Casais Improváveis escrita por Valerie Grace, Lady Salvatore, Hiccup Mason, Bess, Sherlock Hastings


Capítulo 68
Especial Vilões - Sherlock Holmes & Regina Mills


Notas iniciais do capítulo

Olá pessoal!
Trouxe um especial de vilões para vocês com o tema de séries! Sei que Sherlock não é vilão, mas a Regina é hahahaha e os dois são um casal lindo e quente! *-*
Espero que gostem!
Enjoy!



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Tema: Sherlock e Once Upon A Time

Shipper: Sherlock Holmes & Regina Mills

O Detetive

Regina POV

Já era quase o fim da semana, e eu ainda não havia conseguido encarar Emma Swan e seu namoradinho sem querer arrancar o coraçãozinho apaixonado de cada um. Eu devia ter suspeitado que isso iria acontecer, tal mão tal filha, será que essa família nunca iria me deixar em paz?! Se Emma tiver uma filha com aquele pirata em reabilitação, com certeza ela irá arrumar um jeito de estragar minha vida amorosa. Primeiro Snow causa a morte do Dan – eu já a perdoei por isso, mas não pode se apagado – e agora sua filha traz de volta a vida a viúva do Robin, justo quando estávamos recomeçando nossas vidas em paz. Esse círculo não teria um fim?!

Fui até a cozinha e tentei me distrair fazendo uma torta de maçã. Não planejava dá-la a ninguém com propósitos homicidas – mas pensei no assunto – só queria ocupar minha cabeça antes que voltasse a ser uma assassina depravada.

Coloquei a torta no forno e pensei em Henry. Ele era minha ancora; meu porto seguro; a ponte que me impedia de cair novamente nas trevas. Posso ter perdido Robin, posso nunca mais ter outra chance de amar... Mas sempre terei meu filho. Isso bastava para mim.

O cheiro da torta começava a exalar deliciosamente pela cozinha. Sorri satisfeita depois de muito tempo. Fechei os olhos tentando absorver o máximo que podia daquele momento de paz e tranquilidade.

E então a campainha soou estridente.

Bufei atirando o pano de prato na mesa e fui em direção a porta batendo os pés. Se aquela loira ousou vir até minha casa depois de tudo, eu iria enfiar aquela jaqueta vermelha na garganta dela!

Abri a porta pronta para arrancar o coração de alguém, quando me deparo com dois rostos que nunca havia visto antes. Franzi a testa e me mantive alerta.

– Senhora Mills? – perguntou um homem baixinho de cabelos grisalhos. Não parecia uma má pessoa, mas em Storybrooke sempre aparece de tudo.

– Sim? – respondi ainda com a mão na maçaneta.

– Prefeita Mills? – dessa vez foi o outro homem que perguntou. Ele era extremamente diferente do companheiro, alto e de cabelos negros encaracolados, aparentava ser mais jovem, mas também mais inteligente.

– Sim, Mills e prefeita Mills. – sorri sarcasticamente para eles – O que querem? – não precisava ser rude, mas não estava exatamente com humor para recepções calorosas.

– Desculpe o incomodo, mas... – começou o baixinho, mas o outro o interrompeu sem cerimonias.

– Estamos em um caso sobre uma mulher chamada Emma Swan. – pelo visto ele gostava de ser mais direto – Sendo a prefeita, achamos que poderia nos ajudar. – o jeito que ele me encarava era estranho, parecia querer enxergar além de mim.

– Emma Swan? – olhei intrigada para os dois. O que poderiam querer com ela? Mais uma tentativa de destruir a magia de luz? – Porque a procuram? – questionei colocando uma mão na cintura.

– É um assunto que preferimos não discutir na sua porta. – respondeu o alto.

– Já diziam os bons e velhos contos de fadas senhores: não converse com estranhos. – sorri irônica, o que deixou o moreno irritado. Pavio curto, seria fácil de lidar.

– Não somos estranhos senhora, somos detetives. – explicou o baixinho. Ele era gentil demais para ter o outro como companheiro.

– Detetives? – assenti – O que querem com Emma Swan? – dessa vez a pergunta saiu com mais firmeza e meu olhar mais ameaçador.

– Investigamos um caso de homicídio. – ergui as sobrancelhas surpresa. Emma acusada de assassinato? – Ela é uma suspeita. – o baixinho olhou pelo canto dos olhos para ele, como se estivesse escondendo algo.

Eu não confiava nem um pouco neles, e também não me simpatizei. Mas a curiosidade estava queimando em mim. Emma não era apenas uma destruidora de sonhos, era a mãe biológica do meu filho, e eu não podia deixar uma coisa do gênero se espalhar e acabar atingindo-o de alguma forma. Por fim, acabei cedendo e abri um espaço para eles entrarem. Uma pena a torta de maçã não ter sido feita com uma poção mortífera. Repensarei na próxima vez.

Guiei-os até meu escritório particular e os convidei a se sentarem no sofá. Sentei-me de frente a eles e cruzei as pernas, esperando que dissessem alguma coisa.

– Prefeita Mills, - começou o alto me encarando sem ao menos piscar – desculpe tê-la enganado, mas não isso não tem nada a ver com Emma Swan.

Fuzilei-os com os olhos e cerrei os punhos. Aquilo não podia ser sério, eles não tiveram a ousadia de me enganar! Senti minha magia começar a se contorcer dentro de mim, buscando uma forma de sair e enforcar os dois ali mesmo. Descruzei as pernas e fiquei pronta para ataca-los a qualquer momento. O moreno nem ao menos se mexia, já o outro me olhava assustado, mas provavelmente não sabia do que eu era realmente capaz.

Meus olhos se desviaram para uma foto acima da cabeça deles. Um retrato de madeira escura com a foto de Henry dentro. Rapidamente, do mesmo modo como veio, minha magia se dissipou. Eu prometi a ele, disse que iria tentar ser uma mãe que ele merecia. E eu irei cumprir minha palavra. Mesmo que esses dois estivessem pedindo para morrer, eu não iria mata-los.

– Então qual é o seu verdadeiro propósito senhor cachecol? – voltei ao meu tom irônico que sempre me fazia parecer altamente confiante.

– Desculpe nossa falta de educação prefeita, - pediu o baixinho – Sou John Watson e esse é meu amigo Sherlock Holmes.

– Muito bom. – assenti – Então devo mandar seus nomes para a delegacia agora, ou vão me dar um ótimo motivo para não fazer isso?

– Não acho que seja necessário. – John sorriu nervoso – Eu sou médico e meu amigo é detetive, trabalhamos juntos em alguns casos e um deles nos trouxe até aqui, na sua cidade. – explicou.

– E o que querem investigar aqui? – provavelmente eu teria que dar uma trégua com a Emma para jogar esses dois na delegacia.

– Senhora Mills, - finalmente Sherlock resolveu falar novamente – sabia que sua cidade é conhecida por teorias que envolvem magia? – ele deu ênfase a última palavra e eu ergui as sobrancelhas achando aquilo absurdo – não o fato da magia, mas de existirem teorias sobre isso.

– Isso é ridículo. – ri achando graça naquele assunto. Se eles descobrissem a verdade, iria apagar a memória de cada um. E faria isso com todos que viessem até aqui.

– Prefeita, se importaria de eu pedir ao meu amigo que olhasse a cidade? – pediu Sherlock sem olhar para John, que estava com a expressão confusa.

– Sinta-se em casa para procurar anões em uma cabana na floresta. – sorri sarcástica.

– Com licença. – disse John antes de se retirar.

Eu não sou idiota, sabia que ele queria apenas ficar a sós comigo. A questão é: Por quê? O que ele não pode falar na frente do parceiro?

– Direto ao ponto, por favor, senhor Holmes. Eu sou uma mulher ocupada, caso não tenha percebido. – praticamente joguei as palavras na cara dele. Não ia deixar isso ir longe demais.

Ele se curvou na minha direção e apoiou os cotovelos na mesinha de centro, olhando fixamente para meus olhos como se pudesse ler meus pensamentos. Aquilo me incomodou, odiava ser analisada pelas pessoas, ainda mais por um completo estranho com cara de egocêntrico.

– Vejo que está ocupada demais se preocupando com seu filho adotivo que não vê com frequência por causa da mãe biológica. – ele falou rápido demais, mas pude entender perfeitamente.

– O que sabe sobre meu filho? – cerrei os dentes e o encarei com a expressão dura.

– Muito. – respondeu ainda me encarando – Rainha Má.

– Perdão? – por mais que eu estivesse surpresa por ele me reconhecer dessa forma, não podia demonstrar.

– Porque seu próprio filho a escolheu para interpretar a Rainha Má? – parecia mais pensar alto do que realmente me perguntar.

– O que você quer? – indaguei me curvando em sua direção como um felino pronto para dar o bote. Normalmente, essa aproximação deixa as pessoas intimidadas, mas ele nem ao menos piscou.

Seus olhos começaram a brilhar de animação. Parecia se entusiasmar ainda mais quando eu o confrontava.

– Isso! – exclamou juntando as mãos na frente dos lábios – Eu realmente senti falta de pessoas como você. – disse empolgado.

– Você é louco? – não gritei nem fiquei irritada, minha pergunta saiu do jeito que eu queria: Firma e cética. O melhor jeito de me livrar dele seria não o deixando me atingir – Porque veio até aqui senhor Holmes? Poupe meu tempo, por favor.

– Eu estava entediado. Muito entediado. – franzi a testa diante da sua resposta complemente absurda – Londres não é sempre animada, e a sua cidade é relativamente famosa na internet. Há vários relatos sobre a terrível e cruel “Rainha Má” que aprisionou a cidade. – sua verdadeira intenção era aprofundar suas palavras em mim o máximo que pudesse. Queria que eu confessasse.

– Eu não irei prolongar isso apenas para satisfazer sua curiosidade egoísta e alimentar ainda mais seu ego, - as palavras saíram cortantes e quase podia sentir minha língua como uma faca – senhor Holmes. – acrescentei sorrindo maliciosa.

– Sua relutância só torna tudo ainda mais atraente, - ele fez uma pausa – senhora Mills.

– Se você desejava um encontro, poderia ter pedido de um jeito mais tradicional. – provoquei apoiando as mãos sobre a mesa de centro.

– Não seria tão convidativo, seria? – ele sorriu provocante e eu não pude evitar fazer o mesmo.

Definitivamente eu não fazia ideia do verdadeiro objetivo dele. Talvez eu nunca viesse a descobrir, ou talvez, como ele disse, estava apenas entediado. Mas essa era a questão: eu também estava entediada. Tanto tempo trancada para evitar matar alguém, chorando pelos cantos, sozinha em uma casa imensa... Tudo isso tinha me deixado completamente entediada. Senti falta de uma emoção, de um jogo, de alguém para duelar. Posso não ser a rainha assassina de antes, a criminosa impiedosa, mas ainda era a Rainha Má, nunca me livraria disso por completo.

– É interessante, senhor Holmes, porque, por acaso, você também está tirando meu tédio.

– Agora tenho certeza de que escolhi o caso certo. – disse puxando um sorriso de canto enquanto seus olhos queimavam em minha direção.

– Poderá se arrepender depois. – desafiei.

– O perigoso sempre é mais atrativo.

Poderia tirar um proveito de toda essa situação. Ele pode ser uma ameaça, pode ser apenas um maluco de Londres, mais uma bruxa disfarçada... Mas agora era apenas um homem alto e com poderosos dons de sedução. Sorte que eu também possuía esse dom.

Sem pensar mais e esquecendo as formalidades, apoiei os joelhos sobre a mesa de centro e o puxei pelo cachecol até nossos lábios se encostarem. Seu beijo era mais tímido do que eu estava acostumada, definitivamente ele era um britânico nato.

Passei minhas pernas pela mesa até ficar sentada sobre ela. Ele ficou de joelhos no chão para ficarmos na mesma altura. Enrolei seu cachecol em minhas mãos, aquilo me dava uma incrível sensação de poder e comando.

Separamo-nos para respirar um pouco. Ele parecia um pouco perdido e eu adorava isso.

– Acho que terá muito que investigar. – murmurei ironicamente.

– Eu espero que sim. – assentiu.


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Notas finais do capítulo

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