How Can I Not Love It? escrita por Amystar


Capítulo 35
Ciumentos?! A descoberta de Zoro e Robin!




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High School One Piece; Sala de aula 2-A; 13:55 PM

— Luffy, acorda! - Nami gritava um sussurro, enquanto o professor de química falava algo sobre Éster e Éter. Luffy, que dormia tão pesadamente que formara uma bolha de catarro, sequer se mexeu. - você vai levar uma bronca! - tentara novamente, em vão, acordar o líder da banda.

Sentava lá no fundo da sala, sendo o menino ao lado da janela, à esquerda, e a cantora ao seu lado, à direita. Os raios de sol da tarde ultrapassavam a janela e davam um tom mais castanho às madeixas negras de Luffy, fazendo-a cogitar sobre suas origens brasileiras por alguns segundos. Logo em seguida, balançou a cabeça, afastando os pensamentos inúteis, e voltou-se a se concentrar na falta de disciplina do garoto.

— Chapéu de Palha! - gritou o professor Caesar Clown ao ver Luffy dormindo. - quantas vezes terei que repetir para parar de dormir na minha aula?! - completou ao ficar do lado do astro.

— Hã? - o menino ficou confuso, ainda meio sonolento – sua aula é chata, Caesar. E eu tô com fome. Que horas são, Nami? Falta muito pro intervalo?

Nami pôs os dedos nas têmporas, prevendo o que estava por vir.

— Grrr! Luffy do Chapéu de Palha, vá agora para o corredor! - o químico ordenou gritando, apontando para a porta. - vai ficar segurando os baldes até o fim da aula para servir de exemplo!!

Era isso que Nami queria evitar. O filme de Luffy já estava queimado com os Gorousei, e cada mínimo deslize que o moreno dava era mais um histórico negativo para ele. Sabia que Caesar tinha rancor de Luffy por sempre dormir em sua aula, sendo fácil de saber o que cotidianamente se repetia. Os outros membros da banda olhavam para Luffy saindo com tamanha indiferença, e tiveram que conter a vontade de rir da cara do professor.

Luffy saiu da sala, e dois segundos depois voltou, colocando apenas a cabeça para dentro da sala.

— Mas eu posso comer antes, né? - indagou.

— CLARO QUE NÃO! - berrou Caesar, quase tacando o apagador em seu rosto.

Luffy bufou, e foi até a sala de limpeza atrás de dois baldes para encher. Ele tinha resistência física suficiente para passar dias ali em pé, – meses talvez não, esse nível de resistência só Zoro adquirira. - mas ficar até o final da aula da tarde parado sem fazer nada era impossível para um adolescente tão hiperativo como ele, principalmente nessa época em que estavam e que tudo precisava ser tão rápido e agilizado.

Enquanto passava seu castigo parado no corredor, percebeu que uma garota que não lhe era estranha esgueirava-se no fundo do corredor tentando não ser percebida. Cogitou em ignorá-la, mas o que tinha a perder? Ficar ali sem falar com ninguém estava sendo a maior chatice, ainda mais que adorava gente esquisita.

— Oe, o que você quer?! - chamou pela garota, que se escondeu. - eu vi você! Vem aqui!

Lentamente, a garota saiu do corredor revelando-se ser Boa Hancock, a presidente do fã clube de Luffy e modelo conhecida como “a mulher mais bela do mundo”. Luffy não sabia dessa informação, mas Hancock morava fora do Japão até poucos meses atrás, se transferindo para High School One Piece e mudando de país numa tentativa de ficar mais próxima de seu Idol eterno.

— Luffy-san… - murmurou a morena, andando em passos lentos até o adolescente. - por que está aqui de castigo?

— Me chama de Luffy mesmo. Eu tô de castigo porque eu disse pro Caesar que a aula dele é chata. - deu ombros. - eu ainda não sei o seu nome.

— Boa Hancock. - ela corou, tirando uma mecha de cabelo do rosto e colocando atrás da orelha.

— Ahh… Hanmock, por acaso você tem carne aí? - indagou de repente, causando estranhamento na modelo. - é que eu tô morrendo de fome, já faz tipo uma hora desde que eu comi.

— E-Eu tenho barrinha de cereal, serve? - a Boa tirou uma barrinha de cereal do bolso, mostrando-a ao astro. Luffy fez careta. Não gostava muito de doce e de coisas saudáveis, e a junção dessas duas coisas provavelmente iriam satisfazê-lo. Mas faltava um tempo até o fim da aula, então teria que se contentar com aquilo mesmo.

— Serve… - murmurou fazendo careta. - eu não posso pegar, não posso largar esses baldes. Pode me dar na boca? - abriu a boca exageradamente.

— Ahh! - Hancock gemeu apenas ao imaginar-se dando comida na boca de Luffy. A ideia que todas de sua família julgaram estúpida estava dando mais do que certa. Ela tirou cuidadosamente uma parte da barrinha para fora do pacote e estendeu para que o mugiwara pudesse morder. - Ér… Luffy… Vocês não irão fazer nenhum show, ou vão?

— Hm? - o menino estranhou enquanto mastigava. - a gente vai sim. Em Sabaody. Vai ser anunciado hoje na mídia.

— É mesmo? - ela pareceu preocupada, mas continuou com o braço esticado para Luffy poder morder. - achei que iriam parar por um tempo, por causa do tal incidente com a Okane Nami. - Hancock frisou o nome da vocalista num tom de nojo. Luffy, com sua inocência costumeira, nem reparara.

— A Nami não está bem ainda, mas ela concordou que seria melhor a gente fazer o show. - explicou, dando outra abocanhada na barrinha. Era uma barra pequena, por isso mordia de pedacinho em pedacinho a fim de fazer durar mais.

— Luffy?

E, no momento em que dera uma mordida da barra, Nami aparecera no corredor e vira Luffy sendo alimentado na boca pela que todos julgavam ser a menina mais bonita da escola. E, naquela hora, Luffy nem percebera que a ruiva havia se mordido de ciúmes.

(…)

High School One Piece; Sala de aula 5-A; 14:21 PM

— Por que ninguém estuda nas aulas de auto-estudo? - Koala perguntava à Sabo, amedrontada com tamanha bagunça e barulho que os colegas faziam.

— Ninguém liga muito pra isso aqui. - Sabo deu ombros, dando uma rápida olhada nos outros.

A maioria das meninas da sala se encontravam em pequenos grupinhos, fazendo as unhas, foleando revista ou apenas rindo alto sobre assunto os quais não fazia ideia. Alguns garotos brigavam, outros cantavam, e outros desenhavam mangá ou algo do tipo no caderno: tudo que não fosse relacionado a, de fato, estudar.

— Ninguém se sente sem jeito de fazer isso na sua frente? Você é o presidente do conselho estudantil, não é? Geralmente, os estudantes tentam não vacilar perto deles. - informara meio confusa, sentando-se de lado para ficar de frente para o loiro.

— Veja bem, Koala. - Sabo sorriu, e então continuara enquanto olhava para os outros. - aqui todos me veem como um representante deles, e não um espião da diretoria. O pessoal está sempre à vontade perto de mim porque eu estou do lado deles, eu faço o que eu posso pelo melhor de todos. Essas “regras” que a escola impõe, por mais que eu as siga, são coisas fúteis.

— Eu confesso que estranhei um pouco quando descobri que você era o presidente e que o Ace-kun era seu irmão, porque até onde eu sei os alunos não podem deixar o peitoral exposto assim como ele deixa. - Koala admitiu. - por que ele não veio hoje? - perguntou.

— Pff! Ele inventou de chamar uns amigos pra jogar Nintendo e já sabe no que deu, né? Rolou cerveja e Ace acordou com uma ressaca brava. Obviamente ele não quis vir. - Sabo revirou os olhos, voltando a escrever no caderno.

— Sabo-kun… - Koala hesitou. Não sabia se deveria ou não comentar o fato de ter visto a menina de cabelos róseos da festa de Nami saindo do quarto de Ace de manhã cedo. Por mais que confiasse muito em Sabo, ele ainda assim era irmão de Ace, e se este estivesse traindo Nojiko com ela Koala não queria ser aquela responsável por fazê-lo saber. - o Ace-kun… Chamou alguma garota?

— Pra jogar no quarto dele? - indagou Sabo.

— Sim.

— Ele costuma chamar a Nojiko, claro. Não sei porque ela não foi… Deve ter tido sessão de fotos. Fora ela, ele nunca chama outra garota. - declarou ele. Após instantes pensando no interesse de Koala, Sabo não se aguentou e teve de perguntar: - Koala… Por acaso você está interessada no Ace?

— O QUE?! - a garota exclamara alto demais, fazendo toda a turma encará-la. Vermelha de vergonha, Koala se encolhera na cadeira colocando o caderno em cima da cabeça, numa tentativa de ficar menos visível. - o que te fez pensar numa coisa dessas?!

— Você tá aí toda interessada se ele anda saindo com garotas ou não, pareceu que tava com interesse. - Sabo explicou corado, parecendo um tanto enciumado demais para ser verdade, na visão de Koala.

— Não tem nada a ver com isso. - garantiu ela, gesticulando com as mãos. - é que… - parou por uns segundos, até que finalmente resolvera falar. - eu vi a Jewelry Bonney na sua casa.

— … - Sabo parou por um tempo, encarando o rosto de Koala. - a Bonney? Que estranho, até onde se sabe, a Bonney não anda ou vai na casa de ninguém que não faça parte dos Supernovas. Quando ela estava lá? Eu nem a vi.

— Então, essa é a questão! Eu acordei cedo hoje e vi ela saindo do quarto do Ace-kun. - Koala olhava para todos os lados, se certificando de que ninguém conseguia ouvir ou prestava atenção. - não era nem sete horas da manhã ainda. O cabelo dela tava todo bagunçado e o rosto dela com expressão de quem acabou de acordar. A primeira coisa que eu pensei foi que, com certeza, ela dormiu lá. - Koala explicou-lhe com firmeza. Em seguida, pareceu um pouco sem jeito. - mas… Sabo-kun, eu não quero insinuar traição ou nada do tipo, ok? Na verdade, eu nem planejava-

— Tá tudo bem, eu entendo. - Sabo interrompeu-a, extremamente sério e pensativo.

O que Bonney estava fazendo em sua casa? Sabo tinha plena consciência de que a melhor amiga de sua ex paixão agora tinha uma amizade esquisita com Ace, mas chegar a visitá-lo e ainda dormir em seu quarto? Isso era esquisito demais. Nada batia com nada.

Se considerava um sujeito inteligente, mas não conseguiu pensar em nenhuma mínima explicação plausível para aquilo. Ace não trairia Nojiko, trairia? Tinha uma forte relação fraternal com Ace, e sentia que o irmão nunca faria uma coisa dessas. Ia contra totalmente contra seus princípios.

Além de tudo, Ace sempre fora louco por Nojiko. Desde que Luffy e Nami se conheceram e fizeram Ace e Nojiko se conhecerem, Ace sempre tentara chamar atenção da filha mais velha da vendedora de laranjas sem sucesso algum. Ele a amava por completo, dava pra ver em seu olhar e em suas ações. Ace não faria aquilo.

— Ele pode ter chamado ela pra jogar também, aí enquanto eles zoavam ela acabou bebendo demais, desmaiou bêbada e acordou de manhã no quarto dele! - Koala supôs otimista, tentando achar uma rota de fuga para aquela situação.

— É, pode ser. - Sabo abriu um sorriso fraco, meio em dúvida sobre a teoria de Koala.

Era o que ele queria acreditar, tinha que acreditar.

Mas não conseguia acreditar.

(…)

Ruas de Tóquio; Carro de Robin; 19:04 PM

— Finalmente acabou, hein? - comentou Zoro sentado no banco do carona, ainda fitando a estrada. - veio cada gente estranha.

— Geralmente meus leitores são mulheres adultas, mas se vê de tudo. - Robin riu de leve. - hoje apareceu até mesmo leitores homens, o que é bem raro.

— Hm. - Zoro resmungou ao lembrar-se disso. Teve de se segurar para não tirar uma das espadas da bainha, já que ficar de pé ao lado de Robin com três espadas na cintura não fora suficiente para afugentar outras pessoas do sexo masculino. - o que diabos você escreve? Eu nunca li um livro seu.

— Romances para adultos. - respondeu.

— Romances para adult- Peraí, você escreve putaria?! - Zoro engasgou-se ao repetir e raciocinar o que a mais velha falara.

— Seria bom não usar esses termos de baixo escalão, mas… - Robin lançou-lhe um olhar sedutor ao parar e desligar o carro. - sim. Eu escrevo putaria.

Zoro tinha a plena certeza que Robin dissera aquela palavra apenas para provocá-lo. De algum modo, aquela mulher sabia que palavras como aquela saindo da boca de uma mulher tão chique e culta como ela soavam como um estimulante para os ouvidos do marimo.

Pensou em responder algo, mas Robin já havia entrado na garagem da mansão Thousand Sunny Go e não fazia muito sentido ficarem ali dentro do carro desligado. Então, a Nico saiu de lá antes que Zoro pudesse dar uma resposta apropriada.

— Acho que só a gente chegou. - disse Zoro enquanto caminhavam pela casa à procura de alguém.

— Creio que não, o carro de Luffy estava na garagem. - declarou Robin, procurando por alguém na cozinha.

— Nem reparei. - deu ombros.

Zoro olhou para cima ao ouvir passos vindo do segundo andar da casa.

— Ouviu isso? - perguntou à Robin.

— Sim. O Luffy deve estar no sala de ensaio.

Logo, subiram normalmente até a sala de ensaio, onde sempre iam parar tocar e ensaiar à vontade. Porém, a cada passo que davam, era possível ouvir uma voz feminina bastante exaltada que logo reconheceram como sendo a de Nami. Juntamente dela, Luffy parecia tentar acalmá-la.

Robin e Zoro se encaram, pensando no que fazer. Aquilo não parecia ser uma conversa normal, sobre trabalho ou assuntos do cotidiano. Aquilo estava mais pra uma DR, ainda que Luffy e Nami não fossem um casal. Sem dizer uma palavra, o espadachim e a escritora entenderam um ao outro perfeitamente: iriam se aproximar da perto lentamente, na tentativa de não serem percebidos.

— É, né, mas eu fui lá te levar algo e você já estava sendo alimentado por uma outra garota que você mal fala! - Nami esbravejava parecendo muito irritada, e Luffy parecia extremamente preocupado.

— Eu não tenho culpa! Ela me ofereceu um doce e não podia pegar, eu tava segurando o balde. - ele tentava explicar. - Nami, esquece isso, você sabe que não pode ficar se estressando.

— Eu não me estressaria se você não ficasse me estressando!

— Quando o Sanji ficava em cima de você e eu reclamava, você me disse que não era pra eu ficar com ciúme! Agora você pode? Que injusto! - o garoto cruzou os braços, um tanto irritado.

— Eu não estou com ciúmes, e a situação agora é totalmente diferente, você sabe disso! - ralhou a ruiva. - o Sanji-kun é nosso amigo, e essa Hancock é uma garota super famosa e que é considerada a menina mais bonita não só da escola, mas de todo o Japão!

— Claro que não! - Luffy exclamou, ficando de frente para Nami e puxando-a pela cintura de repente. - você é mil vezes mais bonita que ela.

Nami corara, e ficara sem palavras. Como Luffy conseguia dizer coisas como aquela? Não parecia nem um pouco com algo que ele diria numa situação daquelas, e a garota não sabia como reagir.

Lentamente, os dois vocalistas resolveram correr o risco e iniciaram um beijo ali mesmo, no meio da sala de ensaio. Não havia ninguém na casa, todos só chegariam por volta das oito e tinham tempo suficiente para se resolverem.

— Meu Deus… - fora a única coisa que Robin conseguira murmurar ao ver de longe os dois amigos se beijando.

Zoro olhava de canto de olho extremamente sério para a cena. Robin achava que era porque o esverdiado simplesmente não se importava com aquilo e para ele não fazia diferença. Mas, na verdade, o que mais rondava a cabeça de Zoro era sobre como o líder da banda, que sempre julgara tão lento e inocente, de repente, tinha coragem para cometer ações que ele mesmo nunca tomava coragem.

Tinha muito a aprender com Luffy.


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Notas finais do capítulo

Caramba, hein! E não é que a Koala falou mesmo? Alguém aí achou que ela guardaria segredo? E o Zoro e a Robin, rola ou não rola? E esse Sabo ciumento, gente? O que foi isso? Esse foi definitivamente o capítulo que teve mais gente enciumada na história inteira kkk deixa aí nos comentários um alô pra apoiar, dizendo sua opinião, ela é muito importante pra mim! u.u



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