Casais Improváveis escrita por Valerie Grace, Lady Salvatore, Hiccup Mason, Bess, Sherlock Hastings


Capítulo 77
Effie Trinket e Haymitch Abernathy


Notas iniciais do capítulo

Oi gente, aqui é o Hiccup! Eu sei que abandonamos legal o CI mas eu fiquei sem PC e a Valerie, Bess e Natty pararam de escrever como antes mas esperamos que em 2015 todos nós estejamos com gás para voltar com tudo! Bom, eu fiz uma one do melhor casal de THG no Natal. Espero que gostem



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Tema: Jogos Vorazes

Shipp: Haymitch Abernathy e Effie Trinket

We are a team

Quando olho para o céu ele já está escuro. Meus dedos se esticam á procura do copo de whisky que deixei em minha mesa, mas só encontro o mesmo vazio. Viro me ao outro lado, procurando a garrafa mas ela também está sem nada. Sem motivos para levantar da mesa de minha cozinha, continuo sentado.

A janela da sala está a vista, e posso ver meus adorados vizinhos comemorando o Natal, que em minha opinião é o feriado mais sem graça que alguém poderia inventar. Sinceramente, nunca vi o “por que” dos distritos comemorarem isso, especialmente o 12. Mas por conta que a guerra acabou, acho brilhante todos poderem ter um peru para dividir comemorar a família. Mas quem não tem família? Bom, “comemora” como eu, com uma garrafa de whisky vazia.

Estico-me mais para frente, para poder ver a cozinha dos Mellark perfeitamente. Consigo ver o sorriso de Peeta e sentir o cheiro de seu frango daqui, abrindo meu estômago em dois. Sinto-me horrível por ter recusado o convite dos dois pombinhos apaixonados (e agora grávidos) do Distrito 12. Katniss me considera como um pai, e eu realmente a considero como uma filha mas não queria estragar um feriado para eles. Poderia ser o único momento em que ambos ficavam em casa e os seus “fãs” do 12 não ficavam batendo em sua porta para elogiar o trabalho dos dois na reconstrução do nosso distrito.

O 12 está melhor do que antes mas não chega aos pés dos outros distritos, e nem da Capital. Os primeiros locais sempre foram arrumados e depois da guerra só tiveram que dar um pequeno retoque. Já a partir do 9 ao 12 que tivemos que fazer grandes mudanças como criar prédios e montar moradias melhores. Alguns estabelecimentos também foram melhorados e o melhor, todos ganham um salário mil vezes melhor do que antes. Todos os vitoriosos que sobreviveram trabalham oito horas por dia em um estabelecimento público e eu estou incluso nisso. Eu ajudo as faxineiras do 12 a deixarem as ruas mais “limpas” e acredite, isso realmente funciona.

Sorrio ao pensar que uma simples caçadora e um padeiro de meu distrito poderiam me mudar tanto assim. Mudar meu pensamento sobre ter filhos, sobre iniciar uma família...

Olho novamente para a janela e agora vejo alguém. Uma pessoa que desconheço, uma pessoa que em minha vida de mentor nunca havia visto. Uma mulher de cabelos loiros enrolados e com uma feição encantadora. Ela acena para mim e sorri um pouco, pelo visto eu estou parecendo um mendigo. Olho para o espelho perto de meu alcance e logo enxergo meu reflexo e concordo se ela pensar que eu sou um morador de rua porque nesse momento eu sou quase um.

Eu passo a mão em meu cabelo, tentando arrumar-lo e logo retribuo o aceno. A mulher sorri e logo faz um sinal com a mão, me convidando. Eu desvio o olhar e faço que não irei. Ela, fecha a cara e sai da janela deixando eu sozinho.

Sinto-me só e tolo por ter recusado um pedido de uma desconhecida. Mesmo ela sendo uma desconhecida ela era alguém, alguém que queria minha presença e eu precisava de alguém.

A minha campainha toca e quase caio na cadeira por conta do susto. Levanto-me devagar e logo olho para a porta e vejo a sombra dos pés da pessoa. Provavelmente é a tal mulher. Coloco um casaco escuro e logo atendo a porta, e a vejo novamente mas agora posso ver quem é, e sim, eu conheço.

“Haymitch, sentiu minha falta?” – diz Effie Trinket, sorrindo para mim. Agora posso ver com nitidez a “nova” mulher que ela se tornou. Seu verdadeiro cabelo é loiro, seu rosto não está coberto por suas maquiagens exageradas e ela usa um vestido vermelho simples, considerando os que usava na Capital. – “Perdeu a fala? Katniss não me avisou sobre isso...”

“Não, não.” – eu digo, apressadamente. “Só estava olhando duas vezes para ter certeza que você é você mesmo.”

A mulher sorri e logo se senta em minha varanda, em uma parte onde o gelo não cobria. Sento-me ao seu lado como quem não quer nada mas não consigo parar de olhar para o seu rosto. Ela ficava realmente bonita sem todo aquele pó em seu rosto.

“Então, como está sendo o seu Natal?” – eu pergunto, imaginando que ela me fale algo como “Peeta fez um delicioso bolo de morango e um ótimo peru. Nunca havia comido tão bem em minha vida, a criança desses dois será enorme de redonda...” mas o que ela respondeu foi “Só falta você para ficar melhor, Haymitch.”

Eu olho com uma certa desconfiança em seu rosto pois ela não falou em um tom de sarcasmo, e sim séria. E eu sei muito bem quando Effie é sarcástica, na verdade eu acho que eu a conheço melhor que todos em Panem. Sempre estive ao seu lado, mesmo quando não queria.

“Effie, você sabe que eu não a melhor companhia que uma pessoa pode ter, mesmo eu tendo um belo sorriso...” – digo, tentando levar a nossa conversa para outra direção. Ela, por outro lado, parecia querer ter “aquela” conversa pois suas mãos logo se esticaram para tocar as minhas. Nunca tivemos uma relação em que o afeto era nosso modo de conversar mas aquilo era bom, muito bom. Porém, tudo mudou quando Effie começou a chorar.

“Haymitch, eu te amo.”

Ela diz isso pra mim nesse momento. Minhas mãos provavelmente estão tremendo como os meus pés e ela sabe disso. Ela sente nisso por conta de suas mãos entrelaçadas nas minhas, provavelmente ela sempre soube que eu reagiria assim.

“Effie, eu não sei o que falar a você, me desculpe.”

Ela ri da minha cara. Não uma risada irônica ou brincalhona mas uma risada que dá vontade de chorar, uma risada que segura as lágrimas dos seus olhos e eu nunca quis que alguém se sentisse assim por disser que me ama.

“Eu não sei o que eu acabei de fazer.” –diz ela e ela se levanta, indo em direção a casa dos Mellark´s. E eu deixo. Eu a deixo ir...

Eu me levantei, voltando para minha casa mas sabia que eu estava errado. Sempre estive errado de tudo mas não iria mudar minha rota. Talvez esse seja meu destino, abandonar as melhores coisas que aconteceram na minha vida e ser um velho rabugento e bêbado para sempre, como sempre planejei.

Sentei-me em minha poltrona e me deitei, esperando o sono chegar para me fazer esquecer esse momento que acabou de acontecer. Talvez poderia beber mas um pouco e esperar algo de melhor acontecesse.

Fiz isso, levantei-me pela terceira vez e peguei uma garrafa de vinho. Não era melhor que o whisky mas pelo menos me deixava meio zonzo.

Iria tomar a primeira taça mas ouvi algo se quebrando atrás de mim. Quando olhei-me vi Effie pegando algumas esculturas que tinha no canto da sala e quebrando. Na verdade não quebrando mas sim tentando jogar em mim.

A única coisa que saiu da minha boca foi algo como:

“Mas que merda você ta fazendo?!”

E a resposta foi um travesseiro sendo jogado em meu rosto. Effie estava descontrolada mas só soube disso mas ela pegou meu braço e me jogou no sofá, com uma força irreconhecível. Parecia até que eu era o último tributo que ela iria matar e que depois da minha morte toda a Capital iria gritar “Effie Trinket, a ganhadora do nosso Jogos Vorazes”.

“Você me abandona ali, me deixa ir a casa de Peeta e Katniss e você volta pra sua casa, pra beber vinho?! Você está pensando que eu sou quem?!!”

Effie me levanta do sofá e quando eu tento falar algo, ela me dá um soco. Um soco de mão fechada, e não um tapa Effie Trinket! Eu me jogo para trás do sofá e ela me segue, tentando me levantar. Eu, com medo, pego meu travesseiro e coloco em frente em meu rosto, para me defender. Mas isso só aumenta a raiva que Effie estava sentindo no momento.

“Sério, Haymitch? Você é um vencedor dos Jogos Vorazes, mostre sua irá, seu bêbado canalha!” – ela diz essas palavras enquanto ela me chuta com um salto allto. Mas quando ouço aquilo, minha raiva se torna visível. Eu puxo seu pé e ela caí sobre mim, assustada.

“Ninguém nunca irá me chamar de bêbado canalha!” – grito enquanto olho para seu rosto, assustado e pálido. Vejo a droga que eu fiz assustando-a e faço uma coisa que não passou pela minha cabeça, uma coisa terrível! Eu a beijei. Mas não foi um beijo qualquer, foi provavelmente o melhor beijo que eu já dei em uma mulher. Okay, eu não sou o garanhão do 12 mas já tive várias pretendes e Effie foi a única que me deu arrepios e uma vontade de querer mais daquilo.

Ao separar ela de mim eu sussurro em seus ouvidos, somente para ela ouvir:

“Uma vez você me disse que éramos um time, certo? E eu fracassei com esse time. Fracassei com Katniss, fracassei com Peeta e agora estou fracassando com você, Effie Trinket. Mas eu prometo que, agora, eu nunca mais falharei com nenhum de vocês”

A mulher da Capital não falou nada, só deu um grande sorriso e acariciou meus cabelos loiros.

Mas para melhorar a noite, ouvimos uma correria na rua e quando estávamos prestes a levantar Katniss e Peeta aparecem na porta de minha casa. Peeta com uma faca de cortar pão e Katniss com seu arco, apontando para a sala.

“Está tudo bem aqui?” – Perguntou Katniss, olhando para nós dois deitados no chão. “Ouvimos gritos e vimos algumas coisas sendo arremessadas...”

Eu e Effie rimos, envergonhados e Katniss olha pela sala e faz uma careta.

“Está tudo ótimo, Katniss. Você só tem que se preocupar com seu bebê, entendeu?” – disse Effie.

A garota não pareceu contente com a resposta mas ela aceitou. Pegou Peeta pelo braço e saiu andando dali mas logo voltou e disse:

“Vocês vem ou não?”

Eu consigo levar Effie e logo andamos em destino a casa dos dois pombinhos.


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Notas finais do capítulo

Gostaram?
Espero trazer pra próxima one algum couple de Once Upon a time (melhor série vei xD)...
Me deem algumas ideias, estou pensando em fazer uma de Elsa x Hook mas não sei se vocês gostam...
Bom, comentem sobre o cap, sobre o Frozen Hook e de outros casais que vocês querem aqui!
Até a próxima e boas festas!
— Hiccup