A Love That Consumes You escrita por Liah Salvatore


Capítulo 23
Capítulo 23


Notas iniciais do capítulo

Hey, guys!

Primeiramente, meu muito obrigada a Laís que recomendou a fic *-----*, e disse que essa história é tudo o que as delenas gostariam de ver em The Vampire Diaries. Wow, não se chega a tanto rsrs, eu particularmente amo o trabalho de Julie Plec e Caroline Dries #mejulguem, mas você não tem ideia do quanto é gratificante ler isso, Laís. Espero sinceramente continuar fazendo-a se apaixonar a cada capítulo. Mais uma vez, muito obrigada! :))))))

Já era pra ter postado no meio da semana, I know, mas esses dias eu fui intimada por minha irmã a ajudar com o aniversário da minha sobrinha, e nós temos feito tudo em casa... (se alguém aí já preparou uma festa de criança, deve ter uma noção do trabalhão que isso dá rsrs).

Enfim, aqui está o capítulo. Boa leitura!



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Damon respirou fundo e se concentrou em ficar de pé. A necessidade de proteger Elena lhe deu a força que faltava. Ergueu-se, amparado pela namorada que tremia, e tomou o cuidado de permanecer em sua frente.

– Elena, puxe isso… - ele disse com a voz rouca.

Ela olhou o punhal cravado nos seus músculos. Havia sangue escorrendo do ferimento pelas costas dele. Como os dois estavam muito próximos, o vestido dela também já estava ensanguentado. Era terrível vê-lo ferido daquela forma, apesar de saber que bastava um movimento seu e ele se curaria. Ainda assim, era um punhal enterrado em uma pessoa. Não sabia se tinha coragem.

– Elena, eu não alcanço. Você precisa fazer – ele insitiu.

– Olha só pra vocês… - Katherine riu com deboche. – Achei que tivesse me superado, Damon. Mas pelo belo rostinho dessa menininha assustada que você tem aí, eu diria que não.

Elena encarou sua sósia e segurou firme no punhal. Puxou-o de uma vez. Damon soltou um gemido de dor, mas logo sentiu o ferimento se fechando. Ele observou a vampira à sua frente, tão igual e tão diferente da garota com o coração acelerado atrás dele.

– O que você quer, Katherine?

– Ora, eu só vim fazer uma visitinha… Apenas retribuindo a gentileza.

– Lançando um punhal contra a minha namorada? – sua voz era quase um rosnado.

– Oh, você quer dizer contra essa cópia não autenticada? Relaxe, isso foi apenas uma brincadeirinha.

– Vá embora.

– Mas eu acabei de chegar, Damon. Não vai me oferecer um drink? Eu gosto de sangue quente, 36°C. Acho que você se lembra… Talvez ela possa fazer a gentileza de ceder um pouco.

Elena fuzilou a sua sósia com o olhar. Não podia acreditar que um dia, por mais distante que fosse, Damon foi capaz de amar alguém tão desprezível.

– Essa sua garota lida bem com isso? Podemos falar de sangue na sua frente, queridinha, ou vai ficar me olhando desse jeito?

– Não dirija a palavra a ela! Agora diga de uma vez o que você quer aqui e desapareça da minha frente.

– Calma, Damon. Não precisa ficar nervoso. – a vampira lentamente foi sentar-se no sofá, cruzando as pernas em uma pose. – Por que não nos apresenta? Eu sou Katherine Pierce, a vampira que o transformou e grande amor da vida dele. Você deve ser Elena, a… substituta.

– Vá para o inferno. – Elena disse simplesmente, tentando não transparecer o incômodo com as palavras da outra.

A vampira gargalhou.

– Ela é arisca, que bonitinho. Já era assim quando a encontrou ou isso é efeito da convivência com você, Damon? Talvez esteja tentando deixá-la mais parecida comigo, não que ela possa ser comparada a mim…

– Nisso você acertou, Katherine. Elena nunca poderia ser comparada a você. – o vampiro segurou a mão da garota, que estava trêmula, antes de continuar. – Ela nunca seria tão desprezível assim.

Elena apertou a mão de Damon com a sua, sentindo-se mais segura apenas com isso. Katherine ficou séria. Ele prosseguiu:

– Você acha que eu estou te procurando nela, pensa que eu ainda sinto qualquer coisa por você? Pois bem, eu sinto. Tudo o que eu sinto quanto te olho é desprezo, nojo. Eu me pergunto como um dia eu pude acreditar que era apaixonado por você, como eu pude achar que aquele sentimento torto, destrutivo, poderia ser amor. O que eu tive com você não é um milésimo do que eu sinto por Elena. Por isso, eu te aviso: fique longe da minha namorada, não ouse atacá-la outra vez ou eu faço o que eu devia ter feito naquele dia que te encontrei. Eu te mato, Katherine. Se você ameaçar Elena… aliás, se você sequer ousar falar com ela, eu juro que eu te mato.

– Não seja estúpido, Damon. Você sabe que eu sou mais velha e mais forte. – Katherine respondeu. – Continuo sem querer te machucar, mas se você insistir…

– Está avisada. Não se atreva a chegar perto dela outra vez.

Damon passou os braços em volta de Elena e foi para a saída.

– Não esteja aqui quando eu voltar! – disse alto quando atravessavam a porta.

Ele conduziu uma Elena ainda meio trêmula para o carro e deu partida.

– Eu sinto muito – foi tudo o que conseguiu dizer.

Elena, por sua vez, não pode responder nada. Estava confusa demais para pensar claramente. Na sua cabeça, passavam flashes imaginários de um passado distante quando Damon e Katherine tinham um romance, quando ele declarava amor a uma mulher que era exatamente igual a ela. Acreditava nas palavras de Damon, acredita quando ele dizia que ela era a única para ele e que seu amor não tinha nada a ver com sua aparência. Por outro lado, era impossível não ficar impressionada com a assustadora semelhança e coincidência por ele ter se relacionado com as duas.

Como se não bastasse o ciúme que estava sentindo do namorado, junto ao receio absurdo de que a outra estivesse certa e ele só quisesse uma substituta, ainda tinha que se preocupar com o risco que corria com a presença dela. Não havia dúvidas de que Katherine a teria assassinado sem nem piscar. Se Damon não tivesse voltado a tempo, aquele punhal estaria cravado no seu próprio coração.

Chegaram à casa dos Gilbert. Damon abriu a porta do carro para ela e levou-a até a varanda.

– Lamento que tenha passado por isso, Elena. Não vai acontecer de novo, eu te prometo.

Ela também lamentava e esperava veementemente que uma situação daquelas nunca mais se repetisse. Mas ela sabia que não tinha sido a única a ter a vida em risco, e pensar em Damon ferido triplicava o seu mal estar com tudo aquilo.

– Você está bem? Deixe-me ver o ferimento…

– Está curado, não se preocupe.

Ela assentiu, querendo convencer a si mesma de que estava tudo bem agora. Tinha certeza que ele estava curado, mas isso não diminuía o terror de vê-lo com dor e sangrando. Abriu a porta e deu dois passos para dentro. Parou ao perceber que Damon não a estava acompanhando.

– Hey, o que está fazendo?

– Eu preciso voltar.

– Voltar?! – não acreditou no que ouviu. - Não, Damon, você não pode ir lá, aquela mulher vai te ferir…

– Não, ela não vai. Acredite ou não, eu tenho certeza que estou muito mais perigoso esta noite do que ela jamais foi nos seus quinhentos anos. Eu vou resolver esse problema de uma vez por todas e você não vai ter mais o que temer.

Elena estremeceu ao ouvir as palavras. Não por ver que Damon estava jurando morte à vampira, mas por saber que ele estava se arriscando terrivelmente ao enfrentar uma alguém que era séculos mais velho.

– Ouça bem. – ele segurou o rosto dela cuidadosamente entre as mãos. – Fique dentro de casa e ela não vai poder se aproximar de você. Se Katherine vier aqui, em hipótese nenhuma a convide pra entrar, ok?

– Não, Damon, não faça isso, por favor… Não me deixe agora.

– Eu não estou te deixando, é só por algumas horas. – ele a abraçou e Elena o envolveu com toda a força que tinha. – Eu preciso ir.

– Não.

– Elena…

– Você disse pra ela ir embora, pode ser que ela vá e não dê mais problemas. Fique aqui essa noite. Por favor…

Damon pensou por um instante. Elena estava segura dentro da casa, mas ao mesmo tempo estaria sozinha se ele a deixasse lá. Para completar, ela estava assustada – era evidente pelas batidas aceleradas do seu coração e pela expressão no seu rosto.

– Tudo bem, vamos deixar isso pra amanhã.

Ela passou os braços em torno do seu pescoço e o puxou para um beijo ansioso.

– Obrigada.

.

– Durma, Elena. Eu não vou a lugar nenhum.

Uma hora depois, os dois estavam deitados na cama dela, já tinham se livrado das roupas sujas de sangue, e Damon estava tentando convencer a namorada a descansar um pouco. Elena estava exausta por ter passado o dia inteiro envolvida com o concurso e mais ainda pelo transtorno de encontrar Katherine, mas tinha receio de que ele fosse deixá-la assim que fechasse os olhos.

– Eu não estou com sono.

– É claro que está, pensa que eu não percebi você segurando os bocejos?

Elena aproximou seus corpos mais um pouco, colocou uma perna por cima das dele, um braço ao redor da sua cintura e deitou a cabeça em seu peito.

– O que é isso? – ele riu.

– Eu gosto de ficar assim, ora. Você não gosta?

– Eu adoro, mas nesse exato momento isso tem cara de uma tentativa de me impedir de sair daqui.

– Eu tenho 17 anos, Damon. Permita-me ser infantil por um momento.

Ele segurou-a junto de si e deu um beijo no alto da sua cabeça.

– Ok, minha garota. É hora de dormir. Boa noite, Elena.

Ela fechou os olhos e relaxou, deixando que o sono se aproximasse. Então se lembrou de uma coisa:

– O que Katherine quis dizer com “retribuindo a visita”?

– Ah, isso… Lembra quando Jenna nos pegou no meio de um amasso no meu carro aí na frente? Depois daquilo eu fiquei fora uns dias… Você se lembra disso?

– Aham… Eu achei que você estivesse irritado por eu ter meio que te expulsado quando ela nos viu.

– Naquele mesmo dia, um amigo me passou a informação de que Katherine estava numa cidadezinha. Eu fui até lá atrás dela.

Elena ficou em silêncio.

– Eu poderia te contar em detalhes o que se passou, mas basta dizer que vê-la depois de 145 anos foi algo esclarecedor. Eu tive certeza que não tinha mais sentimentos por ela e mais certeza ainda de que estava apaixonado por outra pessoa. Uma que vale a pena. – ele sorriu. - O tempo todo na viagem eu só pensava em voltar logo pra te ver.

Elena assentiu. Era maravilhoso ouvir isso dele, mas ainda havia outra pergunta que precisava ser feita.

– Por que você se apaixonou por mim?

Damon ficou um longo minuto sem responder, um tempo no qual um milhão de possibilidades de resposta passaram pela cabeça dela, muitas das quais envolvendo a sua aparência.

– Eu não sei. – ele disse apenas. – Não sei, nunca parei pra pensar nisso. Eu só… te amo, entende? Mas não é pelo seu rosto, se é isso que a preocupa. Na verdade, sua semelhança com Katherine foi o que me manteve afastado, no início.

Elena ergueu um pouco a cabeça, o suficiente para olhar para ele. Damon prosseguiu:

– Naqueles meses que eu passei sem te procurar, logo depois de nos conhecermos, eu meio que não quis me aproximar de você porque te ver me incomodava. Mas aí eu tive que fazer alguma coisa pra você sair daquele bendito cemitério… - ele riu.

– Ainda te incomoda eu ser tão parecida com ela? Eu sei que Katherine te fez sofrer…

– Não, é claro que não incomoda. Bem lá no começo eu não conseguia olhar pra você sem pensar nela, mas depois de um tempo… Quem diabos é Katherine? Ela não vale um fio de cabelo seu, Elena. O que eu disse lá é verdade, eu nunca tive com ela um milésimo do que eu sinto por você. E quando eu digo que você é linda, não é só do rosto que eu estou falando. É de tudo, absolutamente tudo em você.

Ela sorriu. Estava tão enroscada em seu corpo que tinha certeza que ele não conseguiria sair dali sem que ela despertasse. Deitou novamente no peito dele.

– Eu também te amo, Damon. Boa noite.

.

Stefan Salvatore ficou de braços cruzados próximo à lareira da sua casa, e encarou a bela vampira no sofá.

– O que foi isso? – ele observou a bagunça no chão. Havia sangue e um punhal sujo.

– Oh, nada demais. Apenas Damon e eu nos divertindo um pouco.

– Você o encontrou?

– É claro, Damon continua tão gostoso como sempre. Não me espanta que aquela garotinha tenha caído nas graças dele.

– Se isso é pra ajudar a me sentir melhor…

Ela se aproximou do vampiro, passando a mão sensualmente por seus ombros.

– Também me espanta que ela não tenha te dado uma chance…

– Katherine – ele recuou um passo. – Não foi exatamente pra isso que viemos, lembra-se?

– Lembro, lembro sim. Não se preocupe, está tudo sob controle.

– Ótimo, porque eu não te trouxe aqui pra criar problemas. Foi pra resolvermos essa história, pra colocar tudo no seu devido lugar.

– E assim será, Stefan. Assim será.


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Notas finais do capítulo

E aí, teorias? rsrs

Até o próximo!
Xoxo ;)