A Love That Consumes You escrita por Liah Salvatore


Capítulo 4
Capítulo 4


Notas iniciais do capítulo

Novo capítulo pra vocês, girls!

Espero que gostem!



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Damon descansou a cabeça no encosto alto da poltrona.

- Fique longe dela. – Stefan repetiu.

- Ela? – Damon perguntou sem tirar os olhos das chamas na lareira.

- Você sabe de quem eu estou falando, Damon.

- Elena.

- Sim. Elena. O que você fez hoje… - Stefan começou, esperando que Damon olhasse pra ele, mas isso não aconteceu. O Salvatore mais novo continuou: – O que você fez hoje não pode se repetir. Você não pode entrar na vida dela, Damon. Você sabe que não deve fazer isso.

- Eu sei?

- Sabe, é claro que sabe. Elena não precisa de mais essa complicação. Ela acabou de perder os pais, tem estado deprimida o verão inteiro. Ela não precisa ser envolvida no seu mundo. Isso não vai tornar as coisas mais simples para ela.

- Foi Elena quem te mandou dizer tudo isso? – Stefan não respondeu. – Você sabe muito sobre ela, aparentemente.

Stefan vacilou por um instante.

- Eu tenho observado.

- Espionar adolescentes? É o seu novo esporte? - Damon sorriu, irônico.

- Isso não é brincadeira, Damon. Você não vai jogar um dos seus jogos aqui.

- Falando em jogo, você vai mesmo entrar pra aquele time de futebol? Você joga bem, Stef!

Stefan ficou confuso.

- Como sabe sobre isso? Desde quando você está aqui?

Damon deu de ombros.

- Elena disse que faz quatro meses. O quê exatamente faz quatro meses?

- Não é assunto seu. – Damon disse friamente.

- Quatro meses é o tempo que passou desde que eu a salvei no acidente. Você teve a ver com isso, não teve?

Damon respirou fundo.

- Não, Stefan, eu não tive nada a ver com isso. Ao contrário de você, irmãozinho.

- Isso não importa. – Stefan disse recuperando a confiança do início da conversa. - Não importa o que você fez a ela há quatro meses ou o que fez hoje. O que importa agora é que isso não vai acontecer de novo. Eu estou aqui, Damon, e não vou permitir que você jogue um dos seus jogos com ela. Ela é uma garota, não um brinquedo. Elena não vai ser uma bolsa de sangue nas suas mãos.

Damon se levantou e encarou o irmão pela primeira vez na noite.

- Porque é claro que você está aqui para garantir isso. Porque perto de você as pessoas ficam seguras, elas nunca se ferem quando Stefan, o herói, está lá por elas. Graças a você Elena está viva e graças a você é assim que ela vai continuar, certo?

- Despeje toda a sua ironia em mim, mas isso não vai mudar o fato de que nós dois somos diferentes. Você fere as pessoas, Damon. Você mata e não se importa. Você abraçou o vampirismo e deixou isso te dominar. É por isso que você não pode e não vai se aproximar da Elena outra vez. Porque você é um doente!

Damon fez um movimento rápido e prendeu Stefan contra uma parede, segurando-o pelo pescoço. Então, com o rosto bem próximo ao do irmão, disse em voz baixa, ao mesmo tempo em que ia apertando cada vez mais os dedos, bloqueando a respiração de Stefan:

- Quer falar sobre comportamentos doentios? Então fale sobre como um vampiro de 162 anos se infiltra no ensino médio para se aproximar de uma adolescente que ele passou meses observando. É isso que você chama de saudável?

Stefan tentou responder, mas tudo o que saiu foi um ruído desconexo.

- Eu não entendi. É isso que você chama de saudável?

Damon continuou segurando-o por mais alguns longos segundos, até que finalmente soltou o pescoço de Stefan e se afastou a passos lentos, enquanto o irmão recuperava o ar.

- Aqui há dois vampiros, mas apenas um doente, Stefan. E nós dois sabemos muito bem quem é.

.

- Como assim esse cara tinha o seu livro?!

Bonnie estava sentada aos pés da cama de Elena e olhava para a amiga estupefata.

- Ele disse que eu deixei cair na saída do Grill.

- Não, isso é impossível! O livro ficou comigo, como eu falei ontem. Eu percebi quando você saiu, eu até ia correr pra tentar te alcançar, mas a Car me puxou pro banheiro, depois nós juntamos tudo e saímos pra ir naquela loja que ela queria. – encheu a boca de pipoca e quase cuspiu quando percebeu o elo: - Elena!

- O quê?! – Elena disse quase virando a lata de refrigerante sobre a cama. – Se eu derramar isso aqui, Jenna me mata!

- Ele roubou o livro!

- Ele não é um ladrão, Bonnie.

- Não disse que roubou no sentido de roubar, disse no sentido de ter um pretexto pra vir até você. É óbvio, não? Ele estava no Grill nos vigiando, ou melhor, te vigiando e, quando você saiu, ele precisava de um motivo pra se aproximar.

Elena pensou um pouco. De fato, era muito óbvio o que Damon tinha feito na noite anterior, ela já havia chegado a essa conclusão logo após receber a ligação de Bonnie. Mas não fazia muito sentido Damon agir de forma tão calculada para só entregar o livro a ela e ir embora sem dizer mais nada. Além disso, ela tinha certeza de que Damon não poderia estar no Grill sem que ela tivesse percebido.

- Acha que isso faz dele um psicopata?

- Talvez.

Elena estava séria. Bonnie riu.

- Acho que isso faz dele um pretendente seu – disse com um sorriso.

- Não, não tem nada a ver.

Bonnie continuou sorrindo, agora maliciosamente, e Elena deixou-se cair de costas na cama.

- Estou ferrada!

- Por quê? Agora você pode provar a Caroline que ainda é capaz de conseguir seus próprios encontros e ela vai parar de te jogar pra cima daquele garoto.

- Bonnie, não é assim. – Elena tentou explicar. – Ele aparece e some…

- Ligue pra ele, o que está esperando? Cadê aquela garota que tomou a iniciativa do primeiro beijo com Matt?

Elena riu. – Bonnie, eu já conhecia o Matt desde sempre. Eu nem tenho o telefone dele, não sei onde mora…

- Podemos descobrir. Qual o sobrenome dele?

- Salvatore. Damon Salvatore. Tudo o que sei sobre ele é que é lindo e costuma se materializar na minha frente.

- Lindo?

- Não. Lindo.

- O suficiente pra você tomar a iniciativa?

- Que diferença faz se eu não sei aonde ele anda?

- Só tem um motivo pra ele ter feito o que fez ontem, amiga. Esse cara quer algo com você. Logo, ele vai voltar.

- E sumir em seguida, se esse é o padrão dele.

- Não se você tomar a iniciativa.

- E o que eu faço? Pulo no pescoço dele talvez?

- Talvez – Bonnie respondeu rindo. Elena jogou um travesseiro na amiga.

- Vocês precisam parar de tentar me arranjar encontros! – riu e Bonnie fingiu preocupação:

- Elena, você não transa há quatro meses!

.

Elena estava tentando ligar pra Jeremy, que já devia ter chegado em casa duas horas antes, quando viu alguém pela janela. O vulto se mexeu entre as árvores e ela imediatamente cancelou a ligação para o irmão e discou o número da emergência. Não arriscaria deixar alguém entrar na casa.

O serviço demorou a responder e o vulto se mexeu novamente, dessa vez se mostrando. Elena largou o telefone sobre a cama e desceu as escadas correndo.

- Damon! – chamou quando abriu a porta da frente. Ela esperou, mas ninguém respondeu. Começou a achar que tinha se enganado e se amaldiçoou por ter deixado o celular lá em cima. – Damon?

- Sim?

Elena quase pulou.

- Não faça isso! Sério, Damon, você não poderia aparecer de uma maneira mais convencional? Talvez de forma que eu possa te ver chegando e não surgindo do nada.

- Vou me lembrar disso da próxima vez.

Isso lembrou Elena da conversa com Bonnie mais cedo. Próxima vez.

- O que quer?

- Eu? Nada.

- Nada? Por que está aqui então?

- Eu não estava aqui. Ia passando e você chamou.

Elena o encarou. Não estava entendendo mais nada.

- Que jogo é esse, Damon?

Ele ficou sério.

- Não há jogo.

- Então, me explique o que está acontecendo aqui porque eu não consigo entender. – ela sorriu pra que ele visse que ela não estava brava, apenas confusa.

Damon deu dois passos e parou a uns trinta centímetros dela. Perto o suficiente para Elena sentir a respiração dele. Tome a iniciativa. Ok, lá vai…

- O que acha…

- Você vai fazer alguma coisa amanhã?

- O quê?

- Amanhã haverá um dos eventos pra arrecadar fundos para a festa dos fundadores. Talvez eu pudesse acompanhá-la.

Elena permaneceu calada. Os olhos dele são tão azuis…

- Se você ainda não tiver companhia, é claro. – ele esperou. Nenhuma resposta. – Elena?

- É claro, quer dizer, sim, sim. Eu quero ir com você.

Ele sorriu e Elena notou algo no olhar dele, mas não identificou o que era.

- Ótimo. Até amanhã. Boa noite, Elena.

Ela ficou sorrindo de volta pra ele, esperando que ele partisse.

- Achei que tinha se despedido...

- Sim, eu estou esperando você entrar.

- Oh, sim. Claro. Boa noite, Damon.

Ele sorriu e ela fechou a porta, se encostando nela pelo lado de dentro.

Tinha um encontro com Damon Salvatore.


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Notas finais do capítulo

Então, ansiosas pelo primeiro encontro de Damon e Elena?

Comentem, nem que seja pra dizer do que não gostaram, ok?

Até o próximo!
Xoxo ;)