As Vantagens De Ser Ou Não Ser escrita por mikkaelinhah


Capítulo 15
Capítulo 15


Notas iniciais do capítulo

Presentinho de Natal
Mais um capitulo o/



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5 de janeiro de 1993

Lyra me ofereceu um pouco de água. Ainda estávamos na escritório. Eu ainda segurava o telefone na esperança de que ele retornasse a ligação e dissesse que aquilo foi só uma brincadeira, uma encenação.

Depois de muito tempo atordoada com os gritos de Charlie, o máximo que eu poderia fazer era me acalmar. Então bebo a água.

— Eu tenho que ir até ele, só Deus sabe o que Mary Elizabeth fará com ele.

Brendon toca meu ombro.

— No momento, você tem que ficar aqui, sentada, até se acalmar por completa. — Ele tenta esboçar um sorriso. — Não quero que minha irmã saia por aí que nem uma barata tonta sem saber o que fazer.

Olhava Brendon com outros olhos agora. Depois que ele parara de beber por completo, eu não cuidava mais dele, ele que cuidava de mim. Estava tudo na ordem certa agora.

Tinha que voltar a ser a garota birrenta.

— Mas Brendon, eu pre...

Ele me interrompe.

— Não vai sair daqui, não agora.

Faço bico. Será que aquilo ainda funcionava com ele?

— Vai Brendon. — Me ajoelho — Por favor...

Brendon solta uma risada forçada.

— Se você acha que isso ainda funciona comigo, pode se levantar. — Levanto-me — Porque funciona mesmo.

***

Já no caminho para a casa de Charlie, Brendon estaciona o carro para abastecer. Lyra e eu caminhamos até uma conveniência do posto.

— Você acha que Charlie está realmente em perigo? — Pergunta Lyra, indo para o caixa com um pacote de salgadinhos e uma lata de refrigerante.

Com um chocolate na mão, respondi:

— Você ainda tem coragem de perguntar isso? — Respiro — É claro que ele está em perigo, não ouviu os gritos dele?

— Na verdade, não. Você que estava no telefone. Mas não acha que isso é uma cilada para a Mary te sequestrar e te executar na frente de milhões de pessoas em praça pública?

Fitei-a.

— O que você anda assistindo, Lyra?

— Filmes de terror de madrugada. Sei que faz mal mas é muito bom.

Estranha. Muito estranha. Tirei esse pensamento da cabeça, balançando-a e disse:

— Vamos embora antes que apareça um monstro e te pegue.

Saimos de lá rindo, mas quando voltamos o carro de Brendon, e ele, não estavam mais lá.

Meu corpo se encheu de raiva. Como ela poderia fazer aquilo em tao pouco tempo?

— PORQUE VOCÊ FAZ ISSO COMIGO? O QUE EU TE FIZ DE MAL? — Gritei, desabando no chão. — Já não basta tirar meu sossego, agora tira meu irmão?

***

Lyra e eu vamos para a beira da estrada, a procura de carona. Eu poderia ir atrás do meu irmão, mas indo atrás de Charlie encontraria os dois e a sequestradora.

Um carro parou na nossa frente.

— O que duas crianças estão fazendo na beira da estrada, sozinhas? — A motorista fala.

— Perdi meu irmão e estou a procura de um amigo. Teria como nos ajudar?

— Normalmente não dou carona a estranhos, mas vejo que vocês estão precisando de ajuda. Entrem no carro.

Entramos no carro.

— Pode nos levar ao Big Boy?

— Ah, claro, fica um pouco longe do meu caminho, mas faz bem ajudar vocês.

***

A moça, chamada Gloria, deixa-nos em uma esquina. Nos oferece um pouco de dinheiro e vai embora.

Ao chegarmos no Big Boy, nos deparamos com uma cena inédita.

Ele estava fechado.

Por sorte, lembrava que o dono sempre colocava uma chave reserva debaixo do tapete da porta dos fundos.

Eu havia esquecido o motivo de vir aqui, mas era bom voltar ao lugar onde conheci Charlie.

— O que vinhemos fazer aqui, Bia?

Fui até o balcão e procurei uma lista de endereços de clientes que eu sabia que estava por ali.

— Vim procurar o endereço da família da Sam. Eles podem nos ajudar.

A porta range. Alguém entrara.

Fiquei quieta, esperando sinal.

— Bia, você está ai?

Era a voz do Charlie.

Corri até a porta, mas Lyra me prende, sufocando-me com a mão em minha boca.

— O que você está fazendo? — Tentei falar.

— É para seu próprio bem, Bianca.

Sinto um cheiro estranho no pano que ela coloca em minha boca.

Clorofórmio.

Tudo fica escuro.


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