A Escolha escrita por Nyx


Capítulo 10
Confirmação




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Como uma pessoa podia ficar feliz e triste ao mesmo tempo. Ele ter ido atrás de mim não tinha preço. Quando ele me disse que estava apaixonado por alguém minha vontade foi de me matar. Chorar até morrer. Minha cabeça estava fervendo há cinco dias. Ele tinha dito que me amava. Ele me amava.  O chão podia abrir e me engolir. Ele nem esperou uma resposta minha. Ela não ouviu quando eu respondi que também o amava. Mas então porque eu não conseguia ficar feliz? Que complicações eram essas? Por que não podíamos ficar juntos? Eu queria estar com ele.

O casaco dele ainda estava comigo. Não pensei muito. Quando se tratava dele, eu pensava menos que o habitual. Dobrei o casaco e sai. Eu ia devolvê-lo. Nós tínhamos que conversar. Esta situação não podia ficar assim. Eu estava confusa. Eu ia enlouquecer.

Mas eu não sabia onde ele morava. E não sabia o nome dos pais dele. Como eu ia fazer?

Não importava. Podia durar o dia todo. Mas eu ia conseguir achar o caminho.

Não tinha sido tão difícil achar a casa dele. Ele morava perto da entrada da floresta. Todo mundo conhecia todo mundo neste reino. E acho que não poderia haver outro Jack com a descrição que eu dei para o senhor que eu tinha pedido informação.

Então era isso. Eu estava aqui. Na porta da casa dele. Agarrada no casaco dele, como se minha vida dependesse disso. E acho que dependia!

Respirei fundo e bati. Uma senhora abriu a porta.

Senhora: Princesa!

Ela se curvou na mesma hora!

Merida: Não precisa se curvar. Está tudo bem.

Senhora: O que eu posso fazer pela senhorita?

Merida: É aqui que o Jack mora?

Senhora: Jack? Sim. É meu filho.

Merida: E ele está em casa?

Senhora: Está sim. Entre Princesa Merida.

Merida: Obrigada.

E eu entrei com o coração quase correndo do meu peito. Agora eu já sabia que ele gostava de mim. E a sensação era imensamente mais forte.

Senhora: Pode se sentar.

Merida: Obrigada. Mas está tudo bem.

Senhora: Já vou chama-lo.

Ai, era agora. Não dava para sair correndo. Eu não ia mais fazer isso. A situação não podia ficar deste jeito.

Vi que tinha uma garotinha brincando num cantinho. Devia ser irmã dele. Ela era uma gracinha e sorriu pra mim. O sorriso dela era parecido com o dele.

Jack: Merida!

E então ele estava ali. E eu só consegui sorrir.

Senhora: Jack se curve. É a princesa.

Jack: Ela sabe que não me curvo.

Merida: Não precisa.

Jack: O que faz aqui?

Merida: Eu quero conversar com você.

Jack: Eu acho que não é uma boa ideia.

Senhora: Jack!

Merida: Mesmo que você não queira falar comigo, eu vou falar com você. Senhora, pode me dar licença por alguns minutos?

Jack: Não vai ser preciso. Venha.

Ele pegou na minha mão e me levou para fora. Eu quase desmaiei de tanta emoção. A mãe dele não entendeu nada.

Merida: Obrigada.

Senhora: Volte sempre.

 E quando estávamos fora da casa, ele soltou minha mão e começamos a caminhar. Ele não disse mais nenhuma palavra. Mas quem queria falar com ele era eu. Então eu tinha que começar.

Merida: Jack, eu...

Jack: Não precisa dizer nada. Sobre o outro dia...

Merida: Sobre o outro dia nada! Eu te chamei para conversar. Eu que vou falar. E você vai ficar calado e me ouvir.

Pude ver o susto que ele tomou, porque ele parou e ficou me olhando com uma cara de espanto.

Merida: Tome, trouxe sua capa. Obrigada por me emprestar.

Ele pegou a capa e colocou sobre uma caixa de madeira que tinha ali.

Merida: Você não disse o que queria? Então agora eu vou dizer o que eu quero. Venha.

Então eu entrei na floresta. Não queria ninguém ouvindo o que eu ia dizer para ele. Havia um ponto na floresta que era um dos meus lugares favoritos. Era plano e tinha algumas pedras em volta. E o mato ali era bem baixinho, como se fosse grama.

Ele me seguiu sem dizer uma palavra. Mas não tinha problema. Eu não ia voltar atrás. Quando chegamos lá, eu fiquei de costas para ele e comecei minha confissão.

Merida: Eu não sei o que aconteceu com a gente. Eu não consigo entender até agora. Mas eu preciso saber antes se eu não entendi errado. Você disse que me amava. Eu ouvi direito?

Ele ficou em silêncio. Eu quase me desesperei. Fui até ele e perguntei de novo.

Merida: Eu ouvi direito? Você disse que me amava?

Jack: Sim. Você não ouviu errado.

Eu não estava me cabendo. Queria soltar fogos, mas não era o momento.

Merida: Jack, eu sinto o mesmo. Eu amo você. Acho que te amei desde a primeira vez.

Ele estava paralisado. Ele só me olhava.

Merida: No início eu achei que era implicância, mas depois, você tomou conta de todos os meus pensamentos. Eu não conseguia fazer nada sem pensar em você! Quando percebi, você já tinha se tornado o centro do meu mundo, do meu ser. Eu não consigo ser mais quem eu era. Porque eu quero estar com você.

Ele não teve reação nenhuma. Aí me preocupei. Ele não tinha nem gritado. Algo devia estar errado. Ai, será que eu tinha ido longe demais? Não importava. Estava me sufocando aquilo. E se ele me amava, ele tinha que entender.

Merida: Lembro-me de tudo o que você  falou, mas não quero pensar nas suas complicações. Jack, você é o amor da minha vida. Eu não quero e nem vou querer saber de mais ninguém!!!!! Pra mim importa estar com você.

Eu não resisti e o abracei.

Merida: Não sei o que se passa com você, mas queria que entendesse como você me afeta. Eu amo você mais que tudo.

E então veio a reação. Ele me apertou entre seus braços e segurou meu queixo com uma das mãos.

Jack: Que feitiço você lançou em mim?

E ele me beijou e acho que eu morri! Meu primeiro beijo. No meu lugar favorito da floresta. Em quem eu amava. Podiam ter existido dias de dor, mas o que eu estava sentindo agora era inexplicável. Os lábios dele eram suaves e carinhosos. E as mãos dele passaram por baixo do meu cabelo e apertaram minha nuca, pressionando meu rosto cada vez mais no dele.

Não sei das outras meninas, mas meu primeiro beijo não podia ser mais perfeito!


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