. – Nicoletta? – perguntei .

- Questo! Chi sta parlando? – a voz parecia um pouco desconfiada em italiano.

- É America – eu respondi em inglês mesmo. 

- Ô! America! Muito bom, muito bom! – ela comemorou começando a falar em inglês. – Eu amei sua entrevista. - Molto buono!

- Muito bom! – eu repeti. – Que bom que me atendeu eu tenho pouquinho tempo...

- Sì, si,  certo! – ela respondeu. – O que incomoda você,  ragazza? 

- Bem, você havia me dito que se eu precisasse de sua ajuda era para eu ligar – a relembrei. – Então, acho que chegou a hora. Eu preciso da sua ajuda!

- Ô, certo! – ela afirmou aninada. – O que posso fazer para ajudar a ragazza?!

Eu suspirei e contei o meu plano a ela, da forma mais rápida e clara que poderia.

- Ô- ela exclamou de novo. – É certo! Isso será muito fácil! Molto buono! Eu vou adorar ser a sua referencia! – disse Nicoletta.

- Que bom! – respondi totalmente aliviada; apesar dela ter prometido me ajudar, ainda estava insegura se conseguiria. – Eu espero não estar incomodando!

- Non! – ela me tranquilizou. – Muito fácil o que me pede. Eu mais rápido do que você imagina estarei entrando em contato!

- Muito, muito obrigada! Grazie – disse em italiano. – Eu tenho que desligar, vou ficar aguardando...

- Não se preocupe, logo presto, você estará recebendo noticias minhas...

...

Eu disquei o numero de casa o mais rápido que pude.

- Alô! – ouvi a voz de May.

- May?! – eu quase gritei ao telefone. – É America!

- America! – ela exclamou feliz.  – Pai, mãe, America está no telefone.

- May, esculta! – chamei a atenção dela. – Você não pode contar a ninguém que eu liguei...

- Mas eu já chamei ...

- Não, papai e mamãe podem, mas ninguém, combinado?

- Tudo bem, mas quero mais doce...

Eu ri.

- Tudo bem, mas é muito importante que ninguém saiba....

-Tah! – ela disse entediada. – Papai está aqui.

- Te amo May – disse a ela com uma pontada de saudade.

- Eu também! – ela disse ...

- America?! – eu pai perguntou.

- Oi pai! – disse a ele. – Que saudades do senhor!

- Eu também filha – ele respondeu.  – Aconteceu alguma coisa?

- Não, não ainda – eu pedi para que ele tomasse cuidado e contei dos meus infortúnios com o rei...

- Eu realmente pensei que você fosse sair depois daquela intrevista...

- Pois é, foi por pouco, mas agora o que me preocupa é a segurança de vocês, por que por vcs eu volto...

- Não é necessário, America! – discordou meu pai. – Como eu disse está tudo muito seguro por aqui. Eles estão fazendo um trabalho de segurança maravilhoso, não a nada que você precisa se preocupar! – ele me acalmou.

- Que bom! – eu respondi mais feliz que nunca.  – Mas fiquem de olho, ok! Não deem bobeira...

- Filha, nós vamos ficar bem! – ele me cortou. – Agora trate você de ficar bem ai e não fazer nada que vá te prejudica, você poderá fazer muita mais diferença se vencer do que de qualquer outra maneira – meu pai me incentivou.

- Eu sei, mas estou fazendo isso por Maxon – admiti ao meu pai.  – Eu realmente o amo!

- Eu sei filha – ele confirmou, parecendo realmente saber. – Mas não deixe ele te fazer sofrer, ok?! Você é muito mais especial do que imagina e ser ou não a rainha não faz diferença se não for para te fazer feliz e as pessoas também...

- Obrigada pai! – disse a ele com lagrimas nós olhos. – Eu te amo muito, obrigada.

- America, já terminaram de almoçar! – entrou Aspen apressado.  – Precisamos ir.

- Tenho que ir pai! – disse a ele.

- Te amo filha.

Eu desliguei o telefone.

Depois de passar rapidamente na enfermaria, fiquei por horas em meu quarto para poder dar mais veracidade a minha ‘dor de cabeça. Mas Anne, Lucy e Mary me animaram. Eu contei o que tinha conversado com Nicoletta e as minhas chances pareciam ser boas...

Alguém bateu em minha porta e Anne foi atender:

- Corra senhorita! – ela pediu fechando a porta. – Deite em sua cama! A rainha está vindo!

Eu pulei em minha cama e deitando e fazendo cara de cansada. Eu já estava com roupas mais confortáveis e usando a calça que Maxon me derá, mas estava muito animada para alguém doente...

A porta de meu quarto foi aberta e a rainha entrou. E como se já houvessem combinada minhas criadas saíram e de repente me encontrei sozinha com a rainha Amberly.

- Como está, America? – a rainha pergunta se aproximando da minha cama. – Fiquei sabendo que passou na enfermaria – contou ela com preocupação.

-Sim – eu respondi e tomei cuidado para não gaguejar. – Eu achei que talvez devesse mesmo dar uma passadinha lá como a Senhora aconselhou...

- Que bom, e já está se sentindo melhor? – ela perguntou com um sorriso no rosto.

- Muito – disse me sentando. – Estou quase boa, acho que vou até descer para jantar! – falei com um pouco mais de animação.

- Que bom! – afirmou a rainha. – Gosto muito de você, America. Está sempre tão animada não quero vê-la doente.

Eu só sorri em resposta. Era estranho a rainha vir me visitar, nunca tinha ouvido que ela fizerá isso com qualquer outra participante e isso só podia ser bom, ou ruim...

- Eu também tenho uma grande estima pela senhora – contei. – A Senhora gostaria de mim como nora? – eu perguntei. Sabia que não era uma pergunta adequada, mas precisava entender mais a minha futura nora.

- Querida – ela disse se sentando a minha cama, com um ar informal, e a olhei surpresa, mas ela não se importou. – Eu quero que Maxon seja feliz, e espero que ele faça a melhor escolha possível...

- Você acha que ele já ama alguém o suficiente para essa escolha? – eu perguntei.

- Minha querida, eu sei que ele tem um carinho especial por você – ela foi direta. – Ele te manteve aqui acima de qualquer coisa, e eu realmente estimo isso em meu filho, acredito que o amor deveria reger todas as nossas decisões, mas alguém como ele... bem, poderíamos dizer que as vezes o amor não seja a melhor coisa que se deve seguir...

- O que quer dizer? – perguntei um pouco ríspida não gostando muito do ponto que ela estava levando a conversa.

- Realmente não fique chateada – pediu a rainha com um pouco de constrangimento. – America, você é tão especial, tão corajosa... Eu te admiro tanto. Você seria tão boa rainha se isso significasse realmente alguma coisa...

- O que exatamente está tentando me dizer?

- America, veja – a rainha agora estava sendo mais direta, quase tirando a máscara de rainha e sendo ela mesma. – Você consegue ver alguma diferença que eu faço aqui dentro? Você acha que ser rainha é algo que você realmente vai usar para mudar o mundo? – ela me penguntou.

- Eu ... – na verdade eu não sabia o que responder, nunca imaginei que estaria tendo uma conversa com a mulher Amberly e não a rainha Amberly. – Eu não sei o que posso fazer como rainha, mas eu amo Maxon e quero principalmente ficar com ele...

A rainha suspirou em um ato de discordar comigo.

- Acredito que todas nós que estivemos a ponto de ganhar pensamos o mesmo...

- Você casou por amor? – indaguei. – O que acha de errado nisso? Não está feliz com a escola que fez?

- Eu me casei por amor sim, casei por achava nobre o que eu poderia fazer... – ela disse com energia. – Mas o futuro de um rei é mais do que o amor, é mais simplesmente o que eles pensam que querem ser ou fazer. As coisas mudam America, e de repente você não conhece mais quem é, o que quer...

- Você está tentando me dizer que eu estou errada em querer continuar? – questionei sem deixa-la terminar de falar.

- Você é a que mais tem o meu apresso aqui, eu me vejo em você e é por isso que me preocupo com as suas escolhas – ela disse e eu vi honestidade nela. – E eu sei que Maxon te ama, ela não te deixaria tanto tempo aqui se não fosse isso, mas não acho que ele será feliz se te escolher – ela foi enfática.

- Por que? – eu não estava entendendo, se ela gostava de mim...

- Se ele não fosse o futuro rei, e não tivesse tudo que essa vida de futuro rei o espera, você seria mais que perfeita, mas para o bem dos dois e verdadeira felicidade, ele não deveria te escolher, isso será um peso para os dois...

- Eu realmente não posso entende-la – confessei perplexa. – Você diz que gosta de mim, mas quer que eu não ganhe...

- A melhor coisa para você será sair...

- Não, não é! – discordei. – Eu amo Maxon, ele me ama como isso não pode ser o suficiente? Como ele poderá ser feliz com alguém que não ama, como pode achar isso?

- Eu sei o que eu estou falando, America – ela me cortou. – Eu sei o que vai acontecer se ele te escolher, eu sei como ele tem que ser, eu sei como será para você – ela falou rápida, na tentativa de se explica.

- Se você sabe, então me fale! – pedi. – Eu devo me preparar, eu devo saber para tentar evitar que isso aconteça...

- Não tem como evitar, America – disse a ela mais uma vez me contando. – A melhor coisa a ser feita é você desistir disso, você será mais feliz fora desse mundo e Maxon será mais feliz se não tiver que te fazer infeliz...

- Me fazer infeliz?

- Isso, exatamente isso – a rainha deu uma pausa e respirou voltando a compostura. – Ele é uma boa pessoa, tenho certeza que ele será um melhor rei que seu pai está sendo, mas eu sei que ele não poderá alcançar todas as suas expectativas, e isso vai deixa-la infeliz, exatamente como aconteceu quando eles mandaram chicotear aquela pobre menina...

Dessa vez eu não respondi, ela tinha pego em meu ponto fraco, eu sabia que aconteceriam muitas coisas que eu não poderia evitar, mas eu já tinha decidido lutar pelas coisas boas...

- Eu não posso desistir, por Maxon... – tentei explicar a ela agora sendo mais humilde. – Eu tenho que arriscar por ele...

- É exatamente isso que vai fazê-los sofrer – disse a Amberly como se tivesse desistido de tentar me convencer. – Vocês estão fazendo em nome do amor o que só vai trazer dor...

- Eu sinto muito! – disse não tendo mais nada que quisesse falar para me defender.

- Eu também! – ela disse se levantando. – Espero que pelo menos pense no que eu te falei...

- Eu já pensei!

- Otimo! – a rainha deu um suspiro e voltou totalmente para com a postura que entrou ao quarto. – Apesar de tudo, se resolver continuar e vencer, pode contar comigo.

- Obrigada! – disse tentando forçar um sorriso.

- Nós vemos no jantar, America!

Quando ela saiu eu voltei a me deitar. Não acreditava que eu tivesse tido essa conversa com a rainha. Não conseguia entender porque ela me dissera todas essas coisas, agora minha cabeça estava muito confusa... Mas talvez eu realmente tivesse perto de vencer, se até mesmo a rainha estava me incentivando a desistir...

- Maxon! – eu murmurei. Estava fazendo tudo isso por ele...


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Notas finais do capítulo

Quando soa o alarme de invasão America é salva por Aspen, mas no meio dessa confusão ela o pega agindo de uma maneira que não consegue entender.
America tenta investigar a vida da rainha, e apesar de sempre poucas coisas que descobre, são todas um pouco alarmantes.
O que será que America irá fazer ao desconfiar que a vida como rainha está bem longe do que imaginou ser?