Robin e Nami estavam muito ocupadas sendo preparadas para o show. A jovem maquiadora Ain, que também é amigas das demais, fazia tudo com rapidez e perfeição. Era uma das melhores, mesmo sendo apenas mais uma estudante de One Piece.

– Espera um pouquinho Nami-san, eu já estou acabando aqui com a Robin. - avisou a moça dos cabelos azuis, maquiando primeiro Robin. - Vivi-san não veio dessa vez? De vez em quando ela assiste os seus shows.

– Pois é... Eu até a chamei. - comentou a ruiva. - mas ela foi visitar a avô dela, não teve com vir. - esclareceu. - e aí? Falta muito aí com a Robin?

– Já acabei.

Robin se levantou da cadeira, admirando-se no enorme espelho. Logo então sorriu e disse obrigada para Ain. Nami se sentou no lugar de Robin, mas logo a maquiadora se lembrou.

– Eu dei uma olhadinha no figurino de vocês... sabe qual cor vai cair muito bem com a sua roupa, Nami-san? Aquele batom que eu te emprestei... - sugeriu a outra.

– Eu sei onde está sua bolsa, Nami. Quer que eu vá lá pegar?

Nami assentiu, agradecendo a amiga.

(...)

Robin P.O.V

Quando cheguei no camarim dos garotos, nenhum deles estava lá, provavelmente estavam comendo o bufê em algum lugar. Pelo menos eles se acalmaram um pouco depois que a Nami brigou e socou cada um deles, por isso ela esqueceu a bolsa aqui. Depois de abrí-la e pegar o batom, notei um celular jogado no chão.

Pela capa verde... claro, de certo era do kenshin-san.

Toquei seu rosto

Enquanto suspirava

Eu sei que aquela marca

Não vai me deixar

No meio do meu peito perfurou

E agora dói bem mais do que eu sentia antes

Vou ser sincero, amores de colégio

E quanto mais eu tento

Mais ou volto a cair

Depois do que passamos...

Quem é que iria adivinhar?

A abertura de Rurouni Kenshin? Com toda certeza foi Ta-chan quem definiu esse toque... hihi.

Atendi, sem nem mesmo olhar quem estava ligando. Acho que Zoro não irá se importar se eu atender.

– Alô?

– Huh? Quem é? – pela voz... é a querida irmã do Zoro. Não precisei nem me perguntar o que ela queria. - esse número é do Zoro?

– É sim, Perona-san.

– Essa voz... Nico Robin!! O que está fazendo com o celular daquele idiota?

Me deu uma vontade de dizer que nós estávamos transando e ele esqueceu o celular no meu camarim.

– Estava aqui jogado no chão, começou a tocar então eu atendi... O que quer dizer pra ele? Eu repasso.

Mas não era hora de brincar com a princesinha dos fantasmas.

– Não é da sua conta!! Afinal, qual é o seu relacionamento com ele? - sério? Ela ainda ousa perguntar algo desse tipo?

– Algo que alguém 7 anos fora não entenderia. Acho que quem deveria perguntar qual seu relacionamento com ele sou eu, até porque percebi que você está gostando dele.

– E se for? O que pretende fazer? – ralhou ela.

– Só quero deixar bem claro pra você... que não vou perder.

Olhei para trás e Zoro me encarava, nem tinha notado que ele havia chegado. Será que ele tinha escutado a conversa toda?

Zoro P.O.V

Perona? Perona me ligou? Mas... eu tinha certeza de que não dei meu número de celular para ninguém da minha família, fora a Kuina... Ela não daria meu número justo para ela, daria?

– Robin? O que a Perona queria? Era ela falando com você, não era? - eu perguntei me aproximando dela. Robin deu meu celular, e sorriu. Não entendi nada. Afinal, o que se passa na cabeça dessa mulher?

Quando ela está lá em casa - o que acontece quase todos os dias - ela sempre faz esse joguinho do mistério. Me deixa curioso. Ri do nada quando eu faço qualquer coisa natural, como ver televisão... Simplesmente não a entendo.

Olhando nos meus olhos, ela respondeu:

– Ela queria avançar um passo, mas como uma boa guerrilheira, não permiti. - esclareceu calmamente.

Essa frase...

"Todas as crianças se reuniram na hora da saída para ver a tão esperada briga que aconteceria. Era uma coisa normal, que acontecia de vez em quando na divisão do fundamental em One Piece. Todos gritavam incentivando a confusão, mas Chopper e Nami gritavam para Robin ter cuidado, enquanto Sanji chorava por nem poder apartar a briga das duas meninas de 9 anos.

– Yaaaahh! - Perona correu até Robin com a intenção de dar um soco na mesma, mas Robin foi mais rápida e segurou seu pulso com a mão. Com a outra mão livre, ela deu um soco no rosto da rosada, que caiu no chão.

– É só isso? - a Nico perguntou aparentemente calma. - esperava mais de uma usuária de Akuma no Mi.

A Dracule se irritou, lançando mais alguns de seus fantasmas. Eles eram um pouco lentos, por isso Robin desviou deles sem dificuldade. Se virou para o lado oposto da garota, andou e parou em frente a Zoro. Este, que assistiu a briga sem se meter, olhou para ela sem entender o que queria.

– Leve-a para casa, Zoro. Isso não faz sentido nenhum para mim. - ela pediu.

– Por que diabos estão brigando, afinal? - perguntou o marimo.

– Ela queria avançar um passo, mas como uma boa guerrilheira, não permiti."

Observei Robin de longe, juntamente aos outros, que falavam para canais famosos. Isso é bem a cara do Luffy, Usopp ou Ero-cook, eles adoram coisas desse tipo. Já eu, não me interesso muito.

O que será que Robin quis dizer quando disse que não vai perder? Avançar um passo? Como assim?

Ela vai ter que me explicar tudo, detalhe por detalhe.

Longe dali; Escritório de Dragon; 20:31 PM

Dragon organizada alguns papéis que precisavam estar todos assinados para o dia seguinte. Mesmo sendo um homem milionário e poderoso, isso não lhe dá o direito de não cumprir com suas obrigações. Era assim que pensava.

– Haruna-san, chame Ivankov na minha sala por favor. Preciso tratar de assuntos urgentes. - o D. pediu para a recepcionista.

Ela concordou, e logo o grande okama estava sentado em sua frente. Ivankov é um travesti assumido, se veste de maneira chamativa mesmo em seu ambiente de trabalho. Apesar de tudo, é um dos companheiros mais leais do poderoso Monkey.

– Olá, Dragon. - Ivan cumprimentou, dando uma piscadela apenas para provocar.

– Olá... Bem, e sobre aquele assunto na Rússia, descobriu algo?

– Infelizmente é exatamente o que nós imaginamos, mais um caso de escravidão. Acertei na lata quando disse que era na periferia. A polícia de lá não achou nada suspeito, não sei como eles conseguiram. O que pretende fazer nesse caso?

– Não sei, ainda estou pensando. Não é algo tão simples, precisa ser calculado com cuidado para não parecermos os vilões. - explicou seriamente, encostando em sua cadeira.

– Sem falar que você precisa escolher muito bem quem mandará dessa vez hein, sei que se lembra daquele vez quand-

A frase do okama foi interrompida pelo celular de Dragon, este atendeu despreocupado.

– Boa noite, meu amigo Tiger.

– Boa noite, Dragon. Tudo bem?

– De saúde, sim. Mas sabe como é a vida, né? Um problema atrás do outro...

– Pois é, eu entendo bem disso. Mas sabe, eu acho que é isso que deixa a vida mais interessante. – riu o tritão vermelho. – Enfim, Dragon. Você está mesmo certo sobre a Koala, né? Eu aceitei a mudança apenas porque foi você que ofereceu, mas ainda acho um pouco complicado... A Koala é meio rebelde e...-

– Pfff... Rebeldia adolescente é o que eu mais vejo lá em casa. São 4 adolescentes e mais os amigos deles que vivem por lá, mais uma não vai fazer diferença. E pode ficar tranquilo, tratarei de mandar alguém buscá-la na estação, que horas mais ou menos ela vai chegar?

– Se ela vai sair de manhã cedo, no final da tarde ela já deve chegar. Ah, e não a deixei sair muito, por favor. Koala acha que pode se defender de tudo e todos porque sabe katarê do tritão, mas as vezes ela é um pouco distraída, principalmente quando se trata de limpeza.

– Como preferir.

– Ok, então, até mais. Desculpe tomar seu tempo, Dragon. Eu sei bem que é ocupado...

– Que nada, não precisa se preocupar com isso. Amanhã eu te ligo para dizer que ela chegou bem. Então, até mais.

Ele desligou.

– Espero que dê tudo certo... - murmurou o moreno, queria muito que Sabo voltasse a ser o mesmo rapaz animado que era antes.

Ivankov não se importou se estava sendo muito abusado, apenas pegou o controle da Tv, e ligou, e colocou no canal onde passava o show ao vivo dos Mugiwara.

– Já vai começar, não vai assistir? Parece que será incrível.

– ... - ele olhou sério para o okama de cabelos roxo, ligou o interfone e falou: - Haruna-san, traga algumas garrafas de Whisky. E recuse qualquer um que quiser me incomodar.

– Mas o que eu digo pra eles, senhor?

– Tch, diga que eu morri

(...)

Casa dos D.; 20:35 PM

Ace estava deitado no sofá da sala, comendo nachos com ketchup muito ardido. Geralmente a essa hora estaria na casa de Nojiko para namorar, mas segundo ela estava com dor de cabeça do dia cansativo que teve e decidiu dormir cedo. Ele estava até um pouco receoso quanto a isso, não gostava de considerar a possibilidade dela querer terminar com ele por causa de sua amizade com Bonney. Falando em Bonney, havia acabado de chegar uma mensagem dela por Whatsapp.

"Bonney amante de pizza: Ei, Hiken no baka ¬-¬

Eu: Fala aew, o/

Bonney amante de pizza: Não tá com raiva de mim?'

Eu: Bem, não gostei que vc e a Nojiko brigaram, mas não cheguei a ficar com raiva... Pq ta preocupada com isso? se apaixonou por mim é? :v

Bonney amante de pizza: Vai sonhando :v E o presidente? Já melhorou do fora que levou da Silk?

Eu: Diz ele q sim, mas eu n creio muito... Ele n está mais o mesmo.

Bonney amante de pizza: Tendi... Bem, é a vida. Uns ganham, outros perdem. :T

Eu: Vdd :S

Bonney amante de pizza: Dps a gente se fala, Ace.

Eu: Tá na hora da masturbação diária né?

Bonney amante de pizza: Nem todo mundo tem os costumes de Portgas D. Ace ¬¬' vou assistir o show do seu irmão. As músicas dele são incríveis.

Eu: Pra uma supernova que mora com os outros 8 supernovas dizer isso... me sinto feliz pelo Luffy ;)

Bonney amante de pizza: #Fui "

Ace P.O.V

Essa Bonney... Apesar de ser bruta, grosseira e nada feminina, eu gosto dela. Ela é uma garota incrível.

Oh, parece que o Show já vai começar.

– SABOOO!!! JÁ VAI COMEÇAAAAR!!!! - não custava nada tentar. Ele ultimamente tem se isolado mais no quarto jogando MMORPG, ou tratando mais das coisas do conselho estudantil. Sabo não era assim. Claro, ele sempre foi meio nerdão, mas pelo menos ele gostava de sair e se divertir! É incrível como um coração partido muda um homem...

– Não precisa fazer tanto escândalo, Ace! - repreendeu Rouge, que estava tricotando na varando pôde ouvir os berros do filho. - olhe, aí está o Sabo. - olhei para a a escada, e de fato, ele descia de vagar. Não estava tão pra baixo, seus olhos estavam brilhando um pouco mais, como se algo tivesse o animado. - sente aí Sabo, vou pegar limonada pra vocês.

– Obrigado, tia. - sorriu ele, se sentando no sofá. - você é barulhento, Ace!

– Ahh todos nessa família são doidos e barulhentos, não sou o único. - respondeu desinteressado. - eu sou barulhento, você é barulhento, Sheila, Luffy e Lisa são barulhentos.

– Tsc... - Sabo riu, não tinha como negar, era verdade. - falando em Lisa, cadê ela?

– Casa da Nojiko... Deve estar se pegando com o Nayden.

– Eles estão namorando?

– Não oficialmente, mas eu sei que eles se dão uns pegas de vez em quando. - respondeu o moreno. - agora vamos prestar atenção na Tv.

– Claro, Oyabun... - ironizou o loiro da cicatriz no rosto.

N/A P.O.V

Bairro Setagaya; Show dos Mugiwara; 20:42 PM

– Já está quase na hora, estou tão animado! - Luffy corria para todos os lados animado. - nee nee, Shanks, não podemos ir ainda? Que chaaato...

– Se acalme, Luffy! Todos os shows é a mesma coisa... Ainda falta algum tempo. - respondeu o empresário da banda. Logo, checou todas as coisas listadas que não poderia faltar no show. - Nami, já viu se o microfone está funcionando bem? Você e Robin irão cantar na próxima musica, lembra? Ah, e não se esqueça de ajustar a guitarra.

– Claro, preparei o meu e o do Luffy. Quanto à guitarra, já ajustei. - respondeu ela fazendo um "beleza" com a mão. O ruivo assentiu, e voltou a checar os outros. Nami estava se sentindo estranha, não sabia dizer o que era... Ela se sentou num banco ali, passando a mão no rosto com cuidado para não manchar a maquiagem.

– Ei, Nami.

Ela olhou para frente, e lá estava ele. Sem a menor noção do tão famoso "espaço pessoal". Luffy parecia ter notado algo de estranho com a jovem amante da Geografia, tanto que até franziu as sobrancelhas e suspirou.

– O que você tem? Tá tão estranha. - indagou o moreno. - é falta de carne?

– Huh... - ela riu. - não, só estou com um pressentimento ruim.

– O que é pressentimento ruim?

– Como você é idiota, Luffy. - ela revirou os olhos, mesmo sendo um ídolo, ele nunca deixaria de ser esse bobo. - enfim, deixa pra lá, não quero ficar te explicando...-

Sua voz travou por culpa de Luffy, que do nada afogou sua mão direita nos cabelos lisos da Okane. Na realidade parecia que ele estava apenas bagunçando seus cabelos, mas ela percebeu que isso era uma espécie de carinho. Assim, ele disse:

– Não se preocupe, Nami! Vai ficar tudo bem.

– ... - ela sorriu. - un! (sim)

– Vamos lá, vamos lá, trio monstro! Se preparem. - Shanks chamou atenção dos três. Sanji apagou o cigarro, mesmo que fumasse nos shows, isso dificultaria seu canto. Zoro encaixou as espadas da bainha, nunca se desgrudava delas. E Luffy deu mais uma mordida em sua carne.

E assim foram. Primeiro, os demais mugiwaras apareceram no palco por meio de uma plataforma não vista pelo público, que os levantava até o palco. O público deu a louca, ver um show dos Mugiwara é algo marcante para a vida toda.

A música começou a tocar. Por enquanto, Nami não cantaria, seu papel seria apenas tocar guitarra. Usopp mixava os sons diferentes da música, os que não eram.

Uma fumaça vermelha surgiu, dando mais atenção à três silhuetas que surgiram.

All (os três):

RESPECT! Ore-tachi no mirai

Tsunagatteru sora

Dareni mo makenai jiyuu,

Ouka! Ouka!

RESPECT! Yakusoku wa shinai

Yume ga kanau made

Tsukiatte yaru ze, kibun FANTASTIC!

Ambos os três seguiam com precisão os passos ensaiados. No momento, Zoro estava na esquerda, Sanji na direita e Luffy no meio.

Zoro:

Unmei nante shinji chainai

Kaze no mama ni jibun de itai

Sanji:

Koko ni iru dake de mune ga odoru

Mirai ga aru sore dake de ii

Luffy encheu o peito de ar, e soltou com vontade:

Luffy:

Umi wa hiroi ze, ore wa yaru ze!

Muzukashii koto wa nuki! Toriaezu issho ni ikou ze

All:

RESPECT! Ore-tachi no sekai

Wakari-aeru kara

Yokei na hanashi muyou, donmai! Donmai!

RESPECT! Wasuretari wa shinai

Mune ni gutto kita

Nakama tte yatsu sa, kihon FANTASTIC!

Luffy:

(Ore wa kaizokuou ni naru otoko da!)

Zoro:

(Ore wa mou makenee! Monku aru ka, Kaizokuou?)

Sanji:

(Tsukiaou janee ka, Kaizokuou?)

Sanji:

Umare-kawaru tabi ni hito wa

Tsuyoku nareru, kokoro no bane

Zoro:

Hitori dakeredo hitori janai

Mitome-aeru PRIDE ga aru

Luffy:

Yume wa dekai ze, ore wa kimeta ze!

Hitori de mo kake cha muri, doko made mo hade ni ikou ze!

A voz de Luffy de fato era a que mais encantava o público, sem falar nas expressões que fazia quando cantava.

All:

RESPECT! Ore-tachi no mirai

Tsunagatteru sora

Dareni mo makenai jiyuu,

Ouka! Ouka!

RESPECT! Yakusoku wa shinai

Yume ga kanau made

Tsukiatte yaru ze, kibun FANTASTIC

RESPECT! Ore-tachi no sekai

Wakari-aeru kara

Yokei na hanashi muyou, donmai! Donmai!

RESPECT! Wasuretari wa shinai

Mune ni gutto kita

Nakama tte yatsu sa, kihon FANTASTIC!

Kibun FANTASTIC!

RESPECT!

–

– WOOOOOOOOOOOOOOOOAHHHHHH!!!– o público foi à loucura. Aquela música seria um sucesso quando saísse no CD.

Luffy, Zoro e Sanji estava ofegantes e suados, mesmo assim não puderam conter o sorriso ao ver as caras felizes dos fãs.

Para eles e os demais companheiros, era isso que os motivava cada vez mais a dedicarem sua vida para a música. Eram os fãs, a felicidade deles ao ouvirem o que fazem e gostarem, os deixava muito feliz. Luffy não sabia como, mas tinha conseguido pelo menos um das coisas que desejava desde crianças; fazer as pessoas amarem suas músicas.

Em meio a todo aquele barulho e gritos, era impossível ouvir algo se não estivesse bem auto.

– Ahhh!

Não foi alto, mas Luffy pôde ouvir mesmo de longe o grito de dor de Nami.

De algum modo, antes disso, ele pôde também ver e ouvir...

Uma bala indo na direção da musicista.