- Vai ficar ai rindo da minha cara? – ela inquiriu irônica e com um sorrisinho presunçoso.

- Não, eu vou esperar, como uma pessoa inteligente! Afinal, quando Mac e os outros saírem daqui vão ver meu carro lá fora! – Flack falava sentando-se ao lado dela na cama.

- Mas, isso pode demorar horas! – ela reclamou um pouco assustada.

- Ah, qual é! Até parece que nunca ficou presa em uma emboscada ou algo do tipo...

- Eu evito isso. – ela foi direta. – agora será que podemos manter o silêncio? Realmente é algo que eu aprecio muito! – ela pediu e virou-se para o lado oposto ao dele.

Don tentara de todas as formas abrir a porta até mesmo tiros ele disparou, mas parecia que era impossível de ouvir.

Outra coisa que ele tentava de todas as formas era entender aquela mulher ali com ele. Ele sempre conquistava todas somente com seu olhar, mas ela não, ela não queria nada com ele, e pelo visto nem com ninguém.

Quem sabe ele e Danny apostariam nela? Mas, isso era pra depois, quando ela se acostumasse com eles. Afinal, de onde ela vinha, por que tinha aquele gênio difícil? Ele bufou e socou a porta mais uma vez.

- Você quem dizia que iria esperar... – ela ironizou mais uma vez.

- Você quem disse que apreciava o silêncio! – ele usou o mesmo tom.

Ele só a ouviu suspirar e deitar-se na cama, olhando pro teto.

- De onde você era? – Don indagou e ela o encarou.

- New Jersey.

- A cidade do Bom Jovi! – Don disse e ela deu um grade sorriso pra ele. – pelo visto você gosta!

- Sim, muito! Ele fará uns shows aqui, você deveria comparecer! – ela disse e continuou a encará-lo.

- Shot to the heart and you're to blame

Darlin' you give love, a bad name

An angel's smile is what you sell

you promise me heaven, then put me through hell

Chains of love, got a hold on me

when passion's a prison, you can't break free – Don cantou divertido.

Jess sorriu e continuou.

- You're a loaded gun

yeah, whoa...

There's nowhere to run

No one can save me

The damage is done – ela cantou e os dois se prepararam para o refrão.

- Shot through the heart

and you're to blame

You give love a bad name

I play my part and you play your game

You give love a bad name

You give love a bad name – os dois cantaram juntos e depois riram.

- Você entende do assunto Bom Jovi! – ela disse sorrindo.

- É... Você também não canta mal! – Don disse sorrindo pra ela. – e como você veio parar aqui em NY?

- Meu chefe lá em Jersey me aconselhou a vir pra cá! Eu gosto de ação e as ruas de NY me proporcionariam isso! – ela falava gesticulando com as mãos.

Ele percebeu que essa era uma das manias dela, além da de suspirar quando estava entediada, ou chateada, ou até mesmo confusa.

- Acredite tem muita ação nas ruas de NY! De todo o tipo! – Don foi um pouco malicioso nesse quesito, e ela percebeu.

- Você podia me mostrar a cidade qualquer dia! E as ações que ela proporciona! – ela disse entrando no jogo que ele nem sabia ter começado.

- Com prazer! – ele sorriu galanteador. – mas, você é minha superior, vai sair pelas ruas caçando foras da lei?

- Cargos são só condecorações! – ela disse e ele se surpreendeu. – eu fui promovida muitas vezes na minha vida, mas eu gosto de correr atrás dos caras três vezes maiores do que eu! E ter o prazer de colocar algemas nos braços deles! – ela falou como se vivesse um sonho.

- E isso é perigoso, você sabe né?

- Me diga o que hoje em dia não é perigoso?

- Verdade, mas isso não é motivo pra você sair por ai dando uma de valente! – Don falou um pouco preocupado.

Já tinha visto mulheres determinadas, obstinadas, mas aquela passava dos limites e se não tomasse cuidado iria se machucar, Nova York não era como Nova Jersey e ele disse isso a ela.

- Eu sei que não é! Mas, eu não tenho medo e é por isso que quando estivermos numa perseguição, você não fará como meu pai e me parar quando estou prestes a pegá-lo.  

- Seu pai já fez isso?

- Já! Trabalhamos juntos no último ano dele! – ela falou desviando o olhar.

Eles ouviram um barulho vindo do lado de fora. Jess foi para a porta e bateu nela.

- Hey quem está ai?! Don? É você?! – uma voz feminina dizia do outro lado da porta.

Don reconheceu sendo de Stella.

- Sim! Stell! Estamos presos! E não encontramos nada aqui pra abrir a porta! – Flack disse.

- Tudo bem! Vou encontrar algo e abro ela! Fiquem afastados. – ela disse e se afastou.

Minutos depois estavam descendo as escadas Jess, Stella e Don.

- Nossa! Vocês estavam mesmo nessa casa?! – indagou Sheldon.

- Nunca imaginei que teria uma ala oeste como no filme da bela e a fera! – disse Lindsay.

- Agora que todos estão bem, podemos ir não é? – inquiriu Don.

- Hey, quem é você? – perguntou Danny qua não conhecia Jess.

- Jessica Angell!, me chame de Jess. – ela falou forçando um sorriso.

- E que Angell! – falou Danny apertando a mãe dela.

Lindsay revirou os olhos e depois encarou Stella que tinha um sorriso maroto nos lábios.

- Jess! – um homem entrou na sala agora livre dos corpos.

- Hey Charles! – ela disse indo até ele.

- Fiquei sabendo que ficou presa, você ta legal? – ele perguntou a encarando preocupado.

- Como se você se importasse! – ela disse passando por ele. – vejo vocês no interrogatório! – ela levantou a mão e acenou pros CSI’s e Flack.

Aquela Jessica era mesmo uma caixa de pandora.

...

- E ai cara! – exclamou Flack chegando na sala de reuniões do laboratório.

Danny havia dito que queria falar com ele e lá ele estava.

- Fala chegado! – exclamou Danny feliz demais pro gosto de Flack. Quando ele vinha assim, coisa boa que não era.

- O que quer?! – o moreno detetive foi direto.

- Calma chegado! – Danny desconversou. Mas, Flack o encarou duro. – ta bem! Aquela morena, a Jess! Ainda ta livre, ou tem alguém no pé dela?

- Pra quê você quer saber isso?

- Dã! Pra colocar alguém na fita dela que ao é! Por que um cara pergunta isso pra um amigo que trabalha com ela? Poxa Flack, você era mais esperto!

- Ta bom Danny! Não tem ninguém saindo com ela! Não por falta de cantadas! – Donald disse um pouco desconfortável.

- Ótimo! Vou chamá-la pra sair!

- Não vai funcionar.

- E por que não?

- Oras, se ela quisesse algo já tinha conseguido cara! Ela é o tipo de mulher que quando quer, tem, entendeu?! – Don disse e deu um sorriso pra si mesmo.

- Já entendi tudo cara! – Danny falou um pouco bravo se aproximando ameaçadoramente do amigo.

- Entendeu o quê?

- Você ta afim dela! Desde que ficou no quarto traçado! E isso já faz dois dias! O que aconteceu lá?! Vocês se beijaram? Você confessou o que sente?

- Tá maluco é?! Eu não sinto nada por ela! – Flack falava confuso, nem ele mesmo sabia o que se passava na sua cabeça.

- Ah cara admita o que você sente e tudo fica muito mais fácil! – Danny disse e saiu da sala deixando Flack bem confuso...