How Can I Not Love It? escrita por Amystar


Capítulo 36
Encontro de poderosos! A lista de desejos!




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Brand New World

— Hatenai kono umi wokoete sagashi ni yukou yo (Vamos cruzar esse oceano infinito e sair a procura.) – Luffy cantava suado, enquanto acompanhava o ritmo pela guitarra.

— Dare mo imada mitsu kararenai sekai no kiseki wo ( do milagre desse mundo que ainda não foi achado por ninguém) – Nami completou, estando apenas no vocal.

— Takanaru fune omoi no mama sugi susumu dake sa yume oibito ga nokosu ashiato o (Nós só precisamos continuar com os mesmos sentimentos que nós temos nos nossos corações palpitantes. As pegadas deixadas por aqueles que correm atrás de seus sonhos.)

— Gente, gente, espera! - Nami interrompeu a música, fazendo com que todos parassem automaticamente de tocar. - alguém tá errando o ritmo e a coisa não tá fluindo.

— Dessa vez não apontem pra mim, eu fiquei no vocal e não no instrumento. - Usopp levantou as mãos afastando-se de qualquer responsabilidade.

— Ninguém está te acusando, Usopp. - Nami revirou os olhos. - estou claramente falando de quem está nos instrumentos.

— Desculpe, pessoal. - Chopper interrompeu meio triste. - eu que errei aqui no teclado.

— Não tem problema, Chopper! - Luffy disse à pequena rena, sorrindo. – tudo bem errar aqui, é justamente um ensaio pra não errarmos na hora que estivermos no show! - encorajou o pequeno. - Nami, não acha que já é hora de pararmos pra tomar um lanche? Estamos aqui ensaiando há horas.

A ruiva já iria responder que não, que eles deveriam continuar a ensaiar para nada dar errado quando fosse para valer, entretanto, olhou para os outros membros da banda. Estavam todos visivelmente cansados, bem suados e ligeiramente ofegantes, fazendo com que repensasse o que iria dizer. Provavelmente, o desempenho estava caindo por conta do descaimento, e talvez fosse realmente hora de parar um pouco.

— Tudo bem, pode ser. - sorriu de leve, fazendo com que todos se animassem um pouco.

— Deixei um monte de sanduíches prontos para as minhas mellorines! - Sanji rodopiava com corações nos olhos enquanto todos desciam para a cozinha.

— Eu quero sakê! - avisou Zoro.

— Cola é SUPER mais refrescante! - Franky gritou.

— Um doce pra acompanhar também cairia bem. - comentou Chopper.

Em pouco tempo, já estavam todos sentados na mesinha de centro da sala de estar com um banquete inteiro na mesa, contradizendo totalmente o conceito de “lanchinho” antes mencionado. Todos cantavam e conversavam bem eufóricos durante o tempo à mesa, e várias ideias surgiam sobre o que fazer em Okinawa, lugar onde iriam assim que terminassem o show de Sabaody.

— Ouvi dizer que a ilha de Okinawa é perto da Ilha dos Tritões! - Usopp dissera enquanto engolia algo. - nós nunca chegamos a ir lá, não é?

— A história do local é belíssima. - disse Robin.

— Uma ilha cheia de lindas sereias? Que sonho! - Sanji sagrava pelo nariz. - será que Camie-chwan faria um tour conosco?

— Adorei a ideia! - Luffy se levantou animado. - podemos passar lá! As férias de verão estão quase chegando, vai ser uma hora perfeita! - seus olhos brilhavam. - nós podíamos chamar o Sabo, Koala, Lisa, Nayden, Nojiko, Ace… O que você acha, Nami?

A vocalista estava no mundo da lua. Estava adorando aquele momento com os amigos que não tinha há séculos por conta do tempo que ficara internada, mas algo dentro dela não parava quieto. O que seria aquilo? Seria medo de outro show por conta do incidente do anterior? Não deveria se sentir assim, aquilo nunca mais aconteceria.

Haviam muitas preocupações em sua mente. E, além de tudo, temia pelo relacionamento de sua irmã com o irmão de Luffy. Não sabia se era coisa de sua cabeça, mas sentia que Jewelry Bonney tinha algum tipo de intenção com o famoso Portgas D. Ace que não se limitava apenas a amizade. Era comum que Nami pegasse a rosada observando o portador do poder do fogo, e não sabia de fato de deveria ou não alertar a irmã.

— Uma ótima ideia. - respondeu ela, por mais que não tivesse prestado tanta atenção assim no rumo da conversa.

(…)

Casa dos Supernova; Sala de estar; 00:02 AM; 29/05/2016

— Então, o jeito será ir com eles? - Capone Bege perguntara aos outros, resumindo toda discussão gerada sobre qual decisão tomariam.

— É, mas minha opinião o mais sensato seria ir antes deles, a fim de não gerar suspeitas, e lá mesmo nós fazemos uma averiguação maior. Não vamos conseguir impedi-los de ir, e nem podemos dizer pra eles o que pretendemos. - Drake se posicionara, logo depois bebendo mais um gole do vinho que tinha em mãos.

— Não dá pra ir todo mundo. Eu, por exemplo, tô com agenda cheia pra essas semanas. - Urouge contou. - alguém mais checou a agenda?

— Kid e eu não temos nada da banda pras próximas semanas, eu tratei de cancelar tudo quando soube do show dos Mugiwara. - Killer dissera com um ar despreocupado. - apenas Hawkins, Bonney e Law estão livres, certo? Então, nós é que vamos.

— Nós sempre ficamos de fora. - Drake reclamou, cruzando os braços seriamente. - eu também gostaria de ajudar a quitar a dívida com eles, sabia?

— Não se trata de todo mundo chegar lá e fazer algo, e sim de todos contribuirmos pra tudo dar certo. - Law explicou tirando o típico chapéu que usava, e Drake apenas bufou em resposta.

Foi enquanto que Law olhara para Bonney. Ela era sempre a mais ativa em reuniões daquele tipo, e naquele momento estava passiva demais apenas aceitando tudo o que os outros decidiam. E, além de tudo, a glutã estava cabisbaixa demais para alguém com uma personalidade tão forte quanto a dela.

Após toda aquela discussão, todos se dirigiram para seus respectivos quartos, até que Bonney ouviu três batidas em sua porta.

— Quem é? - ela perguntou, afundada debaixo do edredom.

— Eu. - a pessoa se limitou a dizer, e logo percebeu que se tratava de Law. Como ela não dissera nada sobre se deveria ou não entrar, simplesmente abriu a porta e adentrou no quarto sem cerimônia. - já vai dormir? Não são nem três da madrugada. - ironizou.

— Não enche, Trafalgar. O que você quer? - perguntou impaciente, ainda com o corpo todo coberto.

— Por que você tá estranha o dia todo? - Law indagou num tom sério, mas ao mesmo tempo preocupado.

— Eu sou uma ex menina de rua que foi abandonada por um pai tirado, não é normal que eu seja estranha? - Bonney ironizou, descobrindo apenas a parte de cima do corpo.

— Eu sou um órfão que era filho de médicos que foram assassinados, adotado mafiosos, ex menino de rua e nem por isso eu sou estranho.

— Você é, definitivamente, estranho.

— Não vejo isso como um insulto. - deu ombros.

Bonney suspirou. Kid e Law eram os dois amigos mais próximos que ela tinha, e não perdiam nem mesmo para sua única amiga do sexo feminino, Silk. O famoso cirurgião da morte sempre fora muito cuidadoso com ela – do jeito dele, claro. - e obviamente notaria seu estado emocional esquisito.

— Por que a minha vida é tão merda? - a rosada perguntou repentinamente. Law olhou-a em estranhamento, e tentou assimilar por uns segundos a fala da outra. - caramba, eu só erro nessa vida! Fiquei famosa cantando com uma máscara e ninguém sabe quem eu sou, minha fama na escola é de antissocial-briguenta, e fora vocês aqui eu só tenho dois amigos! - desabafou, ainda observando o teto. - dois amigos não… Uma amiga, apenas.

— … - Law deitou-se ao lado dela na cama, igualmente observando o teto. Para sua surpresa, não havia nada demais ali, percebendo que era apenas uma mania da artista. - a gente ama você, Bonney.

A glutã corou, olhando de olhos arregalados para o cantor que continuava sério encarando o teto. Law nunca fora de demonstrar sentimentos e uma frase daquelas repentinamente quase matou-a do coração.

— Nós crescemos juntos. - ele continuou, explicando a confusão que ela fizera. - Nós nove, e seja lá o que você tiver passando, você pode conversar com a gente, não precisa sofrer sozinha.

— … - ela sorriu de leve. - a Nami te rejeitou, né? - provocou.

— Calada. - uma veia saltou em sua testa.

A garota soltara um longa gargalhada, ecoando por todo o quarto e fazendo Law rangir os dentes de raiva. Adorava momentos como aquele, em que conseguia descontrair com um de seus amigos sem se importar com os problemas que costumeiramente a afligiam.

— Por que eu não me apaixonei por você? - ela indagou

Deitada de lado, Bonney passara o braço por cima do tronco do outro em um abraço, e beijou-o na bochecha em agradecimento.

— Eu sou areia demais pro seu caminhãozinho. - brincou sério.

— Idiota.

É, ele era um idiota.

Mas pelo menos conseguira completar sua missão: fazê-la rir.

(…)

Residência dos Roronoa; Sala de estar; 14:40 PM; 06/06/2016

— Perona, nós temos que ir. - Mihawk já estava a ponto de perder a paciência com a Idol, que se recusava a se retirar do sofá da casa de Zoro.

— Eu não vou. - a menina teimou mais uma vez, de braços cruzados e com um bico extremamente infantil.

Perona sabia que não ficariam ali em Tóquio por muito tempo e que logo teriam que voltar para a cidade onde Mihawk trabalha, mas não imaginava que seria tão difícil assim ficar longe de Zoro novamente. Não queria, de forma alguma, voltar para onde morava, e desejava do fundo do coração que o Olhos de Falcão mudasse de ideia, matriculasse-a na One Piece e deixasse-a viver com Zoro, como nos velhos tempos.

Mas apesar de conseguir quase tudo o que queria, isso ela não conseguiria.

— Eu imploro, por favor, me deixe ficar. - ela clamara, juntando as mãos. - eu tenho meu dinheiro, eu posso me manter aqui na capital.

— Sei que tem, mas não vou deixar uma menina de quinze anos morando sozinha. - respondeu ríspido, puxando a mala já em direção a saída indicando que ela deveria fazer o mesmo.

— Mas um menino de doze anos você permite, né? - retrucou atrevida, lançando um olhar atrevido para seu responsável. O Dracule não respondera nada, afinal, seu silêncio e expressão séria já diziam tudo o que era necessário: ela havia passado dos limites.

Ela sabia que ele odiava quando jogavam na cara que ele deixara Zoro sozinho em Tóquio com a família de Luffy e se mudara para outro estado sem se importar nem um pouco com o sobrinho. Era uma ação despreocupada demais até para ele, e por mais que a rosada não soubesse exatamente se ele havia se arrependido ou não, Mihawk detestava que lhe apontassem o dedo por causa disso.

Em desistência, Perona se levantou do sofá e pegou uma mala rosa. Vigiando-a do corredor, Tashigi observava para saber se a rosada sairia ou não, e ao notar a presença da pequena, chamou-a pela mão. De início, a criança hesitou chegar perto, mas a curiosidade falou mais alto e resolveu ir até ela.

— Entregue isso ao Zoro. - Perona esticou para a pequena um envelope com uma carta dentro, selada com um adesivo de coração. Tashigi pegou, ainda assimilando a ação da mais velha.

Sem nem mesmo dizer adeus, Perona se retirou do apartamento. Em uma segunda análise, Tashigi percebeu que se tratava de uma carta de amor, afinal, era idêntica as que via em animes e doramas. Tinha apenas cinco anos, mas sabia que se Perona estava entregando aquilo era porque nutria sentimentos a mais pelo seu irmão mais velho, e isso a deixara com uma pulga atrás da orelha.

Entregar ou não entregar?

Não entregar, até porque, ela era só uma menina de cinco anos, poderia muito bem “esquecer” de entregar a carta.

E além do mais, era super “Team Robin”.

(…)

Agência Romance Dawn; Sala do diretor principal; 15:02 PM; 06/06/2016

— Você é muito folgado, “Shanks, o ruivo”. - Barba-branca dissera após beber uma bela porcentagem do sakê que havia no prato, fazendo um alto barulho ao colocá-lo de volta na mesa de reuniões.

Edward Newgate era o dono da empresa mais famosa de todo o Japão, a “Romance Dawn”. Esta funciona como uma agência que foca em todos os setores artísticos, cuidando tanto de música, artes, mídia e modelagem. Os empresários e acionistas mais importante do país são responsáveis por ela, sendo toda a família D. uma parte importante dessas pessoas, com Dragon, Roger, Shanks, e Garp como uns dos mais influentes.

Garp era pai de Dragon, que por conseguinte era pai de Luffy, mas do mesmo modo Shanks resolveu que era melhor deixar o marinheiro de fora dessa história. Ele era o D. mais estressado de todos, e se soubesse do que estava acontecendo nunca deixaria o empresário da banda resolver do próprio modo. Logo, apenas o restante dos homens da família e Barba-branca estavam ali.

— Aprendi com o melhor. - Shanks respondeu tranquilo, esperando com os outros se pronunciassem. - e então? Vai conseguir fazer o que queremos?

— Eu posso ser o dono disto aqui, mas não tenho poderes absolutos. - informou ele. - vocês devem ter noção do quando os Mugiwara rendem para a empresa, e precisam compensar o tempo parados por conta do incidente da vocalista.

— E se acontecer de novo? - Dragon finalmente tirou os olhos do tablet, encarando o homem maior. - meu filho é de borracha, Newgate, mas os amigos dele não. Na próxima, pode ser fatal. - explicou com uma calma inesperada, já que falava de algo extremamente perigoso.

— Eu confio na segurança do local. - o Shirohige respondeu, após tossir um pouco e haver uns segundos de silêncio.

Todos ali sabiam da condição do velho homem: ele se encontrava com um câncer nos pulmões aparentemente incurável, tendo que se locomover com um cilindro para ajudar na oxigenação onde quer que fosse. Shanks, principalmente, tinha muita pena do homem por causa de sua situação, mas não podia dar para trás num momento daqueles.

— Se é o que ele diz, é o que vai ser feito. - Roger quebrou o silêncio, se levantando da cadeira em sinal de partida. Não aparentava estar raiva, já que em seu rosto carregava aquele fervoroso sorriso de sempre. - não tem como nós mudarmos a cabeça desse homem.

Os outros dois não o seguiram, então o Gol simplesmente não se importara e seguira seu caminho sozinho. Entretanto, do lado de fora da sala do outro, Ace o aguardava com as costas inconstadas na parede e as mãos dos bolsos, com uma cara de poucos amigos.

Apesar de ter um pai, Ace nunca ficara muito tempo com ele e nunca havia visto no homem uma figura paterna. Ele havia engravidado sua mãe, só o assumira depois de cinco anos e mesmo após ter reatado com Rouge nunca foi um pai presente, sempre viajando pelo mundo e cuidando da própria vida sem se importar com a família que tinha. Ace odiava aquilo. Odiava quando o seu “pai verdadeiro” sequer chegava perto de seu “pai de coração”, por algum motivo que não sabia descrever. Provavelmente, era porque o dono da empresa sempre fora uma pessoa muito boa para Luffy e principalmente para Ace como Roger nunca foi. Nem um bom pai, nem um bom tio.

— O que queria com o meu pai? - O punhos de fogo perguntara com ênfase nas últimas palavras, a fim de provocar o antigo “rei”.

— Ha, ha, ha! - Roger rira alto, colocando as mãos na barriga. - eu gosto do sakê daqui, meu filho. - provocou de volta, voltando a andar. - tente não se atrasar pro jantar, sua mãe se esforçou muito por causa da minha volta.

Roger ouviu o mais novo rosnar, e foi embora rindo alto sem se importar com os olhares a sua volta.

Ao entrar no carro para ir embora, resolveu tirar novamente a carta que recebera na África do Sul, último lugar que estivera antes de retornar para o Japão.

Lista de desejos

Tente sorrir

Tente cantar

Adiantará?

Não

Só lamentar.

Ela havia sido escrita em português, não em japonês, contradizendo com o endereço que constava no envelope. Com uma pulga atrás da orelha, algo o dizia que era hora de voltar para casa, e após pensar bem em toda a viagem percebera algo que provavelmente não perceberia se não tivesse aberto o álbum com todas as fotos de seus momentos de glória como o famoso “Rei dos piratas”.

“L, T, T, A, N, S.” Essa era a lista de iniciais de algo que apenas a pessoa que mandara-lhe a carta sabia sobre o que se tratava.

E essa pessoa, comumente chamada de “Leão Dourado”, costumava ser um velho amigo seu.


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