Saint Seiya - Kali Yuga Chronicles escrita por Casty Maat
Notas iniciais do capítulo
Está quase lá, tá quase lá >o
E desculpe a demora >.
No grupo que ficou para trás da fenda, as amazonas de Corvo e Vela ofegavam após finalizarem alguns devas liderados por Ryuuga. A luta fora complicada, mas fora vencida.
Casty olhou para trás, a procura do cosmo de seu pupilo.
–Requim... Eu irei até o outro lado. Eu sei que a batalha dele e do Matheus acabou bem...
–De fato. - concordou a amazona de Corvo. - A luta está concentrada na parte mais funda e alta da torre. Eu dou cobertura aqui.
Elevando o cosmo, Casty saltou, usando os ventos para voar até o outro lado. Nesse mesmo tempo, Gutto, Sarah e Lita voltavam, com o cavaleiro de Grou desmaiado e sendo trazido nas costas da amazona de Taça.
Requim correu até o grupo, preocupada com os colegas.
–Estão todos bem? - indagou o Corvo.
–Sim... Usei a água da minha armadura para curar Vaskevicius... Ele quase morreu de hemorragia, mas chegamos a tempo. - respondeu Sarah.
–Onde está Casty? - indagou Lita.
–Ela foi verificar o pupilo no outro lado.
–O cosmo do Geovanne está queimando intensamente... Está até me amedrontando... - comentou o cavaleiro de Cérbero.
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A armadura de Áries e Capricórnio estavam em frangalhos. Valento não era um deva fácil de derrotar. Ele continuava glorioso em cima de seu cavalo voador.
–E então insetos? O que acham de aceitarem a derrota?
Messura elevou o cosmo, sem responder verbalmente. Seu olhar firme e determinado era um gradíssimo "não" dado ao deva.
Ele continuou apenas parado com o cosmo elevado.
–De que adianta esse olhar, verme, se nem consegue se levantar? PREPARE-SE! - a lança foi apontada na direção dos dois cavaleiros dourados.
Valento colocou o cavalo para correr na direção dos dois, mas então notou algo os prender: parecia uma caixa semitransparente.
–Crystal Trap. - disse calmamente o ariano.
Antes de qualquer reação, a Excalibur de Júnior fatiava a caixa cristalina, dividindo o cavalo de Valento em dois, mas não conseguiu atingir o deva, que caiu ao chão, sofrendo escoriações dos cacos da técnica de Messura.
A explosão do cosmo de Surya foi aterrorizante.
–MALDITOS! VOCÊ SUJARAM MEU CORPO SAGRADO DE SANGUE E SUJEIRA MUNDANA!
–Agora que vai ficar interessante... - riu Capricórnio.
–Ele vai ficar louco, mais forte e tal... Mas vai abrir brechas e temos que aproveitar. - completou o ariano.
Os três partiram para luta corpo a corpo, a lança frequentemente bloqueava os ataques e jogava longe os cavaleiros de ouro, já bastante desgastados.
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Chaffin despertou sentindo um calor muito conhecido. Abriu os olhos com dificuldade, vendo sua mestra o apoiando. Ela lhe sorria maternalmente e depois olhou ao redor. Matheus estava ajudando a dar assistência a Yuki e Artur, bastante feridos de suas lutas e no outro canto viu a fenda.
–Obrigada pela ajuda de nos trazer, Requim... Eu iria demorar muito. - disse a amazona de Vela para a colega.
Matheus foi ficar de guarda para o caso de aparecer algum outro deva.
–Mestra... eu venci aquela gostosona...
–Eu sei. - ela sorriu, mexendo nos cabelos do cavaleiro de bronze - Muito bem!
Sentiu o corpo quente demais.
–Você recuperou seu cosmo de forma muito... hackeada eu diria. Descanse, já fez sua parte nessa guerra. - disse Casty.
Ouviu-se agito num dos lados, o cavaleiro de Grou despertava confuso, mas sem sequelas graves.
Estavam todos prestando atenção na movimentação dos cosmos na torre.
–Geovanne... o cosmo dele... - murmurou Vaskevicius.
–Está aumentando muito... - terminou Lita.
Grou se levantou, enquanto Sarah e Lita o faziam sentar de novo.
–Meu mestre! O cosmo dele está oscilando demais!
–Se acalme! Minha água não faz mega milagres, Grou!
–Eu tenho que ajudar meu mestre! - rebateu o prateado.
Requim se aproximou.
–Se acalme, Vaskevicius. Confie em seu mestre. Messura não vai ser derrotado facilmente. Se quer honrar a teu mestre, fique quieto e descanse. Você quase morreu agora, se não fosse Gutto e Sarah.
O cavaleiro de prata olhou a sua volta, vendo Gutto receber tratamento de uma amazona e depois olhou sua colega da constelação de Taça.
–Eu sinto muito.
Matheus fechou os olhos. Sendo o único dourado com aquele grupo, ele agora era o responsável por cuidar deles. Rastreava o cosmo de Elys e Stephanie. As duas estavam juntas, se movendo rapidamente.
Também notou um cosmo dourado que não se movia. Gêmeos.
–Navarro... Afinal, o que você tem em mente? - rosnou baixo o cavaleiro de Escorpião.
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Não havia nem poeira da armadura de Urso, Geovanne estava um caco, jogado no chão, inconsciente.
Bash apenas observava, com respeito, o rapaz que o desafiou.
–Tinha coragem e honra, cavaleiro de bronze. Teve uma luta e morte honradas a seu espírito. - o deva então voltou o olhar para Navarro, que ainda permanecia sentado, de braços cruzados. - Agora só resta você e irei ajudar Valento a expurgar os que estão lutando contra ele.
O cavaleiro de Gêmeos sorriu. Num curto espaço de silêncio, o sorriso se transformou em risada. A risada escoava pelo salão, Navarro parecia se divertir com alguma coisa.
–Deva, acredita mesmo que acabou? - disse o dourado, com um sorriso malicioso ao olhar para o inimigo.
–Do que está falando, ateniense?
–Geovanne ainda não morreu. Aliás, você sequer o ouviu, não é mesmo, Ganexa?
Bash o olhou confuso, antes de olhar para baixo e reconhecer a chama do cosmo do bronzeado.
–Bash de Ganexa... Você não ouviu ele falar que vingaria o mestre dele? Ou se esqueceu qual cavaleiro você usou como carta de boas-vindas? - disse o geminiano com o mesmo sorriso malicioso e zombeteiro.
Os dois viram o Urso se levantar de novo, se posicionar e encarar o deva.
–É tolo em se levantar e querer me enfrentar sem proteção alguma, cavaleiro de Urso. - disse Bash. - Mas reconheço seu espírito de luta.
Mas o cavaleiro não respondeu. Apesar de encarar o inimigo, Geovanne estava "desligado", inconsciente. Ainda sim, seu cosmo queimava fervorosamente.
Navarro apenas continuava em seu canto, sentia o cosmo do cavaleiro de menor patente mais forte do que antes. Sim, inconsciente, Geovanne alcançou o sétimo sentido.
–Muito bem, Geovanne. Finalmente evoluiu o suficiente para orgulhar o Luiz. - disse Navarro, abrindo a outra dimensão e do fundo dela um brilho vinha a toda velocidade, parando a frente do Urso. Era a armadura dourada de Touro.
–Mas como?! - resmungou surpreso Ganexa.
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–Messura, vou doar meu sangue para a armadura de Touro.
–Navarro...? Não tem ninguém a altura para receber essa armadura no momento...
–Está enganado. Existe sim alguém. - disse o Gêmeos, retirando as manoplas e proteção do braço, se cortando e deixando o sangue cair na despedaçada armadura de Touro. - Comece o serviço, carneiro. A guerra está em curso.
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A armadura se desfez, montando no corpo de Geovanne.
–Contemple, deva de Ganexa, o nascimento do novo cavaleiro de Touro! - gargalhou o geminiano. - Enfrentará a vingança de um pupilo orfão do mestre e seu fantasma a te levar pro mundo dos mortos!
Ganexa apenas o olhava com ar arrogante.
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–Navarro...
Estavam Gêmeos e Luiz fazendo a rotineira ronda.
–Quero lhe confidenciar... Há muito tempo, o Oráculo previu minha morte como prenuncio de uma guerra. Estou treinando um pupilo... Cuide dele após minha morte e quando o momento chegar, entregue esta armadura dourada para ele...
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Geovanne se mexeu um pouco, na posição de seu golpe, Punho Sacerdotal. Queimava o cosmo de forma agressiva, no máximo. Partiu para cima do deva de Ganexa, que ao usar a espada, se partiu em pedaços, precisando usar as proteções do braço para tentar conter aquele golpe em muita potência.
Aquela guerra entre poderes deixava tudo tenso. Por fim o barulho de rachaduras quebrava o silêncio da tensão e o Punho Sacerdotal atravessava as defesas metálicas do deva, atingindo o coração de Bash, caindo inerte no chão, sufocando com o sangue absorvido nos pulmões, até ter o cosmo apagado.
Antes do Urso cair, Navarro o apoiou. Sem adrenalina, o cosmo voltou ao repouso.
–Bem vindo a elite dourado... Geovanne de Touro...
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