A Elfa Escarlate escrita por Koda Kill


Capítulo 11
A maldita lista do professor mais gato


Notas iniciais do capítulo

Luna está de volta à detenção com o professor que ela odeia. O que será que vi rolar dessa vez?



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— Muito bem parece que pelo menos está sóbria dessa vez – Disse ele com desprezo enquanto eu chegava para mais um dia de tortura, digo detenção. Ele parecia estar irritado. O q sinceramente já dava uma melhorada automática no meu humor independente do seu comentário. – Vou começar com algo bem simples. Esse centro de treinamento está uma bagunça, então você pode começar colocando tudo no lugar.

Olhei ao redor. Será que ele estava ficando doido? Tudo estava na mais perfeita ordem. Olhei uma segunda vez pra ter certeza, procurando QUALQUER coisa que pudesse estar no lugar errado, mas sinceramente não tinha nada. Olhei para sua cara entediada e irritada. Eu mal havia chegado, não tinha nem dado tempo eu fazer nada, porque ele já estava irritado comigo? Talvez me odiasse tanto quanto eu o odeio, parece lógico. Pensei nas milhares de maneiras que esse tempo poderia ser melhor aproveitado além de ficar sendo torturada por esse idiota. Bebendo, estudando, ate mesmo treinando! Eu estava em um centro de treinamento afinal.

— Você sente prazer em me torturar ne? – Perguntei de maneira direta. Isso arrancou um sorriso maléfico do seu rosto.

— Sim. – Disse ele sem rodeios. Fiquei chocada por um segundo, ele nem mesmo tentou mentir ou disfarçar. Bom, pelo menos admiro sua sinceridade brutal. Aquele sorriso era perverso.

— Pra um mago imperial você parece bem perverso -Soltei venenosa. Ele apenas levantou as sobrancelhas. Talvez tenha subestimado o poder da fofoca do instituto. Ou melhor da Ava. — Não tem nada aqui fora do... – Antes mesmo que eu pudesse terminar a frase todas as coisas caíram das prateleiras, armários e gavetas. Simplesmente saltaram para fora espontaneamente e caíram pelo chão se espalhando com um barulhão que deve ter assustado quem estava do lado de fora. Se tivesse alguém ali.

Meus braços caíram frouxos. Discutir seria ainda pior, não queria um segundo a mais de detenção além do que já havia conseguido. Então me forcei a guardar todos os xingamentos que vinham à minha mente e comecei a recolher os aparadores, bastões, espadas de treino e tudo o mais. Levou um tempão pra conseguir recolher tudo e minhas costas estavam me matando. Eu já estava sonhando com um banho de agua quente e com ataduras de ervas medicinais. Sim, nossa isso seria o paraíso. Sorri quando finalmente coloquei o ultimo e pesado escudo na parede e me aproximei triunfante.

— Ok, tudo certo. – Will levantou os olhos do livro que estava lendo. Fiquei curiosa pensando sobre o que seria, mas estava em uma língua antiga que eu não entendi. Ele baixou o livro e correu com seus olhos amarelos pelo centro de treinamento.

— Muito bem. – Disse ele fechando com força o livro em suas mãos. – Você esta...aaa.. Atchim! – Espirrou ele. Juntamente com o seu espirro, todas as coisas saltaram pelo chão novamente. Meus ombros caíram desanimadamente. Só pode ser brincadeira.

— Você fez isso de propósito! – Ralhei irritada.

— Fiz é? – Disse ele sorrindo. – Infelizmente só posso libera-la quando tudo não estiver no seu devido lugar e como você pode ver, o centro está uma bagunça. Não se esqueça, um verdadeiro guerreiro nunca deixa as coisas pela metade. – Disse passando a mão na minha cabeça enquanto ia em direção à porta. Senti minha cara ficar vermelha de puro ódio. Que injusto! Ele fez de propósito só para me torturar. Minhas costas estão me matando. – Assim que terminar pode ir embora, confio em você. – Disse me dando um olhar torto antes de sair pela porta.

Agarrei a primeira coisa que vi e arremessei contra a porta onde ele havia estado a apenas um minuto. Que homem desprezível, como eu odeio esse mago presunçoso. - um verdadeiro guerreiro nunca deixa as coisas pela metade – Falei fazendo uma imitação sarcástica da sua voz. – Eu tinha terminado antes de você bagunçar tudo de novo! – Pensando bem, ele não estava ali certo? E poderia arrumar tudo com um estalar de dedos. Quer saber eu ia era embora. Fui em direção à porta e coloquei a mão no trinco.

Girei algumas vezes ate perceber que ele deve ter colocado algum encantamento. Confio em você uma ova! Ele me trancou ali até eu terminar. Bufei frustrada e voltei a guardar as coisas. Levou mais uma hora pra eu conseguir terminar de guardar tudo novamente e quis sair bem rápido antes que tudo desmoronasse de novo. Mas ao olhar em direção à sua mesa eu tive uma ideia melhor. Andei bem rápido até lá e comecei a fuçar nos seus papeis. A maioria estava naquela língua estranha que eu não entendia nada. Passei reto pela lista dos professores mais gatos. Espero que ele não tenha ligado isso a mim.

Tinha muita coisa ali que eu não entendi, mas em alguns documentos dava pra ver o selo da família imperial. Talvez os rumores fossem mesmo verdade. Encontrei um documento particularmente interessante. Tinham muitos termos técnicos e códigos, mas dava pra entender que eram protocolos de alguma batalha contra trolls. Eu não sabia que ainda estávamos em conflito.

— O que você pensa que esta fazendo? – Sua voz grave surgiu por trás bem no pé da minha orelha. Quase tive um infarto ali mesmo.

— Mas que merda! – Gritei assustada jogando seus papéis para o alto sem querer. Virei para will que me encarava com um olhar mortal a uma distância de 10 centímetros da minha cara. – você quer me matar de susto?

— Confesso que o pensamento está passando pela minha mente no momento. – uau ele estava mesmo com raiva. Ele se inclinou na minha direção e eu tentei recuar como pude visto que estava encurralada em sua mesa. Comecei a suar frio.

— Estava procurando por isso? – Disse ele balançando a lista amassa na minha frente.

— Claro que não! – Senti meu rosto ficar vermelho de vergonha. Então ele achava mesmo que era minha. Que merda Íris. – Isso não é meu e sim daquelas ninfas facilmente impressionáveis.

— Seu rosto vermelho está contando outra história. Então você me acha um gato é isso? E está com vergonha de eu saber? – Nossa eu queria muito morrer naquele momento. Ele ficou ainda mais próximo de mim talvez pra me provocar e causar uma reação. Eu com certeza estava nervosa, mas não por causa da sua proximidade nem nada assim e sim por toda a situação de ter sido pega no flagra e ainda mais aquela lista idiota.

— O mundo não gira ao seu redor sabia? Eu não estou nem aí pra essa lista idiota. – Nossos rostos estavam tão próximos que eu podia sentir sua aura mágica me segurando no lugar.

— Então você estava espionando os assuntos imperiais? – Merda porque eu não aceitei essa história da lista. Ele me deu de bandeja. Senti meu sangue gelar. Seu olhar era assustador, eu não conseguia me mover e mesmo que eu conseguisse ele havia me prendido colocando suas mãos na mesa ao meu redor. Senti meu coração bater desesperado enquanto eu tentava pensar em algo freneticamente.

— Eu só estava arrumando sua mesa. – Falei da maneira mais inocente que consegui. Ele ficou estático por alguns segundos enquanto eu escutava as batidas do meu coração. Quem sabe não seriam as últimas. Sustentei seu olhar amarelo e ele pareceu recuar.

— Nunca mais mexa nisso. – olha eu sou super durona, mas confesso que quase me mijei nas calças. Não consegui nem abrir a boca. – Odiaria ter q sujar minhas mãos com o seu sangue. – Disse ele com um sorriso meigo que não combinava em nada com suas palavras. Talvez só quisesse me assustar. Se for o caso, ele conseguiu. Senti sua mão de novo na minha cabeça como se ele estivesse dando tapinhas da cabeça de uma criança ou passando a mão em um cachorro.

A discrepância das suas palavras e da sua atitude era realmente assustadora. Que pessoa imprevisível. Ainda assim ele estava blefando certo? Certo? Eu não conseguia me convencer totalmente disso não, não... um professor matar uma aluna é algo que nunca se ouviu falar, certo.

— Não fique tão séria, estou só brincando com você. – Disse ele sorrindo, mas seu sorriso logo morreu e ele voltou a uma expressão neutra. Será mesmo q estava? Eu não conseguia distinguir. Que cara assustador. – Mas sério, não mexa.

— o-Ok. – gaguejei assustada. Ele se inclinou novamente na minha direção e sussurrou no meu ouvido.

— Até amanhã Luna – e então sumiu novamente. Fiquei ali ainda paralisada de medo por alguns minutos até conseguir lembrar como andar novamente. E então voltei silenciosamente para os dormitórios. Tudo bem, você ganhou dessa vez Will. Vou te mostrar que não tenho medo de você. Disse para mim mesma morrendo de medo.

 


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Notas finais do capítulo

Eitaaaaaaaaa... O que será que vai acontecer daqui pra frente. Se estiver gostando, deixa um comentário, me estimula muito.



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