A Love That Consumes You escrita por Liah Salvatore


Capítulo 1
Capítulo 1


Notas iniciais do capítulo

Tenham em mente o contexto do episódio Piloto de TVD, mas lembrando que Damon e Elena se conheceram antes.

Espero que gostem!



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Elena acordou com o despertador tocando pela terceira vez, ao mesmo tempo em que Jenna gritava lá de baixo.

– Elena, precisa levantar se quiser tomar café antes de sair!

Mas Elena não ligava se precisava levantar ou não, se ia tomar café ou não. Pra ser sincera, ela não estava ligando se era o primeiro dia de aula do ano letivo. Elena só queria dormir e esquecer que teria que enfrentar os olhares de pena de novo.

Quatro meses depois da morte dos pais, a linda garota de dezessete anos recém-completados não tinha a menor vontade de reencontrar os amigos ou o ex-namorado. Mas ficar na cama não resolveria nada e foi pensando nisso que Elena se obrigou a se arrumar e ir pra escola.

Jenna deixou os sobrinhos na esquina da Mystic Falls High School e seguiu para a universidade. “Está sendo difícil pra ela também”, Elena pensou. “Pra todos nós”, acrescentou ao ser deixada pra trás pelo irmão Jeremy, que logo foi se juntar ao novo grupinho de amigos que ele tinha feito aquele verão. Elena então entrou na escola sozinha, lutando pra ignorar os olhares de piedade apontando-a indiscretamente. “Droga de cidade pequena”, foi o que lhe veio à mente, junto com a promessa reforçada de que sairia de Mystic Falls assim que terminasse o ensino médio. Amava a cidade onde cresceu, mas queria mais. Muito mais.

Encontrar Bonnie e Caroline no corredor junto aos armários foi mais reconfortante do que Elena pensou que seria. Os abraços das amigas não foram de pena da garota órfã, mas de saudade por não terem se visto durante as férias. Bonnie havia passado o verão com a avó e Caroline com o pai.

As garotas voltaram rapidamente ao assunto que estavam tratando quando Elena as interrompeu com a sua chegada. “Garotos”, Elena logo percebeu. Com Caroline na conversa, o assunto não podia ser muito diferente.

– Lindo, olhos verdes, trapézio espetacular. – Caroline descrevia.

– Você já o viu sem camisa? – Bonnie riu da empolgação da amiga.

– Não precisa. Meus olhos são treinados pra identificar trapézios espetaculares.

– Caroline está planejando atacar o garoto novo no intervalo. – Bonnie explicou a Elena, que estava observando o estranho diálogo.

– Não vou atacar. Apenas me apresentar formalmente e perguntar se ele tem alguma preferência de cor a ser usada na decoração do nosso casamento.

– Caroline! – e as três caíram na gargalhada.

Elena ainda ria quando entraram na sala de aula. A sensação era melhor do que esperava quando acordou aquela manhã. Talvez ela não fosse chorar para sempre afinal. O riso, no entanto, foi cortado quando elas atravessavam a sala e Caroline a beliscou no braço, enquanto indicava discretamente com a cabeça o tal novo garoto sentado a um canto. “Não tão lindo”, Elena pensou instantaneamente. Exagero era o segundo nome de Caroline.

Elena recusou a carona das amigas na saída da escola – Jeremy já havia ido na frente com a namorada –, e foi andando até o cemitério. Estava sentada, escrevendo no diário, quando percebeu a névoa ao redor. “Neblina a essa hora?!”, ela disse pra si mesma e ia voltar ao diário quando escutou a ave acima da sua cabeça, pousada na lápide. De um salto, Elena se levantou e olhou ao redor para o cenário de filme de terror se formando. Começou a rir.

– Isso é sério? – perguntou à ave. – Olá, corvo.

O corvo então voou bem perto da sua cabeça até a árvore mais próxima.

– Ok. Isso aqui já está ocupado, eu entendi.

Ela se abaixou para pegar a bolsa, que quase não conseguia ver com toda aquela névoa, e jogou o diário dentro. Foi quando Elena viu, próxima a umas lápides maiores na parte mais antiga do cemitério, o que parecia ser uma pessoa de pé e virada na direção dela. Por um instante ela estremeceu, mas no minuto seguinte pensou reconheceu o homem... “Será?…”, ela se perguntou e deu um impensado passo à frente. Mas o corvo voltou a passar bem próximo a ela, o que fez Elena desviar a atenção por um instante. Quando olhou de novo, não havia ninguém lá.

Elena colocou a bolsa sobre o ombro e saiu do cemitério andando lentamente. “Devia ir mais rápido”, pensou. “Pode ser um maníaco”, a voz da razão lhe dizia. Mas ela não acelerou o passo. Por algum motivo, Elena sabia que havia reconhecido aquela pessoa. Era ele. A certeza lhe parecia insana. O que uma pessoa normal estaria fazendo simplesmente parada em um cemitério? Então Elena riu lembrando-se de si mesma sentada lá com o diário na mão e depois conversando com o corvo. “Não tão normal”, sorriu sozinha e gostou da sensação. Especialmente quando seus lábios involuntariamente formaram uma palavra que ela não havia pronunciado por meses, apesar de estar frequentemente presente nos seus pensamentos.

– Damon.


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Notas finais do capítulo

Foi curtinho porque quero ver se alguém gosta pra poder continuar. Então, se gostou, por favor comente. Se não gostou, diga do que você não gostou. ;)

Obrigada por ter lido até aqui!